Em homenagem ao centenário do escritor, poeta, jornalista e memorialista brasileiro Luís Antônio Pimentel, a Prefeitura, através da Secretaria de Cultura e a Fundação e Arte de Niterói organizaram uma série de eventos no período de 22 a 29 de março, em algumas unidades culturais como no Teatro Municipal, Solar do Jambeiro e Campo de São Bento.
22 quinta-feira / 17h /Gratuito
Luís Antônio Pimentel - 100 anos em foco
A expo é uma retrospectiva da vida e obra do jornalista e poeta e poderá ser vista até 29 de abril. Curadoria de P.R. Cecchetti.
Solar do Jambeiro - Rua Presidente Domiciano, 195 – Ingá
23 sexta-feira / 18h30 às 20h30 / Gratuito
O amor segundo Luís Antônio Pimentel
Uma antologia de textos de Luís Antônio Pimentel em torno do tema amor. Estão reunidos, além da novela “12 dias com Leviana” (1945), poesias diversas, entre poemas, sonetos e haicais, retirados de obras como “Ciranda, cirandinha” (1933), “Prece em lágrimas” (1940), “A curiosidade dos olhos doces e outros poemas” (1955), “Canção para os lábios da amada” (1945), “Corpo falado” (1985) e haicais diversos, incluindo os haicais eróticos do autor. O livro traz, ainda, uma seleção das fotografias femininas de Luís Antônio Pimentel. Organização: Luiz Augusto Erthal e Luiz Antonio Barros.
Teatro Municipal de Niterói / Rua XV de Novembro, 35 – Centro. / 2620-1624
23 A 25 / sexta a domingo / 20h / R$ 30
12 Dias Com Leviana
Estreia teatral de Luís Antônio Pimentel no seu centenário de vida. A história narra um romance de 12 dias vivido em meados da década de 30, por um rapaz e uma cantora de rádio cuja identidade também se esconde por trás do codinome Leviana. Ao ser encenada, cerca de 77 anos depois de escrita, a novela resgata o frescor dos primeiros textos de Luís Antônio Pimentel . A direção é de Guga Gallo.
Teatro Municipal de Niterói / Rua XV de Novembro, 35 – Centro 2620-1624
24 sábado / 10h/ Gratuito
A cidade de Miracema homenageia Pimentel
Banda Sete de Setembro
Academia do Choro
A Sociedade Musical Sete de Setembro, mais conhecida como Banda Sete, foi fundada em 07 de setembro de 1898, tendo 113 anos de existência. Hoje goza de uma grande quantidade de músicos, principalmente jovens, pois a Sociedade tem como principal objetivo manter uma corporação musical, o ensino e a divulgação da arte musical. Participa de diversos Encontros de Bandas pelo estado do Rio de Janeiro, apresenta-se em diversas festividades da comunidade.
Criado em 2007 o grupo “Academia do Choro” é um dos poucos grupos musicais do gênero na região do noroeste fluminense.
Alem de tocar os grandes nomes do choro como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga, Waldir Azevedo, Ernesto Nazareth entre outros, o grupo se destaca por incluir no seu repertório composições próprias.
Campo de São Bento / Rua Gavião Peixoto, s/n – Icaraí
25 domingo / 18h/ Gratuito
Seresta e Recital de poesia
Campo de São Bento - Coreto Rua Gavião Peixoto s/n – Icaraí
26 a 28 segunda / terça e quarta / 17h às 20h
Niterói Antigo
Exposição de Fotos
Campo de São Bento- Coreto / Rua Gavião Peixoto s/n- Icaraí
29 QUINTA-FEIRA / 19h / Gratuito
Lançamento das edições comemorativas do centenário de Luís Antônio Pimentel, organizada por Carlos Mônaco e Aníbal Bragança, Eles nasceram em Niterói (3ª edição revista e ampliada) e a 5ª edição de Topônimos Tupis de Niterói, reunidos em um único volume.
Concerto da Banda Municipal Santa Cecília
Campo de São Bento- Coreto /Rua Gavião Peixoto, s/n – Icaraí
Luís Antônio Pimentel
Poeta, professor, jornalista e memorialista brasileiro, nasceu em Miracema, em 29 de março de1912. É membro da Academia Fluminense de Letras – AFL (Academia Niteroiense de Letras) e presidente de honra no Grupo Monaco de Cultura.
Tendo sido aluno bolsista em intercâmbio no Japão, residiu lá entre os anos de 1937-1942, familiarizando-se com o haicai ao ter contato com autoridades como Hagiwara Sakutarô e Takamura Kôtarô. Pimentel tem sua poesia traduzida para o inglês, o alemão, o francês, o espanhol e o sueco.
Pimentel é um dos precursores do haicai no Brasil, responsável pela divulgação deste estilo de poesia ao lado de Olga Savary e Helena Kolody. Tem parte na cunhagem definitiva do termo haicai em língua portuguesa quando, estudante da faculdade de filosofia da Universidade do Brasil, encaminhou a Aurélio Buarque de Holanda, por intermédio do gramático Celso Cunha, o pedido de dicionarização, evitando que o termo se dispersasse em outras transliterações como hai-cai, hai-kai, haikai, haiku, hai-ku e hokku. Com seu livro Namida no Kito, obra escrita em português no japão e traduzida para o japonês no ano de 1940, Pimentel se tornou o primeiro autor brasileiro traduzido para o japonês que se tem notícia.
O autor reconhece ter se permitido inovar o haicai ao tratar de temas tropicais, criando também o haicai erótico, o engajado politicamente e o étnico. Contudo, estas pequenas transgressões não corrompem o cânon estético inaugurado por Matsuô Bashô como a rigorosa métrica e a exigência da indicação da estação do ano (Kigo) e dos fenômenos da natureza.
Sua vasta obra literária, conta com livros como: Contos do velho Nipon (1940), Tankas e haicais (1953), Cem haicais eróticos e um soneto de amor nipônico (2004). E se encontra reunida em três volumes publicados pela editora Niterói Livros, que contém o texto integral de Tankas e haicais, tal como coordenada pelo professor Nelson Eckhardt em 1953.
A obra reunida, em acurada edição crítica de três volumes, conta também com poesias compiladas inéditas até 2004, data desta edição e versões para diversas línguas, entre elas o japonês, na tradução de Yonekura Teruo.
Além da primeira biografia, assinada por Alaôr Eduardo Scisínio, a obra do poeta recebeu diversos estudos, como o escrito pelo filósofo brasileiro R.S. Kahlmeyer-Mertens, que nos últimos anos vem dedicando trabalhos sobre a produção de haicais do poeta, destacando o relevo do pensamento de Pimentel para a contemporaneidade."
(http://guiadeniteroi.com/programacao-de-homenagens-ao-centenario-de-luiz-antonio-pimentel/)