Sanchez da Motta explica o Priorado de Sião

 

Era o grão-mestre Pierre Plantard apenas um mitômano inofensivo?

 

 

 

 

 

 

 

 

"TERRIBILIS EST LOCUS ISTE"

("ESTE LUGAR É TERRÍVEL", dístico inscrito na igreja de Rennes-Le-Chàteau)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OS ATORES TOM HANKS E AUDREY TAUTOU, COMPENETRADOS, DE COSTAS PARA UMA

FAMOSA E ENIGMÁTICA PINTURA DO SÁBIO ITALIANO LEONARDO DA VINCI

(http://dannymiller.typepad.com/blog/2006/05/the_da_vinci_lo.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

HANKS E TAUTOU TRABALHANDO

(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ACIMA ENGENDRADA:

http://www.eurostar.com/UK/uk/leisure/about_eurostar/press_release/press_archive_2006/09_01_06_Eurostar_to_spearhead_The_Da_Vinci.jsp)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BANDEIRA DO LANGUEDOC

"(...) Languedoc ou Languedoque foi uma antiga província de França e agora integra parte da regiãoLanguedoc-Roussillon.

No século XII, os habitantes do Languedoc, os Cátaros, foram considerados pela Igreja Católica os piores hereges da época, principalmente por causa da sua cultura singular, bem diferente do resto do país: era uma área praticamente independente do Rei da França; nela falava-se o dialeto provençal e não o francês. (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Languedoc)

 

 

(http://www.frenchselfcatering.com/rent-a-villa-in-southern-france/surrounding)

 

 

ENQUANTO EM PARIS O BRASILEIRO ALBERTO SANTOS DUMONT TIRAVA OS PÉS DO CHÃO COM

SEU INVENTO MAIS PESADO QUE O AR, NO SUL DA FRANÇA, NA REGIÃO DO LANGUEDOC (ONDE

JESUS TERIA DESEMBARCADO DEPOIS DA ENCENAÇÃO DA CRUCIFICAÇÃO - feita com o auxílio

de uma pessoa rica e muito generosa, o senador semita José de Arimatéia -, COM SUA FAMÍLIA

E FIÉIS SEGUIDORES, DIVINA PASSAGEM ESSA QUE TERIA DEIXADO IMPORTANTES VESTÍGIOS

ARQUEOLÓGICOS MAIS PRECISAMENTE NA PEQUENA CIDADE DE RENNES-LE-CHÂTEAU),

O CÉLEBRE PADRE FRANCÊS BERÉNGER SALNIÈRE - que, no fim de sua vida, foi destituído de sua

investidura eclesiática, tendo morrido de forma suspeita, em severas dificuldades  financeiras -,

POSSIVELMENTE UTILIZANDO ESSE CURA DE ALDEIA FUNCIONÁRIOS ÁGEIS E COMPETENTES,

ESTAVA RICO - e tinha amigos imensamente poderosos -, LÁ ONDE ERA ADMINISTRATIVO-

RELIGIOSAMENTE PROCESSADA UMA QUANTIDADE SIGNFICATIVA DE ENVELOPES QUE

FORAM ENVIADOS PELOS  CORREIOS E TELÉGRAFOS FRANCESES (não havia e-mail,

nem mesmo rádio e televisão, naquela época), QUANDO TALVEZ ATÉ DEUS DUVIDASSE

DAS COISAS QUE SALNIÈRE E SEUS COLABORADORES paisanos (SEM BATINA) APRONTAVAM

(SÓ A FOTOGRAFIA DE SANTOS DUMONT PILOTANDO O 14-BIS SOB OS OLHARES DE DISTINTA

PLATÉIA PARISIENSE, sem a legenda ludicamente construída e acima digitada, PODE SER

LOCALIZADA EM:

http://www.santos-dumont.net/controvercia.htm)

 

 

A COMUNA DE RENNES-LE-CHÂTEAU (FRANÇA)

("Commune of Rennes-le-Château 
Country France 
Région Languedoc-Roussillon 
Département Aude 
Arrondissement Limoux 
Canton Couiza 
Intercommunality

Mayor
Term of office Jean-François Lhuilier
2001-2008 
Land area¹ 14.68 km² 
Population²
(1999) 111 
Population density
(1999) 8 pers./km² 
Longitude 02° 15' 48 E 
Latitude 42° 55' 41" N 
Altitude average: 435 m
minimum: 272 m
maximum: 568 m 
INSEE Code 11309 
Postal code 11190
",

http://www.essential-architecture.com/DAVINCI/DV23.htm"

 

 

"(...) [O PADRE] Sauniére continuava a gastar dinheiro de maneira extravagante. Ele construiu uma luxuosa casa de campo chamada Villa Bethania, a qual ele nunca ocupou. Construiu também um jardim com muitas árvores e animais exoticos: 2 cachorros, 2 macacos, pavões, peixes raros...colecionava porcelana rara, tecidos preciosos e mármores antigos; reuniu uma incrível biblioteca. Dava banquetes suntuosos aos paroquianos e recebia muitas visitas ilustres, dentre elas estava Emma Calvé, uma diva na época. Ela foi apresentada ao padre por Hoffet durante sua visita à Paris e acredita-se que eram amantes, sendo ou não, o fato é que Sauniére freqüentemente recebia visitas de Emma Calvé em Rennes-le-Château. Entre outras figuras ilustres estava o ministro da cultura do governo francês e ainda, talvez o mais estranho visitante do "desconhecido" padre provinciano tenha sido o arquiduque Johann von Habsburgo [FIGURÃO QUE PREFERIA SER CHAMADO DE JOHAN SALVATOR VON HABSBURGO, não confundir com o Arquiduque da Áustria Johann von Habsburg (1782 - 1859)], um primo de Franz Josef, imperador da Áustria. O que intriga, é que nessa época (1916), a Áustria estava em guerra com a França, então, o que levaria um arquiduque austríaco a visitar uma longínqua cidadezinha dos Pirineus?

Extratos bancários revelaram depois que Saniére e o arquiduque haviam aberto contas no mesmo dia, e que este último havia transferido para a conta do padre uma soma substancial de dinheiro. O padre ainda mantinha contato com o banco Petitjean em Paris. Ainda tinha contas no Banco de Languedoc e Roussilon em Perpignan e no Banco Pommier e Pavie em Toulouse. As autoridades eclesiásticas, no início, apenas observavam, contudo, quando o superior de Sauniére morreu, em Carcassonne, o novo bispo tentou chamar o padre à ordem. Sauniére foi insolente e recusou-se a explicar sua riqueza e a aceitar a transferência que o bispo ordenava. Mais tarde, o padre foi exonerado pelo Vaticano que depois o reinvestiu.

No dia 17 de janeiro de 1917, Sauniére, com 65 anos, sofreu um derrame cerebral. Ele pediu a presença de Riviére, padre em Couiza, para ouvir a última confissão e administrar a extrema-unção. A confissão foi longa e quando Riviére saiu ele estava visivelmente chocado e dizem que, com base na confissão de Sauniére, recusou-se a administrar-lhe o último sacramento. Sauniére morreu em 22 de janeiro de 1917 e gastou o equivalente a milhões de reais durante sua vida.

A leitura do testamento do padre era esperada com grande ansiedade, mas quando o testamento foi aberto, descobriu-se que ele não possuia nada. Antes de sua morte, Sauniére teria transferido toda sua fortuna para Marie Dernarnaud, que compartilhara de sua vida e seus segredos por 32 anos. Depois da morte de seu mestre, Marie continuou a viver confortavelmente em Villa Bethania até 1946. Após a segunda grande guerra, o governo francês recém instalado, estabeleceu uma nova moeda como meio de apreender sonegadores de impostos, colaboradores e especuladores do tempo da guerra (os cidadãos franceses eram obrigados a declarar seus rendimentos quando iam trocar os francos velhos por novos). Tendo que dar explicações de sua fortuna, Marie escolheu a pobreza, foi vista no jardim da mansão queimando maços de notas de francos velhos. Em 22 de setembro de 1946, Marie vendeu Villa Bethania, para se sustentar, para Noel Corbu. Marie e a família Corbu eram bons amigos e disse a Noel que antes de morrer, lhe contaria um segredo que não só o deixaria rico, mas poderoso. Infelizmente em 29 de janeiro de 1953, Marie sofreu um inesperado derrame cerebral que a deixou inválida e incapaz de falar e para a grande frustação de Corbu, morreu pouco tempo depois, carregando o segredo consigo.

Algumas considerações: a data em que o padre Sauniére sofreu o derrame é muito suspeita, 17 de janeiro. É a mesma data que aparece na tumba da Marquesa de Haultpoul de Blanchefort e 17 de janeiro também é a festa de Saint Sulpice (foi em Saint Sulpice que ele confiou os pergaminhos ao abade Bieil e a Emile Hoffet). O que torna o derrame ainda mais suspeito é que 5 dias antes, em 12 de janeiro, seus paroquianos declararam que ele parecia estar com uma saúde invejável para um homem de sua idade, no entanto, em 12 de janeiro, Marie Dernarnaud havia encomendado um caixão para o seu mestre; a própria morte de Marie, novamente um derrame cerebral é considerada suspeita por alguns.

Após a morte de Marie, Corbu abriu um restaurante em Villa Bethania onde ele contava a história do padre; ele gravou uma fita e a ficava tocando para os clientes do restaurante. Ele contava os fatos reais mas também inventava alguns, não ganhou muito dinheiro e em 1968, o Sr. Corbu morreu em um acidente de carro. Mais tarde, Villa Bethania foi comprada por um ocultista de Lyon: Henri Buthion, que fazia várias palestras "especiais". Hoje em dia é um restaurante aberto ao público que oferece palestras sobre diferentes assuntos. (...)"
 

(http://www.cav-templarios.hpg.ig.com.br/misterio4.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O FABULOSO PADRE SALNIÈRE (em pé, no centro, de batina), COM VÁRIOS AMIGOS,

UMA AMIGA E ATÉ A FILHA DELA, todos eles muito felizes: NESSA FOTO ESPANTOSA

NÃO SE DEIXA DE VERIFICAR QUE ELES CHEGARAM A UMA ESPECIE DE arcádia -

ou paraíso (PARAÍ$O), ou shangri-la, ou nirvana, como preferir o amável leitor... - AQUI

MESMO, NO PLANETA TERRA, sendo que, é claro,  ALGUMA COISA POR ALI HAVIA; HIPÓTESE

DESTA COLUNA: em matéria de despachar correspondências religioso-lucrativas,

SALNIÈRE talvez contasse com colaboradores-burocratas que possivelmente trabalhavam 

com inegável agilidade funcional no ato de endereçar correspondências às pessoas certas,

QUANDO SE PERCEBE QUE O ASSUNTO ESTÁ A MERECER INVESTIGAÇÕES EM ARTIGOS

CIENTÍFICOS E TESES ACADÊMICAS DAS ÁREAS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL, ANTROPOLOGIA,

PSICOLOGIA, HISTÓRIA, ECONOMIA, SOCIOLOGIA e CIÊNCIA POLÍTICA e suas interpenetrações

transdisciplinares!

(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA ACIMA LIDA ESTÁ, NA WEB, EM:

http://www.benhammott.com/old-rennes-le-chateau-photos2.html)

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Arcádia: visão Utópica do pastoralismo e harmonia com a natureza

(Reprodução de pintura e legenda original, em inglês, que está, na Web, em:

http://www.stumbleupon.com/stumbler/Vault/tag/golden-age/)

 

 

 

Death Comes for Thomas Miller

" 'Et in Arcadia ego' is a Latin phrase that most famously appears as the title of two paintings by Nicolas Poussin (1594–1665). They are pastoral paintings depicting idealized shepherds from classical antiquity, clustering around an austere tomb. The phrase is a memento mori, which is usually interpreted to mean 'I am also in Arcadia' or 'I am even in Arcadia', as if spoken by personified Death. However, Poussin's biographer, Andre Felibien, interpreted it to mean that 'the person buried in this tomb has lived in Arcadia'; in other words, that they too once enjoyed the pleasures of life on earth. The former interpretation is generally considered to be more likely. Either way, the sentiment was meant to set up an ironic contrast by casting the shadow of death over the usual idle merriment that the nymphs and swains of ancient Arcadia were thought to embody"

(http://www.flickr.com/photos/castrovalva/514424663/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DAGOBERTO II

(http://shadowtheatre13.com/photogalleryrlc.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RENNES-LE-CHÂTEAU (FRANÇA)

(http://shadowtheatre13.com/photogalleryrlc.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

Torre Magdala

(http://shadowtheatre13.com/photogalleryrlc.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

(http://www.infoescola.com/cristianismo/santo-graal/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gérard de Sède, O HOMEM QUE CRIOU O MITO

FOTO E DIREITOS AUTORAIS DA IMAGEM: Arnaud de Sède de Liéoux

(http://www.portail-rennes-le-chateau.com/gerard_de_sede.htm)

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
OPINIÃO DA COLUNA "Recontando...": DAN BROWN EFETIVAMENTE CHEGOU
MUITO DEPOIS!
 
 
 
 

 

Dan Brown To Give Evidence At High Court Trial 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"In this photo: Richard Leigh

Photo: Bruno Vincent/Getty Images

mar 14, 2006"
 
 
 
 
 
 
 

Henry Lincoln
 

 

 

 

 

 

 

 

  

HENRY LINCOLN

"Photo by Ani Williams"

(http://www.henrylincoln.co.uk/

 

  

 

madalena.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

APARECIMENTO DE CRISTO A MADALENA  

Autor: Francisco Henriques (14?? - 1518)
Ano: 1508-13 (sec. XVI)
Tipo: óleo sobre madeira
Dimensões: 246,5 x 198,5 cm
Local: Museu Nacional de Arte Antiga (Lisboa)

 (http://pinturaportuguesa.blogs.sapo.pt/arquivo/103746.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

O SEMI-LENDÁRIO Merovech (latinizado como Meroveus ou Merovius),

líder dos francos salianos:

DINASTIA DOS MEROVÍNGIOS

(http://andreluizsiqueira.wordpress.com/2009/07/31/os-merovingios/)

 

 

 

"(...) Saunière tinha consigo uma ambição: reformar a velha Igreja da região (foto), originária do ano 1059 e cujo nome era MAGDALA - um nome que obviamente significa MADALENA. Em 1891, de fato e munido de alguns pequenos recursos municipais, deu início a esses trabalhos. (...)"

