[Flávio Bittencourt]
O deputado Tiririca ajudará as artes e a educação do Brasil
Ele já está na Comissão de Educação e Cultura da Câmara Federal, em Brasília.
borboleta voando
"Pecas Raras - Zé Vasconcelos - O pioneiro do 'stand up' [SHOW SOLO, COM O COMEDIANTE EM PÉ]
"Nesta edição, apresento um trecho do programa São Paulo de Todos os Tempos, apresentado por Geraldo Nunes, na Rádio Eldorado AM. Curta a genialidade e todo o humor de Zé Vasconcelos, o primeiro artista a fazer um show solo de piadas no Brasil. Vale a pena rir de novo! No destaque, foto extraída do portal Unicamp"
"VÉIO ZUZA" (personagem interpretado pelo comediante Jorge Luiz
[QUE, NA FOTO, APARECE CARACTERIZADO, COM CHAPÉU DE CANGACEIRO
E CAMISA SOCIAL, SEM GRAVATA]) AO LADO DE JOSÉ VASCONCELOS - de terno e gravata -,
um MESTRE DOS MESTRES do humorismo nacional, introdutor, no Brasil,
de antológicos shows humorísticos do tipo STAND UP
(http://minhascolinas.blogspot.com/2010/01/zuza-e-show.html)
FOTO DE FAZER COMOVER OS MAIS
EMPEDERNIDOS MACHÕES-QUE-"NÃO-CHORAM":
O COMEDIANTE PORTUGUÊS RAUL SOLNADO
(infaustamente falecido, aos 80 anos, há poucos anos),
DE TERNO E GRAVATA, E O COLEGA BRASILEIRO
ZELONI, que só trouxe alegria, durante décadas,
ao povo brasileiro (foto: TV RECORD de São Paulo-SP),
trajando a muito bem-cortada roupa de gala que é
conhecida como smoking
(http://rosadosventosvideo.blogspot.com/2010/09/uma-raridade-raul-solnado-e-zeloni.html)
RENATO CORTE REAL E JÔ SOARES EM IMPECÁVEIS TRAJES DE GALA
(http://silviomacedo.blogspot.com/2008_10_01_archive.html), SENDO QUE
A GRAVATA BORBOLETA DE JÔ SOARES "só falta sair voando",
PORQUE "batendo as asas" JÁ ESTÁ)
"Juca [JUCA KFOURI] entrevista Carlos Alberto de Nóbrega e Ronald Golias"
(http://www.papodebola.com.br/papodemidia/profissionais/jucakfouri.htm)
O CIENTISTA POLÍTICO BOLIVAR LAMOUNIER - que não
é comediante, mas aparece na foto trajando um elegante
terno, com magnífica gravata cujos desenhos estampados
demostram a preocupação do erudito professor com
a sua respeitável aparência - É OUVIDO EM RELEVANTES
FÓRUNS DE INSTRUTIVOS DEBATES (TRANSMITIDOS OU NÃO
PELOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA) NOS QUAIS ASSUNTOS DE
INTERESSE PÚBLICO E COMPLEXIDADE POLÍTICO-SOCIAL
SÃO ABERTA E DEMOCRATICAMENTE DEBATIDOS
COSTINHA, DE TERNO E GRAVATA, TRABALHANDO:
OS SHOWS DO TIPO stand up comedy
(UM HOMEM SÓ, EM PÉ, SEM CENÁRIO MONTADO)
que magistralmente Costinha apresentava,
eram de fazer o público desabar em gargalhadas
(SÓ A FOTO DE COSTINHA TRABALHANDO,
DE TERNO E GRAVATA, SEM A LEGENDA ACIMA
APRESENTADA:
http://jornalmule.blogspot.com/)
"A RAINHA DA INGLATERRA FEZ DE CHAPLIN SIR,
LOUIS DE FUNÈS RECEBEU DO GOVERNO FRANCÊS, EM 1973
O TÍTULO DE "Cavaleiro da Legião de Honra" ("Chevalier de la Légion d'Honneur")
E JERRY LEWIS JÁ RECEBEU VÁRIOS PRÊMIOS POR SUAS INICIATIVAS
FILANTRÔPICAS, QUE INCLUEM A ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE
PROGRAMAS DE TELEVISÃO - transmitidos ao vivo - NOS QUAIS OS
