A EDUCAÇÃO DO ENSINO PÚBLICO (FUNDAMEANTAL E MÉDIO) BRASILEIRO À DERIVA
Por Cunha e Silva Filho Em: 19/01/2025, às 21H24
A EDUCAÇÃO BRASILEIRA À DERIVA
CUNHA E SILVA FILHO
Um dos mais grosseiros erros do presidente Jair Bolsonaro foi misturar religião com governança e militarizar cargos civis. Dessa decisão inicial vieram os grandes percalços de seu governo marcado por sucessivos erros e determinações estrambóticas que iriam configurar uma administração caótica, improvisada e. ainda por cima, de viés autoritário, parecendo querer por força mimetizar os desmandos do seu colega, o desastroso e antidemocrático Donald Trump, um declarado mentiroso e Ph.D. em fake news, o pior governante dos EUA de todos os tempos desde a formação do país.
Ora, tal conduta de uma mandatário de uma superpotência só envergonharia o povo americano diante da imagem enxovalhada de uma ação discricionária por parte dessa figura execranda, que é Trump. indigna da tradição político-histórica da terra do Tio Sam.
Esse mentecapto milionário que não possui o mínimo do que se espera de um estadista só traria desassossego ao povo americano, com seus sucessivos reacionários projetos de nacionalismo barato e fascista, numa sucessão de desgovernança que culminou com a sua deliberada tentativa de dar um golpe e permanecer num cargo que, por eleições limpas, dera a vitória ao presidente Joe Biden. Insuflando os seus fanáticos correligiáriosm mandou invadir o Capitólio, provocando mortes de policiais e ferindo outras pessoas numa invasão super-fascista de uma nação visceralmente democrática. Por essa reação fascista de Trump, ele deveria ser exemplarmente punido e impedido de exercer de um vez por todas qualquer pretensão de cargo eletivo.
Para começo de conversa, o seu correspondente admirador confesso, o Sr. Jair Bolsonaro, procurou, mutatis mutandi, seguir as pegadas do patológico e sinistro Trump. O início do seu mandato mal alinhavado já tinha sido prejudicado pelas escolhas de ministros que fariam parte do seu Gabinete Ministerial. Para a educação, escolheu mal o primeiro ministro, um indivíduo desmiolado e com personalidade incompatível para a função de gerir o MEC.
Assim também o fez com o segundo, o terceiro - um reverendo evangélico, um pastor -, agora preso pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva e desvio de dinheiro do MEC a fim de beneficiar pastores oportunistas e vendilhões do Evangelho. Sei muito bem que o “deus” dessa gente não é o Deus dos cristãos verdadeiros.
O Sr. Jair Bolsonaro escolheu mal também o ministro da economia, um capitalista praticante do laissez-faire, praticante de aumentos dos preços, um profiteer, um shylock refinado e ávido por ser o que é, um banqueiro ganancioso, amigo da dolarização num país de miseráveis como o Brasil.
Este intocável ministro é a menina de olhos do bolsonarismo improdutivo e desastrosos em todos os sentidos. Sobre esse tal Mister Guedes, dizem que prefere falar em inglês a falar em vernáculo. Segundo se fala na imprensa, mora em palácio no Planalto e com todas as despesas pagas. Outro ainda ministro, o primeiro das relações exteriores, de cujo nome, por ser tão medíocre, nem me lembro mais, foi dos mais incompetentes e malvados para a diplomacia brasileira. Uma vergonha para o Instituto Rio Branco. O lugar a ele reservado na diplomacia será uma espécie de “estranho no ninho”, um patinho feio, sem fluência no vernáculo, imagine no inglês macarrônico que aprendeu sabe Deus como. Um péssimo exemplo para a respeitada diplomacia brasileira.
Voltando ao setor da educação, até agora não vi nenhuma melhoria em nossas escolas públicas. Só propaganda enganosa através do slogan “Pátria amada, Brasil.” Os professores brasileiros, em geral, continuam sofrendo como sempre o foram em sucessivos governos, até no logo período do petismo. Passei anos escrevendo sobre a deterioração da escola pública brasileira.
Nada se fez de relevante para aprimorar a qualidade do ensino público fundamental e médio, visto que, ao longo dos últimos anos o sofrimento dos docentes nesses níveis continua o mesmo. O governo petista só deu mais verbas para a educação pública universitária criando muitos campi em muitas regiões do país. Professores mal remunerados jamais farão um pais democrático, adiantado e feliz.
Os professores, na década de 1970, eram mais unidos, fizeram greve homéricas, ganharam algumas migalhas, mas não passaram disso. Eu mesmo penso que a “era das greves” praticamente se acabou. Os sindicatos, hoje em dia, pouco, ou melhor, quase nada fazem de bom para os professores.
Burocratizou-se, tornando-se, destarte, um inofensivo elefante branco com abrangência mundial, porém funcionado, por assim dizer, mais como um simples pálido figurante tal qual a ONU para discutir questões mundiais, no seu Conselho de Segurança, ou assuntos menos polêmicos ou, se for polêmico e para finalidades bélicas, o organismo mundial, sediado em Nova York, age sem mais forças políticas quando se discutem pautas de temas de elevada importância à segurança ambiental do planeta Terra através dos chamados “summits” que, de tempos em tempos, se realizam em diversos lugares do mundo, quando a ausência dos países mais poluidores já se tornou um regra de ouro, só que em sentido negativo.
Enquanto isso países ricos potências mundiais hegemônicas poluidoras vão empurrando com a barriga (até quando?) problemas tão cruciais como melhoria dos recursos naturais de que dispõem O silêncio, entre as grades potências, é quase sepulcral e seus representantes nem aparecem nos encontros de Cúpulas a fim de que não se sintam constrangidos a tomarem parte nas mesas de debates de interesse mundial e, notadamente, da remente segurança de nosso planeta ameaçado no seu ecossistema. O mesmo organismo se apequenou e virou um outro elefante branco.
Voltado à questão dos Sindicatos do Professores do Rio de Janeiro, constamos que a sua função, decerto a principal agora, se resume a arrecadar, mensalmente, dinheiro dos pobres docentes estaduais e municipais. Só serve, a meu ver, o Sindicato para recolhimento dos aviltantes o vencimentos dos sindicalizados descontados régia e mensalmente em folha nos contracheques.
Todos se acovardaram e essa classe, hoje, anda à deriva. Jamais nosso país sairá desse buraco negro da educação esfarelada, a dos pobres, enquanto não se fizer um verdadeira Reforma do Ensino e no papel magnânimo que o professor brasileiro tem a desempenhar no desenvolvimento desta nação. Pobre país!
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