(http://www.dominiosfantasticos.xpg.com.br/id453.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

À ESQUERDA, O Pe. BÉRENGER SAUNIÈRE; À DIREITA,

O PRIMEIRO BISPO DE SAUNIÈRE, F.-A. BILLARD

(Só a montagem de duas fotos:

http://andrewgough.co.uk/cultofthedead.html) 

 

 

Voici les 3 articles qui
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"La Dépêche du Midi", 3 dias do mês de janeiro de 1956: primeira midiatização, da qual o jornal Détective fez eco, repercutindo as bravatas do Sr. Nöel Cornu - E O BARULHO CHEGOU LOGO AOS OUVIDOS DOS TURISTAS, SEMPRE ÁVIDOS POR SENSAÇÕES QUE OS TIREM DA ROTINA "metrô-bulô-dodô", métro, bulot, dodo (transporte de ida para o trabalho e de volta para casa; serviço puxado, às vezes enfadonho; "mimir" (l'heure de faire dodo), na exausta volta ao lar - *risos*)

(A LEGENDA ACIMA CONFERIDA É SÓ DESTA COLUNA "RECONTANDO...",

MAS AS TRANSCRIÇÕES DAS TRÊS PÁGINAS DE O despacho do meio-dia,

ALÉM DE UMA SÉRIE DE INFORMAÇÕES OUTRAS, ATINENTES, ESTÃO, NA WEB,

EM:  http://www.belcaire-pyrenees.com/article-29472152.html)

 

 

 

Pierre Plantard, 1980s Grand Master of the Priory of Sion – or its inventor? 
 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

"Pierre Plantard, 1980s Grand Master of the Priory of Sion - or its inventor?"

 (http://www.picknettprince.com/books/sionrevelation/sion.htm)

 

 

 

 
 
Rennes-le-Château le Dossier : Pierre Plantard, jeune

O GRÃO-MESTRE (P. PLANTARD) JOVEM

(http://www.rennes-le-chateau.org/rlctoday/rlctoday.asp,

onde se pode ler:

"(...) Il est incontestable que Pierre Plantard, mène les journalistes là où il veut les emmener, et tous se sont fait piéger. Le plan de manœuvre est fort judicieux et s'étend sur plusieurs décennies. Dans le forum numéro 4 de ce site une question est posée: 'L'affaire de Rennes-Le-Château est-elle sous contrôle?' ' Ma réponse est "OUI" '. Hélas, la toile est tellement bien tendue qu'on ne peut pas savoir qui se cache réellement derrière. Il est évident que Plantard ne joue que le rôle de l'homme public. D'ailleurs depuis le temps qu'il est incriminé dans des livres ou, maintenant, sur des sites Internet, il est surprenant qu'il n'ait jamais voulu s'exprimer et tenter de convaincre de la légitimité de sa famille (...)".

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

O GRANDE GENERAL, RETRATADO EM CARTAZES

DE  PROPAGANDA POLÍTICA, EM MUSEU DE

COLOMBEY (FRANÇA); DE ACORDO COM

ROSEMARY BAILEY, QUE REPRODUZIU EM

SEU site  ESSE DETALHE FOTOGRÁFICO DE

UM MURAL DO ACERVO DO MUSEU DE GAULLE,

"(...) Most fascinating was the new Charles de Gaulle Memorial Museum in Colombey-les-deux Eglises, due to be opened October 10th. From the June 18th call to Resistance in 1940 to the final caricatures grafittied on the streets of Paris in 1968, de Gaulle is undoubtedly the most famous Frenchman of the 20th century. (...)".

(http://www.rosemarybailey.com/?page_id=224)

 

 

 

President François Mitterrand (in hat) on the Tour Magdala in Rennes-le-Château 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
"President François Mitterrand (in hat) on the Tour Magdala in Rennes-le-Château"
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O INICIÁTICO MITTERRAND nessa foto está de perfil, no primeiro plano
(Só a foto, sem a legenda acima lida:
 
 
 
 
 
 
Mitterrand’s new pyramid outside the Louvre Museum, Paris 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Mitterrand’s new pyramid outside the Louvre Museum, Paris

 

 

 

 

 

 

 

"Um marechal francês jamais pede perdão. Só Deus e as próximas gerações poderão julgar. Isso basta à minha consciência e à minha honra. Deposito toda a minha confiança na França"  

(MARECHAL PÉTAIN, em 14.8.1945, depois de ouvir sua condenação à morte por um tribunal de guerra francês, por colaboração com a Alemanha nazista)

 

 

"(...) Na França e nas Ilhas Britânicas,  a lenda sobre José de Arimatéia foi ganhando novos coloridos e detalhes ao longo dos séculos XI a XIII, inserindo-se no ciclo do Santo Graal e do Rei Arthur. Segundo uma dessas lendas, José lavou o corpo de Cristo, recolheu a água e o sangue num recipiente e depois dividiu o conteúdo com Nicodemos. Outras lendas dizem que José, levando consigo esse relicário, evangelizou a França (segundo alguns relatos, desembarcou em Marselha junto com Marta, Maria e Lázaro), a Espanha (onde teria sido sagrado bispo por São Tiago), a Inglaterra e Portugal. Na Inglaterra, a figura de José tornou-se muito popular: a lenda atribui a ele a fundação da primeira Igreja em solo britânico, em Glastonbury Tor. Nesse lugar, o báculo de José teria lançado raízes e florescido enquanto ele dormia. A Abadia de Glastonbury converteu‑se num importante lugar de peregrinação até a sua dissolução pela Reforma em 1539. Na França, uma lenda do século IX refere que, nos tempos de Carlos Magno, o Patriarca de Jerusalém Fortunato fugiu para o Ocidente, levando os ossos de José de Arimatéia, e ingressou no mosteiro de Moyenmoutier, do qual chegou a ser abade. Todas essas lendas, sem nenhum fundamento histórico, mostram a importância que se dava aos primeiros discípulos de Cristo. (...)"

(JUAN CHAPA [católico ortodoxo], no portal da OPUS DEI, trecho do artigo "Quem foi José de Arimatéia?", 2.4.2006, constando, na bibliografia do texto, os seguintes títulos: G. D. GORDINI, "Giuseppe di Arimatea", in Biblioteca Sanctorum VI (Roma, 1965) pp. 1292‑1295; J. PRADO GONZÁLEZ, "José de Arimatea", in Gran Enciclopedia Rialp, vol. 13 (Madrid, 1971) pp. 513‑514; K. MÜHLEK, "Joseph von Arimathäa", in Biographisch-Bibliographischen Kirchenlexikons)

 

 

"(...) French Television later made a documentary in 1961 casting Corbu as Father Saunière. (...)"

["(...) A Televisão Francesa posteriormente fez um documentário em 1961 estrelando Corbu (*) como Padre Saunière (...), verbete da Wikipédia 'Nöel Corbu', http://en.wikipedia.org/wiki/N%C3%B6el_Corbu]

(*) - Nöel Corbu, restaurador que, ao se deparar com AQUILO TUDO, abriu hotel e restaurante onde era executada uma fita de gravador com som intrigante que começou a atrair milhares de turistas a Rennes-le-Chatêau

 

 

 

 

 

 

                                                    À gloriosa memória de SÃO JOSÉ DE ARIMATÉIA,

                                                    membro do Sinédrio, o Colégio dos mais altos magistrados

                                                    do povo israelita, discípulo oculto que era um dos grandes amigos de

                                                    Nosso Senhor Jesus Cristo,

                                                     em contrita devoção a

                                                     SANTA MARIA MADALENA, que - não importa se se casando

                                                     com O SALVADOR ou não - se juntou aos seguidores de Jesus,

                                                     ao Pe. B. Saunière, sem o qual a estória não existiria,

                                                     aos respeitados pesquisadores G. de Sède, M. Baigent, R. Leigh,

                                                     H. Lincoln e B. Sanchez da Motta (todos eles vivem, mesmo

                                                     em se sabendo que de Sède já não mais pertence à nossa

                                                     dimensão terráquea),

                                                     em admiração sincera por Nöel Corbu, restaurador e

                                                     empresário do ramo gastronômico que não mais está entre nós,

                                                     cidadão inteligente que logo percebeu que poderia se tornar

                                                     "um novo Salnière" (sem batina, todavia),

                                                     ao nobre grão-mestre Pierre Plantard, em memória,

                                                     menos por suas ações políticas  - algumas, ótimas - do que

                                                      pelas estupendas estórias que ele inventou, e para

                                                      François Mitterrand - in memoriam -, porque,

                                                      ainda que tendo, segundo consta, se aproximado

                                                      do Marechal Pétain durante a II Guerra Mundial, foi prestar reverência

                                                     à heróica tradição "herege'" das resistências

                                                     cátara e albigense, antes de tomar posse na

                                                      presidência da República Francesa, VISITANDO

                                                      RENNES-LE CHÂTEAU - e assim [A OPINIÃO É

                                                      EXCLUSIVAMENTE DESTA COLUNA DE JORNALISMO

                                                      CULTURAL] ficando completamente redimido dos

                                                      possiveis pecados de seu passado sombrio (*)

 

(*) - É preciso crer: NÃO É SUFICIENTE APENAS PASSEAR TURISTICAMENTE EM RENNES-LE-CHÂTEAU PARA QUE MILAGRES ACONTEÇAM [o homem iria assumir a presidência da França!]: não há, aqui, promoção turística de uma região do Sul da França (ótima de se visitar, aliás; conheço eu, entretanto, apenas Montpellier [http://pt.wikipedia.org/wiki/Montpellier], cidade milenar banhada pelo Mar Mediterrâneo, que tive a sorte de visitar em julho de 1979 - quando aproveitei para chegar até o magnífico cassino de Palavas-les-Flots [http://es.wikipedia.org/wiki/Palavas-les-Flots] -, nunca tendo pisado, infelizmente, em Rennes-le-Château)

 

 

20.3.2010 - O mistério é político, simbólico e esotérico - e não econômico-financeiro - As ligações de Pierre Plantard com figuras da alta política e das finanças francesas impedem que ele seja considerado apenas um mitômano inofensivo. Amigo pessoal do futuro presidente De Gaulle, efetivamente contribuiu Plantard no movimento da resistência, durante a Segunda Guerra Mundial. Em resumo, foi um católico conservador que não aderiu ao Marechal Philippe Pétain, chefe do regime de Vichy: ponto positivo para Plantard. Mas uma boa estória ele inventou. O engenheiro (e pesquisador da história dos mistérios de Rennes-le-Château) português Bernardo Sanchez da Motta mostra-nos, em seu livro Do enigma de Rennes-le Château ao Priorado de Sião, uma parte daquelas intrincadas tramas: as verdadeiras e as inventadas por Pierre Plantard, que possivelmente se divertiu muito com todas as confusões em que se meteu, na tentativa de - pelo menos em parte - atender as demandas simbólicas que figuras proeminentes da burguesia européia têm por nobreza (os que já não são nobres, por nascimento), mistérios e MAIS PODER (dinheiro eles já tinham), ali onde as teses do velho Marx absolutamente não funcionam - E ESSA É QUE É A PARTE MAIS ENGRAÇADA DA ESTÓRIA TODA! Passemos a Sanchez da Motta, agora, porque o assunto mobiliza, envolve - e emociona!

Quem disse que o cidadão, depois de (por exemplo) ganhar sozinho na megassena "acumulada" [loteria de números administrada pelo Governo Brasileiro], NÃO VAI LUTAR, DE FORMA ÀS VEZES IMENSAMENTE TENAZ, PARA RECEBER UMA MEDALHINHA MERAMENTE HONORÍFICA? (Nesta Coluna, jamais alguém afirmou isso!  E PARABÉNS AOS QUE MEDALHAS RECEBEM! NESTE ESPAÇO SAUDÁVEL DE CRÍTICA E DISCUSSÃO, APRECIA-SE MUITO EXIBIR FOTOS DE PESSOAS FELIZES RECEBENDO PRÊMIOS E MEDALHAS: isso é bom, também!)

[O MATERIAL ABAIXO REPRODUZIDO PODE SER TRANSCRITO, DE ACORDO COM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR, DESDE QUE PARA FINALIDADES EDUCATIVAS, SEM OBJETIVOS COMERCIAIS:

"(...) Todo o material disponível neste local pode ser copiado, mas apenas para fins não lucrativos, e sempre mantendo a informação de direitos de autor acima apresentada. (...) BERNARDO SANCHEZ DA MOTTA]

 

 

Do Enigma de Rennes-Le-Chateau ao Priorado de Sião
 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://www.wook.pt/ficha/do-enigma-de-rennes-le-chateau-ao-priorado-de-siao/a/id/101512)

 

 

===

 

Sanchez da Motta explica o Priorado

 

"Rennes-le-Château e o Priorado de Sião

 À memória de meu pai, Henrique da Motta (1951-2004)

 

Autoria

 

 

Quem sou eu?

Nome
Bernardo Ferraz de Lima Sanchez da Motta
Data de nascimento
28 de Outubro de 1976
Habilitações literárias
Licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico
Actividades correntes

 

 

ao Priorado de Sião
 
 
 
Por
Bernardo Sanchez da Motta
 
 
 
