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Eu, artífice

 

Atento agora ao traço,

corrijo o mais da matéria,

ego a minha arte do poço

onde flutua.

 

Como o brilho se desprende

do metal mais bravo,

no forro de cada um

o desgaste é tanto

 

que eu, artífice, colho

o que de mim alimenta,

falo do que estou sendo,

da sua mão em desordem,

dos passos, das lágrima baixas

que se vão constituindo.