[Flávio Bittencourt]
Johann Gottfried von Herder
Co-fundador do historicismo alemão, Herder não é suficientemente conhecido no Brasil.
Miriam Makeba - Malaika (Audio),
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=Jpl8rPQBASU
(LEIA, POR FAVOR, ADIANTE,
LOGO DEPOIS DA PRESENTE MATÉRIA
SOBRE O GRANDE HERDER,
"ESCRITOR BRASILEIRO CELEBRA A LUSOFONIA NA EUROPA")
O EMINENTE PROF. JÜRGEN HABERMAS,
DA UNIVERSIDADE JOHANN WOLFGANG VON GOETHE,
DE FRANKFURT,
QUE NASCEU EM DÜSSELDORF (ALEMANHA),
EM 1929:
(http://en.wikipedia.org/wiki/File:JuergenHabermas.jpg)
David Rubinstein plays Brahms Intermezzo Op.119, No.1,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=VTmn7EjOR9k&feature=related
(http://www.isbnlib.com/isbn/0801425301/Herders-aesthetics-and-the-European-Enlightenment)
1/7 Isaiah Berlin - Final Lecture on the Roots of Romanticism,
Yotube:
http://www.youtube.com/watch?v=IAGHZH3ZC3g
HERDER PICTORICAMENTE RETRATADO
POR ANTON GRAFF:
(http://manufactura-manufacturas.blogspot.com/2009_08_01_archive.html)
Vá com Deus - Reginaldo Rossi e Roberta Miranda,
Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=1EQ0tniKilY
"(...) O meu método, no que a isto diz respeito, pode chamar-se arqueológico.Tentarei explorar os estratificação da consciência moderna, alguma muito antiga e geológica, outra mais recentemente depositada e ainda a fermentar. Começarei por considerar a cultura comum e o seu lugar na vida da tribo. Talvez seja um pouco excêntrico começar deste ponto, mas sê-lo-á começar por qualquer outro ponto. É que aqueles que normalmente escrevem sobre cultura, raramente começam. Na literatura com que deparei, os escritores tendem a começar in mediis rebus, lutando por um lado ou por outro em batalhas que são agora tão confusas que quase ninguém entende o seu sentido. E isto não é por não distinguirem a madeira das árvores, mas essencialmente porque não cavaram debaixo das árvores, à procura da vida que secretamente as alimenta. (...)"
HERDER (1744 - 1803)
FILOSOFIA POLÍTICA ALEMÃ ATUAL,
pró-democracia:
J. HABERMAS (ENTREVISTA,
com legendas em português),
YOUTUBE:
"É IMPORTANTE NÃO CONFUNDIR O ROMANTICISMO
DE HERDER, que influenciou Schelling, Schiller, Fichte,
Hegel e Holderlin (entre vários outros românticos alemães)
COM O ROMANTISMO DO SÉCULO SEGUINTE, DA
ESFERA, POR EXEMPLO, LITERÁRIA"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
A ANTON GRAFF (1736 - 1813) E A
JOHANN GOTTFRIED VON HERDER (1744 - 1803) -
IN MEMORIAM - E
PARA JÜRGEN HABERMAS, DESEJANDO-LHE
MUITA SAÚDE E VIDA AINDA MAIS LONGA
21.7.2011 - Co-fundador do historicismo alemão, Herder não é suficientemente conhecido no Brasil - Johann Gottfried von Herder. (UM LIVRO DE MICHAEL FORSTER DISCUTE [em inglês], EM ELEVADO NÍVEL PRÁTICO-TEÓRICO, A FILOSOFIA DA LINGUAGEM - e a Estética a ela correspondente - A PARTIR DO LEGADO DO GRANDE HERDER). F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"O que é a Cultura
O conceito de cultura saltou, completamente aramado, da cabeça de Johann Gottfried Herder, nos meados do século XVIII, e tem andado envolvido em batalhas desde então. Para Herder, Kultur, é o próprio sangue vital das pessoas, o fluxo da energia moral que mantém intacta a sociedade. Em contraste, a Zivilisation, é o verniz das maneiras, a lei e técnica. As nações podem partilhar a civilização; mas serão sempre distintas na sua cultura, uma vez que a cultura define o que elas são.
