Xepeeeiiiiirooooooo!!!!
XEPA DA FEIRA, em horário avançado (*risos*)
(http://www.flickr.com/photos/43215429@N00/2718028569 ,
onde consta a seguinte legenda: "A xepa da feira da [RUA] Cayowaa
[EM SÃO PAULO, CAPITAL])
O CREME DO CREME: a nata do rádio brasileiro
(http://3.bp.blogspot.com/_Eca1qQOqNdI/TDUzmrE52dI/AAAAAAAAOvA/sz02elpRvI0/s1600/29_MHG_capa_cd_marcella.jpg)
WALDIR AMARAL, SÍIVIO LUIZ E JORGE CURY: trinca de grande respeitabilidade
(http://www.silvioluiz.com.br/index.php/fotos-pessoais/?page=10&nggpage=3)
APARTAMENTO À VENDA
"(...) Este imóvel está localizado em Rua Radialista Waldir Amaral, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ e foi publicado na categoria comprar no AgenteImovel há 152 dias".
(http://www.agenteimovel.com.br/imovel/comprar/rua-radialista-waldir-amaral/maracana/rj/479098.htm)
DOALCEI BUENO DE CAMARGO, da Rádio Tupi do
Rio de Janeiro: exemplo de profissional, também foi
chefe de equipe, por ser organizado e ter espírito de
liderança
(http://terceirotempo.ig.com.br/noticia/Morre_Doalcei_Bueno_de_Camargo_grande_narrador_da_Radio_Tupi-8828)
GRANDE MESTRE ORLANDO BATISTA, da Rádio Nacional:
patriarca a quem todas as reverências são devidas,
aqui considerado O REI DOS LOCUTORES DE RÁDIO
(SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA:
http://blogdoradiocarioca.blogspot.com/,
BLOG DO RÁDIO CARIOCA)
[MENSAGEM À PREZADA COLEGA ISABELA GUEDES, responsável pelo
excelente BLOG DO RÁDIO CARIOCA:
Colega Isabela, foi você quem inventou a expressão RADIONAUTA? Se sim,
posso dedicar matéria à tua honrada biografia? Se não foi, se não for pedir
demais, por favor, diga ONDE VOCÊ VIU OU LEU ESSA PALAVRA interessante.
E MANDE UM RESUMO BIOGRÁFICO SOBRE VOCÊ, se tiver tempo, para que aqui
se escreva, dedicadamente, sobre o acima referido BLOG DO RÁDIO CARIOCA E
SUA CRIADORA; abraço-a efusivamente! (Meu e-mail é [email protected].)
F. Bittencourt]
OLDEMÁRIO TOUGUINHÓ, DO JORNAL
DO BRASIL, "O JORNALISTA QUE VIVIA A NOTÍCIA
24 HORAS POR DIA" - autor de um livro sobre o Maracanã -
ARTICULISTA, COMENTARISTA DE RÁDIO E TELEVISÃO,
PESQUISADOR E ESCRITOR QUE INFELIZMENTE JÁ NOS DEIXOU
(http://jbonline.terra.com.br/jb/papel/esportes/2003/01/20/joresp20030120010.html)
Abril 30, 2004
Estátuas do Rio - V
"Zózimo Barroso do Amaral, o homem que elevou o colunismo social ao nível do jornalismo (assim como Ibrahim Sued o tinha à baixa literatura), teve peças reais de seu vestuário utilizadas na confecção desta estátua, erguida no canto direito da praia do Leblon, tal como um vigia a zelar pelas ondas da praia. Em tamanho real (Zózimo era baixinho), veio com o kit completo, incluindo máquina de escrever elétrica, talão de cheques, Jornal do Brasil e blocos de notas, colocados num canto, como quem dá uma paradinha, tira o paletó e afrouxa a gravata para uma caminhada á beira-mar no fim da tarde".
