[Flávio Bittencourt]

Sérgio de Sá, do Correio Braziliense: literatura e cultura midiática

Ex-aluno de Jornalismo do UniCeub transforma em livro sua tese da área de Letras apresentada recentemente, com sucesso, à UFMG.

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BELO HORIZONTE (BRASIL): LOGOTIPO DA FEDERAL DE MINAS GERAIS

(SÓ O LOGOTIPO: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Logo_UFMG.jpg)

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BRASÍLIA, Asa Norte: "Grupo e professor [LUIZ CARLOS ASSIS] Iasbeck na sala vip da TV Globo juntamente com alunos do CEUB [UNICEUB]"

(http://bastidoresdainformacaojornalismo.blogspot.com/;

imagem da marca do mesmo Centro Universitário, a seguir exibida:

http://www.diref.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=41&Itemid=18)  

 

 

 
 
Image

 

  

 

  
 

CIDADE DE SÃO PAULO: EMBLEMA COMEMORATIVO DE

ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO DE EX-ALUNOS DA

POLITÉCNICA DA USP, TRADICIONAL INSTITUIÇÃO DE

ENSINO SUPERIOR DE SÃO PAULO, CAPITAL, ONDE O

PROF. DR. VILÉM FLUSSER FOI O RESPONSÁVEL PELA

DISCIPLINA Humanidades

(SÓ O BELO EMBLEMA DE ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS:

http://www.aep.poli.usp.br/info/default.asp)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TÚMULO DE VILÉM FLUSSER E SUA AMADA ESPOSA EDITH FLUSSER EM PRAGA

(REPÚBLICA TCHECA): a família de Flusser havia sido dizimada pelos nazistas

quande ele emigrou, em 1940, para o Brasil (cidade de São Paulo), de onde

saiu possivelmente porque os ares ditatoriais de certo período recente não estavam

agradáveis; foi morar, então, com com sua dedicada mulher, no sul da França

(Robion) e escreveu mais livros, passando a, periodicamente, proferir conferências em

grandes centros de pensamento da Europa

(SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA:

http://www.maiszero.org/blog/)

 

 

 

 

UMA FOTOGRAFIA APAVORANTE

(http://www.dubitoergosum.xpg.com.br/editor23.htm)

 

 

 

 

[VILÉM+Flusser-Foto1A.jpg] 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VILÉM FLUSSER TRABALHANDO

(SEM A LEGENDA ACIMA ENGENDRADA, A FOTO ESTÁ, NA WEB, EM:

http://holosgaia.blogspot.com/2008/08/dvida-da-dvida-por-vilm-flusser.html;

foto: Thilo Mechau)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O FILÓSOFO TCHECO-BRASILEIRO VILÉM FLUSSER (1920 - 1991),

pensador ("pós-moderno") da modernidade tardia e ultraperigosa:

teórico dos APARELHOS, tanto dos tecnológicos, quanto dos

sociais, humanos, terrivelmente humanos [GENIAIS SÍNTESES DE

SEU PENSAMENTO ESTÃO CONTIDOS NA OBRA Pós-história:

vinte instantâneos e um modo de usar, São Paulo, Ed. Duas Cidades, 1983]

(SEM A LEGENDA ACIMA LIDA:

http://www.consciencia-21.blogspot.com/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OUTRA FOTOGRAFIA, com boneca assustadora

(SEM A LEGENDA DA COLUNA "Recontando...":

http://ostenbarth.blogspot.com/2009_02_01_archive.html)

 

 

 

 

 

 

 

"Se muito aprendemos com alunos recém-egressos do antigo Segundo Grau (Ensino Médio), imagine-se, então, com alunos talentosos, aproximadamente duas décadas depois de a eles termos tentado transmitir algo possivelmente interessante, quando publicam artigos jornalísticos, resenhas literárias e teses doutorais teoricamente relevantes! "

(Coluna "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

 "JÁ ACABOU O LANÇAMENTO DO LIVRO: quem deixa, por falta de tempo, para ler jornais tarde da noite, perde eventos sensacionais acontecidos no dia que se finda. Moral da estória:

JORNAL É PARA SER LIDO NO INÍCIO DO DIA!"

