Um poema de William Cullen Bryant (1794-1878)
Por Cunha e Silva Filho Em: 11/09/2010, às 08H04
The child and lily
Innocent child and snow-white flower!
Well are you paired in your opening hour,
Thus should the pure and the lovely meet,
Stainless with stainless, and sweet with sweet.
White, as those leaves just blown apart,
Are the plaints folds of thy young heart;
Guilty passion and cankering care,
Never have left their traces there.
Artless one! Though thou gazest now
Over the white blossoms with earnest brow,
Soon will it tire thy childish eye,
Fair as it is, thou throw it by.
Throw it aside in thy weary hour,
Throw it to the ground the fair white flower;
Yet, as thy tender years depart,
Keep that white and innocent heart.
A criança e o lírio
Nívea flor, inocente infante!
Iguais sois ao nascerem,
Dos puros e dóceis o encontro assim deve ser,
Pureza e pureza, doçura e doçura.
Como aquelas alvas pétalas há pouco separadas,
De vosso coração pequeno e compassivo as dobras são;
Culposas paixões, malfazejos atos
Jamais nele deixaram um só vestígio.
Pura inocência! Posto, agora, os olhos ergueis
Com franzido cenho para a branca folha,
Logo se enfastiarão vossos olhos cândidos,
Linda que seja, dela vos afastareis.
Em vossas horas de canseiras, livrai-vos dela,
A bela branca flor, arremessai-a ao chão;
Contudo, à medida que vos fogem os tenros anos,
Do coração a pureza e a inocência conservai.
(Tradução de Cunha e Silva Filho)