Amanhecer triste no país do "faz de conta"
Por Cunha e Silva Filho Em: 18/12/2015, às 21H47
Diante dos desdobramentos do processo de impeachment da presidente Dilma, sobretudo após a decisão aprovada pelo STF, fico sem palavras. e uma profunda decepção passo a ter com a política brasileira. Pouco tenho a afirmar sobre o que poderá acontecer com o destino do meu país.
Tudo indica que a oposição ao governo perderá força porquanto o que poderá acontecer tanto na Câmara Federal quanto sobretudo no Senado,pelo andar da carruagem, será o arquivamento do pedido de impeachment.
Nada atingirá a Presidente nem a outros partidos aliados ao poder central. Mudará, em janeiro, o Ministro da Fazenda, ressurgirá a CPMF.O programa da Bolsa-Família não sofrerá solução de continuidade e este país paradisíaco e contrastivamente cheio de horrores morais e de impunidades dará prosseguimento ao segundo mandato de D. Dilma. "Nada de novo na frente ocidental."
O povo, desunido, será sempre vencido sob o império do individualismo, da cisão, da subserviência, do aulicismo nauseabundo, do fanatismo ideológico lulo-dílmico. "Que tudo mais vá pro inferno!"
A cena pequeno-burguesa será esta: famílias nos shoppings, filas nos restaurantes aos sábados e domingos, idas à academia de ginástica, prognóstico de como serão os Jogos Olímpicos, o próximo carnaval, muito samba, orgias, muito maracanã, muita mulher bonita de grandes curvas niemeyerianas rianas. Nos rincões pobres ou menos pobres da assimetria social, o populacho exibindo o cartão da Bolsa-Família, cada vez mais gordo à medida em que nascem novos vidas severinas. Os ricos?
Ora, esses vão jogar tênis nas quadras dos belos e luxuosos clubes, ou vão fazer turismo no exterior. De súbito surge uma PIZZA pantagruélica dos gigantes de Jonathan Swift (1667-1745) e, em volta dela, uma estrela muito conhecida do populismo brasileiro, tendo, ao lado dela, as chamadas bases do regabofe asqueroso da politicagem tupiniquim. Viva o Brasil! Viva! The end no telão do Planalto protegido pela Praça dos Três Poderes."Ai, que preguiça! Fuzilem o Policarpo Quaresma! Quem mandou ele acreditar quixotescamente no país?