Esta ideia desenvolveu-se em duas direcções. Os românticos alemães (Schelling, Schiller, Fichte, Hegel, Holderlin) construíram a cultura à maneira de Herder, como a essência que define uma nação, uma força espiritual partilhada que se manifesta em todos os costumes, crenças e práticas de um povo. Segundo eles, a cultura dá forma à linguagem, à arte, à religião e à história, deixando o seu carimbo no mais pequeno acontecimento. Nenhum membro da sociedade, por mais mal educado que seja, está desprovido de cultura, uma vez que cultura e pertença social são a mesma coisa.
Outros, mais clássicos que os românticos, interpretaram a expressão no seu significado a partir do Latim. Para Wilhelm von Humbolt, fundador da universidade moderna, a cultura estava associada não ao crescimento natural mas ao seu cultivo. Nem todos a possuiriam, uma vez que nem todos tem o tempo, a inclinação ou a habilidade para aprender o que é preciso. E entre as pessoas cultivadas, umas são mais cultas que outras. O objectivo de uma universidade é a preservação e destaque da herança cultural, e a sua passagem à geração seguinte.
As duas ideias ainda estão entre nós. Os primeiros antropólogos adoptaram a concepção de Herder, e escreveram acerca da cultura enquanto práticas e crenças que forma a identidade de uma tribo. Todos os membros da tribo possuem a cultura dado que é isso que é preciso para se ser membro. Mathew Arnold e os críticos literários que conseguiu influenciar (incluindo T.S.Eliot, Leavis e Ezra Pound) seguiram Humboldt no tratamento da cultura como propriedade de uma elite educada, um objectivo que envolve estudo e intelecto.
Para evitar confusões, tenho que distinguir a "cultura comum" que é o que os antropólogos descrevem, da "alta cultura", que é uma forma de "expertise" (domínio pericial). Isto não nos diz o que é a "alta cultura", se é uma ou muitas coisas, ou mesmo se é o grande valor que Arnold e seus amigos acharam que deveia ser. (...) Quanto a mim, acho que a alta cultura da nossa civilização envolve conhecimento que é muito mais significante do que seja o que for que se possa apanhar através dos canais da comunicação popular. Esta é uma crença difícil de justificar, e ainda mais difícil conviver com ela; de facto, nada tem que a recomende ou garanta, para além da sua verdade.
Estas duas concepções de cultura têm andado embrulhadas em controvérsia até aos nossos dias. Dos restos das suas batalhas nasceu uma terceira concepção. A "cultura comum" de uma tribo é um signo da sua coesão interna. Mas as tribos estão a desaparecer do mundo moderno, tal como todas as formas tradicionais de sociedade. Os costumes, as práticas, festivais, rituais e crenças adquiriram todos uma qualidade meio fluida e fraquejante que reflecte a nossa existência nómada e desenraizada, apanhados que estamos pela ondas atmosféricas globais. Apesar disto, e apesar de todas as conveniências dos nossos dispositivos economizadores de trabalho que nos dispensam da relação com outras pessoas, os habitantes das cidades actuais são seres tão sociais como eram os antigos homens das tribos. São incapazes de viver em paz até estarem completamente habilitados por uma identidade social, uma porta para o exterior que, ao representá-los perante os outros, lhes oferece a confiança neles próprios. Esta busca da identidade cobre toda a vida contemporânea. Apesar de ser algo fluido e poder mudar de direcção várias vezes durante o tempo de uma vida, tem muito em comum com a relação de pertença de um homem da tribo à sua cultura comum. O cultivo da identidade é um modo de "ser-para-os-outros", falando em termos existencialistas, um modo de reclamar um lugar no espaço público. Ao mesmo tempo, é um modo assente na escolha, gosto e lazer; é alimentado pela arte popular e pelo entertenimento; num sentido mais amplo, é um trabalho da imaginação. Nestes termos, parece-se com a alta cultura de uma tradição literária e artística.