Com este documento, pretendo apresentar e sintetizar a minha obra, Do Enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião – História de um Mito Moderno, editada em Abril de 2005 pela Ésquilo Comunicação & Multimédia.
Trata-se da passagem a livro, numa forma ampliada e profundamente revista, de um trabalho de investigação que venho desenvolvendo desde Outubro de 1997 na Internet, em http://bmotta.planetaclix.pt. O trabalho versa sobre a sociedade secreta francesa conhecida pelo nome de “Prieuré de Sion”, ou “Priorado de Sião”, que tendo sido fundada em 1956 em França, se tem dedicado desde então à propagação de um embuste, de uma farsa esotérica poderosa, baseada num enigma francês originário da aldeia de Rennes-le-Château, localizada no topo de uma montanha nos Pirinéus.
Até ao Verão de 2004, o meu trabalho na Internet atraía pouco interesse, uma vez que se tratava de um tema muito específico. Tudo muda quando a editora Bertrand decide traduzir o romance O Código Da Vinci, do escritor norte-americano Dan Brown. Este romance está, em larga medida, baseado neste embuste francês, o que fez com que em Portugal, o meu trabalho passasse a ser muito mais procurado e lido.
O romance O Código Da Vinci, do escritor norte-americano, revelou-se um verdadeiro fenómeno sociológico. Visto por muitos críticos como uma ameaça, como um livro perigoso, atrevo-me a não partilhar necessariamente desse ponto de vista. Este romance pode, e deve, ser visto como uma oportunidade. Uma oportunidade para se reflectir sobre cultura, sobre erudição, sobre conhecimento científico e conhecimento popular, sobre a dita “sociedade da informação”. Sobre as modas e as tendências, mas também sobre profundas e relevantes questões sociológicas.
O livro de Dan Brown, por muito que isso surpreenda a maioria dos seus leitores, traz pouco de novo: é uma obra baseada, quase exclusivamente, nos livros de esoterismo popular O Sangue de Cristo e o Santo Graal, de Lincoln, Baigent e Leigh, O Segredo dos Templários, de Lynn Picknett e Clive Prince, e Maria Madalena e o Santo Graal, de Margaret Starbird. A verdadeira surpresa não está na obra de Brown, mas sim na adesão de milhões de leitores espalhados por todas as regiões do globo. É nesse sentido, ou seja, pela análise do sucesso deste livro, que se devem aprofundar outras reflexões.
Numa era dita “global”, de omnipresente comunicação mediática, é surpreendente que a esmagadora maioria dos leitores tenha encarado a obra de Dan Brown como novidade. Foram poucos os que detectaram, n’O Código Da Vinci, as ideias-chave de uma popular mistificação moderna que germinou em França nos anos cinquenta, e que alimenta desde então uma grande corrente à escala global de literatura esotérica popular e história fantástica. Por outras palavras, foram poucos os que sentiram na obra de Brown um forte déjà vu com o regresso em força do mito moderno do Priorado de Sião, ancorado no enigma da aldeia meridional francesa de Rennes-le-Château.
Com a sua génese localizada no século XIX em França[1], o enigma de Rennes-le-Château ficou para sempre ligado, na segunda metade do século XX, à história do Priorado de Sião, sociedade dita “secreta”, declarada oficialmente em 1956 pelo francês Pierre Plantard (1920-2000)[2], em Annemasse[3], na Alta Sabóia, em França.
A mistificação moderna do Priorado de Sião está apoiada num relato romanceado da vida de um padre francês, o padre Bérenger Saunière (1852-1917), que exerceu o sacerdócio em Rennes-le-Château a partir de 1885. Uma versão fantasiosa da vida de Saunière surge pela primeira vez nas obras de um colaborador de Pierre Plantard, o jornalista Gérard de Sède (1921-2004), sobretudo na sua obra Le trésor maudit de Rennes-le-Château[4]. Esta fantasia seria repetida, durante os anos setenta e oitenta, pelo trio anglo-saxónico Lincoln, Baigent e Leigh, na sua obra O Sangue de Cristo e o Santo Graal[5].
O palco desta história é o montanhoso sul de França, na região do Languedoc. Em finais do século XIX, em 1885, a aldeia de Rennes-le-Château recebe como padre Bérenger Saunière, uma personagem polémica que ficará para sempre ligada a este local.
Saunière atrai para si a fama, a inveja e a cobiça, em virtude das suas construções bizarras, das suas onerosas obras de restauro na aldeia, e de uma vida levada em aparente opulência. Cedo nasceram rumores de que o padre descobrira um tesouro. Contudo, com grande probabilidade, o padre Saunière não terá descoberto nenhum tesouro relevante. Pode-se demonstrar[6] que Saunière desviou fundos que pertenciam à Igreja Católica, mais concretamente donativos de fiéis para intenções de missas, tendo-os usado para benefício próprio para financiar os seus empreendimentos em Rennes-le-Château, o que pode ser demonstrado através de ampla documentação histórica[7]. Por tal facto, Saunière foi julgado à luz do direito canónico em dois processos distintos, que decorreram entre 1910 e 1911, e foi-lhe retirada a dignidade sacerdotal. Morreu em 1917, doente, sem paróquia e em sérias dificuldades económicas, resultantes das inúmeras hipotecas que foi obrigado a contrair para poder fazer face às dívidas junto dos seus fornecedores.
Umas décadas mais tarde, já no final da Segunda Guerra Mundial, um visitante parisiense chamado Noël Corbu, apaixonado pela aldeia, decidiu comprar uma das propriedades que o padre tinha deixado, transformando-a num hotel com restaurante, o Hôtel de la Tour. Mas os clientes eram poucos, naquela aldeia no topo de um monte, perdida na ruralidade do sul de França transpirenaico. O proprietário do restaurante decide então transformar os boatos e lendas locais sobre o padre Saunière num intrigante "mistério", que ele com algum engenho transforma numa propaganda que permite enfim a rentabilização do seu negócio turístico! Em breve, o seu Hôtel de la Tour cresce em fama e em clientes. Noël Corbu grava numa fita magnética o relato fantasioso do padre Saunière, o “padre dos milhões”, que “com um golpe de picareta, sob o altar-mor da Igreja de Rennes, teria posto a descoberto o tesouro da Rainha Branca de Castela”[8]. Este fita magnética é colocada durante as refeições para que os visitantes a escutem. A ideia fará sucesso, e a partir do final dos anos cinquenta inicia-se o desfile de hordas de turistas que visitam todos os anos a aldeia de Rennes-le-Château em busca de pistas para o lendário tesouro do “padre dos milhões”.
Assim nasce a mitologia moderna de Rennes-le-Château...
Mas em que consistia o enigma de Rennes, na sua origem, antes das efabulações iniciadas pelo pioneiro Corbu? De forma sintética, pode-se dizer que este enigma tem, na sua origem, uma base ideológica e estrutural bem definida: o anti-catolicismo. É correcto considerá-lo na sua génese como anti-católico, visto que o enigma nasce em França, país católico, e o inimigo visado pelos seus criadores é a Igreja Católica. Mas tentemos ir um pouco mais longe para compreendermos a razão desta afirmação…
O enigma de Rennes, logo na sua origem, pode ser visto sob dois prismas: o prisma histórico, através do qual encontramos uma curiosa história regional sobre um padre rural que enriquece de forma inusitada e efectua uma série de obras dispendiosas na sua aldeia; e o prisma lendário, através do qual nasce logo no século XIX toda uma série de mistificações em torno de Rennes-le-Château, tudo fruto de uma vingança intelectual levada a cabo por personagens anti-clericais (mais especificamente, anti-católicas) ligadas à Franco-Maçonaria. De que se vingavam? Provavelmente, vingavam-se dos movimentos católicos anti-maçónicos, cuja actividade no final do século XIX e início do século XX fora excepcionalmente intensa. Muitos católicos, por esta altura, aderiram a, e promoveram, uma polémica guerra anti-maçónica que ficou conhecida como o “caso Léo Taxil”, pelo qual foram propagandeadas falsas provas de práticas satânicas no seio da Franco-Maçonaria internacional. Tudo indica que o enigma de Rennes nasceu como uma vingança de certos maçons franceses contra os católicos que, neste país, combatiam a Maçonaria, como era o caso do padre Bérenger Saunière, do seu bispo Monsenhor Félix-Arsène Billard, e também do seu círculo de amigos e conhecidos.
O material nascido desta guerra intelectual seria aproveitado, décadas depois, para a mistificação do Priorado de Sião. Para um autor como Gérard de Sède, colaborador inicial de Pierre Plantard na difusão desta mistificação, que se dedicou a este tema a partir dos anos sessenta, o padre Saunière surge transformado num padre repleto de mistérios, conspirador, chantagista, ocultista, esoterista, que teria na sua posse um grande segredo esotérico, que prejudicaria a autoridade doutrinária da Igreja Católica.
Mais tarde, já nos anos oitenta, o trio anglo-saxónico Baigent, Leigh e Lincoln decide ir mais além de Gérard de Sède. Eles explicam, na obra O Sangue de Cristo e o Santo Graal, qual seria a natureza profunda do enigma de Rennes: provas concretas da sobrevivência de uma linhagem duplamente real e sagrada, descendente de um casamento de Jesus Cristo com Maria Madalena. Esta linhagem teria entroncado com a primeira dinastia dos Francos, os Merovíngios, cujo primeiro monarca é Clóvis (481 d.C.), neto do lendário Meroveu.
Segundo a tradição medieval cristã, o Graal seria um cálice[9]. Este cálice teria servido para conter o vinho na Última Ceia, e também teria servido para recolher o sangue de Jesus na Cruz. Mas para o trio anglo-saxónico, o Graal seria a própria Maria Madalena, mulher de Jesus, cujo ventre, tendo gerado descendência “sagrada”, seria como que um receptáculo do “sangue de Jesus” entendido agora como “linhagem” ou “estirpe” de Jesus, e teria originado mais tarde as imagens simbólicas tradicionais do Graal, onde o “verdadeiro” sentido, para estes autores, estaria oculto propositadamente. Noutra vertente, trabalhando uma série de teses que visam rever o relato tradicional da vida de Jesus em todos os seus aspectos, o trio dá também como muito provável a própria sobrevivência de Jesus à crucificação, o que torna a sua obra particularmente polémica.
O trio anglo-saxónico, seguindo Gérard de Sède, também vê o padre Saunière como um infiltrado no catolicismo, que após uma explosiva descoberta arqueológica em Rennes, se teria colocado numa posição de chantagem com o Vaticano, e que por isso teria ganho notoriedade e popularidade junto de grupos adversários da Igreja Católica, que no final do século XIX, em França, compunham um vasto leque de pessoas dos mais variados quadrantes sociais: políticos republicanos, maçons (do Grande Oriente de França), ocultistas (seguidores de Papus e Stanislas de Guaïta), teosofistas (membros da Sociedade Teosófica fundada por Helena Petrovna Blavatsky), neo-gnósticos (seguidores de Jules Doinel), espíritas (seguidores de Allan Kardec), entre tantos outros. Como vemos, com este estratagema, o monárquico, anti-republicano, anti-maçónico padre Saunière é transformado numa personagem ideologicamente localizada no exacto oposto.
Encarregada de proteger o suposto “segredo” e a própria “linhagem sagrada”, mantendo os “descendentes de Jesus” protegidos do perigo, estaria uma sociedade secreta, o Priorado de Sião, que é apresentada pelo trio Lincoln, Baigent e Leigh como tendo a sua origem no século XI, em Jerusalém, por iniciativa de Godofredo de Bulhão, campeão da Primeira Cruzada (1099). O trio informara-se junto de Pierre Plantard, que se apresentava como “grão-mestre” do Priorado de Sião. Segundo o trio, o Priorado de Sião ter-se-ia mantido sempre activo ao longo da história europeia até aos dias de hoje, e estaria a preparar as bases para os “Estados Unidos da Europa”, uma monarquia de estados federados que seria governada por um monarca a instituir, escolhido da estirpe sagrada de Jesus! Para o trio, esse monarca futuro teria um nome, “Pierre Plantard de Saint-Clair”. Como vemos, trata-se do próprio Pierre Plantard, o criador do Priorado de Sião, que deu inúmeras entrevistas e documentação ao trio.
Estas são as linhas gerais do enredo. São também as linhas com que se coseram grande parte das “teses” históricas usadas no romance O Código Da Vinci, de Dan Brown[10]. Romance de estrutura pouco convencional, porque é por demais evidente que o autor norte-americano está a querer transmitir uma “tese” histórica pessoal através do enredo e das personagens. Como agravante, este romance principia com uma página intitulada “FACTO”, que contém graves erros históricos, e que deste modo viola o compromisso feito com o leitor.
Mas tentemos sintetizar, nos seus traços gerais, os vários passos da montagem desta complexa história…
Antes de mais, a aldeia languedociana de Rennes-le-Château é uma terra de tesouros, sejam eles reais ou lendários. Até porque muitas vezes as lendas são vividas mais intensamente do que a própria realidade. Os enigmas estão ali há muitos anos, como estão em tantos outros locais de forte simbolismo e conturbado passado histórico. O Languedoc é também terra de heresia: ela está no folclore, nas lendas, nos cantares. Basta evocar a herança dos hereges cátaros, através da memória da sangrenta cruzada que ali teve lugar durante a primeira metade do século XIII. Mas mesmo sem ir ao extremo da heresia, temos que ter sempre presente a dicotomia da ortodoxia versus heterodoxia: dois termos que exprimem uma instabilidade que as gentes do sul de França sempre sentiram na pele, no dia-a-dia. Mas as lendas do sul de França são bem antigas, e devem ser, dentro do possível, separadas do enigma de Rennes-le-Château, porque este sim, tem solução e pode ser compreendido.
A história de Bérenger Saunière é o epicentro desse enigma. Saunière tinha um sonho, e não deixara que ninguém se intrometesse no seu projecto, na concretização desse sonho: fazer de Rennes um lugar de peregrinação e devoção, semelhante ao local das aparições de Lourdes. Nem as autoridades eclesiásticas o iriam impedir de chegar ao seu objectivo… Ele oscilava entre o dever de submissão e obediência à autoridade eclesiástica e o intenso desejo de terminar a sua obra. Um feitio determinado e enérgico, de quem se habituara desde novo a remar contra a corrente... No final do século XIX, a França caminhava a passos largos para a laicização, sendo que a classe política era cada vez mais composta de personalidades que afirmavam categoricamente uma posição anti-clerical.
Os ideais da República, aliados ao anti-clericalismo, eram o oposto dos ideais de figuras como o padre Saunière, católico e monárquico legitimista, apoiante do pretendente Bourbon, o Conde de Chambord. Mas Saunière estava do lado perdedor… No que dizia respeito à Monarquia, o Conde de Chambord abdicara da sua pretensão ao trono, recusando assumir a bandeira tricolor, o que desiludira grande parte dos adeptos da causa. Também a Igreja Católica, a partir de Leão XIII, deixara de unir os seus esforços aos da causa monárquica. Por outro lado, no que dizia respeito ao catolicismo, em França, a realidade era também preocupante. Uma intensa vaga anti-clerical aterrorizava as hostes católicas. Em Roma, o Papa também não era excepção e não se sentia seguro: Pio IX teve que lutar para evitar o fim da Igreja Católica. Saunière era também, como a maioria dos sacerdotes do seu tempo, um fervoroso adversário da Maçonaria, em cujas fileiras estavam alistados muitos republicanos e anti-clericais do seu tempo.
Os que pensavam como Saunière sentiam o desânimo das causas perdidas, mas Saunière transformou, desde muito cedo, este desânimo em determinação. No plano religioso e vocacional, ele decidira transformar Rennes-le-Château num local de refúgio, num espaço sagrado de peregrinação, devoção e oração. No plano pessoal, como fuga dos seus problemas familiares, Saunière via Rennes-le-Château como a sua verdadeira casa, o lugar onde se sentia feliz e onde tinha paz. Para realizar o projecto da sua vida, Saunière não hesitara em fazer uma gestão independente e irregular dos donativos dos fiéis. Quando a situação começou a ser investigada pelos seus superiores diocesanos, Saunière fechou-se em auto-defesa. Ninguém o tiraria de Rennes, nada o afastaria do que ele tinha construído. Segundo Saunière, a sua obra em Rennes nada tinha de irregular, porque tudo fora feito com a melhor das intenções.
Tudo indica que Saunière fazia parte de um grupo restrito de sacerdotes monárquicos, provavelmente organizados numa ou várias confrarias semi-secretas[11], que trabalhavam para defender um catolicismo que andava de braço dado com ideais monárquicos tradicionalistas. O padre Henri Boudet, seu vizinho de Rennes-les-Bains, poderia ter feito parte desse grupo, e provavelmente também o desafortunado padre Antoine Gélis, que morreria assassinado na sua paróquia de Coustaussa por motivos ainda hoje por esclarecer. Estavam todos muito próximos do círculo de Frohsdorf, que se unira em torno da Condessa de Chambord na defesa da monarquia legitimista e do projecto de consagrar a França à devoção ao Sagrado Coração de Jesus, através da mediação da Virgem Maria. Não poucas vezes, estes movimentos assumiam também fortes posições anti-maçónicas.
Mas as importantes figuras intelectuais da agitada cultura cosmopolita de Paris não estavam desatentas a estes movimentos. Escritores como Victor Hugo, Maurice Leblanc e Gaston Leroux sentiam um profundo desprezo pelo catolicismo conservador, desprezo esse que era ampliado quando o catolicismo surgia aliado à monarquia. Para eles, tais posições estavam profundamente erradas. Estes escritores usaram o seu talento para deixar, ao longo de várias obras de ficção, marcas evidentes deste desprezo. Usando sátira amarga, recuperando nomes e apelidos de figuras reais, os seus romances transpiravam crítica social por todos os poros, sendo que os alvos preferenciais eram o catolicismo e a monarquia. Mas a crítica anti-clerical de Leblanc, de Leroux, ou de Victor Hugo, era sui generis: usava uma arma potente – a cultura hermética e esotérica, muitas vezes numa vertente maçónica, que atingira o auge de criatividade, popularidade e influência na cultura francesa no final do século XIX. Esta cultura reclamava a herança do simbolismo hermético perdido na Idade Média, opondo-se aos dogmas e rituais católicos, por ela considerados como “decadentes”. Autores como Leblanc, Leroux e Hugo não eram mange-prêtres, ou seja, “papa-padres” obcecados com o anti-clericalismo per se. A sua concepção do mundo era maturada, estudada, reflectida. Era, segundo eles, filosófica e científica. Era, também segundo eles, o resultado do estudo, das “Luzes”, da modernidade, de uma nova intelectualidade, em suma, de um novo pensar, que surgia muitas vezes aliado à herança cultural hermética e a uma opção pelo ritual e pelo simbolismo maçónico…
Dotados de uma enorme erudição, estes autores, para além da cultura hermética e esotérica, recorriam abundantemente às lendas, à história e ao património cultural francês. Faziam parte de uma elite intelectual. Padres monárquicos como Saunière, ou padres perenialistas[12] e tradicionalistas como Boudet, eram para eles figuras totalmente desprezíveis, ultrapassadas e ridículas, e que por isso deviam ser ridicularizadas. Possivelmente, autores como Leroux, Leblanc ou Hugo procuraram, através de uma ficção brilhante, vingar-se da determinada acção anti-maçónica exercida por muitos prelados católicos da altura.
É neste ambiente de guerra intelectual que nasce o enigma de Rennes-le-Château. É neste meio fértil e erudito que são criadas as primeiras peças do puzzle de Rennes, que servirão para um jogo de trevas e luz, onde o que é verdadeiro passará a falso e o que é falso passará a verdadeiro.
Um excelente exemplo encontra-se na distorção de que é alvo, desde muito cedo, o padre perenialista Henri Boudet, transformado num neo-gnóstico, num ocultista. A sua “catequese céltica”, plasmada na obra La Vraie Langue Celtique, baseava-se nos abundantes vestígios arqueológicos celtas daquela região de França. Se bem que ligeiramente heterodoxo, tratava-se de um perenialismo pleno de ilacções eucarísticas no qual os antigos celtas surgiam como percursores de Cristo. No entanto, a “catequese céltica” de Boudet é transformada numa “catequese diabólica”, suposta prova da prática oculta de um ritual secreto e herético. Foi precisamente assim que tudo começou: uma guerra intelectual entre duas facções…
O Priorado de Sião iria aproveitar a fértil e complexa herança desta guerra intelectual entre católicos monárquicos anti-maçónicos e maçons anti-clericais republicanos, na qual esteve envolvido o padre Bérenger Saunière, para reforçar a sua tese mistificadora central: a sociedade secreta existira desde tempos bastante recuados para proteger o legado dos “descendentes merovíngios”:
 
