[Maria do Rosário Pedreira]

Um dia destes, na coluna dedicada à literatura infanto-juvenil que Rita Pimenta assina aos sábados no Público, recebi uma grata visita do passado. Tratava-se da reedição de um livro que saiu originalmente em 1966 e foi, por essa época, oferecido à minha irmã e experimentado por ela e por mim ao longo de muitos meses na cozinha lá de casa. Chama-se A Colher de Pau e tem como subtítulo O Meu Primeiro Livro de Cozinha; e, apesar de ser uma obra traduzida, foi adaptada ao contexto português por Maria de Lourdes Modesto, que, logo a abrir, limitava a sua leitura às meninas, pois a cozinha não era então coisa de rapazes. A Verbo teve uma excelente ideia ao tirar este simpático compêndio de culinária juvenil do esquecimento e, tal como quando eu era miúda, em oferecer a quem o compra uma colher de pau (não sabemos é se a ASAE vai achar muita graça). A capa, ao contrário do que costuma acontecer com as reedições de livros esquecidos, é exactamente a mesma que me habituei a ver na estante da minha irmã e só espero que hoje as miúdas achem ainda piada a preparar refeições – da sopa à sobremesa – com a ajuda deste livro útil e bem-humorado e, claro está, da sua colher