PLACARES DE CONTRIBUIÇÕES DE DONATIVOS A CAUSAS NOBRES VÃO
AUMENTANDO, O QUE ESTIMULA PESSOAS DE BOA ÍNDOLE A
PRATICAREM A CARIDADE, NO MOMENTO DA RECEPÇÃO DA EMISSÃO
TELEVISIVA [como acontece, no Brasil, no caso do programa
CRIANÇA ESPERANÇA (TV Globo) e outros, semelhantes]"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
O INFELIZMENTE JÁ FALECIDO COMEDIANTE FRANCÊS
LOUIS DE FUNÈS, VESTINDO UM ELEGANTE TERNO,
CONTRACENA COM A NÃO MENOS ELEGANTE ATRIZ
CLAUDE GENSAC
Louis de Funès e Claude Gensac
(http://cinemaniaedvd.blogs.sapo.pt/2008/02/)
Mario Moreno "Cantinflas"
(http://cinemexicano.mty.itesm.mx/estrellas/cantinflas.html,
SENDO QUE O COMEDIANTE MEXICANO ESTÁ, NESSA FOTOGRAFIA,
DE TERNO E GRAVATA)
O COMEDIANTE ITALIANO TOTÒ
(Antonio De Curtis),
o "Príncipe da Risada",
MUITO SÉRIO,
DE TERNO E GRAVATA
(http://it.wikipedia.org/wiki/File:Tot%C3%B2.jpg)
O CRIADOR CINEMATOGRÁFICO QUENTIN TARANTINO, DE PALETÓ, MAS SEM GRAVATA,
DIZ ALGO QUE AGRADA AO COMEDIANTE AMERICANO JERRY LEWIS, DE PALETÓ E GRAVATA
(http://www.upi.com/enl-win/f69cda68d4c64099ff99f85d88713f94/)
AgNews
O COMEDIANTE BRASILEIRO CHICO ANYSIO,
DE TERNO E GRAVATA
CHARLES CHAPLIN, DE TERNO E GRAVATA
PETERS SELLERS: FICAVA BASTANTE À VONTADE AO
TRAJAR TERNO E GRAVATA
JIM CARREY, COM UMA GRAVATA DE FAZER INVEJA
A QUEM, COMO ELE, SE VESTE MUITO BEM
FOTO OFICIAL DO DEPUTADO FEDERAL MAIS VOTADO DO BRASIL
NAS ÚLTIMAS ELEIÇÕES, O COMEDIANTE E POLÍTICO
FRANCISCO EVERARDO OLIVEIRA SILVA,
CUJO NOME ARTÍSTICO É "TIRIRICA"
"INCOMODOU AO EX-PRESIDENTE LULA - que então ainda era o primeiro gestor do Executivo Federal Brasileiro - A IDEIA DE QUE ESTAVAM TENTANDO IMPEDIR A DIPLOMAÇÃO, no cargo de deputado federal, DE TIRIRICA. SEM DÚVIDA, A TENTATIVA DE IMPEDIR O CANDIDATO MAIS VOTADO EM TODO O PAÍS DE EXERCER O SEU MANDATO É GROTESCAMENTE ANTIDEMOCRÁTICA: possivelmente, em outros países, pela imoralidade que essa tentativa cristaliza, não apenas esse esforço abjeto seria, com a máxima ênfase, repudiado publicamente, como A PRÓPRIA JUSTIÇA ELEITORAL ABORTARIA A EXPRESSÃO DE SEMELHANTE SENTIMENTO ANTI-POVO EM SEU NASCEDOURO"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público", APLAUDINDO A JUSTIÇA ELEITORAL BRASILEIRA, QUE IMPEDIU QUE SE IMPEDISSE TIRIRICA DE ASSUMIR O CARGO PARA O QUAL FOI, legitima e democraticamente, ELEITO)
HOMENAGEANDO
JOSÉ VASCONCELOS,
A QUEM SE DESEJA SAÚDE E VIDA
AINDA MAIS LONGA,
AS DOCES MEMÓRIAS DE ZELONI E
RAUL SOLNADO e
fervorosamente desejando a pronta e total
recuperação da saúde de
CHICO ANYSIO,
NA SAUDAÇÃO RESPEITOSA À POSSE
DE FRANCISCO EVERARDO OLIVEIRA SILVA
NO CONGRESSO NACIONAL BRASILEIRO
E AGRADECENDO AO PROF. DR. BOLIVAR LAMOUNIER PELA
ANÁLISE EM PROFUNDIDADE DO FENÔMENO TIRIRICA,
TEXTO MAGISTRAL QUE CONTÉM A SEGUINTE PASSAGEM:
(...) De outro [LADO], a proposital mobilização de sentimentos difusos na sociedade; canalizados contra o próprio marketing “palhaço” e contra a política de modo geral e o Congresso, tais sentimentos (e ressentimentos) sem dúvida funcionaram como potentes caixas de ressonância.