«… os descendentes merovíngios estiveram sempre na base de todas as heresias, desde o arianismo, passando pelos cátaros e pelos templários até à franco-maçonaria. Com o nascimento do protestantismo, Mazarin em Julho de 1659 fez destruir o seu [dos descendentes merovíngios] castelo de Barberie que datava do século XII (Nièvre, França). Esta casa não tem gerado através dos séculos senão agitadores secretos contra a Igreja…»
 
Como vemos, uma clássica teoria da conspiração. Neste caso, uma conspiração claramente anti-católica, em defesa de “todas as heresias”.
Um dos documentos mais elucidativos que integra os famosos Dossiers Secrets d’Henri Lobineau[13], um conjunto de material desinformativo depositado pelo Priorado de Sião de Pierre Plantard na Biblioteca Nacional de Paris em 1967, é a seguinte carta forjada, atribuída à International League of Antiquarian Booksellers, enviada no dia 2 de Julho de 1966 ao senhor Marius Fatin, proprietário do castelo de Rennes[14]. Nesta carta, fala-se na importância deste castelo e dos pergaminhos que teriam o selo de Branca de Castela, e que teriam sido supostamente descobertos pelo padre Saunière:
 
“Caro Senhor,
Após a nossa visita da semana passada ao seu castelo de RENNES, e antes de sairmos de França, nós temos o grande prazer de o informar que o seu castelo é, com efeito, historicamente o mais importante de França, pois constituiu lugar de refúgio em 681 ao Príncipe SIGIBERT IV, filho do Rei DAGOBERTO II, mais tarde canonizado São DAGOBERTO, bem como de seus descendentes, os Condes de Rhedae e Duque de Razès;
Factos comprovados por dois pergaminhos com o selo da Rainha BRANCA de CASTELA (tendo ela própria nunca estado em Razès) com o testamento de FRANÇOIS-PIERRE d'HAUTPOUL registado a 23 de Novembro de 1644 por CAPTIER, Notário em Espéraza (Aude), peças compradas em 1948 pela nossa Liga com uma parte da Biblioteca do Sr. Padre E. H. Hoffet, 7, Rue Blanche em PARIS, que possuía estas peças do Sr. Padre SAUNIÈRE, antigo cura de RENNES-le-CHATEAU.
A pedra sepulcral de SIGIBERT IV, figura no livro de Stüblein, edição de Limoux em 1884, ela encontrava-se na Igreja de Sta. Madalena de RENNES-le-CHATEAU, ela está hoje em dia no museu lapidar de CARCASSONNE.
O seu Castelo é, portanto, duplamente histórico!
Receba Caro Senhor, os nossos sinceros cumprimentos."
 
A farsa era simples, mas poderosa: segundo o Priorado de Sião, o padre Saunière, durante as obras de restauro do velho altar-mor da igreja de Santa Maria Madalena em Rennes-le-Château, teria posto a descoberto um conjunto de pergaminhos com o selo da Rainha Branca de Castela, que provariam a existência de uma descendência do monarca merovíngio Dagoberto II, descendência essa que teria sido protegida precisamente no castelo de Rennes-le-Château. Assim, Rennes-le-Château teria sido, graças aos esforços protectores de um milenar “Priorado de Sião”, a capital herética de França e o centro umbilical de uma guerra de séculos travada contra a Igreja Católica!
Como vimos, os pergaminhos são de vital importância na mistificação do Priorado de Sião. Estas “provas documentais” foram forjadas para suportar as teses de Pierre Plantard e dos seus apoiantes.
O ano de 1967 é um marco na mitologia do Priorado. Neste ano, o assunto ganharia ampla publicidade em França graças à publicação pela Juillard do livro de Gérard de Sède, L’Or de Rennes, com o sub-título La vie insolite de l’abbé Saunière. Nesta obra surgem pela primeira vez reproduções de dois dos pergaminhos codificados. Segundo Paul Smith[15], esta obra fora inicialmente um manuscrito do próprio Plantard, que tendo sido recusado várias vezes por diversos editores, teria sido entregue a Gérard de Sède para servir de base a um livro que se revestisse do estilo do jornalista e se enquadrasse bem no seu currículo literário. Tanto Plantard (mentor do texto) como Phillipe de Chérisey (autor dos falsos pergaminhos codificados) deveriam receber uma parte dos lucros da venda do livro de Gérard de Sède.
Contudo, uma mal resolvida questão de percentagens terminou em desavença: Chérisey acusava Gérard de Sède de ter usado os seus pergaminhos sem autorização. Uma carta datada de 8 de Outubro desse ano, enviada a Chérisey pelo seu advogado, o Dr. Boccon-Gibod, dá conta desta situação:
 
“Caro Senhor,
Recebi a sua carta e de imediato escrevi à Casa Juillard, bem como ao senhor de Sède, para protestar contra a utilização sem autorização, de dois pergaminhos por vós fabricados e que me foram entregues para estudo, na obra «L’Or de Rennes».”[16]
 
Não poucas vezes, Phillipe de Chérisey assumiu a autoria dos pergaminhos. Como por exemplo numa entrevista que figura na obra de Jean-Luc Chaumeil, Le Trésor du Triangle d’Or (1979). Hoje em dia, os investigadores deste assunto ocupam-se, sobretudo, na determinação exacta da fonte que serviu de inspiração a Phillipe de Chérisey. Não é possível efectuar aqui a uma exposição completa sobre estes pergaminhos, mas esta pode ser lida na Internet[17].
Mas porquê toda esta complexa charada?
O Priorado de Sião deve ser compreendido à luz das motivações das suas três figuras mais importantes: Pierre Plantard, Phillipe de Chérisey e Gérard de Sède.
Comecemos por Chérisey… Era um artista, actor de teatro e de televisão, uma figura erudita e culta, com um elevadíssimo sentido de humor. Era também um entusiasta do surrealismo. Para além da amizade de juventude que o unia a Plantard, o Marquês de Chérisey tinha um fascínio pelos jogos, pelas charadas, pelos enigmas históricos. Entusiasmava-o a ideia de criar uma tese histórica surrealista ancorada na vida misteriosa de Saunière e nas lendas de Rennes-le-Château. Uma teia ficcional e irreal, mas ligada à História por pequenos pontos, pelos quais obtinha a aparência de verdade. Como vimos, Rennes-le-Château tinha tudo para fascinar uma pessoa inquieta e ávida de divertimento erudito como era Phillipe de Chérisey.
Gérard de Sède foi um escritor imaginativo e multifacetado, que se deve ter divertido imenso com a sua escrita. Como Phillipe de Chérisey, era um admirador da corrente surrealista, tendo frequentado estes círculos em Toulouse e Paris. No plano ideológico, estamos perante um escritor com um passado de trotskista e revolucionário militante, que fez parte da Fédération de l'Art Revolutionnaire Indépendant, criada em 1938 por André Breton (1896-1966). Gérard de Sède também escreveu sobre as aparições de Fátima, por ele chamadas de “imposturas”[18], tendo sido premiado em 1977 pela Liga de Ateus Franceses. No seu funeral, em 2004, os seus antigos camaradas revolucionários prestaram-lhe uma derradeira homenagem cantando a Internacional. As posições políticas e ideológicas de Gérard de Sède devem ser tidas em conta para contextualizar a sua obra.
E Pierre Plantard?
É bem mais difícil compreendê-lo. Para alguns, Plantard é um mitómano, uma pessoa com problemas psíquicos que justificaríam a sua obsessão pela mentira e por viver uma vida fantasiosa. Foi esta a conclusão de um tribunal francês em 1993. Para outros, Plantard era apenas um oportunista: um ambicioso sem limites que queria para si um lugar na História. Durante a Segunda Guerra, esta fora a opinião dos serviços secretos e da polícia, facto que pode ser atestado pela leitura dos inúmeros relatórios policiais sobre a sua pessoa[19]. Há também quem pense que Plantard dedicou toda a sua vida a inventar uma história que servisse como uma amarga vingança anti-católica. Um catolicismo de juventude que acabara mal, talvez fruto de alguma experiência desagradável nos seus tempos de católico militante enquanto era ainda adolescente em Paris? Plantard poderá ter desenvolvido no início da sua vida adulta uma aversão ao catolicismo romano, levando-o a querer criar uma sociedade secreta que se apresentava como “ultra-católica”, ou seja, mais católica do que a de Roma. Recordemos que o mote do Priorado de Sião era o de que os merovíngios, em cuja descendência Plantard se fizera incluir, “estiveram sempre na base de todas as heresias, desde o arianismo, passando pelos cátaros e pelos templários até à franco-maçonaria”, numa presumida guerra permanente contra a Igreja de Roma através dos séculos.
Sou da opinião de que a verdade sobre Plantard deverá ser um misto destas três teses: a do Plantard mitómano, com a do Plantard oportunista e arrivista, e finalmente com a do Plantard anti-católico.
O trio conhece a história atribulada de Rennes durante os anos setenta. Estava-se no rescaldo de grandes transformações sociais a todos os níveis. No plano espiritual, vivia-se no auge do New Age, do cortar laços com a Tradição, que passava a ser vista como caduca e ultrapassada, da adesão à euforia sincrética que levara muitos a interessarem-se pelas religiões orientais, ou por farsas dessas religiões, vendidas por falsos gurus. Regressava em força o fascínio pelos celtas, pelos egípcios, pelas lendas da Atlântida. Para muitos, era a aurora da Era do Aquário, um período de intensa evolução espiritual que traria enfim a felicidade, a liberdade e a realização plena do Homem.
Do ponto de vista do catolicismo, o Concílio Vaticano II marcou também toda a geração que presenciou a alvorada do New Age. As mudanças conciliares alteraram os hábitos religiosos dos católicos. Os sinais de abertura da Igreja Católica para o aggiornamento, bem como o crescente uso da liberdade de expressão, criaram o ambiente social propício a uma obra como a do trio. Estes autores, provenientes de países de cultura anglo-saxónica, nos quais a presença do protestantismo é bastante acentuada ao invés do que sucede nos países latinos, iriam aproveitar-se do rescaldo pós-conciliar, em que as novas medidas ainda estavam a ser implementadas a pouco e pouco por todo o mundo católico, para sugerir aos seus leitores uma tese ousada, que era vendida como uma moderna tese de investigação científica: Jesus fora casado com Maria Madalena, de quem tivera descendência. Plantard, com o seu mítico Priorado, não se atrevera a tanto!
No centro desta tese do trio Lincoln, Baigent e Leigh está a interpretação do Graal como “sangue real”. Segundo estes autores, a expressão “santo graal” proviria de sangréal, o que seria uma contracção das palavras “sang” e “réal”. Esta interpretação é um equívoco, um erro comum das pseudo-etimologias baseadas em homofonias[20]. Nos romances do Graal, é frequente encontrar a palavra “graal” isolada, o que invalidaria à partida a interpretação do trio. René Guénon, num artigo dedicado ao simbolismo graálico, Le Sacré Coeur et la Légende du Saint Graal (Regnabit, 1925), afirma que o Graal surge como um vaso ou taça (grasale, gradale). É esta a interpretação que reúne maior consenso. Os especialistas em simbolismo e filologia não validam a nova interpretação que o trio faz do Graal como “sangue real”.
Emma Jung e Marie-Louise von Franz afirmam mesmo categoricamente:
 
“Uma nova tentativa de derivação, falsa com toda a segurança, a partir de san greal, frequentemente escrito assim, obtém sang real, sangue real, com o que estaria a fazer referência ao sangue de Cristo, que é o que deveria conter o Graal.”[21]
 