(http://www.mondo-exotica.net/nacaradogol/arquivos/2004_04.html,
COM A NECESSÁRIA DISCORDÂNCIA DESTA COLUNA "RECONTANDO..." DIANTE DA ESTRANHA CONSIDERAÇÃO SOBRE O PRESUMÍVEL "baixo estilo" DAS NOTAS DA LAVRA DO GRANDE JORNALISTA IBRAHIM SUED, mas respeitando, como sempre, quem essa idéia expressou; ESTA OBSERVAÇÃO SE DEVE AO FATO DE QUE SUED CRIOU ESTILO, chegou, por assim dizer, "à forma perfeita" - do tipo de jornalismo que ele praticava -, o que significa que DIFICILMENTE TAL LITERATURA PODE SER ASSIMILADA À IDÉIA DE "baixa literatura", com todo respeito que o apresentador de belos monumentos cariocas e crítico de I. Sued sem esforço algum inspira;
a foto da estátua de Zózimo está em http://www.jblog.com.br/media/132/20090615-zozimo1.JPG)
"Camisa 9
Camisa 9 foi uma mesa-redonda de debates sobre futebol exibida nas noites de domingo no canal 9 do Rio de Janeiro (sucessivamente ocupado pela TV Record carioca, TV Corcovado, Rede OM e CNT). Luiz Orlando era o apresentador.
A mesa era composta por respeitados comentaristas do meio futebolístico do Rio de Janeiro como Oldemário Touguinhó, e Orlando Batista, entre outros. Na segunda metade dos anos 80 e no início dos anos 90, período no qual foi exibido, Camisa 9 garantiu uma audiência fiel por ser a principal mesa-redonda da televisão carioca".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Camisa_9)
A Orlando Batista, abraçando-o, com a máxima admiração, e à memória de
Doalcei Bueno de Camargo, Zózimo Barroso do Amaral e o grande botafoguense
Oldemário Touguinhó, chorando,
com respeito e saudade
(tambem do JORNAL DO BRASIL nas bancas) e a
Isabela Guedes e Luiz Orlando, desejando a eles
saúde e vida longa!
14.8.2010 - Não chateie o homem! - O cronista social Zózimo, do Jornal do Brasil, fez um comentário desagradável a respeito de Orlando Batista, grande locutor de futebol, em sua coluna. O homem ficou irritadíssimo e repetia, seguidamente, ao bradar, no microfone, contra ele Zózimo, com seu timbre de voz muito grave e, naquele momento, absolutamente enfurecido:
- XEEEEPEEEEEIROOOOOO!!!!!!
A verdade é que Zózimo sofreu com isso. Como ele (Zózimo), que não era xepeiro, já faleceu, este suelto de apresentação de uma das estórias mais curiosas da crônica desportiva é homenagem à sua memória e à existência do grande Orlando Batista, rei da narração radiofônica na Coluna "Recontando..." venerado como O PATRIARCA A QUEM TODAS AS REVERÊNCIAS SÃO DEVIDAS
SAÚDE E VIDA AINDA MAIS LONGA A ORLANDO BATISTA, o locutor de DOZE COPAS (quando eu ainda ia aos estádios, no Rio, levando radinho de pilha para, com sua possante voz, ilustrar o que via lá no meio do campo: A NARRAÇÃO ERA MAIS INTERESSANTE, aliás!), antes do venerável pai do locutor e comentarista Luiz Orlando estar presente em posteriores campeonatos mundiais de futebol organizados pela FIFA!
F. A. L. Bittencourt ([email protected])
O locutor Orlando Batista fez história no rádio. Descobriu um filão: na emissora em que trabalhava, a Mauá, jamais deixou de cobrir os jogos de seu time, o Vasco da Gama, a segunda torcida mais numerosa do Rio de Janeiro. Tinha público certo e, por ser tão focado em audiência, seu programa sempre foi patrocinado pela cerveja Antarctica.
Na mesma Rádio Mauá, pilotava um programa no fim da tarde, “A turma do bate-papo”, que sempre iniciava dando boa-tarde a todas, rigorosamente, todas as categorias profissionais, não esquecia nenhuma.
Certa tarde, chegou furibundo à emissora porque o colunista Zózimo Barrozo do Amaral, do Jornal do Brasil, o havia criticado por alguma mancada durante o programa.