Esta terceira concepção de cultura - cultura popular, como se lhe pode chamar - tornou-se um tema familiar da sociologia. Ela define a matéria central dos "cultural studies" - uma disciplina académica fundada por Raymond Williams com o objectivo de substituir o Inglês académico. Williams era um crítico literário; mas as suas simpatias egualitárias forçaram-no a rebelar-se conta a tradição elitista da escola literária. Ao lado da cultura de elite das classes superiores, dizia ele, sempre existiu outra, em nada inferior, uma cultura do povo, através da qual o povo afirmou a sua solidariedade face à opressão e na qual exprimem a sua identidade social e o seu sentido de pertença. O anti-elitismo de Williams abriu uma porta, e o conceito de cultura estendeu-se à descrição das formas de arte popular e entertenimento na contemporaneidade. Como resultado desta ampliação académica, o conceito começou a perder a sua especificidade. Qualquer actividade ou artefacto são considerados culturais, uma vez que são produtos formadores de identidade e interacção social.
A cultura popular apresenta dois géneros: herdada e adquirida. A globalização tem levado a uma extinção da cultura herdada (folk) na Europa e na América, tendo esta vindo a ser substituída por uma misturada comercial vendida pelos media. Algumas partes da cultura popular (folk) - particularmente a música - tornou-se material de uso corrente para a grande arte, reaparecendo de forma transfigurada em Bartok, Vaugham, Williams, ou Copland. O resto mudou o seu carácter de tradição herdada para "património" comercializado, e agora expõe-se em vitrinas no museu popular. As pessoas hoje podem encantar-se com os costumes populares, os festivais e as danças; mas eles não encontram a sua identidade nestas coisas - o que é outra maneira de dizer que a cultura popular está morta. O "Folk" é agora um estilo dentro da música pop, mas um estilo sem raízes fundadas em qualquer comunidade herdada.
A ideia de cultura em Herder é "particularista". A cultura é definida como algo separado - uma ilha de "nós" no oceano de "eles". A concepção de Humboldt é "universalista": a pessoa culta, para Humboldt, olha a humanidade como um todo, conhece a arte e a literatura de outros povos, e simpatiza com a vida humana em todas as suas mais altas formas e aspirações. Porquê utilizar a mesma palavra para designar duas ideias tão conflituosas?"
Traduzido de An Intelligent Person’s Guide to Modern Culture, Scruton, R., ed. Duckworth, Trowbridge, U.K., 1998, p. 1 a 4.,
(http://evunix.uevora.pt/~eje/cultura1.htm)
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"Max Horkheimer (na frente, à esquerda), Theodor Adorno (na frente, à direita)e Jürgen Habermas no fundo, à direita, em Heidelberg, 1965"
(http://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BCrgen_Habermas)
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OUTRO ASSUNTO
(o escritor Carlos Correia Santos
em Lisboa, Portugal),
e-mail recebido de
DIGESTIVO CULTURAL:
"Escritor brasileiro cumpriu jornada que celebrou a lusofonia
Carlos Correia Santos participou, na Europa, de eventos culturais que uniram brasileiros, portugueses, africanos e timorenses
A literatura é bandeira capaz de estreitar fronteiras. E o escritor Carlos Correia Santos pode comprovar isso em sua estada no continente europeu, no último mês de junho, para a divulgação de seu romance "Velas na Tapera". Vencedor do Prêmio Dalcídio Jurandir e editado pela Fundação Cultural Tancredo Neves, o livro foi lançado em Lisboa no dia 06 de junho em um evento realizado na FNAC Chiado, com o apoio da Embaixada do Brasil em Portugal. Parte integrante do projeto "Recital Mais Brasil: Da Amazônia para o Mundo", criado pelo produtor cultural e músico Fercy Nery (representante de Correia no território lusitano, ao lado da pesquisadora Rita Pestana, antropóloga e membro da direção do Núcleo de Lisboa da associação EpDAH), a programação contou com declamação de poemas de Carlos ao som de clássicos do cancioneiro brasileiro e sessão de autógrafos do romance. A execução musical esteve a cargo do próprio Nery e do baterista pernambucano Attila Argay. A sala que acolheu a programação ficou lotada e a apresentação foi aplaudida de pé. A obra passou, então, a figurar na prateleira dos destaques da livraria da FNAC Chiado.
