(Miguel Carqueija)
Crentes, não se deixem impressionar pelas falácias materialistas

TIRANDO O LEITE DA PATA



    Por mais que os intelectuais materialistas utilizem um tom de superioridade ao debater com os crentes — como se eles, os ateus, representassem o supra-sumo da inteligência e da racionalidade e nós outros, simplesmente, não passássemos de uns tolos supersticiosos — a grande verdade é que os céticos se encontram num beco sem saída que dá pena. Não têm como explicar a existência de um universo sem Deus. Essa existência — do universo — é o grande pesadelo do materialismo: não se pode prescindir da sua existência, que funciona como um desmentido das teorias atéias.
    Nunca encontrei qualquer explicação ateísta satisfatória em relação à realidade do mundo — o mundo sem uma Inteligência Suprema que o sustente. Porque, no fim das contas, como poderia esse universo ter passado do nada para o ser?
    Se o universo criou a si mesmo, então ele já existia antes de ter sido criado (sic).
    Se foi o nada quem criou o universo, então esse “nada” já é alguma coisa.
    Nem poderia o universo ter sido criado pelo “acaso”, palavra que não reflete uma realidade objetiva.
    Ainda há quem diga: o universo sempre existiu, é eterno. Não há como provar tal coisa, de resto isso nada explica. O universo é composto de partes, todas elas contingentes. A soma de todas elas, para o fim proposto, equivale a uma soma de zeros. A sucessão infinita de seres contingentes não dá suporte para o conjunto universal e a ausência de uma inteligência reguladora sequer permitiria o Cosmos (ordem) e teríamos o Caos. Mas nem o caos poderia existir sem uma inteligência criadora, pois a matéria em caos não poderia ter surgido e nem ser eterna. Sabemos hoje que, quanto mais penetramos a intimidade da matéria, mais fantasmagórica ela se apresenta.
     Conclusão: a tese de que Deus não existe é insustentável, impossível de ser provada. É mais fácil tirar o leite da pata.