(IDEM)

 

 

                             

 

 

 

 

                          Homenageando Vilém Flusser e Edith Flusser - in memoriam -; 

                          agradecendo a Sérgio de Sá - ex-aluno (*) - pela circunstância de ele, com talento, 

                          continuar a transmitir ensinamentos a professores; a

                          Frederico Secco (professor doutor de Filosofia da UENF Darcy Ribeiro) -

                          ex-colega, amigo de infância - por ele ter tido a pachorra de comprar e

                          de ter ido ao Correio e postado, para mim, no ano passado, BODENLOS,

                          uma reunião de notas autobiográficas do grande Flusser:

                          FORAM DOIS PRESENTAÇOS, o livro de Flusser propriamente dito

                          e a alegria de saber que o ilustre presenteador não se esqueceu de mim,

                          nem de minhas teórico-semióticas afinidade eletivas; a

                          Luiz Carlos Assis Iasbeck, ex-colega e amigo; e a

                          todos os ex-alunos "meus"

  

 

(*) - Como estava eu trabalhando em emprego regular, com horário de entrada e saída severamente fiscalizados (Banco do Brasil S.A., Área de Multimeios / Setor Vídeo, do DESED - Departamento de Formação do Pessoal e, depois, proteção de marcas registradas, do DEMAR - Departamento de Marketing) e, simultaneamente, elaborando dissertação de mestrado (Comunicação e Semiótica, PUC-SP, sendo orientador da pesquisa o Prof. Dr. José Amálio de Branco Pinheiro), não pude dedicar àquela turma a atenção demandada, no que se refere à preparação das aulas que ela merecia, e, por isso, com mais de duas décadas de atraso, peço, de público, desculpas por ter ministrado muitas aulas sem que elas tenham sido adrede preparadas: QUE BOM QUE, MESMO ASSIM, EX-ALUNOS APRESENTEM RESULTADOS TÃO EXPRESSIVOS EM TERMOS DE PROFICIENTES RESULTADOS DE PESQUISAS ACADÊMICAS, É MÍNIMO O QUE POSSO EXTERNAR, AGORA! [O mencionado problema terá sido, até onde foi possível, minimizado com as palestras, várias, ministradas por conceituados profissionais de mídias brasilienses, num espaço acadêmico denominado, propriamente, Realidade Regional em Comunicação.]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.verdestrigos.org/agora/2007_06_10_archive.asp)

 

 

 

 

 

 

25.8.2010 - Conversando certa vez, por telefone, com o ex-aluno de Jornalismo Sérgio de Sá (*), crítico literário do Correio Braziliense, recordou-se ele de este seu ex-professor de Realidade Regional em Comunicação ter apresentado à sua turma o importantíssimo [a expressão, minha, não foi pronunciada por Sérgio de Sá] livro Pós-História, de Vilém Flusser - É uma honra e uma grande alegria a seus ex-professores saber que sua produção atual é teoricamente relevante. Não posso (ainda) comentar sua tese, porque, até agora, não tive a sorte de poder estudá-la. Pior do que isso: não consegui, ontem, ir ao lançamento de seu livro (por isso, aqui, peço desculpas ao Sérgio, mas a verdade é que só soube do lançamento depois de o mesmo ter acontecido, em matéria do tablóide O DESTAK, de ontem, p. 11, com ótima foto do autor em close up que aqui não exibo por falta de APARELHO para fazer isso e porque essa imagem ainda não está na web). Bem, se ele não se esqueceu de um livro estudado há mais ou menos vinte anos, é porque a obra não lhe foi desimportante. (O livro de Sérgio de Sá foi lançado, em Brasília, ontem à noite, terça-feira, 24.8.2010, no Restaurante Carpe Diem, na 104 Sul, acrescentando-se que, curiosamente, pelo que parece, essa tese poderia ter sido apresentada tanto no âmbito de um programa de pós-graduação em Letras, quanto num de Comunicação.) F. A. L. Bittencourt ([email protected])

(*) - Não confundir com o músico paulista Sérgio Sá.

