[Flávio Bittencourt]

De Roy Crane, o Capitão Easy, Soldado da Fortuna

Dos quadrinhos traduzidos no Brasil para Capitão César, ele foi o primeiro personagem de aventuras não-cômicas, nos Estados Unidos.

 

 

  

 

 

  

 

 

(http://antoniooliveiracontemplandoavida.blogspot.com/2010/07/benito-mussolini.html)

 

 

 

 

 

"Khawuleza, Mama!

Khawuleza, Mama!"

MAMA ÁFRICA (A SAUDOSA CANTORA MIRIAM MAKEBA,

berrando "RÁPIDO, MAMÃE! RÁPIDO, MAMÃE!

NÃO DEIXE QUE ELES [membros da polícia

arbitrária do apartheid da África do Sul,

quando Makeba era menina pequena] TE PEGUEM!",

http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/tributo-de-mandela-a-miriam-makeba,236,4959.html)

 

 

 

 

 

 

"LUTE, EASY! LUTE, EASY, CONTRA OS MEDONHOS BUFÕES HITLER E MUSSOLINI!

DERROTE-OS SEM DÓ, NEM PIEDADE, BRAVÍSSIMO CAPITÃO CÉSAR!"

 

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

  

 

 

 

CAP. EASY, ÁLBUM Nº 1, reedição de estórias,

trecho de vídeo no qual aparecem capa, páginas

e alguns detalhes de quadros,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=gcL5M4JbhBA&feature=related

 

 

 

 

The Best American Comics Criticism - video preview

(NESSE LIVRO TEÓRICO, HÁ CAPÍTULO, ilustrado (em preto-e-branco),

SOBRE A ARTE DE ROB CRANE), Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=JidWL1mwuf8 

 

 

 

 

 

William Randolph Hearst.jpg

 Albany Times Union

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

WILLIAM RANDOLPH HEARST, O MAGNATA DA MÍDIA,

PATRÃO DE ROY CRANE

(SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA,

A FOTO DO tubarão da mídia americana

ENCONTRA-SE, NA WEB, EM:

http://blogs.chron.com/txpotomac/2010/08/today_in_texas_history_william_2.html)

 

 

 

 

"O GRANDE PESQUISADOR DE HQ E DA HISTÓRIA DOS ALMANAQUES E DAS REVISTAS ANTIGAS DE GRANDE CIRCULAÇÃO ATHOS CARDOSO (76 ANOS DE IDADE, EM DEZEMBRO DE 2010) APRESENTOU-NOS O CAPITÃO EASY, COMO HERÓI QUE OCUPA LUGAR ESPECIAL EM SUA MONUMENTAL COLEÇÃO DE QUADRINHOS: ELE TEM ABSOLUTAMENTE tudo O QUE ROY CRANE PRODUZIU, NO FÉRTIL CAMPO DA NOVELA GRÁFICO-SEQUENCIAL. TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO! PUDERA, SENDO UM ADMIRADOR DO JIM DAS SELVAS E DO CAPITÃO CÉSAR (NOME DO CAP. EASY, NO BRASIL), NÃO É DE ADMIRAR QUE ELE - Athos Eichler Cardoso - TENHA, AO LONGO DOS ANOS, COMPRADO AS REEDIÇÕES DAS OBRAS COMPLETAS DE ROY CRANE".

 

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

"A NOVELA GRÁFICO-SEQUENCIAL OU QUADRINHOS

OU HQ SURGIU NA PRÉ-HISTÓRIA, NUM CAMPO DE PRODUÇÃO

SEMIÓTICO-ARTÍSTICA QUE OS ANGLO-SAXÕES DENOMINAM ROCK ART:

ARTE NA PEDRA, INSCRIÇÕES RUPESTRES, REPRESENTAÇÃO DE

MOVIMENTO E DE SUCESSÃO DE CENAS, recontando estórias do

patrimônio da humanidade"

 

(IDEM)

 

 

 

 

"EASY, LIVRE-NOS DOS NAZIFASCISTAS E DOS STALINISTAS QUE QUEREM DIUTURNAMENTE NOS PATRULHAR: são eles muito perversos - e incomodatícios, como moscas, mosquitos e pernilongos em tempos quentes de verão!"

