POEMA DE LUIZA NETO JORGE
Por: Jefferson Bessa Em: 01/02/2015, às 13H35
Eu, artífice
Atento agora ao traço,
corrijo o mais da matéria,
ego a minha arte do poço
onde flutua.
Como o brilho se desprende
do metal mais bravo,
no forro de cada um
o desgaste é tanto
que eu, artífice, colho
o que de mim alimenta,
falo do que estou sendo,
da sua mão em desordem,
dos passos, das lágrima baixas
que se vão constituindo.