Prosa fiada

Ao se dirigir a alguém, semicerrava os olhos. Achava aquilo uma perturbação amorosa.

Pedi uma periguete, e manso a bebi sem pressa, como se fosse a última da vida

A caminhada no dia de finados se deu silenciosa, sorumbática, afinal, íamos ao encontro daqueles de vozes já silenciadas

Experimentei pratos requintados que ainda hoje sussurram ao meu paladar. Que faziam salivar e muito

O grande autor de Guerra e Paz, disse que “o casamento é uma doença mortal”.

A casa da minha infância, dos banquetes, das abundâncias

Dali em diante, depois daquele longa, passei a ver Woody Allen com outros olhos. Mais cheios de encanto

Esse espetáculo televisivo e vespertino, já nos presenteou com incontáveis emoções e clássicos ao longo de décadas

Fui um menino aquático. Nadava feito peixe. Lógico, nasci numa cidade cercada por rios

Cresci próximo ao beco de minhas perplexidades, caro Manuel Bandeira

Ô Beatriz, querida desconhecida Beatriz, que tuas dores internas não sejam maiores do que você

Juro por Baco e Dionísio que em qualquer esbórnia, seja futebolística ou não, jamais te trairei de novo

Uma de minhas prediletas era a do álbum “MCMLXXXIV” (assim mesmo, estilizado em algarismos romanos)

Carrinho de bebê me faz lembrar de Jesus Cristo

#chagas#botelho#cronista#teresina#botões

O pedido fúnebre me levou a nocaute. Em casa e já no banho, o cheiro forte de achocolatado exalou no banheiro.

Desapontado com o Corinthians, resolvi apoiar o meu segundo time. Tenho sim, outra opção para torcer

Sua abordagem traz ora paisagens rurais, ora urbanas. Mais que isso, há também narrativas que permitem um riso aqui e outro acolá. Todas escritas sob medida e com um grau elevado de exímia observadora do cotidiano

Ao final da leitura do trecho acima, me lembrei do encontro que tive, outro dia e ao acaso, com o professor Gilberto Campelo

Num momento, com o canto dos olhos, ao frisar o machucado, vi que uma bolinha escura surgia no sopé da unha