 

(IBIDEM)

 

 

 

 

"JÁ DORMI UMA NOITE INTEIRA NO MEIO DA COLEÇÃO DE QUADRINHOS DE ATHOS CARDOSO [ESPAÇO AFETIVO-CONCRETO-SIMBÓLICO QUE ELE DENOMINA "Caverna do Dragão", aliás: numa sala, das grandes, está aquela biblioteca formidável] . ELE PERMITIU, PORQUE EU IMPLOREI. QUERIA SENTIR ESSA EMOÇÃO. EMOÇÃO DE AVENTURAS DOS QUADRINHOS, que superam episódios dos filmes de 007 e do seriado LOST, da televisão. RESULTADO: ACORDEI FELIZ, NO DIA SEGUINTE E HOJE POSSO CONTAR A BRAVATA "eu dormi no centro geométrico da coleção de quadrinhos do Prof. Athos", RECEBENDO TODAS AQUELAS ENERGIAS GRÁFICO-NARRATIVO-SEQUENCIAIS, SEMIÓTICAS E EXISTENCIAIS. JURO QUE ISSO É VERDADE E ACHO QUE FIQUEI MELHOR, DEPOIS DAQUELE DIA. DAQUELA NOITE, ALIÁS."

 

(O RESPONSÁVEL POR ESTA ESPAÇO DE DISCUSSÕES light E CONVIVÊNCIA DE DIVERSAS TENDÊNCIAS TEÓRICO-SEMIÓTICAS, NEM SEMPRE HARMÔNICAS E GENTIS UMAS COM AS OUTRAS)

 

 

 

 

WASH TUBBS

Roy Crane 1933
Wash Tubbs

 

 

-

(http://www.eeweems.com/artandartifice/roy_crane_wash_tubb.html [LINK ORIGINAL],

imagens reproduzidas em:

http://www.artandartifice.com/roy_crane_wash_tubbs.html)

 

 

  

 

         HOMENAGEANDO A MEMÓRIA DO HERÓI DE ADULTOS E CRIANÇAS 

         ROY CRANE (1901 - 1977),

         SAUDANDO O DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL BRASILEIRA - O "nosso FBI" -

         PROTÓGENES QUEIROZ E SEUS COLABORADORES,

         TANTO OS DA MESMA POLICIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA,

          QUANTO OS AGENTES DO SERVIÇO SECRETO NACIONAL (ABIN)

          QUE CONTRIBUÍRAM PARA A PRISÃO EXEMPLAR DE UM GRANDE VILÃO

          DA HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL, E AGRADECENDO A

          MARIO LATINO, PELO EXCELENTE TEXTO SOBRE O GRANDE CRANE

 

 

 

 

14.12.2010 - Capitão Easy lutou contra o nazifascismo e, depois, seu sucessor (personagem também criado por R. Crane), contra o Perigo Comunista, cujo quartel-general se encontrava em Moscou, mas isso só perdurou até a Perestroika e a Glasnost, felizmente - E EASY VENCEU: SE HOJE PODEMOS USUFRUIR DAS DELÍCIAS - AINDA QUE RAZOAVELMENTE DECADENTES E PROPIACIADORAS DE RIQUEZAS DE TRAFICANTES DE TÓXICOS E CONTRABANDISTAS DE BUGIGANGAS EXPORTADAS CLANDESTINAMENTE DO PARAGUAI (no caso brasileiro) - DA TAL DEMOCRACIA BURGUESA, SE TEMOS CERTEZA DE QUE A cortina de ferro NÃO EXISTE MAIS, E SE, POR FIM, PODEMOS IR FAZER COMPRAS EM MIAMI BEACH SOSSEGADOS, ADQUIRINDO, se for possível, ALIENADÍSSIMAS bonecas Barbie PARA FILHAS, SOBRINHAS E SOBRINHAS-NETAS, DEVEMOS ISSO UM POUCO A EASY, O PRIMEIRO HERÓI NÃO-CÔMICO DOS QUADRINHOS (abstraído o LITTLE NEMO, que era fantasia poética com forte componente de estória infantil, tendo como autor o genial Winsor McCay) QUE DEFENDIA OS VALORES DA AMÉRICA DO NORTE CONTRA OS SEUS INDEFECTÍVEIS INIMIGOS, NATURALMENTE! FORA FASCISTAS! FORA NAZISTAS! FORA COMUNISTAS! VIVA O CAPITÃO EASY!  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

"Roy Crane

 


Roy Crane – Pai da Tira de Aventuras
* Mario Latino



  Roy Crane, filho único do advogado Royston Crane e de Mamie Douthit, nasce no dia 22 de novembro de 1901 em Abilene, Texas. Aos 14 anos faz o curso por correspondência de Charles Landon sem imaginar que com esse curso garantiria, anos mais tarde, um emprego sob as ordens do próprio Landon.


  Após terminar o ginásio, o jovem Crane se matricula na universidade Hardin-Simmons em Abilene e, mais tarde, se transfere para a Universidade do Texas em Austin. Descontente com a universidade, se muda para Chicago em 1920 e tenta a Chicago Academy of Fine Arts, onde conhece Leslie Turner, com quem iniciara uma longa e sólida amizade. Depois de aguentar um semestre, Crane e Turner, que também era texano, decidem voltar para casa. A longa viagem, de carona nos trens de carga, seria mais tarde mote para as aventuras da sua comic strip mais famosa, Wash Tubbs.


