[Antônio Carlos dos Santos Rocha]

DOIS DE NOVEMBRO

No dia dos mortos
Eu celebro a vida
E qual fênix
Renasço das cinzas
Para um mundo melhor


VIVIDA ? !

Você não percebeu
Ficou no gesto
Perdeu-se no movimento

Confundiu meu afeto
Com a mão vulgar...

E indefeso, o carinho
Desfez-se
No ar.


CUIDADO !

Não se arrisque
A achar que já sabes

É tanto o saber
A saber
Que no arriscar
Você pode se perder.



(*) Estas três poesias foram publicadas na revista Oficina Caderno de Poesia, nº 15, 1990, 108 páginas, bem editadas pelo professor e mestre em Literatura Brasileira, Francisco Igreja. Nosso bom amigo Igreja faleceu nos anos 1990, quando preparava o seu doutorado na UFRJ.

Fica o registro de sua importância na então chamada Imprensa Alternativa da época. Nossa gratidão a todos os que direta ou indiretamente colaboravam, aos que escreviam e liam idem.