 

 

 

 

CORREIO BRAZILIENSE (AGOSTO / 2010)

"Livro debate mídia e literatura por autores que falam sobre o próprio ofício 
 

A mídia é feita de imagens. A literatura, de palavras. O número de suportes é evidentemente desigual: a seu favor, a imagem se apresenta por meio das telas de celulares, televisores, cinemas e incontáveis aparelhos eletrônicos, e ainda conta com a ajuda de impecáveis estímulos sonoros. Já a palavra literária, por um punhado de páginas de papel. A mídia ocupou o lugar que antes pertencia à literatura. E isso pode não ser tão ruim assim para os escritores contemporâneos, sejam eles iniciantes ou experientes. É o que defende o jornalista e professor da UnB Sérgio de Sá no livro A reinvenção do escritor: literatura e mass media, resultado da tese de doutorado em estudos literários defendida na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Sérgio de Sá:  
Sérgio de Sá: "Ou você diz não à cultura de mídia e se fecha ou dialoga com essa cultura de maneira inteligente"
“O escritor como perdedor não tem que dar satisfação. Essa derrota pode ser vista como vitória. Por ser perdedor, está livre para fazer o que quiser. Ou você diz não à cultura de mídia e se fecha ou dialoga com essa cultura de maneira inteligente. Se deixar aderir totalmente não me parece uma alternativa válida”, explica o autor. O lançamento será hoje, às 19h, no restaurante Carpe Diem (104 Sul).

Em vez de tratar os meios de comunicação de massa (os mass media) como inimigos da escrita (ou mesmo da arte), Sérgio de Sá prefere recorrer à literatura e a pensadores da comunicação em busca de respostas ou hipóteses para o debate. Em especial, a produção contemporânea argentina e brasileira. Escritores como Bernardo Carvalho e Sérgio Sant’Anna e o argentino Ricardo Piglia discutem o diálogo da literatura com a mídia por meio da ficção.

A reinvenção do escritor: literatura e mass media
            De Sérgio de Sá. Editora UFMG, 276 páginas. R$ 50. Lançamento hoje, às 19h, no restaurante Carpe Diem (104 Sul). - ()  
A reinvenção do escritor: literatura e mass media De Sérgio de Sá. Editora UFMG, 276 páginas. R$ 50. Lançamento hoje, às 19h, no restaurante Carpe Diem (104 Sul).
São livros em que o narrador ou o personagem se encontram em dúvida entre fazer parte do sistema midiático ou viver fora dele, desenvolvendo novas formas de escrever sem medo de ser esquecido pelo público. Sá classifica esse sujeito como personagem-escritor. “É sintomático que haja tanto personagem na literatura brasileira e argentina que seja escritor. Tem aí um incômodo do escritor de ficção que o leva a se autoficcionalizar, discutir o seu próprio papel nessa sociedade. Ao fazer isso, está mostrando alternativas para vermos o mundo de outras formas. É uma defesa da literatura, no fim das contas”, afirma.

Pertencer ao sistema pode significar repetir o que a televisão ou o best-seller, por exemplo, já fazem, em narrativas que elaboram imagens envolventes, mas não mobilizam a imaginação. A marginalidade, por sua vez, talvez signifique um afastamento irracional e paranoico. O ideal, segundo o jornalista, é que o escritor contemporâneo se mantenha em equilíbrio. “É um paradoxo. Não adianta ficar experimentando e falar com ninguém. Tem que encontrar uma chave que apresenta as armas literárias. É um caminho ambíguo: o escritor não pode abandonar a ideia de se comunicar com o público, nem fazer adesão completa”, comenta.

Percepção
No arsenal à disposição dos livros, os escritores se valem de um artefato que nenhum outro espetáculo midiático pode oferecer: um discurso que alimenta, com alguns parágrafos, a poderosa imaginação humana. “O grande desafio da literatura é fazer a gente imaginar coisas que já não tenham sido fornecidas pelos meios de comunicação. A força dela reside muito nisso, na possibilidade de oferecer uma percepção diferente da que você tem dos meios”, analisa.

