Mother to son

 

Well, son. I’ll tell you:
Life for me ain’t been no crystal stair.
It’s had tacks in it.
And splinters,
And boards torn up,
And places with carpet on the floor –
Bar
But all the time
I’se been a-climbin’ on,
And reachin’ landin’s,
And turnin’ corners,
And sometimes goin’ in the dark
Where there ain’t been no light.
So boy, don’t turn back.
Don’t you set down on the steps
”Cause you finds its kinder hard.
Don’t you fall now –
For I’se still going’, honey,
I’se still climbin’,
And life for me ain’t been no crystal stair.

 

De mãe pra filho

 

Bem, meu filho, presta atenção:
Pra mim a vida não tem sido um escada de cristal.
Nela só
Montes de coisas,
Farpas,
Tábuas arrancadas
E lugares sem tapetes no barzinho
Da sala.
Mas no batente tou o tempo todo,
Com tentativas de superação,
De alcançar metas.
De sair de aperturas,
De por vezes caminhar nas trevas
Onde não há luz.
Assim, menino, nada de andar pra trás.
Não fica inerte nos degraus
Por achar isso tudo duro demais.
Não desiste na primeira tentativa –
Pois ainda tou no batente, meu anjo,
E a vida não tem sido uma escada de cristal.

                                                                         (Trad. de Cunha e Silva Filho)