Orlando deu o troco no programa que reunia os repórteres da Mauá, cada qual fazendo uma resenha do dia-a-dia nos clubes que cobriam. Só que dedicou quase o programa inteiro a espinafrar Zózimo.
Isso depois dos numerosos boas-tardes. “Boa tarde, motoristas de ônibus, caminhões e carros particulares! Boa tarde, garçons, auxiliares de cozinha, cozinheiros, cozinheiras, sapateiros, lanterneiros, protéticos, encanadores, costureiras, médicos, enfermeiros e pacientes dos nossos hospitais! Boa tarde, porteiros de edifícios, sapateiros, guardas de trânsito, policiais...!”, e por aí vai.
Meia hora depois de cumprimentar todo mundo, gastou a meia hora restante do programa para se defender da nota publicada no JB. Falou algo assim:
– No programa de hoje não vamos falar de futebol, vamos falar de um cidadão que nos atacou injustamente através de sua coluna social, que é lida somente pelas madames, pelas dondocas da sociedade, que não têm nada o que fazer na vida. O senhor Zózimo Barrozo do Amaral teve a ousadia de nos criticar covardemente, desonrosamente. Sabem quem é este Zózimo? Meus amigos, este senhor Zózimo é conhecido por filar a bóia dos ricaços do Rio de Janeiro. Ele chega quando o jantar já está servido e come os restos. Parece até aquele pessoal que chega sempre no final da feira para comprar os legumes mais podres e mais baratos. A diferença é que ele não paga nada. Seu Zózimo não passa de um xepeiro das mesas dos grã-finos. É isso que ele é, um XEPEEEEIROOOO! XEPEEEEIROOOO!
E repetiu muitas vezes a palavra.
No JB, foi o assunto daquele e dos dias seguintes. Como as editorias ficavam em salas fechadas, sempre que Zózimo acabava de passar, algum engraçadinho ia até a porta e berrava:
– XEPEEEIROOO!
Consta que até o pessoal do comando da Redação participou da gozação. E Zózimo ficou, ficou sim, eu vi, muito, mas MUITO ["fulo"] da vida mesmo com aquela palhaçada". (http://quemevivo.blogspot.com/2009_05_01_archive.html)
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SOBRE ZÓZIMO,
no OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
(editado pelo Dr. Alberto Dines),
Seção ASPAS (OS VEÍCULOS ONDE
OS DOIS ARTIGOS FORAM ORIGINALMENTE
PUBLICADOS CONSTAM AO FIM DE CADA
TEXTO)
ZÓZIMO
Belisa Ribeiro
"O mais famoso e respeitado colunista social brasileiro, Zózimo Barroso do Amaral, acordava cedo. E a malhação literal do começo da manhã, sempre passando pela praça em que agora será homenageado, era café pequeno perto da correria do resto do dia. Zózimo tinha pouquíssimo tempo útil para não apenas garimpar como redigir no tamanho exato as pérolas com que brindaria os seus leitores no dia seguinte. A noite? Bem, a maioria delas era reservada a um programa tão comum aos comuns mortais que nem de longe poderia ser taxado de maravilhoso, movimentado ou inesquecível: ver filmes no vídeo.
A grife Zózimo surgiu exatamente no dia 4 de fevereiro de 1969, quando o jornalista passou a assinar no título a sua coluna que se mudava de O Globo para o Jornal do Brasil. Diz a lenda que o Dr. Roberto Marinho despediu-se com o seguinte vaticínio: ‘Meu filho, você está fazendo a maior besteira da sua vida. Todo mundo sabe quem é Carlos Swann e ninguém sabe quem é Zózimo Barroso do Amaral’. Rebatido de pronto pelo colunista com a ironia calma e elegante que era sua marca maior: ‘Doutor Roberto, o senhor está dando um argumento a meu favor porque acho que está na hora de as pessoas saberem quem é Zózimo Barroso do Amaral’.
