Reynaldo Jardim: poemas curtos
Por Flávio Bittencourt Em: 02/09/2010, às 17H04
Reynaldo Jardim: poemas curtos
Lançamento de novo livro de Reynaldo Jardim é grande acontecimento em Brasília.
SÔNIA BRAGA
PÓRTICO DOS FUNDOS
Reynaldo Jardim
Afinal de contas
nem gosto tanto assim de poesia.
Gosto mais de música. Só música
sem palavras nem aplausos.
De pintura. Só pintura
Sem teoria ou mensagem.
De cinema. Só cinema
Sem mesa redonda
nem voto popular.
E da vida. Só a vida
Sem título
sem vínculo
sem legendas.
SOBRE OBRA ANTERIOR DE REY FOI NOTICIADO, EM DEZEMBRO DE 2009,
NO BLOG DO TURIBA:
"Quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
REYNALDO JARDIM LANÇA SEU LIVRO 'SANGRADAS ESCRITURAS'
 Reynaldo Jardim lança seu 10º livro de poesia
Sangradas Escrituras reúne produção de mais de seis décadas
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OS POETAS REYNALDO JARDIM E ANTÔNIO MIRANDA, AMIGOS
(http://www.nosrevista.com.br/2010/04/01/a-diversidade-musical-de-fabio-carvalho/)
Homenageando Reynaldo Jardim,
Alisson Saraiva,
Sônia Braga e
Antônio Miranda e agradecendo a
Luis Turiba e a
Severino Francisco, este último do Correio Braziliense,
pelo excelente texto sobre o novo livro do Rey
2.9.2010 - Ele, em si mesmo, já é um acontecimento - Ocorre que, quando Reynaldo Jardim lança um livro - como agora acontece, aliás -, os telefonemas começam a ser disparados às livrarias de Brasília, onde mora com sua família. Seus leitores querem ter acesso à produção poética, verbivocotátilvisual, desse Rey. (Alisson Saraiva é o autor do projeto gráfico de Íntima Grafite.) F. A. L. Bittencourt ([email protected])
PUBLICOU O CORREIO BRAZILIENSE
O SEGUINTE ARTIGO DE SEVERINO FRANCISCO
(SETEMBRO / 2010)
"Escritor Reynaldo Jardim lança livro Íntima grafite com poemas curtos
“Côncavo-convexo/ amor/ não tem nexo.” No ano passado, Reynaldo Jardim recebeu uma encomenda da esposa, a jornalista Elaine Daher: escrever uma série de poemas para que fossem impressos em cerâmica e decorassem o banheiro da casa. A ideia não foi adiante na concepção original, mas se transformou no livro Íntima grafite, numa parceria com Alisson Saraiva, autor do projeto gráfico.
Reynaldo não se incomoda de fazer poesia por encomenda, pois ele sempre escreveu pressionado pelo tempo e pautado pelos jornais em que trabalhava ou com os quais colaborava: “Eu escrevia um poema por dia para o Pasquim ou para a Última Hora. Trabalhar sob encomenda não diminui em nada a poesia e não é nenhuma desculpa para a qualidade ruim”.
“O espelho se embaça/Perdi a cabeça/Virei fumaça”. O livro é constituído por uma série de pequenos textos, flashes poéticos, com variações sobre temas eróticos. São uma espécie de haicais livres, produzidos mais pela necessidade de buscar uma forma sintética para a cerâmica do que pelo cultivo das características do gênero: “Não são haicais no rigor da palavra, mas são no espírito”, explica Reynaldo “ É a primeira vez que escrevo assim. É inspirado no haicai, mas com mais liberdade, sem se prender a nenhuma forma. É uma coisa toda especial, feita na intuição da hora.”
É possível também fazer aproximações com o projeto de realizar uma poesia visual levantado pelo movimento concretista. Mas, na verdade, estaria mais próximo do neoconcretismo, movimento do qual Reynaldo participou numa reação ao excesso de racionalismo da Poesia Concreta, reivindicando espaço para o sensorial e o sensual.
Ele observa que os escritores brasileiros homens quase não produzem poesia erótica. São as mulheres quem cultivam melhor o gênero e expõem as suas experiências no campo da sensualidade: “Não sei explicar por que isso acontece. A mulher é mais sincera, embaixo do chuveiro ela se vê mais. Inclusive os poemas de Íntima grafite têm mais uma visão feminina do que masculina do erotismo. Homem é muito chato”.
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| Jardim: "Os poemas de Íntima grafite têm mais uma visão feminina do que masculina do erotismo. Homem é muito chato" |
“O espelho se embaça/Perdi a cabeça/Virei fumaça”. O livro é constituído por uma série de pequenos textos, flashes poéticos, com variações sobre temas eróticos. São uma espécie de haicais livres, produzidos mais pela necessidade de buscar uma forma sintética para a cerâmica do que pelo cultivo das características do gênero: “Não são haicais no rigor da palavra, mas são no espírito”, explica Reynaldo “ É a primeira vez que escrevo assim. É inspirado no haicai, mas com mais liberdade, sem se prender a nenhuma forma. É uma coisa toda especial, feita na intuição da hora.”
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É possível também fazer aproximações com o projeto de realizar uma poesia visual levantado pelo movimento concretista. Mas, na verdade, estaria mais próximo do neoconcretismo, movimento do qual Reynaldo participou numa reação ao excesso de racionalismo da Poesia Concreta, reivindicando espaço para o sensorial e o sensual.
Ele observa que os escritores brasileiros homens quase não produzem poesia erótica. São as mulheres quem cultivam melhor o gênero e expõem as suas experiências no campo da sensualidade: “Não sei explicar por que isso acontece. A mulher é mais sincera, embaixo do chuveiro ela se vê mais. Inclusive os poemas de Íntima grafite têm mais uma visão feminina do que masculina do erotismo. Homem é muito chato”.
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| ÍNTIMA GRAFITE De Reynaldo Jardim. Edição do autor, com apoio do FAC (Fundo de Apoio à Cultura)/Gráfica Gravo. Número de páginas: 76. Preço médio: R$ 10". (SEVERINO FRANCISCO) |
Publicação: 02/09/2010 07:00".
(http://www.correiobraziliense.com.br/)
(http://www.nosrevista.com.br/2009/12/16/reynaldo-jardim-lanca-hoje-seu-10%C2%BA-livro-de-poesia/)