Contudo, a derivação incorrecta de Lincoln, Baigent e Leigh fez sucesso. A autora norte-americana Margaret Starbird, na sua obra Maria Madalena e o Santo Graal, é disso exemplo: em toda a sua obra, ela recorre à palavra “sangreal”, evitando a todo o custo o uso do tradicional termo “graal”. A autora força esta nova interpretação incorrecta, uma vez que também partilha da tese da “linhagem sagrada” de Jesus Cristo e Maria Madalena.
É também com o trio Lincoln, Baigent e Leigh que surge a tese de que Jesus fora “eleito Deus” no Concílio de Niceia em 325 d.C. por instigação do Imperador Constantino, tese que não resiste a uma investigação, mesmo superficial. Um bom contra-exemplo, com enorme peso histórico e doutrinal, encontra-se em São Ireneu de Lião, que escreveu no final do século II d.C. a sua obra fundamental de refutação das heresias, Libros Quinque Adversus Haereses, “Cinco livros contra as heresias”, e que contém inúmeros e valiosos detalhes sobre a doutrina dos primeiros séculos de cristianismo. O capítulo dezasseis do terceiro livro de São Ireneu é intitulado “Provas, a partir dos escritos apostólicos, de que Jesus Cristo era um e o mesmo, o único Filho de Deus, Deus perfeito e homem perfeito”[22]. Muito antes do Concílio de Niceia, os primeiros cristãos já haviam fixado a crença na divindade de Jesus Cristo. O próprio Novo Testamento, cujos textos são datados do século I d.C., fornece abundantes exemplos de que Jesus Cristo se apresentava como Deus, Filho de Deus, bem como era reconhecido como tal pelos seus seguidores.
O trio Lincoln, Baigent e Leigh omite também que Constantino era o anfitrião do Concílio de Niceia, que teve lugar em território imperial. Niceia ficava na actual Turquia, a sul da capital Constantinopla. O imperador romano não era versado em teologia, e num Concílio, o voto era um direito exclusivo dos bispos participantes. Constantino não era bispo. Tudo indica que Constantino jogou um papel importante na moderação das várias facções, porque estava interessado em que os bispos chegassem a um consenso. Mas Constantino não conduziu o Concílio e não tomou parte na votação. Omitir esta importante informação pode conduzir à ideia incorrecta de que a invenção da divindade de Jesus deve, de certa forma, ser atribuída a Constantino.
O Concílio de Niceia lidou com as ideias de Ário, condenando vivamente a sua escolha[23] doutrinária, e fixando o credo católico num texto que ficou conhecido pelo nome de “Símbolo de Niceia”[24].
Em Niceia, não se votou Jesus como Deus: votou-se, entre outras coisas, a condenação dos que não o viam plenamente como tal: os seguidores da heresia de Ário. Subtil, mas importante, diferença que não deve ser descurada.
Em suma, a obra do trio Lincoln, Baigent e Leigh deve ser lida como uma obra de esoterismo popular e de história fantástica, que procurou aproveitar, fora de França (onde o embuste do Priorado fora descoberto no final dos anos setenta e início dos anos oitenta), a riqueza e a complexidade do material compilado pelo Priorado de Sião. Dois dos autores, Michael Baigent e Richard Leigh, fazem parte de organizações maçónicas anglo-saxónicas, e têm, por isso, uma especial apetência por todo este material que, relembramos, teve a sua origem numa vingança da Franco-Maçonaria contra os católicos que estiveram envolvidos em ataques anti-maçónicos, como foi caso paradigmático o da farsa perpetrada por Léo Taxil.
As teorias de Lincoln, Baigent e Leigh fizeram escola. Uma lista infindável de autores bebeu inspiração da obra do trio. Picknett e Prince, autores d’O Segredo dos Templários, pertencem à “geração Rennes”, ou seja, foram educados na leitura assídua e compulsiva dos livros de Lincoln, Baigent e Leigh, e também na dos livros de Gérard de Sède. Mario Arturo Iannaccone faz um breve recenseamento de outras teses semelhantes provenientes da “geração Rennes”:
 
“As conclusões das investigações são invariavelmente estas: Jesus morreu na Cruz (sem ressuscitar) ou sobreviveu; «fez-se desaparecer» o seu corpo transportando-o para outro lugar; ele era um essénio, um sacerdote egípcio ou um «proto-maçon». Emigrado para França, teria dado origem a uma dinastia real, de descendentes de David e de Hiram Abiff; Madalena poderia ter-se estabelecido em Rennes, ou pelo menos no sul de França. A dinastia assume nomes diversos: «Sang Réal» (Lincoln e co-autores), «Fraternidade de Troyes» (Dafoe), «Rex Deus» (Simmans e co-autores), «Fraternidade da Serpente» (Wood) ou «Ordem de Baphomet» (Terhart), e ainda outros, segundo as inclinações e ao gosto dos autores que as propõem.”[25]
 
O que torna especialmente interessante o espantoso sucesso da obra de Dan Brown, de um ponto de vista sociológico, é que estes temas, amplamente aproveitados durante os anos setenta, oitenta e noventa numa literatura pseudo-esotérica “light”, ainda regressam como suposta novidade no início do presente século!
Dan Brown poderia ter adoptado uma posição inatacável. Escrevendo apenas um romance, estaria a salvo da crítica. Evitaria assim a chuva de críticas que caíra sobre os ombros de Lincoln, Baigent e Leigh durante os anos oitenta. Mas O Código da Vinci é um romance histórico que não obedece aos padrões de uma obra deste tipo. Eis como principia esta obra, onde se lê logo na primeira página:
 
“FACTO:
O Priorado de Sião.
Sociedade secreta europeia fundada em 1099, é uma organização real. Em 1975, a Bibliothèque National[e] de Paris descobriu um conjunto de pergaminhos, conhecidos como Les Dossiers Secrets, que identificam numerosos membros do Priorado de Sião, incluindo Sir Isaac Newton, Botticelli, Victor Hugo e Leonardo da Vinci. (…)
Todas as descrições de obras de arte, edifícios, documentos e rituais secretos que aparecem neste romance são exactas.”[26]
 
Primeiro, o Priorado de Sião não data de 1099 mas de 1956.
Segundo, a lista de grão-mestres (e não apenas “membros”) foi depositada em 1967 na Biblioteca Nacional de Paris, e não em 1975.
Terceiro, os Dossiers Secrets são uma colectânea em papel e não em pergaminho.
Três falsos “factos”! E isto sem mencionar a frase final relativa às “descrições”, porque sendo tão genérica pode ser ao mesmo tempo enganadora para o leitor e, no entanto, de difícil crítica.
Este texto inicial de Dan Brown viola o compromisso feito com o leitor. Muitos são os romancistas do género histórico que gostam de indicar ao leitor os pontos da sua ficção que são verídicos. Mas Dan Brown comete erros graves precisamente na página onde se compromete a apresentar “factos”. Possivelmente embaraçada com a situação, a editora Mondadori, que traduziu para italiano O Código Da Vinci, recusou-se a inserir esta página a partir da segunda edição do livro.
E para quem poderia pensar que Dan Brown apenas quis escrever ficção, nada melhor do que uma visita rápida ao seu site na Internet[27]:
 
“Algumas das evidências mais dramáticas podem ser encontradas nas pinturas de Leonardo da Vinci“
“Vários académicos acreditam que o seu trabalho [o de Leonardo] fornece intencionalmente pistas para um segredo poderoso… um segredo que permanece protegido até aos dias de hoje por uma irmandade clandestina da qual Da Vinci era membro”
“Contudo, o segredo por detrás do Código Da Vinci estava demasiadamente bem documentado para que eu o desprezasse”
“Deparei-me pela primeira vez com os mistérios escondidos nas pinturas de Da Vinci enquanto estudava história de arte na Universidade de Sevilha, em Espanha“
“Anos depois, enquanto pesquisava para o livro Anjos e Demónios e nos Arquivos Secretos do Vaticano, encontrei de novo o enigma Da Vinci”
“O segredo descrito no romance tem sido narrado durante séculos“
“Fiquei surpreendido pelo facto dos historiadores estarem tão desejosos de partilharem os seus conhecimentos comigo”
“Um académico disse-me que o seu entusiasmo pelo Código Da Vinci estava baseado em parte na sua esperança de que «este antigo mistério fosse desvelado para uma audiência mais vasta»”
 
Como se vê, é insustentável a tese de que Dan Brown queria apenas fazer ficção!
E, no entanto, teria sido fácil a Dan Brown usar este álibi: bastaria não ter inserido a página inicial de falsos “factos”, bem como não ter afirmado nas suas entrevistas que acreditava na veracidade histórica das teses do seu livro.
No Código da Vinci não se encontra uma só palavra sobre Rennes-le-Château. E as dezenas de livros que Dan Brown certamente leu sobre o Priorado de Sião, sobre Pierre Plantard, e sobre todas as peripécias desta mistificação moderna? Silêncio quase total. Apenas uma “fraqueza” de Dan Brown: decidira dar ao curador do Louvre o apelido Saunière. Brown sabe bem que está a colaborar numa mentira, o que torna as suas declarações no seu site particularmente enganadoras e desonestas.
Brown até chega a colocar, no seu romance, na boca do erudito Leigh Teabing[28] a tese de que o inglês era a “língua primitiva”, algo que só pode ter sido retirado da obra La Vraie Langue Celtique do padre Henri Boudet, vizinho do padre Saunière. É para nos darmos conta até que ponto Dan Brown conhece bem o enigma de Rennes-le-Château e a mistificação do Priorado de Sião. Mas este detalhe, bem como tantos outros que poderíam traí-lo, passou despercebido a milhões de leitores por esse mundo fora…
A 3 de Outubro de 2004, o London Sunday Telegraph noticiava[29] que Michael Baigent e Richard Leigh iriam processar a editora de Dan Brown, a Doubleday, subsidiária do gigante Random House, por plágio na obra O Código da Vinci.
Eis alguns excertos do artigo, que aqui deixo para referência:
 
“Dois escritores vão processar os editores do «Código da Vinci», o maior sucesso de vendas de todos os tempos na área da ficção para adultos, afirmando que foi copiado do seu best-seller de há mais de vinte anos atrás. (…)
Michael Baigent e Richard Leigh afirmam que Dan Brown, o antigo professor de Inglês de 39 anos de idade de New Hampshire, «usou toda a arquitectura» da pesquisa que eles tinham efectuado no seu trabalho não ficcional, «O Sangue de Cristo e o Santo Graal» que eles escreveram em parceria com Henry Lincoln.
Eles afirmam que as semelhanças entre os dois livros são tais que eles não têm outra hipótese senão processar a Random House, cuja subsidiária Doubleday é a editora da novela do senhor Brown.
Leigh disse ao Sunday Telegraph após o lançamento do processo: «Não é apenas porque Dan Brown pegou em certas ideias porque várias pessoas já o tinham feito antes. É porque ele pegou na arquitectura inteira – o puzzle inteiro – e apresentou-o como um thriller ficcional». (…)
Baigent e Leigh afirmam que a premissa da novela e pilhas de pesquisa factual foram plagiadas da sua hipótese histórica, que vendeu mais de 2 milhões de cópias, apesar de ter sido denunciada por vários comentadores eclesiásticos como sendo «pseudo-história».
Baigent disse: «Se a nossa hipótese está certa ou errada é irrelevante. O facto é que se trata de um trabalho que montámos e passámos anos a construir».
«O Sangue de Cristo e o Santo Graal» baseou-se em seis anos de pesquisa e hipóteses de que Jesus casou com Maria Madalena e fundou uma linhagem real protegida por uma série de sociedades esotéricas incluindo os Templários e o Priorado de Sião, de quem se diz ter Leonardo da Vinci sido «grão-mestre».
Os autores argumentam que Brown lhes retirou a importante lista dos grão-mestres, que supostamente guardavam os documentos secretos relativos à linhagem de Cristo, sem lhes pedir autorização.
A única menção feita ao seu livro é quando o vilão do «Código Da Vinci» um excêntrico historiador inglês, chamado called Sir Leigh Teabing, retira um exemplar da sua prateleira e diz: «Na minha opinião, os autores fizerm alguns saltos duvidosos nas suas análises, mas a sua premissa fundamental é sólida».
O nome Leigh Teabing é um anagrama de Leigh e Baigent, apontam os autores, enquanto que a sua descrição física – ele anda com o auxílio de muletas – é alegadamente baseada no terceiro autor, Henry Lincoln, que coxeia.
Lincoln decidiu não tomar parte na acção de copyright devido a problemas de saúde, mas diz-se que a suporta.
Paul Sutton, um advogado da empresa londrina Orchard, que representa Baigent e Leigh, esteve indisponível para comentar.”
Nos anos oitenta, com o seu best-seller O nome da Rosa, Umberto Eco provocara sobressalto no meio cultural pela forma como conseguira com a sua escrita seduzir um vasto número de leitores à escala global para questões teológicas quase esquecidas como as da querela entre franciscanos e dominicanos no final da Idade Média.
O nome da Rosa era um romance histórico hábil, feito, como é tipico em Eco, com base em charadas, em trocadilhos linguísticos, e numa sofisticadíssima erudição intelectual. Era um livro simultaneamente pedagógico e divertido.
Contudo, volvidos vinte e cinco anos, o sobressalto seria provocado por outro romance histórico, O Código Da Vinci, de Dan Brown, mas desta vez tratava-se de um romance com uma qualidade impossível de equiparar à do romance de Umberto Eco, não obstante tratarem-se de dois sucessos de vendas dedicados às mesmas temáticas. O Código da Vinci é uma obra repleta de graves equívocos e lacunas, onde se pode detectar a falta de preparação de Brown para escrever sobre simbolismo ou sobre religião, mesmo sob a capa de um romance histórico.
A quebra na qualidade é notória. No entanto, o livro de Dan Brown superou largamente as vendas do livro de Umberto Eco, que não obstante fora também um notável best-seller no mesmo segmento. Estamos perante uma crise cultural?
Penso que sim.
A crise da chamada “literatura esotérica «light»” no mundo ocidental não afecta apenas a esfera cristã. Afecta também a intelectualidade e a cultura como um todo. Os escaparates das livrarias estão repletos de obras que bombardeiam os leitores com milhões de referências a nomes, datas e sociedades secretas esotéricas, sem que se faça o mínimo esforço para os informar ou esclarecer.
O leitor não prevenido submerge. Infelizmente, sou da opinião de que, perante esta overdose de desinformação pseudo-esotérica, a maioria dos leitores opta por uma posição crédula, o que se afigura deveras preocupante.
Eis o que diz Francisco García Bazán sobre o actual contexto literário:
 
“(…) nos nossos dias, o género literário do romance histórico de ficção alcançou uma grande vantagem de vendas em relação ao romance histórico e este, como seria de esperar, em relação às publicações de ciência histórica.”[30]
 
É de especial interesse a distinção feita por Bazán entre o “romance histórico de ficção”, categoria onde cai o romance de Dan Brown, e o tradicional romance histórico. Neste último, sob a trama imaginada em torno de personagens ficcionais, é comum encontrar uma matriz histórica fidedigna. O que não encontramos em Dan Brown.
Queria terminar com uma reflexão sobre a inversão dos símbolos, que julgo estar patente nestas obras pseudo-esotéricas. No simbolismo, há uma premissa fundamental: o símbolo, ou signo, é uma imagem de algo que o transcende. No caso do Santo Graal, o símbolo do cálice representa conceitos superiores: a perfeição como meta espiritual, a pureza de intenções, a centralidade do ser, a morada da imortalidade, a fonte da juventude, entre tantos outros conceitos supra-materiais.
Na literatura popular moderna, como é o caso das obras O Sangue de Cristo e o Santo Graal, O Segredo dos Templários, Maria Madalena e o Santo Graal ou O Código da Vinci, este simbolismo surge invertido: o símbolo deixa de representar realidades transcendentes para representar algo de material. É neste sentido invertido que o cálice representaria o útero de Maria Madalena. Como referem justa e sucintamente Sandra Miesel e Carl Olson:
 