E todo mundo ficou sabendo. Já na estréia, Zózimo teve direito a uma chamada de primeira página que definia muito adequadamente seu perfil diferenciado dos demais colunistas sociais brasileiros: ‘Zózimo Barroso do Amaral traz para o JB a experiência que adquiriu como responsável pela coluna de Carlos Swann (...) É um jovem de 27 anos com cinco de jornalismo. Faz questão de esclarecer que não é colunista social e que sob sua assinatura o leitor encontrará noticiário diversificado, voltado para a vida da cidade.’
O noticiário de Zózimo era tão diversificado e politizado (principalmente para aqueles duros tempos da ditadura do começo dos anos 70) que ele foi preso pelo regime militar muitas vezes.
Durante seus mais de 20 anos de Jornal do Brasil, Zózimo muitas vezes acumulou funções que aumentavam a pedreira do seu dia a dia: foi editor do Caderno B e passou quase dois anos editando, além de sua coluna, também o Informe JB.
Zózimo foi Zózimo por seu estilo inconfundível, mas certamente também porque descobria antes de todo mundo que Ivo Pitanguy iria operar a duquesa de Windsor ou que os Monteiro de Carvalho venderiam sua parte na Volkswagen para os árabes. E, antes de toda a editoria de esporte, que a seleção brasileira disputaria um torneio internacional em Mônaco. Esporte, aliás, era o fraco de Zózimo que costumava se definir como ‘o Braga pobre’ se referindo ao fato de o banqueiro Almeida Braga assistir a todas as competições esportivas importantes ao vivo, enquanto ele grudava na televisão. É por essas e por outras e por outras que Zózimo é quase uma unanimidade, elogiado por socialites, empresários, jornalistas.
É claro que tem gente que não gostava. Sônia Braga pode ter se aborrecido embora tenha sido simplesmente perfeita a nota que seguiu à performance da atriz que havia decidido assistir de cócoras a um discurso do Presidente Fernando Henrique: ‘No cinema: É um pássaro? É um avião? Não, é o Super-Homem. No Planalto: É uma penosa? É uma enceradeira? Não, é a Sônia Braga.’
Há os que tenham ficado tão furiosos que procuraram o caminho judicial (Zózimo chegou a responder a uma média de três processos por ano e foi absolvido em todos). Mas, na maioria absoluta das vezes, o estilo Zózimo de ser (e de escrever) eliminava, através de uma precisa mistura do rigor da apuração com a elegância do formato, qualquer possibilidade de réplica, quanto mais de desmentido. Um dos melhores exemplos deste tipo de façanha foram duas notas gêmeas e sem título.Do lado esquerdo, lia-se: ‘Depois de espairecer uma semana em Paris, incógnita, está de volta ao Brasil a bela Tereza Collor. Voltou a sorrir’. E, exatamente com a mesma diagramação, do outro lado da página: ‘Depois de espairecer esta semana em Paris, incógnito, está de volta ao Brasil o empresário Sérgio Alberto Monteiro de Carvalho. Voltou a sorrir’. Tereza reclamou com um amigo que ligou para o Zózimo afirmando: ‘Zózimo, Tereza é minha amiga e me garante que, em Paris, ela só falou com o Sérgio Alberto pelo telefone’. Do alto de seu humor fleumático, com a certeza de ter cometido o crime perfeito, dizem as más línguas que Zózimo soberano apenas retrucou: ‘Mas eu nem sabia que eles tinham se falado pelo telefone!’. É por isso que, gostando ou não gostando, uma coisa não se pode discutir: como ele, não tem igual.
Carlo Wrede
"Colunista terá estátua", copyright Jornal do Brasil, 16/11/01
"O nome de Zózimo Barrozo do Amaral, jornalista que comandou uma das mais populares colunas sociais do Rio durante quase 30 anos, vai batizar uma praça e uma estátua em bronze na praia do Leblon. A homenagem será inaugurada no dia 25, no final da Avenida Bartolomeu Mitre, próximo à Avenida Niemeyer. ‘Acho o local muito bem escolhido, porque o Zózimo adorava passear por ali de bicicleta’, elogia a viúva do colunista, Dorita Moraes Barros. Neste domingo, completam-se quatro anos da morte do jornalista.