25.2.2011 - Não é incomum vermos grandes comediantes dentro de terno e gravata (sem que isso, necessariamente, signifique algum tipo de gozação: SÃO ELES SIMPLESMENTE RESPEITÁVEIS) - Tiririca, a partir de agora, vai ser visto assim, seguidamente. (Essa é a vontade do povo, que transmitiu o seu eloquente protesto político, mesmo depois de não ser mais facultado, com a implantação das eleições "eletrônicas", que cada um escreva o que bem desejar em cédulas que não são mais pedaços de papel a serem introduzidos em urnas eleitorais, mas... CAMPOS COMPUTACIONAIS DE "BITS E BYTES", EM CUJAS "lacunas" OU CAMPOS DE EDIÇÃO DE VONTADE POLÍTICO-POPULAR AINDA SE PODE VOTAR EM TIRIRICA, FELIZMENTE!) F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"PR confirma Tiririca na Comissão de Educação e Cultura da Câmara
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
DANIEL RONCAGLIA
DE SÃO PAULO
O líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), confirmou nesta sexta-feira (25) a indicação de Tiririca (SP) para a Comissão de Educação e Cultura da Câmara, que será instalada na próxima semana.
Em janeiro, o deputado já havia manifestado o desejo de participar da comissão. "Quero trabalhar na área de educação e cultura. É o que o partido também quer", afirmou o humorista em entrevista à
Folha.
Tiririca diz querer vaga na Comissão de Educação da Câmara
"Devemos frisar que a Comissão é de Educação e Cultura. Se ficarem falando que é só de educação fica 'diferente', em vista das coisas que andaram falando dele", disse Portela.
Após ser eleito com votação recorde de 1,3 milhão de votos, Tiririca teve que passar por um teste de alfabetização aplicado pela Justiça Eleitoral.
"Ele é um palhaço de grande experiência, com certeza vai contribuir com projetos e com suas propostas na área cultural", completou o líder do PR.
A comissão será presidida pela deputada Fátima Bezerra (PT-RN). Das 32 vagas da comissão, o PR tem direito a duas.
Segundo o partido, Tiririca será apenas membro e não disputará na vaga na direção.
O deputado também será indicado suplente da Comissão de Turismo e Desporto da Câmara.
Desde que assumiu no dia 1º de fevereiro, Tiririca ainda não fez o esperado discurso de estreia.
No entanto, o deputado chamou a atenção durante a votação do salário mínimo.
Segundos depois de dizer que apoiaria o governo e seu partido pelo mínimo de R$ 545, Tiririca votou a favor dos R$ 600, apresentado pelo PSDB.
Questionado, ele disse que tinha votado não. Informado que na listagem oficial da Câmara tinha saído sim, afirmou: "Ih, então eu votei não e saiu sim".
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Wilson Dias - 1.fev.2011/Agência Brasil |
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O PR indicou o deputado Tiririca (SP) como membro da Comissão de Educação e Cultura da Câmara |
(http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2011/02/25/pr-confirma-tiririca-na-comissao-de-educacao-e-cultura-da-camara.jhtm)
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ANÁLISE EM PROFUNDIDADE,
EMPREENDIDA PELO CIENTISTA POLÍTICO
B. LAMOUNIER, DO FENÔMENO TIRIRICA
"Blog do Bolívar Lamounier
Blog do Bolívar Lamounier
18.11.2010 - 18h22
Antes que o esqueçamos : o fenômeno Tiririca e suas implicações para a democracia brasileira
Decorrido um mês e meio da eleição legislativa, pode-se afirmar sem temor a erro que o fenômeno Tiririca produziu muito mais calor que luz. Durante a campanha, a figura do palhaço catalisou um protesto ou mal estar contra o Congresso e não se sabe mais o quê, e ao mesmo tempo atraiu protestos também um tanto obscuros contra o deboche ou seja lá o que for que ela encarnava.
Em termos mais amplos, no entanto, as questões em jogo não chegaram a ser definidas com a desejável clareza. Do ponto de vista das instituições e do funcionamento da democracia, qual é, afinal, o problema ?
1.
O fato de o Tiririca exercer o ofício de palhaço? Obviamente, não. Já tivemos histriônicos de vários tipos no Congresso – e, aliás, não podemos presumir que Tiririca vá perturbar com “palhaçadas” o trabalho legislativo.
2.
O Tiririca ser analfabeto (supondo que o seja) ? Esta indagação comporta duas respostas distintas, ambas sujeitas a controvérsia.
Há uma resposta subjetiva. Para muitos cidadãos, um analfabeto ou semi-alfabetizado eleger-se deputado federal é motivo de vergonha, repulsa e indignação; para outros tantos, é um fato normal na democracia – ainda mais num país com índices de escolaridade tão baixos. Só pesquisas específicas poderiam esclarecer a exata natureza de tais sentimentos, mas adianto que eles existem em muitos outros países e não me parecem que possam ser harmonizados com base em argumentos racionais.