“Dan Brown inverte a antiga ideia de que o corpo de uma mulher é simbolicamente um recipiente e torna o recipiente, simbolicamente, o corpo de uma mulher.”[31]
 
Normalmente os leitores, e mesmo alguns destes autores, não se dão conta de que, na prática, o símbolo do Graal foi invertido. Termino com estas palavras de René Guénon, um esoterista sério, se bem que polémico, mas um profundo conhecedor do simbolismo e das suas mecânicas. Guénon fala, neste artigo de 1925, precisamente deste símbolo do Graal, que desde o final do século XIX tem vindo a ser progressivamente interpretado desta forma invertida:
 
“Se se quis por vezes, nos tempos modernos, associar a tal representação um sentido blasfematório, é porque se alterou, conscientemente ou não, o significado primeiro dos símbolos, ao ponto de inverter o seu valor normal. (…) compreender-se-á que há nisto qualquer coisa que torna muito delicada a manipulação dos símbolos, e também que este ponto requer uma atenção muito especial quando se trata de descobrir o sentido real de certos emblemas e de os traduzir correctamente.”[32]
 
Lisboa, 30 de Junho de 2005,
 
Bernardo Sanchez da Motta


[1] É necessária alguma cautela com o uso da palavra “génese”. Apesar do nascimento do enigma de Rennes-le-Château ser frequentemente colocado no ano em que o padre Bérenger Saunière foi destacado como sacerdote oficiante para a aldeia, ou seja, em 1885, este enigma, para ser amplamente compreendido, necessita de explicações que só se encontram mais para trás na História.
[2] Juntamente com André Bonhomme, Armand Defago e Jean Deleaval, que contudo não tiveram responsabilidade alguma no processo de mitogénese iniciado pelo seu sócio Pierre Plantard.
[4] Título da edição em livro de bolso da editora J’ai Lu, de 1968, pois o título da edição original da editora Juillard era L’Or de Rennes, Paris, 1967.
[5] Londres, Dell, 1982.
[6] Vide, por exemplo, a obra de Jean-Jacques Bedu, Rennes-le-Château, Autopsie d’un Mythe, Éditions Loubatières.
[7] Um dos primeiros historiadores a demonstrá-lo foi René Descadeillas, de Carcassonne, que escreveu em 1974 a obra fundamental Mythologie du trésor de Rennes.
[8] É com estas palavras que o jornalista Albert Salamon, do periódico regional La Dépêche du Midi, reaviva estas lendas em 1956, na sequência de uma série de entrevistas com Noël Corbu.
[9] O riquíssimo simbolismo do Graal não se extingue apenas no símbolo do cálice – o Graal também é retratado frequentemente como uma pedra (ex: a obra Parzifal de Wolfram von Eschenbach, que viveu entre 1170 e 1220), entre tantos outros símbolos, cuja profusão e significado exigiriam um estudo especial que sairia totalmente do âmbito deste artigo.
[10] Editado em Portugal pela Bertrand (2004).
[11] Mario Arturo Iannaccone é um dos autores que defende esta tese, na sua obra Rennes-le-Château, una decifrazione. SugarCo Edizioni, 2004.
[12] O perenialismo, da palavra “perene”, é uma corrente de pensamento que sustenta a tese de que o Espírito Santo esteve sempre presente na Humanidade, e que se encontram em todas as doutrinas antigas os traços de uma mesma espiritualidade. Alguns perenialistas chegam mesmo a afirmar que as formas religiosas e espirituais hoje conhecidas proviriam de uma tradição pré-diluviana. René Guénon é um desses casos, referindo-se a ela usando a expressão “Tradição Primordial”. Outro exemplo surge com a obra de Frithjof Schuon, que prefere usar a expressão “Filosofia Perene”.
[13] De seu verdadeiro nome Les dossiers secrets d’Henri Lobineau, o conjunto foi depositado a 27 de Abril de 1967. Os Dossiers Secrets são atribuidos a Henri Lobineau, um pseudónimo, e são depositados com a assinatura de um certo Phillipe Toscan du Plantier, provavelmente outro pseudónimo. Trata-se de um conjunto de 26 páginas de material espúrio, depositado sob a cota BNP: 4º Lm1 249.
[14] Marius Fatin recebeu, de facto, esta carta. No livro de Jean-Luc Chaumeil, Le trésor du triangle d’or (Éd. Lefeuvre, 1979), surge uma fotografia do próprio Fatin com a carta na mão. O que não significa que tal carta provenha da International League… Outro dado importante é este: como Marius Fatin morreu no final de 1966, a carta tem que datar, o mais tardar, do ano de 1966.
[16] Letter from Phillipe de Chérisey’s sollicitor, no site de Paul Smith.
[18] Gérard de Sède, Fatima, enquête sur une imposture, Moreau, Paris, 1977.
[20] Não é correcto estabelecer etimologias com base em semelhanças fonéticas, ou seja, homofonias.
[21] Emma Jung, Marie-Louise von Franz, La Leyenda del Grial, Editorial Kairós, Barcelona, Maio de 1999.
[22] Adversus Haereses (Book III, Chapter 16), by St. Irenaeus of Lyons, do site da Catholic Encyclopedia, em http://www.newadvent.org.
[23] A palavra heresia, etimologicamente, vem do latim e significa simplesmente “escolha”. Inicialmente, o termo “heresia” não era pejorativo, tendo adquirido com o passar dos anos um significado mais negativo, como “escolha errada”, ou “escolha censurável”.
[24] Numa versão muito próxima da versão definitiva do credo católico.
[25] Iannaccone, op. cit., p. 167.
[26] Dan Brown, O Código Da Vinci, p. 11.
[28] Um anagrama feito com os nomes de Baigent e Leigh.
[29] Suit takes crack at “Da Vinci Code”, por Elizabeth Day, 3 de Outubro de 2004.
[30] Francisco García Bazán, em Jesus, as mulheres e os vínculos familiares nos textos gnósticos, parte integrante da obra Verdade ou Ficção?, Paulus Editora, 2005, p. 102. O Dr. Bazán é um especialista em platonismo e gnosticismo, e é co-editor da biblioteca de Nag Hammadi em castelhano.
[31] Sandra Miesel, Carl E. Olson, A fraude de “O Código Da Vinci”, p. 177.
[32] Le Sacré Coeur et la légende du Saint Graal, um artigo escrito para a revista Regnabit em 1925".
 
 
(http://bmotta.planetaclix.pt/livro.htm, onde consta, também, as atualizações a seguir assinaladas.)
 
 
 

