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 POEMA PARA MARY POPPINS

Miguel Carqueija

 

 

Sou Jane Banks, bom dia,

já de mim ouviu falar;

sou a menina que um dia

com Mary pôde voar.

 

Com Mary Poppins, a fada

na forma de uma babá:

que foi por nós muito amada,

já que outra igual não há.

 

Com Bert e Michael nós fomos

num desenho animado:

como foi que nós entramos

é algo não explicado.

 

A uma pintura no chão,

uma tela na calçada,

Mary levou pela mão

esta garota espantada.

 

Subi com ela uma escada

feita no ar com fumaça:

sentia-me extasiada,

agora viver tinha graça.

 

Papai, coitado, não via

o que tinha em sua casa:

um mundo de fantasia,

coisa em que ele nem pensava.

 

Mamãe vivia atuando

pela causa sufragista

e seus filhos esperando

que em nós pusesse vista.

 

Só Bert nos entendia,

nosso faz-tudo querido,

já que tudo ele fazia,

em tudo era entendido.

 

E das nuvens ela veio

nossa família mudar:

e tornou-se o esteio

para tudo transformar.

 

O que até então movia

papai era sua carreira:

porque entre nós havia

uma sólida barreira.

 

Mamãe não parava em casa,

os criados se virassem;

e o que a gente precisava

era pais que nos amassem.

 

Mary, onde você está?

Michael e eu recordamos

nossa querida babá

a quem até hoje amamos.

 

Você mudou tudo em nós,

inundou-nos de amor;

queria ouvir sua voz,

beijar você com calor.

 

Sua maleta encantada

queria rever um dia,

e sua face tão amada,

que só nos trouxe alegria.

 

 

Mas Deus a fada enviou

pra cumprir outra missão;

para nós o que ficou

foi tê-la no coração.

 

Te lembramos com carinho,

Mary Poppins, aparece!

Nem que seja um pouquinho,

ao Céu envio esta prece. 

 

 

 

 

imagem do filme, que está completando 50 anos