A segunda resposta é mais objetiva. Pela Constituição vigente, o analfabeto tem o direito de votar, mas não o de ser votado (art. 14 parágrafo 4º). Há quem considere esta vedação anti-democrática, elitista etc. Não é o meu caso. Eu entendo que o parlamentar não é eleito apenas para ouvir ou acompanhar passivamente os trabalhos do Legislativo, mas para participar deles, ativamente e em toda a sua plenitude. Isto significa ler e compreender documentos de vários tipos, desde logo os projetos de lei e suas justificativas. É pois fora de dúvida que a atividade parlamentar requer um nível mínimo razoável de escolaridade, e que a Constituinte foi generosamente democrática ao definir aquele mínimo como a simples capacidade de ler e escrever.
3.
O problema estaria então na tática de lançar uma candidatura pitoresca, calculando que ela se destacará amplamente na atenção dos eleitores e da mídia e carregará mais alguns candidatos na esteira de uma grande votação ?
Sem dúvida, este é o problema, ou um dos problemas. Aqui há algo de abominável, uma manipulação da vontade dos eleitores, mas a repulsa não nos ajuda a definir a questão. Primeiro, por mais que a referida tática nos desagrade, ilegal ela não é. Trata-se de uma possibilidade inerente ao vigente sistema de voto proporcional. Um traço essencial deste sistema é a possibilidade de aproveitar os votos dados “em excesso” a um candidato, ou à legenda do partido, a fim de eleger outro ou outros candidatos que não hajam atingido individualmente o mínimo necessário.
Se num caso específico tal tática envolve uma manipulação reprovável, a responsabilidade é do partido que a pôs em prática. No caso do Tiririca, sabemos que foi uma coligação capitaneada pelo PP (Partido Popular), mas integrada também pelo PT ; o primeiro beneficiado pela validação dos votos de Tiririca será aliás, salvo engano, o petista José Genoíno.
Os antídotos contra abusos desta natureza são complicados : ou os partidos se comportam segundo padrões morais mais elevados, o que é improvável, ou se substitui o sistema proporcional pelo voto distrital puro, o que no momento parece muito difícil.
Observe-se que a pessoa física Tiririca entra nesta história no máximo como cúmplice. É assaz improvável que a idéia tenha partido dele, e menos ainda que tenha sido ele quem armou, organizou e financiou suas atividades de campanha .
4.
Resta porém um ponto a considerar. O que rendeu a Tiririca a sua grande votação não foi só o pitoresco de sua figura (de seu ofício de palhaço) e de sua condição educacional. Foi, isto sim, a associação destes dois traços a slogans não menos pitorescos e corrosivamente direcionados contra a política em geral e o Legislativo em particular : ”vote no Tiririca, pior não fica”, a declarada ignorância sobre o que um deputado faz etc.
É óbvio que tudo isso foi engendrado, elaborado e vendido como um produto. Ou seja, o marketing eleitoral produziu e vendeu Tiririca com as mesmas técnicas e a mesma eficiência com que vende sabonetes ou escovas de dente. A reação indignada de uma parte da sociedade contra a dupla “palhaçada” – a pessoa física do palhaço e a tragicomédia embutida nos slogans – com certeza foi prevista e esperada pelos marqueteiros como o contraponto necessário a seu plano de “venda”.
5.
Qual é, afinal, o problema em jogo no episódio Tiririca ? Esta foi a indagação que tomei como ponto de partida. No meu modo de ver, a resposta depende inteiramente desta constatação : o que a coligação e os marqueteiros que ela contratou pretenderam e conseguiram fazer foi usar a figura de Tiririca como um chamariz que lhes trouxesse uma grande quantidade de votos.
Nesta ótica, vale a pena refazer o percurso do texto. Isoladamente, o ofício de palhaço e o analfabetismo de Tiririca não são suficientes para esclarecer o “problema” Tiririca. Passam porém a fazer sentido a partir do momento em que os vemos como parte de uma manipulação eleitoral cuja eficiência se explica por dois fatores adicionais. De um lado, o sistema de representação proporcional, que a faculta (e na verdade torna inevitável, se um partido sem escrúpulos quiser lançar mão de tal recurso). De outro, a proposital mobilização de sentimentos difusos na sociedade; canalizados contra o próprio marketing “palhaço” e contra a política de modo geral e o Congresso, tais sentimentos (e ressentimentos) sem dúvida funcionaram como potentes caixas de ressonância". (BOLÍVAR LAMOUNIER,
(http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-bolivar-lamounier/tag/tiririca/;
O GRIFO É DO AUTOR)