   De volta ao Texas, Roy Crane trabalha como repórter para o Austin American, mas - inquieto demais - não dura muito no emprego. Tenta novamente a Universidade do Texas e, mais uma vez, abandona-a para singrar os mares a bordo de um cargueiro que vai para Europa. Na volta, Crane pula nas docas de New York e tenta, de novo, o jornalismo. Nos dois anos seguintes trabalha no departamento de Arte do New York World, entintando as paginas dominicais de H.T. Webster. Em 1923, Leslie Turner vai para New York com a idéia de ganhar a vida como ilustrador e a velha amizade recomeça.


   Nos primeiros tempos Crane tenta vender um cartum para o United Feature Syndicate, mas só dois jornais se entusiasmam com a idéia. Um editor simpatico recomenda-lhe que tente vender seu trabalho para a Newspaper Enterprise Association, onde seu humor caipira se encaixaria melhor! O jovem artista ignora que Charles N. Landon, diretor do NEA, é também o diretor do curso por correspondência que ele fizera na adolescência. A política de Landon é contratar a qualquer um que tivesse feito seu curso, independentemente das suas qualidades artísticas. É assim que Roy Crane começa a fazer Washington Tubbs II. A primeira tira é publicada no dia 21 de abril de 1924. Ninguém poderia imaginar que aquela tira estaria destinada a ser a primeira tira de aventuras da história dos comics. E Crane ignora que está fazendo algo que ninguém tentara antes.



   No início Wash Tubbs II não passa de uma tira de humor. O próprio protagonista, baixinho e usando óculos que lembram vagamente o comediante Harold Lloyd, parece sugerir isso. A situação também é de comédia, com Tubbs trabalhando numa mercearia enquanto namora a filha do patrão. Aos poucos Crane deixa o humor de lado e, visto que seus dias de andarilho parecem ter terminado, a solução é mandar Tubbs no seu lugar. Na primeira aventura Wash Tubbs vai aos mares do Sul à procura de um tesouro. Cinco meses depois a tira não é mais a mesma. Crane abandona a linguagem de gags rapidas e coloca seu herói numa sequência de aventuras de tirar o fôlego.


   Em 1929, Tubbs resgata numa masmorra do reino de Candelaria um certo prisioneiro que passara a ser conhecido como Capitão Easy. Easy é o classico soldado de fortuna – ex-boxeador, cozinheiro, aviador, scout, soldado de infantaria -, capaz de enfrentar tudo e todos com seus punhos e inteligência. Ele se alia ao protagonista e daí em diante ambos passarão a enfrentar os perigos juntos. A intensidade das aventuras também é maior. O desenho de Crane, que vai adquirindo características realistas e impressionante. O artista experimenta com um papel chamado craftint com o qual é capaz de criar varias texturas. A tira se torna a favorita dos leitores.


   Easy rapidamente rouba o lugar de Tubbs como protagonista, obrigando Roy Crane a mudar o título da pagina dominical para Captain Easy – Soldier of Fortune. No início da II Guerra, Tubbs casa-se, providencialmente, e desaparece da tira para sempre. Easy é lançado, então, numa série de aventuras contra o nazi-fascismo.



   Crane concentra sua energia criativa em lau-outs imaginativos e sequencias de ação como nunca antes alguim bolou nas tiras em quadrinhos. Passando a se dedicar mais aos roteiros, deixa boa parte dos desenhos para seus assistentes. Em 1937, decide tomar umas firias de seis semanas e confia a tira para o amigo Leslie Turner.


   Em 1943 Roy Crane abandona Captain Easy para criar uma nova tira para o King Features Syndicate. Williams Randolph Hearst, seguindo sua velha pratica de levar os melhores desenhistas dos concorrentes, tem oferecido para Crane um melhor salário e a propriedade intelectual da nova tira. Crane lança Buzz Sawyer em novembro de 1943. Aproveitando o momento histórico, Crane faz de Buzz um piloto da marinha em plena guerra mundial. As aventuras são de arrepiar.


   Mais tarde, com o final da guerra e o início da Guerra Fria, Sawyer continua ligado ao governo dos Estados Unidos combatendo o perigo comunista na América Central. Pela qualidade da sua obra, Crane recebe o prêmio Reuben em 1959 e, em 1974, o Yellow Kid no Salone Internazionale dei Comics em Lucca, Italia. Morre em 1977". (MARIO LATINO

(http://www.erjcomunicacoes.com.br/se/?p=1235)