"Velas na Tapera é um romance que ajuda a promover a Amazônia e a fortalecer os laços culturais existentes entre países lusófonos", afirma Fercy Nery. Rita Pestana, por sua vez, opina: "Atento à sua realidade, sensível a causas sociais e comprometido com a cultura, Carlos Correia é um desses escritores éticos cujas carreiras prenunciam sucessos".
Após o evento na FNAC, Correia seguiu viagem por Espanha, Itália, França, Bélgica, Suíça e Áustria, realizando pesquisas para novos romances e, no final de junho, retornou a Lisboa para mais dois eventos. No dia 30, participou de um jantar especial realizado na sede do Centro InterculturaCidade, dirigido por Mário Alves, membro da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local (Animar). No encontro, Correia falou sobre sua obra, sobre as peculiaridades culturais da Amazônia e firmou contato com artistas europeus e africanos, como o célebre ator e dramaturgo português Helder Costa (autor de espetáculos teatrais já montados em diversas cidades do mundo) e o cantor e compositor angolano Gonçalves Correia, o Chalo.
CAMPANHA
O escritor cumpriu seu ciclo de compromissos participando de uma especial ação cultural. Entre os dias 27 a 30 de junho, seguindo uma sugestão de Fercy Nery, o Núcleo de Lisboa da EpDAH - Associação da Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária, sediada na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, realizou uma campanha de angariação de livros para o Timor Leste. No dia 01 de julho, a campanha teve como culminância uma nova edição do "Recital Mais Brasil: da Amazônia para o Mundo". A programação foi realizada, desta vez, na Casa do Brasil em Lisboa (Rua Luz Soriano, nº42, Bairro Alto) e contou com apoio da Embaixada do Brasil, da Embaixada de Timor Leste, da Associação Solidariedade Imigrante, da Associação de Apoio à Diocese de Baucau e da própria Casa do Brasil. Outra vez, ao lado de Fercy Nery e Attila Argay, Carlos Correia divulgou "Velas na Tapera" e participou de uma tertúlia litero-musical, composta por canções brasileiras, intervenções poéticas e leitura de reflexões sobre a realidade amazônica.
Realizado com o apoio da Embaixada da República Democrática do Timor Leste e da Associação de Apoio à Diocese de Baucau, o projeto filantrópico incluiu uma campanha de arrecadação de livros de língua portuguesa, para serem doados às bibliotecas timorenses. Com menos de uma semana, a campanha alcançou a expressiva margem de mais de 3 mil exemplares doados. O ingresso para o recital do dia 01 foi justamente um livro, novo ou usado.
Nao foi a primeira vez que Carlos Correia participou de uma ação de solidariedade em prol do Timor. Em 2000, o autor foi um dos escritores brasileiros que integraram o projeto Timor Esperança, da SHAN Editores (do Rio Grande do Sul). A editora publicou uma antologia internacional que foi entregue pelas forças de paz brasileiras aos leitores timorenses. "Foi uma alegria imensa poder participar, em Lisboa, de eventos que, acima de tudo, tiveram como condão a celebração da lusofonia. Essas programações congregaram brasileiros, portugueses, africanos e timorenses. Todos unidos por um mesmo passaporte: o nosso idioma. A nossa língua portuguesa", pontua Correia.
Serviço:
PARA VER FOTOS DO EVENTO, ACESSE O BLOG DE CARLOS CORREIA SANTOS - http://nadasantostudoalma.blogspot.com
EPDAH (Associação da Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária) - http://www.epdah.pt/
CARLOS CORREIA SANTOS (CONTATOS)
Poeta, dramaturgo, romancista
MSN:
[email protected]
Com perfis no Orkut e Facebook"