"Actualizações 

Modificações significativas 

16-Jun-2006
Adições e correcções importantes na página de perguntas e respostas sobre O Código da Vinci. Adicionou-se mais informação acerca de Constantino e do Concílio de Niceia, e completou-se a resposta à questão acerca do Opus Dei.
3-Jun-2006
Melhoramentos na página O primeiro texto codificado, com a adição de informação acerca do Codex Bezæ, o documento no qual Phillipe de Chérisey se inspirou para compor um dos seus dois "pergaminhos" falsificados.
11-Mai-2006
Reposição de um texto, agora com nova revisão, sobre o Santo Graal. A actualidade deste tema obrigava à presença deste texto no site, mas não tenho a pretensão, obviamente, de ter esgotado a questão. Com o passar do tempo, tentarei expandir este texto.
8-Mai-2006
Nova página com o cartulário da Abadia de Nossa Senhora do Monte Sião, presente num estudo do historiador francês E.-G. Rey (1888). É comum ver-se contestada a afirmação de que o Priorado de Sião, criação de Pierre Plantard, não existia antes de 1956 (data do seu registo oficial junto das autoridades francesas). Encontrando-se na História algumas organizações com nomes semelhantes contendo a palavra "sião" no seu nome, faz-se frequentemente confusão entre estas e o Priorado de Sião. Na verdade, Plantard era um homem culto, e escolheu inventar alguns detalhes acerca do seu Priorado baseando-se numa organização real. Neste estudo de E.-G. Rey podemos ficar a conhecer com melhor detalhe a história da Abadia de Nossa Senhora do Monte Sião, que é a organização que surge frequentemente como suposta prova da antiguidade do Priorado. Constata-se também que a história desta abadia não é compatível com as teses conspiracionistas do Priorado de Sião, conforme inventadas por Plantard.
Adição de detalhes importantes relativos ao Codex Muratori e à obra de Thomas Malory na página de perguntas e respostas sobre O Código da Vinci.
2-Mai-2006
Faltavam ainda quatro documentos à lista de Apócrifos na Biblioteca Nacional de Paris, que contém agora uma listagem completa dos documentos depositados entre 1942 e 1992 pelo Priorado de Sião, ou seja, por Pierre Plantard e Phillipe de Chérisey.
1-Mai-2006
Actualizações na página Pierre Plantard. Adição de notas de rodapé.
Nova página sobre Noël Corbu e os caçadores de tesouros, na qual se descreve a fase febril da caça ao "tesouro" em Rennes-le-Château, e como o parisiense Corbu foi fundamental para a criação da mitologia moderna acerca da vida do padre Saunière. Pierre Plantard, com o seu Priorado de Sião, iria utilizar muitas das criações de Corbu.
Nova página com a História do Priorado de Sião, um extenso capítulo que expõe cronologicamente as mais importantes etapas da complexa história da farsa do Priorado.
Actualizações e correcções importantes na página Nicolas Poussin e Os Pastores da Arcádia.
Adições e correcções importantes na página Apócrifos na Biblioteca Nacional de Paris, que contém agora uma listagem completa dos documentos depositados entre 1964 e 1984 pelo Priorado de Sião, ou seja, por Pierre Plantard e Phillipe de Chérisey.
4-Abr-2006
Adição de uma página nova, com respostas a perguntas frequentes sobre o livro O Código da Vinci, do autor Dan Brown.
31-Mar-2006
Actualizações na página Os últimos anos. Adição de notas de rodapé. Revisão profunda ao Prefácio.
28-Mar-2006
Remoção da ferramenta de comentários em todas as páginas. Infelizmente, parece que a média do nível de educação dos internautas nos últimos anos tem descido drasticamente. As minhas desculpas para os poucos comentadores sérios. Poderão continuar a colocar-me as questões que desejarem, mas através do correio electrónico.
30-Jun-2005
Revisão e pequenas adições ao texto de síntese e apresentação do meu livro.
3-Mai-2005
Adição de uma página de síntese e apresentação do meu livro, Do Enigma de Rennes-le-Château ao Priorado de Sião, que serve também de introdução ao trabalho aqui apresentado nestas páginas.
12-Jan-2005
Revisão ao texto dos primeiros capítulos, O padre Bérenger Saunière e Os primeiros trabalhos de recuperação. Revisão ao texto da página de Introdução. Restruturação maçiça da secção dos pergaminhos. Adição de uma página com a análise do primeiro texto codificado.
27-Dez-2004
Revisão ortográfica em grande escala. Foram detectados e corrigidos milhares de erros ortográficos e gramaticais. As nossas desculpas aos nossos visitantes, e obrigado pela paciência demonstrada até hoje.
17-Dez-2004
Correcção de alguns erros na página O passado de Rennes-le-Château. Rectificação de um erro relativo à transferência das propriedades de Marie Dénarnaud para Noël Corbu, na página Rennes-le-Château, erro esse descoberto e apontado pelo nosso leitor Orlando Costa, a quem agradeço. Também agradeço a ajuda de peritagem legal das minhas queridas amigas Marta Gaspar e Joana Cymbron, que me ajudaram a perceber o que era isso de "venda contra renda vitalícia".
13-Dez-2004
Correcção de alguns erros na página O passado de Rennes-le-Château. Adição de um novo e importante sub-capítulo nesta página, intitulado A questão dos merovíngios.
8-Dez-2004
Correcção de alguns erros nas páginas sobre os pergaminhos. Adição de uma página nova: Cronologia dos pergaminhos.
1-Dez-2004
Vários leitores queixaram-se do facto de encontrarem opiniões pessoais minhas misturadas com o núcleo central de investigação histórica deste trabalho. Nesse sentido, decidi "encurralar" os trechos opinativos ou pessoais em apenas duas páginas: Introdução e O Embuste. O resto do trabalho manter-se-á, salvo omissões por lapso (que agradecemos que nos sejam comunicadas), no domínio do estritamente factual e histórico.
4-Nov-2004
Correcção de pequenos erros e linguagem inadequada na página O Embuste, onde também foram adicionadas imagens e texto à secção Geometria Sagrada. Correção de um erro gramatical grave relativo à palavra "restauração" que foi prontamente substituída por "restauro". Obrigado à nossa leitora Mariana Negrão pela correcção.
23-Out-2004
Correcções pequenas nas páginas O Priorado de Sião e Pilhagem a Paul Lecour. Importantes revisões às páginas A igreja de Sta. Maria Madalena e A via-sacra no interior da igreja. Estas páginas estavam desactualizadas há muito tempo, e continham pistas falsas e ideias erradas. As nossas desculpas pelo atraso na revisão a estas duas últimas páginas.
22-Out-2004
Continuação da correcção de pequenos erros e linguagem inadequada em várias páginas: O Embuste, Pierre Plantard, O assassinato do padre Gélis e na página introdutória do Priorado de Sião.
27-Set-2004
Correcção de pequenos erros e linguagem inadequada em várias páginas. Tentativa séria em reduzir alguma agressividade desnecessária na linguagem da página O Embuste. Ao longo dos próximos dias, à medida que for adicionando novo material, vou tentar acalmar os meus nervos, e evitar expressões agressivas, para tentar responder à justeza dos pedidos de alguns leitores.
22-Set-2004
Expansão da página O Embuste, com a revisão e adição de material ao tópico Asmodeus. Revisão geral do site no que toca à questão do suposto "Asmodeus" em Rennes: afinal, a associação do nome de "Asmodeus" à estátua do Diabo é também fraudulenta, e deriva da mistificação do Priorado de Sião.
21-Set-2004
Expansão da página O Embuste, com a adição de um artigo sobre o Santo Graal.
20-Set-2004
Actualizações nas seguintes páginas sobre o Priorado de Sião: Pierre Plantard e na página introdutória.
16-Set-2004
Introdução da possibilidade de comentar cada página.
13-Set-2004
As páginas sobre o Priorado de Sião foram bastante expandidas. Surge uma nova página sobre Pierre Plantard, uma nova página com os textos apócrifos depositados na Biblioteca Nacional de Paris, e a própria página introdutória foi revista e completada. Expansão da página O Embuste. Adicionada nota biográfica do padre Joseph Courtauly à página Personagens importantes.
17-Ago-2004
Inauguração da página O Embuste, ainda em fase embrionária. Esta página irá crescer com o tempo.
20-Jan-2004
Actualização da página de locais na Internet.
14-Jan-2004
Adição de uma barra de navegação por capítulos.
11-Jan-2004
Rearranjos na organização e grafismo das páginas.
17-Dez-2003
Depois de umas semanas sem imagens em todas as páginas (obrigado, Clix!), consegui hoje voltar a pôr tudo no lugar. As minhas desculpas pelo incómodo causado.
10-Jul-2003
Correcções importantes na página Nicolas Poussin e "Os Pastores da Arcádia".
4-Jul-2003
Inauguração da nova fase deste trabalho. As actualizações passarão a ser mais frequentes. Ver "2. De Momento".
14-Mar-2002
Todas as páginas irão surgir com a data de hoje como data de modificação. Não é importante levar isto a sério. Apenas foram corrigidos pequenos detalhes ao nível interno das páginas (código HTML), ou seja, o texto não foi alterado. Contudo, foram efectuadas simultaneamente pequenas correcções ortográficas.
26-Fev-2002
Está terminado o capítulo Pilhagem na secção sobre o Priorado de Sião. Corrigiram-se alguns erros na secção A questão dos "pergaminhos".
26-Dez-2001
Adições à secção O Priorado de Sião e actualizações muito importantes na secção A questão dos "pergaminhos". Graças ao trabalho de Paul Smith, fui obrigado a remodelar fortemente esta secção e a inverter o sentido de muitas das minhas conclusões. Está-se mais perto da verdade!
19-Dez-2001
Inaugurada nova secção O Priorado de Sião. Esta secção ainda está em fase de construção, mas constituirá um dos mais importantes capítulos deste trabalho. Dotado de provas documentais conclusivas, este capítulo resolverá definitivamente os erros e as dúvidas que se espalharam graças à tarefa de desinformação levada a cabo pelo Priorado de Sião desde os anos sessenta.
11-Out-2001
Novo e importante local adicionado à página Locais na Internet. Trata-se dos documentos recolhidos, traduzidos e comentados por Paul Smith relativamente ao Priorado de Sião, ao mitómano Pierre Plantard, e à generalidade dos assuntos da mitologia moderna de Rennes-le-Château. A não perder.
15-Ago-2001
Continuação da secção Os Cátaros.
4-Jul-2001
Depois de meses de abandono, e após três semanas de avaria total que provocou o desaparecimento de todos os ficheiros do servidor, todo o conteúdo foi reposto hoje na forma exacta como se encontrava no dia 14 de Abril, data da última actualização. A todos as minhas sinceras desculpas pelo inconveniente causado. Prometo também regressar dentro em breve ao trabalho, algo que com os meus compromissos profissionais tem sido bem difícil. Entretanto, ao longo do próximo mês, serão feitas algumas melhorias do ponto de vista técnico que poderão passar despercebidas ao utilizador comum, mas que visam melhorar a estrutura da página e a rapidez de carregamento dos ficheiros.
17-Mar-2001
Houve uma revisão integral da página de Introdução que fez surgir algo completamente diferente. Aconselha-se ao leitor que regresse a esta página, que está agora mais clara e coerente. Como consequência, fizeram-se também pequenos ajustes nas páginas Introdução ao Mistério e Porquê?.
11-Mar-2001
Correcções nas seguintes páginas: Concílios, Os Papas, capítulo I.1. das Cruzadas e A Bíblia.
26-Fev-2001
Continuação da secção Os Cátaros.
20-Fev-2001
Início da remodelação da secção Os Cátaros.
23-Jan-2001
Arranjo de algumas ligações inválidas.
14-Jan-2001
Continuação da página sobre os Concílios, correcções noutras páginas, e ampliação da página de Bibliografia.
7-Jan-2001
Continuação da página sobre os Concílios, e ajustes noutras páginas relacionadas.
6-Jan-2001
Adição de algumas imagens em secções da Microenciclopédia.
18-Dez-2000
Ampliação da página Os Papas com a criação de um capítulo com a história do Vaticano e da Basílica de S. Pedro. As restantes páginas da Microenciclopédia também sofreram alguns ajustes.
10-Dez-2000
A página com locais na Internet foi fortemente remodelada. As ligações inválidas e desactualizadas foram corrigidas, e novos locais foram adicionados, tudo segundo uma disposição temática mais lógica.
9-Dez-2000
A página com a Bibliografia consultada sofreu uma forte remodelação estrutural. A partir de hoje, todas as referências bibliográficas estarão agrupadas por tema e sub-agrupadas por natureza, ao invés do confuso sistema anterior, no qual estavam agrupadas por página do trabalho.
8-Dez-2000
Foi reestruturada a página da Microenciclopédia, para tornar o acesso à informação mais fácil e atractivo. Disponibilizou-se também uma secção nova, Os Concílios, que conterá uma lista de todos os concílios ecuménicos católicos e dos resultados que eles produziram.
7-Dez-2000
Foi adicionada uma pequena biografia do padre Jean Rivière na página das Personagens. Retoques noutras páginas, sobretudo na de Introdução.
4-Dez-2000
Alterações na página Porquê?. Mudança da imagem na página de introdução à guitarra.
28-Nov-2000
Continuação da página sobre A Bíblia.
23-Nov-2000
Adições e correcções na página sobre A Bíblia.
20-Nov-2000
Adição do Poema da Semana na página principal.
17-Nov-2000
Foi completada uma tradução que há muito estava por terminar na Conclusão da página O padre Bérenger Saunière. Foi também complementada a biografia do bispo Billard na página das Personagens.
16-Nov-2000
Adição de uma biografia do padre Simon Laborde na página das Personagens.
4-Nov-2000
Criação de uma nova secção na Microenciclopédia, chamada Os papas, onde se apresenta uma lista cronológica de todos os papas e antipapas, juntamente com o início e o fim do seu pontificado, entre outras informações complementares.
1-Nov-2000
Ampliação do capítulo I.1. das Cruzadas. O mesmo sucederá futuramente a este capítulo e aos restantes.
20-Out-2000
Adições e correcções na página sobre O passado de Rennes-le-Château. Novas fotografias do Arco do Triunfo de Tito.
6-Out-2000
Início de uma grande revisão à secção das Cruzadas. Tentar-se-á melhorar significamente os textos existentes, ainda antes de dar sequência ao relato histórico, que deverá continuar com a pregação do ideal de Cruzada. Os presentes textos constituem principalmente um relato de acontecimentos. Deseja-se agora melhorá-los com uma análise crítica e abrangente destes acontecimentos, por forma a ajudar à compreensão do assunto. Esta análise crítica será apoiada na obra de Henri Pirenne, "Maomé e Carlos Magno" (ver bibliografia).
29-Set-2000
Ajustes na página principal. Simplificação da página Autoria. Alguns documentos que se encontravam acessíveis foram removidos (o currículo e o artigo). Quem os desejar pode pedir-mos por correio electrónico.
26-Set-2000
Continuação da página sobre os últimos anos de Saunière. Esta página ainda está num estado caótico, mas esta situação deverá melhorar ao longo da próxima semana.
24-Set-2000
Inauguração de uma página fora do comum, talvez inesperada para muitos, na qual eu tento explicar da melhor forma que posso a razão de ser deste trabalho: "Porquê?", é este o título da nova página. Claro que estão todos convidados a visitá-la e a comentá-la.
18-Set-2000
Adição de uma cópia da certidão de óbito da última marquesa de Blanchefort, Marie de Négri-d'Ables, na página sobre Os primeiros trabalhos de recuperação.
17-Set-2000
Não se trata de um ataque narcisista, é só uma actualização fotográfica na página Autoria que já fazia falta há muito tempo.
15-Set-2000
Alterações nas páginas Os primeiros trabalhos de recuperação e na página sobre O padre Bérenger Saunière. Foram igualmente feitas correcções pouco importantes noutras páginas.
1-Set-2000
Alterações nas páginas O assassinato do padre Gélis e na página de Introdução ao Mistério. Ampliação da página Os testamentos e o património.
11-Ago-2000
Primeira actualização de Verão. Revisão e ampliação de algumas páginas referentes à vida de Saunière. Modificação da página de Introdução.
9-Jul-2000
Conclusão da página do processo eclesiástico e inauguração da secção I.12, "Os últimos anos". Esta secção conterá um resumo do período final da vida de Bérenger Saunière (entre 1912 e a sua morte em 1917).
7-Jul-2000
Neste dia consegui, finalmente, concluir a minha licenciatura. Assim, inevitavelmente, modifiquei a página Autoria e os ficheiros com o currículo.
1-Jul-2000
Foi completada a biografia de Jules Doinel na página das Personagens.
17-Jun-2000
Pequenas correcções em várias páginas. Acabo de ser informado de uma notícia importante: soube-se agora que Pierre Plantard, personagem bem conhecida dos interessados por este mistério, morreu no dia 3 de Fevereiro de 2000, às onze e dez da manhã.
11-Jun-2000
Modificações importantes nas biografias de: Henri Boudet, Marie Dénarnaud, Félix-Arsène Billard, e Paul de Beauséjour.
7-Jun-2000
Durante os últimos dois dias, praticamente todas as páginas estiveram inacessíveis por culpa minha. Peço as maiores desculpas a todos os prejudicados.
6-Jun-2000
Todos os textos foram dispostos no formato justificado. Assim, a apresentação fica mais decente. Um grande obrigado ao meu camarada Carlos Quadrado, que me ensinou a fazer isto!
5-Jun-2000
Foi adicionada uma biografia de Ernest Cros na página das Personagens. Pequenas correcções noutras páginas.
31-Mai-2000
Foi adicionada uma biografia de Eugène Stüblein na página das Personagens. Pequenas correcções noutras páginas.
30-Mai-2000
Foi adicionada uma biografia de Emma Calvet à página das Personagens.
10-Mai-2000
O capítulo do processo eclesiástico encontra-se terminado. Ainda sofrerá futuras adições, como aliás todos os capítulos, mas já contém a informação essencial.
9-Mai-2000
Últimos ajustes ao capítulo do processo eclesiástico. Faltam apenas alguns detalhes referentes ao segundo processo. Modificações na página da Introdução e na página da Autoria.
6-Mai-2000
Foram terminadas todas as traduções dos documentos referentes ao processo eclesiástico. Esta página, juntamente com a da Cronologia, foi fortemente melhorada mas ainda não está completa.
4-Mai-2000
Adição de mais algumas traduções à página sobre o processo eclesiástico.
3-Mai-2000
Continuação das actualizações e adições no capítulo sobre o processo eclesiástico. Adição de um documento na pagina Um tráfico de missas.
1-Mai-2000
Reestruturação desta página de actualizações. Continuação do capítulo sobre o processo eclesiástico, e adição de um índice neste capítulo. Adição de um texto à pagina sobre a continuação do projecto de Saunière.
27-Abr-2000
Adição de uma fotografia do Arco do Triunfo de Tito, em Roma, na página O passado de Rennes-le-Château.
25-Abr-2000
Alterações na página Introdução ao Mistério, adição da tradução de um texto na página Os primeiros trabalhos de recuperação, e inserção de uma tabela de anos na página da Cronologia.
18-Abr-2000
Novas adições na página sobre o processo eclesiástico.
16-Abr-2000
Continuação da ampliação da página sobre o processo eclesiástico. A página da Cronologia é remodelada ao mesmo tempo, de forma a reflectir a adição de novos factos.
15-Abr-2000
Foram adicionados novos textos e documentos na página sobre o processo eclesiástico. Outras páginas sofreram igualmente pequenos ajustes.
11-Abr-2000
Continuação da página sobre A Bíblia. Algumas adições e correcções.
6-Abr-2000
Inserção de uma fotografia de Francisco Tárrega na página da Guitarra.
5-Abr-2000
Continuação da página sobre A Bíblia. Algumas adições e correcções.
2-Abr-2000
Criação de uma nova secção na Microenciclopédia, chamada A Bíblia, onde se apresenta a origem e o conteúdo dos vários livros que a constituem.
31-Mar-2000
Ajustes no texto da página Rennes-le-Château e adição da fotocópia de uma carta na página Os pergaminhos.
29-Mar-2000
Estruturação da velha página de ajuda numa nova secção: A Microenciclopedia.
28-Mar-2000
Fixação da imagem de fundo em todas as páginas, o que provoca um efeito de transparência inegavelmente estético e cheio de significado. Mais algumas adições na página sobre O processo eclesiástico, nomeadamente uma nova carta do processo e respectiva tradução.
26-Mar-2000
Foram feitas algumas correcções e adições na página sobre O processo eclesiástico. Foram também finalmente disponibilizadas as duas traduções de textos do processo que ainda faltavam.
18-Mar-2000
Conclusão da página Um tráfico de missas. Está agora finalmente justificada uma importante fonte de receitas de Saunière, ficando provado que o padre se dedicava ao comércio de missas em larga escala.
17-Mar-2000
Alteração da página Introdução ao Mistério.
16-Mar-2000
A página Um tráfico de missas foi bastante ampliada com a introdução de novos factos, documentos e conclusões.
12-Mar-2000
Inauguração de uma nova página, Os testamentos e o património, onde são apresentados e analisados os referidos documentos e onde se fala um pouco da estranha e misteriosa relação de Saunière com a sua família.
11-Mar-2000
Adições e correcções na página Os primeiros trabalhos de recuperação, A igreja de Sta. Maria Madalena, e A via-sacra no interior da igreja.
7-Mar-2000
Adições e correcções na página Os primeiros trabalhos de recuperação.
4-Mar-2000
Novos dados sobre as descobertas arqueológicas de Saunière durante Os primeiros trabalhos de recuperação permitem lançar um pouco de luz sobre este período mal documentado. É proposta uma hipótese em relação às descobertas do padre.
3-Mar-2000
Correcções nas páginas Anomalias no segundo texto, Cronologia da vida de Saunière e na página de Bibliografia. Correcções, ajuste de fotografias velhas e adição de imagens novas nas páginas Os primeiros trabalhos de recuperação e Rennes-le-Château.
2-Mar-2000
Alterações e correcções na página A descodificação do segundo texto.
1-Mar-2000
Alterações e correcções na página A igreja de Sta. Maria Madalena, efectuadas apenas uma hora depois do fim do dia 29 de Fevereiro!
26-Fev-2000
Colocação de legendas em várias imagens, adição de novas imagens e correcções nos textos das seguintes páginas: O padre Bérenger Saunière, Os primeiros trabalhos de recuperação, Personagens Importantes e Rennes-le-Château.
23-Fev-2000
Alterações e correcções importantes nas páginas O padre Bérenger Saunière, Os primeiros trabalhos de recuperação, O assassinato do padre Gélis, Rennes-le-Château e Cronologia da vida de Saunière. Foram corrigidos nestas páginas alguns dados sobre os primeiros anos de Saunière em Rennes, com destaque para a correcção do ano de chegada da família Dénarnaud à aldeia, que não ocorreu em 1892 como estava escrito, mas sim em data incerta entre 1886 e 1889.
21-Fev-2000
Foi adicionada uma lista das dinastias dos reis franceses na Microenciclopedia.
17-Fev-2000
Novas ligações na página de Locais na Internet.
15-Fev-2000
Adições e correcções nas páginas O padre Bérenger Saunière, Cronologia da vida de Saunière e na página de Bibliografia. Adição de fotografias do castelo na página O passado de Rennes-le-Château e do campanário da igreja na página sobre Os primeiros trabalhos de recuperação.
14-Fev-2000
Adições e correcções na página O padre Bérenger Saunière, especialmente no capítulo sobre a perda dos territórios papais.
12-Fev-2000
Adições na página O padre Bérenger Saunière.
4-Fev-2000
Correcções nas páginas: A descodificação do segundo texto e Nicolas Poussin e "Os Pastores da Arcádia".
2-Fev-2000
Adições e correcções nas páginas: Os primeiros trabalhos de recuperação e O padre Bérenger Saunière. Foi adicionada uma fotografia de Alfred nesta última página, bem como uma versão melhorada da de Marie Dénarnaud na página Personagens Importantes.
1-Fev-2000
Sérias correcções nas páginas Rennes-le-Château e Introdução ao Mistério.
31-Jan-2000
Mais algumas adições e correcções nas páginas: Os primeiros trabalhos de recuperação, Nicolas Poussin e "Os Pastores da Arcádia" e O padre Bérenger Saunière.
27-Jan-2000
Foram efectuadas correcções e adições, algumas importantes, nas seguintes páginas: Os pergaminhos, A descodificação do segundo texto, Os primeiros trabalhos de recuperação, Nicolas Poussin e "Os Pastores da Arcádia" e O padre Bérenger Saunière.
26-Jan-2000
Correcções e adições na página de bibliografia.
23-Jan-2000
Correcções e adições em várias páginas, em particular na cronologia e no capítulo sobre o processo eclesiástico.
20-Jan-2000
Importantes mudanças gráficas nas cores. Substituição dos botões tradicionais por botões dinâmicos.
18-Jan-2000
Traduzidos mais uns textos do processo de Saunière e inaugurado o índice expandido na secção das cruzadas.
16-Jan-2000
Na véspera de um dia tão simbólico para o Mistério de Rennes-le-Château, foi posta à disposição uma lista de acesso directo a todas as páginas, que se encontrará no fundo de cada uma, antes dos botões de navegação. Agora, será possível mudar mais facilmente de uma página para qualquer outra, sem ter que atravessar uma série delas para chegar à que se deseja.
11-Jan-2000
Foram adicionadas imagens do baixo-relevo nos jardins de Shugborough na página Nicolas Poussin e "Os Pastores da Arcádia".
10-Jan-2000
Arranjadas algumas ligações inválidas na página de bibliografia. Eliminação da música da página principal (por motivos de rapidez).
9-Jan-2000
Remodelação da página de bibliografia. Concentrei as referências bibliográficas gerais numa mesma zona, e as referências adicionais separadas por página.
7-Jan-2000
Retoques na página Autoria.
24-Dez-1999
É verdade! Na véspera de Natal, foi adicionada mais uma nova secção que aborda o tema do pintor Nicolas Poussin e do seu célebre quadro "Os Pastores da Arcádia". Esta secção contém pistas muito importantes e faz parte do núcleo central de todo o mistério.
17-Dez-1999
Alterações importantes em toda a estrutura da página, e eliminação de zonas demasiado incompletas. Extinção da página de Estatísticas, devido ao excessivo trabalho adicional que ela implicava. Mantém-se apenas um contador total na página inicial. Arranjo de ligações inválidas. Toda a página foi também mudada de local, encontrando-se agora alojada no espaço gratuito fornecido pelo Planeta Clix.
14-Jun-1999
Foram inseridas novas imagens nos sub-capítulos 1.4 e 1.7 das Cruzadas.
13-Jun-1999
Foi terminado o sub-capítulo 1.7. Chegou ao fim a Introdução e seguir-se-á o relato da Primeira Cruzada.
30-Mai-1999
Após uma longa pausa, inevitável por razões curriculares, retomo o trabalho. Foram introduzidas algumas imagens na secção das Cruzadas, no primeiro e no segundo capítulos. O texto também foi melhorado e aumentado.
27-Jan-1999
Foi inaugurada uma nova página sobre a adulteração do segundo texto. Com esta página tenciono compreender um pouco melhor o processo de deturpação sofrido pelo texto de modo a conseguir chegar mais perto da sua forma original.
24-Jan-1999
A página sobre a descodificação do segundo texto está oficialmente concluída. Claro que pode ainda sofrer revisões, mas apenas de pequena importância.
23-Jan-1999
Pequenas revisões e correcções à página da descodificação do segundo texto, e à página sobre os primeiros trabalhos de recuperação.
11-Jan-1999
Nova imagem adicionada à página com dados biográficos sobre Saunière.
3-Jan-1999
Actualizações nas páginas Cronologia da vida de Saunière e Resumo contabilístico.
30-Dez-1998
Novas fotografias nas seguintes páginas: A continuação do projecto e na página Um tráfico de missas. A página sobre a continuação do projecto já está praticamente terminada.
26-Dez-1998
Novas fotografias nas seguintes páginas: Os primeiros trabalhos de recuperação, A continuação do projecto e na página principal Rennes-le-Château.
17-Dez-1998
Inauguração de mais duas páginas: A continuação do projecto e Cronologia da vida de Saunière. Estas páginas ainda estão incompletas.
10-Nov-1998
Conclusão temporária da página sobre o assassinato do padre Gélis. Criação de uma nova página com a apresentação de locais na Internet que tratam o assunto de Rennes, bem como outros assuntos com ele relacionados.
7-Nov-1998
Foram efectuadas importantes alterações a nível gráfico. Agora, as imagens em tamanho grande são vistas numa nova janela, de modo a facilitar a leitura das páginas. Também os nomes dos ficheiros de imagem foram revistos e modificados.
5-Nov-1998
Já foi iniciada a página sobre o assassinato do padre Gélis. É apresentado nesta página um pequeno resumo dos acontecimentos que rodearam este crime sombrio. Estou ainda a aguardar fotografias que completem a página.
5-Nov-1998
Inauguração de uma nova página sobre a hipótese da venda ilegal de missas por parte de Saunière poder justificar a sua riqueza.
1-Nov-1998
Inauguração da página com o resumo contabilístico dos gastos e receitas de Saunière.
29-Out-1998
Está terminada a página sobre os primeiros trabalhos de recuperação. Poderão ainda ocorrer algumas modificações ligeiras. A página sobre a igreja de Sta. Maria Madalena sofreu também alterações e adições importantes.
20-Out-1998
A página sobre os primeiros trabalhos de recuperação foi inaugurada. Ela será acabada ao longo das próximas duas ou três semanas.
29-Set-1998
Severa reorganização das páginas de Rennes-le-Château. Uma nova organização estrutural foi a única alternativa para a inserção de novos temas. Algumas páginas ainda estão em branco, mas decidi colocá-las mesmo assim para não só me servirem de auxiliar de memória como também para indicarem ao leitor o que será abordado futuramente.
21-Set-1998
A página com dados biográficos sobre Saunière foi bastante ampliada e revista. As seguintes páginas irão pelo mesmo caminho ao longo dos próximos dois meses.
17-Set-1998
A 5ª lição de guitarra, sobre teoria de acordes, está completa. Entretanto foram disponibilizados dois ficheiros com acordes na página Textos úteis, um com uma grande mas pouco detalhada lista de acordes, para quem já domina um pouco o assunto, e outro com uma lista bastante básica, apenas 28 acordes, com o detalhe necessário para principiantes.
16-Set-1998
Início da revisão completa a todas as páginas. Tive tempo de reparar, durante as férias, que muitas páginas tinham que ser revistas e aumentadas. Por isso, prolonguei o meu prazo de revisão até ao Natal, porque penso que é utópico pensar que consigo rever tudo em pouco tempo. A partir de hoje existirão alterações bastante frequentes, pelo menos semanais. Para já, só as páginas iniciais foram revistas.
6-Jul-1998
Automatização da página de estatísticas de acesso.
8-Jun-1998
A página sobre a descodificação do segundo texto está completa. Ainda poderá sofrer algumas alterações ou adições.
5-Jun-1998
Inauguração da página de estatísticas de acesso.
7-Mai-1998
Inauguração da página sobre a descodificação do segundo texto. Esta página ainda será bastante aumentada.
26-Mar-1998
Inauguração das páginas sobre as Cruzadas. A primeira parte desta secção está praticamente completa".

