Tragédia no Piauí: vídeo do rompimento
Em: 28/05/2009, às 14H36
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SÃO PAULO - O romímento da Barragem Algodões I, na zona rural do município de Cocal, na região norte do Piauí causou a morte de três pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos. A jovem morava às margens do rio Pirangi e foi levada pelas águas. O rompimento da barragem deixou pelo menos 500 famílias desabrigadas. O número de desaparecidos ainda não está confirmado. Uma mulher de 60 anos e uma outra adolescente seriam as duas outras vítimas do rompimento da barragem.
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O governo do Piauí montou uma operação de guerra para atender as famílias que foram desabrigadas. Foram convocados cinco helicópteros, Defesa Civil Nacional, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) e voluntários. Uma comissão de gestão foi formada para coordenar as ações de resgate e atendimento as famílias que perderam casas e familiares.
Barragem de Algodões I rompeu e arrastou cidade na norte do Estado.
O governador Wellington Dias esteve com uma equipe no local do acidente. Ele comparou o rompimento da barragem a um tsunami. A lâmina d'água tinha uma altura de 20 metros, o equivalente a um prédio de quatro andares, e arrastou tudo que estava na frente. "Eu vi animais mortos, casas com o telhado para baixo e paredes para cima, com bois, cavalos mortos. Geladeira em cima de arvores. As carnaúbas derrubadas. Uma cena terrível. A água arrastou tudo", contou o governador. Alguns cemitérios tiveram os túmulos revirados.
Há cerca de um mês, o governo foi informado de fissuras na parede da Barragem Algodões I. Foi autorizado o serviço de contenção, porque havia rachaduras e a estrada de acesso para o paredão da barragem foi cortada.
"Há 25 dias as famílias que estavam no local foram retiradas e foram retiradas 10 mil pessoas entre Cocal e Buriti dos Lopes. As famílias voltaram às suas casas, porque houve redução das chuvas. Quem quisesse permanecer nos abrigos foi aconselhado", disse o governador.
Em Buriti dos Lopes, o governador disse que as famílias foram retiradas com mais facilidade. "Visitamos os abrigos e a coordenação e não houve mortes. Nossa meta é verificar as famílias em cada comunidade. São cem comunidade nas margens de 80 Km do Rio Piranji. Todas foram sobrevoadas para analisar a situação e buscar pessoas desaparecidas", informou.
A Companhia Energética do Piauí (Cepisa) desligou a energia na região para evitar acidentes. "Nós tivemos 17 torres do linhão de energia que abastece a região derrubadas. A região vai permanecer sem energia, porque a destruição foi muito forte e ainda estamos tomando providências", disse o governador.
Os prefeitos de Cocal, Fernando Sales Filho (DEM) e de Buriti dos Lopes, Ivana Fortes (PMDB) estão sendo orientados pelo coronel Alexandre Lucas, da Defesa Civil Nacional. Foram instalados comandos para situação de segurança, saúde, alimentação e o atendimento necessário nos dois municípios.