O projeto da estátua é do artista plástico Roberto Sá, que se baseou em fotos e objetos que pertenceram ao colunista para criar uma escultura hiper-realista. A estátua estará de pé, segurando um paletó jogado sobre o ombro direito e com a mão esquerda no bolso. Diante de si, terá a inseparável máquina de escrever do colunista e objetos de seu cotidiano, como agenda e caneta.
O corpo foi moldado usando as próprias roupas do jornalista, que receberam uma camada de cera e depois foram envolvidas pelo bronze. ‘Apesar de terem sido queimadas pelo bronze, as roupas de Zózimo estão lá dentro, fazendo parte da escultura’, explica Roberto. Pelo mesmo processo foram moldados o paletó, o relógio, a caneta e a máquina de escrever. Já para fazer a mão direita da escultura, o artista usou como molde a mão do filho de Zózimo."
"O estilo Zózimo de ser", copyright Jornal do Brasil, 16/11/01
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onde também consta:
)
EU SOU RADIALISTA
Me chamo Marcondes Antonio Pereira, tenho 53 anos e sou conhecido no meio rádio e televisão como Marcondes Pereira.
Comecei minha carreira em 1973 como operador e locutor da Rádio Teresópolis AM na cidade do mesmo nome onde mais tarde passei a programador, supervisor de operações e comunicador, apresentava um programa de auditório à tarde.
Querendo ampliar meus conhecimentos vim para o Rio de Janeiro e trabalhei como operador de áudio na Rádio Carioca, fiquei pouco tempo nesta emissora, pois fui chamado para trabalhar na Rádio Tupi AM. Nesta empresa exerci a função de operador de áudio nos programas ao vivo da emissora trabalhando com Paulo Barboza, Paulo Lopes, Carlinhos de Azevedo, Colly Filho e Cidinha Campos. Parte do meu horário era dedicado às gravações das produções da casa, foi ai que me despertou o interesse pela sonoplastia, um trabalho fascinante onde você pode dar vida a um simples texto e transformá-lo numa chamada vibrante, alegre e que desperta a atenção de quem ouve. Novelas de rádio onde toda a imaginação do ouvinte é induzida pela sonoplastia.
Mas eu ainda não estava satisfeito, queria mais. Neste período eu me afastei do Rio e fui trabalhar em Campinas a convite do astrólogo mais famoso da época Omar Cardozo, em Campinas tinha um estúdio dentro da fazenda do Omar e lá nós produzíamos seu programa que era distribuído para todo o Brasil.
Por motivos familiares eu tive que retornar a Teresópolis e perdi o contato com Omar Cardozo, voltei a Rádio Teresópolis que nesta época já pertencia ao Sistema Globo de Rádio, foi então que eu vi ali a minha chance de realizar um sonho, o de trabalhar na Globo.
O Sistema Globo tinha várias emissoras próprias no interior e um diretor era encarregado pela coordenação dessas emissoras, seu nome, Cid Camargo, já falecido.
Certo dia fui à sala do Sr. Cid pedir aumento e para minha surpresa, ao invés de aumento salarial, o Sr. Cid me convidou para trabalhar na Rádio Globo. Claro, isso era mais que um aumento, era a minha chance de realizar meu sonho, além de ter o salário elevado quase que três vezes o que eu ganhava, na mesma hora eu disse sim.
Chegando a Rádio Globo, me apresentei ao Sr. Gilman Portela que me encaminhou para a Rádio Mundial também pertencente ao Sistema Globo, o grande sucesso do rádio AM da época, comecei meu trabalho como operador e logo em seguida conheci o Formiga que era o chefe da área técnica, ele me colocou trabalhando também na Rádio Globo, ou seja: eu fazia dois horários na empresa. Foi um grande aprendizado, trabalhei com os grandes nomes do rádio como: Haroldo de Andrade, Mário Luiz, Valdir Vieira, Édmo Zarife, Jorge Cury, Valdir Amaral, Adelzon Alves, Luciano Alves, José Carlos Araújo, Paulo Giovanni, Waldir Vieira e muitos outros de grande valor. Aprendi a ser perfeito, a não errar, a fazer as coisas com criatividade e carinho, pois estava fazendo um trabalho para a Rádio Globo, a maior de todas.