 

 

 

===

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FRANÇOIS MITTERAND EM RENNES-LE-CHÂTEAU

(http://shadowtheatre13.com/photogalleryrlc.html)  

 

 

Fichier:Casino Palavas2.jpg
 

A FACHADA DO citado CASSINO DE PALAVAS-LE-FLOT,

situado no Boulevard Maréchal Foch: sua outra fachada

dá para o Cais Georges-Clemenceau

(http://fr.wikipedia.org/wiki/Fichier:Casino_Palavas2.jpg)

 

 

===

 

 

DICA PARA ESPECIALISTAS EM RENNES-LE-CHÂTEAU

(INFORMAÇÕES CONCERNENTES PARA AGRADAR OS CÉTICOS DE SEMPRE)

PARA ESPECIALISTAS NESSE ASSUNTOS: possíveis fontes de rendas do Padre Salnière, doações, JEAN-JACQUES BEDU, RENÉ DESCADEILLAS, o iniciado citado no início GÉRARD DE SÈDE e cia. ltda. (em inglês):

http://www.rennes-le-chateau-rhedae.com/bedu/autopsie.html

DIVIRTAM-SE! 

 

 

===

 

EM MEMÓRIA DE R. DESCADEILLAS, por Alain [não se informa o sobrenome do jornalista (*)],

14.11.2009, blog CRÔNICAS DE CARCASSONE  (Blog de atualidades, informações, eventos e história sobre Carcassone e sua região)

(*) - Seguindo uma tradição francesa no interior da qual, por exemplo, o jornalista e filósofo Émile-Auguste Chartier (1868 - 1951) [um pensador eminentemente pacifista, antifascista e liberal] escolheu como pseudônimo apenas o nome 'Alain'

  

Chroniques de Carcassonne

 

"14/11/2009

En mémoire de René Descadeillas...

 

René Descadeillas 2.jpg
René Descadeillas à son bureau de la Bibliothèque municipale de Carcassonne
Photoarchives René Ferrand
--------
René Descadeillas (1909-1986) surnommé "Desca" par ses plus fidèles amis est resté une grande figure de Carcassonne pour sa contribution à la vie intellectuelle et culturelle de notre ville.
Secrétaire d'Albert Sarraut  et journaliste, il se voit confier en 1933 l'agence de La Dépêche du Midi avant d'être nommé conservateur de la Bibliothèque municipale en 1950, poste qu'il conservera jusqu'en 1974.
 
René Descadeillas5.jpg
Bulletin de la Société des Bibliophiles de Guyenne
--------
René Descadeillas 11.jpg
Il sera en 1957 Président de l'Académie des Arts et Sciences et à partir de 1964, succédant à René Nelli, Directeur du Musée des beaux-arts.
René Descadeillas 4.jpg
Carcassonne  Editions SAEP 1970
------
René Descadeilas restera lié à Rennes Le Château en publiant un premier essai en 1964 "Rennes et ses derniers Seigneurs "aux Editions Privat,  qui sera suivi par un ouvrage capital en 1972 sur le célèbre mystère : "Mythologie du trésor de Rennes" présenté comme l'antithèse du livre de Gérard de Sède "L'Or de Rennes" sortie en 1967.
Gérard de Sède lui répondra en 1975.
René Descadeillas 001.jpg
Rennes et ses derniers Seigneurs / Editions Pégase 2007
rd.jpg
Mythologie du Trésor de Rennes, 1ére Edition, juillet 1972
Ouvrage couronné du Prix Toutain de l'Académie Frabçaise.
-----
mythologie_tresor_rennes_histoire_veritable_abbe_sauniere_cure_rennes_chateau_53355.jpg
Mythologie du Trésor de Rennes Editions Savary 1988.
René Descadeillas9.jpg
-----
René Descadeillas3.jpg
René Descadeillas, Denise et Félix Bergèse "Chez Félix"
Photo: archives Denise Bergèse
-----
Habitué du café "Chez Félix" où il avait trouvé une seconde famille auprès de Félix et Denise Bergèse, René Descadeillas a tiré sa révérence le 22 avril 1986, il repose aujourd'hui au cimetiére La Conte.
René Descadeillas8.jpg
La Dépêche du Midi  du 23/04/1986
René Descadeillas8 001.jpg
L'INDEPENDANT du 23/04/1986
-----
*A lire: la notice rédigée par Jean-Pierre Piniès, p.130 sur le dictionnaire biographique "Les Audois".
*A voir: L'interview de René Descadeillas (la seule ou il apparait dans un film) pour "Les Dossiers secrets des Trésors" d'Henri Lincoln, réalisé par Jean-Jacques Sirkis en mars 1971".
 
 
 

 AUTOR: Alain (foto abaixo), de blog CHRONIQUES DE CARCASSONNE

Photo 

 

 

  

 

 

FOTOS DE CARCASSONE NO MENCIONADO BLOG

 

efde7cf12fab6f3ad9b6f0c71c4afe67.jpg
Le port de Carcassonne sur Le Canal du Midi
 
 
0ed299e99ae28a3e3ac5939b6359c403.jpg
La place Carnot, coeur de La Bastide Saint-Louis
 
dcc043deef4b26fe687b9dddb6fe28c0.jpg
La Cité Médiévale vue de l'Aude

Carcassonne se divise en 2 parties, la ville basse avec son coeur dénommé La Bastide Saint-Louis  au pied duquel passe Le Canal du Midi  classé au Patrimoine Mondial de l'U.n.e.s.c.o  et la ville haute où se trouve La Cité Médiévale  célèbre dans le monde entier elle aussi classée par l'U.n.e.s.c.o.".

(http://chroniquesdecarcassonne.midiblogs.com/about.html)

 

 

CORBU

"Nöel Corbu's interview in
"La Depeche du Midi",
January 12th, 1956

 

Villa Bethania

The Villa Bethania where Corbu opened is Hotel in 1953 and which once belongs to Abbé Bérenger Saunière
housekeeper Marie Dénarnaud

 

Noel Corbu

 

 

 

 

 

 

 

The man who started it all:
Nöel Corbu - Barkeeper and
amateur detective story writer"

(http://www.davinci-the-movie.com/priory-of-sion-1.html)

 

 

===

 

 

MARIE DÉNARNAUD

 

 

"Née le 12 août 1868 à Espéraza de Guillaume (21/04/1840 - 28/01/1930) et Alexandrine Marre (1844 - 19/06/1928), elle fut la servante, la confidente et la complice de Bérenger Saunière durant sa vie à Rennes-Le-Château.

 

   Son étroite collaboration et sa fidélité furent sans faille jusqu'à sa mort. Mais un fait est indéniable. Marie Dénarnaud connaissait tout ou une partie du secret de Saunière. (...)"

(http://www.rennes-le-chateau-archive.com/index.htm?id=marie_denarnaud.htm)