O texto de Sá foi concebido na universidade, o que não torna o livro um enigma acadêmico de difícil leitura. A escrita mais se parece como um grande ensaio sobre mídia e literatura latino-americana. E, apesar da formação de jornalista, o argumento do autor se posiciona ao lado da ficção. “Em contato com a literatura, o leitor pode se individualizar, se particularizar, e passar a ser um crítico mais contumaz dos próprios meios. O leitor lê essas coisas do escritor que se encena, e o leitor se coloca no papel do escritor, em conflito constante com a realidade. A literatura dá às pessoas a possibilidade de pensar por elas mesmas”, destaca. Por fim, a ansiedade do personagem-escritor contemporâneo, quando está diante de uma folha em branco e duvida de si mesmo, talvez seja a mesma do leitor que, a propósito da ausência dos livros, encontra-se atormentado pelo excesso de informação. Sérgio de Sá propõe uma reinvenção do escritor, que, de alguma maneira, é também uma reinvenção do leitor.

Leia trechos

"Mundo dos mass media. Ele está aí, diante de nossos olhos, enquanto a literatura busca alternativas para não desaparecer. Do seu canto, através dos olhos do personagem-escritor, ela perscruta o monstro-media.

Na sociedade dos meios de comunicação de massa, o pensamento vê-se atrelado à imagem. Quantas vezes não relacionamos o que nossos olhos veem com imagens já vistas. No cinema e na televisão, principalmente. E estamos sempre pedindo a esse mundo fora das telas que se pareça com aquele outro. Que tenha o mesmo glamour, charme, apelo.

A presença da mídia é avassaladora. A experiência, não poderia ser diferente, atinge também o intelectual. Muitos assuntos das conversas cotidianas nascem, resvalam ou acabam nela. A reportagem, desempenho de determinado ator, o jogo de futebol, o videoclipe. É a "sociabilidade" sendo conformada. O meio deixa de ser simplesmente a mensagem. O conteúdo cumpre seu papel. Não houve destruição de relações humanas. Conversamos sobre a novela, debatemos o último filme. A tecnologia impôs novas formas de socialização. Não estamos cara a cara, mas comunicamos, comunicamos, comunicamos".

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"Escrever na América Latina é também tomada de posição. Para o escritor argentino Ricardo Piglia, haveria três possibilidades para o romance na contemporaneidade, a partir de decisão autoral. A primeira delas é a recusa total à cultura de massa, dizer "não", adotar uma estética da negatividade, porque é necessário evidenciar os mecanismos de manipulação e de "transparência linguística" que os mass media impõem e exigem. Na Argentina, vale frisar rapidamente, essa não-negociação é menos rara entre jovens escritores do que no Brasil, mesmo que eles já tenham sido criados (educados) dentro de uma cultura mais mediática do que escolar.

A segunda saída romanesca é a "estratégia pós-moderna", qual seja, apagar no texto as marcas limítrofes entre alta e baixa cultura. Por esse caminho, tenta-se chegar ao grande público leitor, retirado da literatura pela mídia. Convoca-se o popular para dialogar com o erudito, retrabalham-se os formatos mais difundidos pelos meios, para daí o escritor extrair um caldo equilibrado. Se o exemplo argentino da primeira hipótese é Juan José Saer, o trono neste último caso vai para Manuel Puig, ambos citados por Piglia. No Brasil, um romance como Lavoura arcaica (1975), de Raduan Nassar, talvez nos permita uma aproximação a Saer. Para a segunda opção, inevitável pensar na obra de Rubem Fonseca.

O terceiro movimento é o que traz material não-ficcional para a literatura. Os melhores exemplos seriam os textos que vieram à tona durante as ditaduras militares ou logo depois delas. Foi a forma (ou foram as formas) que o escritor encontrou para burlar a censura: o romance-reportagem e o romance-testemunho. Na Argentina, Rodolfo Walsh. No Brasil, o texto mais comentado entre os examinadores da questão ficou sendo O que é isso, companheiro? (1979), de Fernando Gabeira."

 

 

Publicação: 24/08/2010 07:00 Atualização: 24/08/2010 08:47".

(http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/08/24/diversaoearte,i=209412/LIVRO+DEBATE+MIDIA+E+LITERATURA+POR+AUTORES+QUE+FALAM+SOBRE+O+PROPRIO+OFICIO.shtml)