Mas a sede de conhecimento não parava e comecei a me interessar pela televisão, a convite do diretor da Radiobrás Roberto Rosemberg fui trabalhar como sonoplasta do programa Flávio Cavalcanti apresentado na extinta TV Tupi, ali fiquei até o programa sair do ar. Pelo trabalho que realizei na TV Tupi fui convidado a trabalhar como sonoplasta da Rádio Nacional. A Radiobrás resolveu colocar no ar a Rádio Ipanema (antiga Rádio Mauá) e mesmo sendo sonoplasta da Nacional comecei a apresentar um programa jovem na Rádio Ipanema. Foi o maior fenômeno do Rádio nos anos 80, pois com a morte de Big Boy o maior comunicador jovem do rádio brasileiro que falava muito rápido e engraçado, o rádio ficou meio parado, sem vibração, pois as rádios jovens tinham uma locução mais coloquial e os locutores se limitavam a anunciar as músicas e ler as notas. Quando apareci na Ipanema eu trouxe uma linguagem toda diferente, falando como os jovens da época falavam e isso transformou todo o rádio musical, pois depois da minha estréia muitas outras emissoras do segmento passaram a contratar locutores que tivessem esse perfil. Com o sucesso da Ipanema comecei a participar de programas de televisão como jurado de concursos de dança e o programa que fazia sucesso nas tardes de sábado era o do Carlos Imperial na TV Tupi. Outro apresentador de TV de sucesso era o Monsieur Lima, uma versão franco-cearense do Big Boy e lá estava eu sendo entrevistado e dando dicas de músicas de sucesso e lançamentos.
Junto a tudo isso, também acompanhei de perto o surgimento de estrelas como, Cazuza e o Barão Vermelho, Sandra de Sá, Jessé, Gilliard e até a comediante Fafy Siqueira que era cantora, nós fazíamos shows pela capital e interior, também acompanhei a produção e divulgação no Brasil do Cantor Jim Capaldi, uma lenda do Rock, ex-baterista da banda Trafic que veio a falecer em 2008. Seu último sucesso foi a regravação da música Ana Julia da banda brasileira Los Hermanos.
Nos anos 80 começou a surgir o FM, pois até então, apenas a Rádio Imprensa transmitia em freqüência modulada músicas como um serviço para escritórios, consultórios etc. Não havia locução. Ai apareceu a Rádio Cidade FM trazendo uma comunicação mais descontraída e com músicas de sucesso, em pouco tempo a Rádio cidade se tornou o maior sucesso.
Os tempos mudaram, a Radiobrás mudou toda a sua programação acabando com a música jovem da Ipanema e transformando a emissora numa rádio especializada em samba. Foi então que eu passei a trabalhar efetivamente em televisão, através de um amigo locutor fui levado a TV Bandeirantes e comecei a trabalhar como sonoplasta. Ali eu sonorizava programas ao vivo como Edna Savaget, Bola na Mesa programa de esporte que era apresentado por Alberto Léo, Paulo Stein, Márcio Guedes e Galvão Bueno e os Tele-Jornais, montava as chamadas da casa e os comerciais.
Em 1983 surgiu uma vaga na Rede Globo de Televisão e lá fui eu encarar mais um desafio. O de sonorizar chamadas. Não demorou muito e eu já estava dirigindo as gravações de texto de um dos maiores locutores que eu já conheci, Dirceu Rabello, não só dirigia as gravações como também produzia trilhas para sonorização de programas, pois além do rádio eu também sou músico, toco piano, guitarra e violão. Paralelo a TV Globo, eu ainda trabalhava no Estúdio Nova Onda, onde aprendi a técnica da captação, gravação e mixagem de jingles, vinhetas e discos.
