Johnny Cash: suas gravações nas prisões são históricas
Por Flávio Bittencourt Em: 24/02/2011, às 12H02
[Flávio Bittencourt]
Johnny Cash: suas gravações nas prisões são históricas
De acordo com Roberto Maia, Cash, timidamente, começou na metade dos anos 50 a subverter o country.
(http://www.johnnycash.com.br/)
"CERTA VEZ CASH FOI DETIDO - tendo ficado "em cana" por pouco tempo, é claro - PORQUE ESTAVA COLHENDO FLORES"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
(http://www.bymk.com.br/itens/277729)
"(...) Embora Cash cultivasse cuidadosamente sua imagem romântica de fora-da-lei, muitos fãs ainda se surpreendem ao saber que ele nunca cumpriu pena na prisão, apesar de sua selvageria e mau comportamento terem rendido a ele algumas noites na cadeia. O problema mais sério de Cash com a lei foi em 1965 quando um esquadrão antinarcóticos em El Paso, Texas, o pegou em flagrante. Os oficiais pensavam que Cash trazia heroína do México, mas na verdade eram apenas anfetaminas, escondidas na caixa de seu violão. Cash também foi preso no ano seguinte em Starkville, Mississippi, ao invadir propriedade privada para apanhar flores. O mais notável foi que Cash voluntariamente ia a diversas prisões para tocar para os presos, pelos quais ele sentia imensa compaixão. (...)".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Johnny_Cash)
(http://ludy-planeta-musica.blogspot.com/2010_10_01_archive.html)
(http://killing-travis.blogspot.com/2010/09/cash-cash-cash.html)
"(...) Cristianismo
Os problemas pessoais e os desastres seguiram Cash em sua nova casa em Old Hickory Lake, Handersonville, Tennessee. A casa de seu vizinho e grande amigo, Roy Orbison, desabou, com a morte de dois dos seus três filhos caçulas [Roy Duwayne Orbison e Anthony King Orbison]. Cash foi profundamente afetado por esses incidentes, e decidiu começar a longa e difícil jornada rumo à reabilitação. Ele se trancou em casa para tentar se desintoxicar, contando com o apoio irrestrito dos amigos e da que se tornaria sua esposa nos próximos anos, June Carter. A balada romântica "Flesh and Blood" foi uma das primeiras de inúmeras músicas que Cash dedicaria à sua amada.
Com a ajuda da esposa e influenciado por uma conversão religiosa alcançada depois de uma tentativa fracassada de suicídio, Cash começou a batalha contra o vício. Nos dois anos seguintes ele gravaria e lançaria seus dois álbuns ao vivo mais bem-sucedidos, Johnny Cash at Folsom Prison, de 1968 e Johnny Cash at San Quentin, de 1969, mesmo ano do nascimento de seu primeiro e único filho homem, John Carter Cash (...)".
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Johnny_Cash)
(http://ludy-planeta-musica.blogspot.com/2010_10_01_archive.html)
"(...) este é o tipo de disco que não se deve dar de presente a ninguém, e sim dar de presente a si mesmo; uma descoberta e paixão pessoal, uma viagem solitária como pregavam tantas canções do country americano. (...)"
(ROBERTO MAIA, trecho do artigo adiante transcrito na íntegra,
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Johnny_Cash)
"Terça-feira, 26 de outubro de 2010
Objetos pessoais de Johnny Cash vão a leilão
ROBERTO MAIA ESCREVE, EM SEU BLOG, SOBRE
JOHNNY CASH, O MITO DO INÍCIO DO ROCK,
E O CD DUPLO COM SUA CONTURBADA TRAJETÓRIA:
"Mais preciosidades de Johnny Cash, reunidas em CD duplo.
Ícone e pilar da música norte-americana, morto em setembro de 2003, Johnny Cash é um daqueles que começou a ter projeção mundial apenas depois da morte, principalmente pelo filme “Johnny & June” (Walk the Line) de 2005. Porém, nos Estados Unidos, sempre foi um herói um tanto marginal, com uma série de altos e baixos.
Muitos me perguntam sobre este mito e sobre como avaliar a importância de Cash, já que sua música é tão plural que pode ser pouco compreendida, dependendo do disco que for ouvido pela primeira vez; a boa oportunidade, no entanto, surge agora com “From Memphis to Hollywood: Bootleg II”, que traz mais de 50 canções raras do arquivo de Johnny, do período de 1954 a 1969.
A crueza das gravações do início de carreira revela o potencial do que seria o simbólico “The Man in Black”, sem o verniz da modernidade, nem artifícios de remasterizações pasteurizadas; o disco começa nos transportando para uma época na qual o ato de realizar fazia parte do contexto; as gravações ao vivo na rádio, que abrem o disco, soam rústicas para ouvidos acostumados com a pseudo pureza digital, mas vale o exercício de pensar como chegavam rasgando nos sóbrios lares e rádios da época.
A partir da 12ª faixa, começam as antigas “demos” de Cash, gravadas provavelmente na metade dos anos 50, já que a certeza da origem do material é obscura. Mais uma vez, emociona ver como Cash, timidamente, começava a subverter o country. No final do CD 1, algumas raridades do antológico “Sun Studio”, algumas produzidas pelo próprio Sam Philips, o homem cujos ouvidos são os mais invejados pelos amantes do inicio do “rock’n’roll” e nesta hora a qualidade de gravação já se alia ao conteúdo.
O segundo CD, que traz os anos 60, pode ser comparado ao desenrolar de um livro, quando nosso herói nos redime de tanto sofrimento, tudo visto na sua saga inicial; assim como “Jean Valjean”, Cash, aqui, superou seu destino e já faz parte do brilho local; suas músicas já são a paisagem da América dos anos 60; um novo country que até hoje revigora a música pop e influencia nomes que vão de Bob Dylan a banda Wilco.
Há muitos e bons materiais de Cash: boas caixas, a série “American Recordings” produzida por Rick Rubin, suas históricas gravações nas prisões, mas este CD traz algo de especial; uma linha do tempo fascinante, que vai do rabisco ao retrato acadêmico, algo que poucos artistas da música poderiam vivenciar, principalmente hoje em dia, que não existe mais a gravação rústica como imposição.
Portanto, este é o tipo de disco que não se deve dar de presente a ninguém, e sim dar de presente a si mesmo; uma descoberta e paixão pessoal, uma viagem solitária como pregavam tantas canções do country americano. Então, ligue o som, fique sozinho e boa viagem!"
(http://blogdomaia.blog.uol.com.br/arch2011-02-20_2011-02-26.html)
SOBRE O AUTOR DO ARTIGO
ACIMA TRANSCRITO:
"Roberto Maia é jornalista e engenheiro, com especialização em História da Arte e Chief Information Officer. Dedica-se à relação entre comunicação e tecnologia. Atua como jornalista na área cultural há 30 anos. Trabalhou durante 14 anos como Diretor Artístico da Brasil 2000 FM. Foi o representante oficial no Brasil do CMJ (College Media Journal de New York), o maior complexo de música alternativa do mundo".
(http://blogdomaia.blog.uol.com.br/arch2011-02-20_2011-02-26.html)
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