TINKERBELL
Por Miguel Carqueija Em: 09/01/2014, às 17H33
TINKERBELL
Miguel Carqueija
Eu me chamava Sininho
no dia em que o conheci;
dei-lhe todo o meu carinho
mas no fim eu o perdi.
Eu e Peter assim fomos
um amor bem diferente:
afinal o que nós somos?
Eu fadinha e ele gente.
Mas como amar um humano
pequenina como eu sou?
Foi este o amor insano
que bateu asas, voou.
Eu só podia beijá-lo!
Casar com ele impossível.
Eu queria tanto amá-lo,
viver assim era horrível.
Mas Peter nem percebia
o amor em meu coração;
insone à noite e de dia,
acalentando a paixão.
Por toda a parte o segui,
até que um dia cansei;
e certa tarde eu fugi,
às fadas eu retornei.
No reino das fadas vivo
curtindo um cruel destino:
com meu coração cativo,
soando triste o meu sino.
A dor da gente é só nossa,
que aos outros não se revela;
Tinkerbell vive na fossa,
Levando a dor que é só dela.
(imagem do google)