Como se não bastasse ainda arranjei tempo para ser o sonoplasta do palhaço Bozo que liderava a audiência infantil na época na TVS canal 11, hoje SBT. Fiquei dois anos trabalhando com o Bozo entre os programas de estúdio e as viagens para shows. Foi neste programa que aconteceu um fato que teve uma repercussão enorme, pois o programa era ao vivo e um garoto xingou o Bozo no ar. Quero aqui prestar minha homenagem aos dois atores que faziam o Bozo no Rio. Charles Myara e Nany, este último se tornou o vocalista de um grupo de pagode que chegou a fazer sucesso, o Ginga Pura. O Charles ainda continua atuando e é visto em algumas novelas da TV Globo.
Em 1987 fui transferido para Belo Horizonte onde exerci a função de editor de imagens do jornalismo, editando matérias nacionais para o Fantástico, Globo Esporte e demais programas jornalísticos da rede. Como sempre, não me contentava em fazer somente uma coisa, por isso, cobri as férias de um comunicador da Rádio Globo AM Minas e apresentei o programa Show da Madrugada. Neste mesmo período em BH, trabalhei na Formaset uma produtora de vídeo. Lá eu além de editar comerciais para TV, dirigia documentários, pequenos comerciais e campanhas políticas.
De volta para o Rio de Janeiro em 1992, continuei na minha função de sonoplasta na Rede Globo onde fiquei até 1996. A convite de um dos maiores técnicos e para mim um gênio, o José Cláudio Barbedo, admirado por todos os técnicos e conhecido pelo apelido de “Formiga” retornei ao Sistema Globo de Rádio para exercer a função de sonoplasta. Eu sonorizava programas, criava vinhetas para todo o Sistema e fui o responsável por toda a plástica da grande novidade do momento no sistema, a Rádio Clik, às vezes entrava no estúdio às 15h e só parava por volta das 02h00. Foi muito bom ter feito esse trabalho e ver hoje com alegria que a nossa Unidade Digital é um sucesso.
Isso é apenas um resumo do que eu fiz no rádio e na tv ao longo da minha carreira, porém, vou colocar as emissoras que trabalhei e o que fiz, de uma forma mais simples.
Alem da carreira de radialista, sou músico e produtor musical
Eventos que trabalhei.
Rock in Rio 1985 – Sonorização para TV Globo
Copa do mundo de 1982 – Rádio Nacional do Rio com José Carlos Araújo
Carnaval na Avenida Marques de Sapucaí – Sonorização para Rede Bandeirantes e no ano seguinte para Rede Globo.
Aniversário de 60 anos da Rádio Globo no Maracanã
Emissoras onde trabalhei.
Rádio Tupi – Operador de áudio
Rádio Carioca – Operador de Áudio e produtor
Sistema Globo de Rádio (Primeira vez) – Operador de mesa e gravações
Radio Nacional – Sonoplasta
Rádio Ipanema – Locutor animador
Rádio Tamoio – Locutor e operador
Rádio Imprensa FM – Sonoplasta e programador
Rádio Melodia – Coordenador de programação e locutor
Detalhe: A Rádio Melodia FM foi inaugurada em Petrópolis e nesta data eu coordenava a emissora com José Messias e a inauguração teve a presença de Roberto Carlos. Fui o primeiro locutor da emissora que anos depois foi vendida e mudou a programação para o segmento Gospel.
Rádio Mundial – Operador
Sistema Globo de Rádio – (segunda vez) Sonoplasta
Rede Globo – Sonoplasta e produtor musical (11 anos)
Rede Bandeirantes – Sonoplasta
TV Tupi – Sonoplasta
Rede Record de Televisão - Sonoplasta
SBT – Sonoplasta
Estúdio Nova Onda – Técnico de gravação e mixagem
Este não é um currículo e sim uma pequena história da minha carreira no rádio e na tv para que os mais novos possam nos conhecer e aprender.
Hoje sou Supervisor de Operações do Sistema Globo de Rádio no Rio de Janeiro e um grande apreciador de novidades, ainda mais quando são boas.
Marcondes Pereira
FOTOS