Poema de Dom Marcos Barbosa
Por Flávio Bittencourt Em: 23/04/2011, às 01H41
[Flávio Bittencourt]
Poema de Dom Marcos Barbosa
Flor de pedra e de prece na colina, / lugar alto de paz e de silêncio, / onde a cidade pára de repente / e se ajoelha no chão de antigos túmulos.
"DOM MARCOS TRADUZIU PARA A LÍNGUA PORTUGUESA O IMORTAL BEST SELLER O PEQUENO PRÍNCIPE, DO ESCRITOR, EX-PILOTO-DA-AVIAÇÃO-COMERCIAL-REGULAR, PILOTO MILITAR E POETA COMANDANTE ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY '
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
REPRODUÇÃO DE IMAGENS DE CAPAS DE TRADUÇÕES
DE O PEQUENO PRÍNCIPE, DA BIBLIOTECA DO
SERVIDOR PÚBLICO E BLOGUEIRO
JOSÉ MARCOS RAMOS
(http://pequenopricipe.blogspot.com/2009_05_01_archive.html)
“Ê o Pequeno Príncipe que nos faz um sinal ao subir ao céu! 'E quando eu levantar voo em meu novo aparelho, a multidão exclamará: Viva Antoine de Saint-Exupéry'
(LUC ESTANG, Saint-Exupéry par luimême [SAINT-EXUPÉRY POR ELE MESMO, Éditions du Seuil, Paris, 1956, p. 188])
DOM MARCOS
(http://pequenopricipe.blogspot.com/2009_05_01_archive.html)
"Quarta-feira, 30 de junho de 2010
110 ANOS DO SENHOR DAS AREIAS
23.4.2011 - O grande escritor católico Alceu Amoroso Lima recebeu, em 23.5.1980, Dom Marcos Barbosa [O TRADUTOR BRASILEIRO DE O PEQUENO PRÍNCIPE] na Academia Brasileira de Letras - O monge beneditino Dom Marcos Barbosa, do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, nasceu na cidade de Cristina-MG, em 12.9.1915 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 5.3.1997. F. A. L. Bittencourt ([email protected])
A IGREJA DO MOSTEIRO
DOM MARCOS BARBOSA
Flor de pedra e de prece na colina,
lugar alto de paz e de silêncio,
onde a cidade pára de repente
e se ajoelha no chão de antigos túmulos.
Floresta de ouro a nave, onde as cigarras,
até juntar-se um dia ao pó do claustro,
misturam sete vezes suas vozes
à orquestração dos sinos e do órgão.
Caverna de Aladino que oferece
aos mais pobres que entrem seus tesouros,
mel correndo dos favos esculpidos.
Palpitam na penumbra asas de arcanjo,
bispos e reis na talha abrem seus braços,
e a Virgem, do seu trono, entrega o Filho...
(http://www.jornaldepoesia.jor.br/mbarbosa.html#mosteiro)
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"Dom Marcos Barbosa |
Dom Marcos Barbosa (nome civil: Lauro de Araújo Barbosa), sacerdote e monge beneditino, poeta e tradutor, nasceu em Cristina, MG, em 12 de setembro de 1915, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de março de 1997. Eleito em 20 de março de 1980 para a Cadeira n. 15, na sucessão de Odylo Costa, filho, foi recebido em 23 de maio de 1980, pelo acadêmico Alceu Amoroso Lima. Após o ginásio em Itajubá, matriculou-se, em 1934, na Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro, tendo participado então da Ação Universitária Católica e do Centro Dom Vital, quando travou conhecimento com Alceu Amoroso Lima, de quem se tornou secretário particular. Na mesma época, entrou em contato com o Mosteiro de São Bento, onde ingressou com vários universitários em 1940, interrompendo o Curso de Letras Clássicas, que começara ao terminar o de Direito. No Mosteiro, onde foi ordenado sacerdote em 1946, foi retomando aos poucos a vocação de escritor, pois já publicara antes crônicas e poemas não só em A Ordem e Vida, revistas de que foi redator, como ainda em O Jornal e na Revista do Brasil. Após uma breve passagem pelas rádios Cruzeiro e Mayrink Veiga, manteve de 1959 a 1993, na Rádio Jornal do Brasil, o programa Encontro Marcado, que ia ao ar diariamente às 18 horas. Em seguida, esse programa passou a ser transmitido pelas rádios Carioca-AM e Catedral-FM, também diariamente. Colaborou todas as quintas-feiras no Jornal do Brasil. Dom Marcos, ingressando no mosteiro após ter publicado alguns poemas e artigos, julgava ter renunciado à vocação literária, que veio no entanto a desabrochar de novo em autos e poemas escritos para determinadas ocasiões e depois reunidos em livro. Um desses poemas, “O Varredor” (“Varredor que varres a rua, / tu varres o Reino de Deus.”), foi muito divulgado pela Ação Católica, à qual pertencia ainda como estudante. Outro poema seu, “Cântico de Núpcias”, teria igual repercussão, lido hoje em celebrações de casamento, inclusive por alguns juízes de paz, e até mesmo em novelas de televisão. Inovou a oratória sacra, pelo estilo manso e poético dos seus sermões. Obteve os dois primeiros lugares no concurso para a letra do Hino do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado no Rio de Janeiro em 1955, como também fez parte da equipe de tradutores de textos litúrgicos da Conferência Nacional dos Bispos. Traduziu também, além de obras de Paul Claudel e François Mauriac, três livros que se tornaram famosos, na verdade mais para adultos do que para crianças: O pequeno príncipe, O menino do dedo verde e Marcelino pão e vinho. Integrou por vários anos o Conselho Federal de Cultura. Foi escolhido para saudar em nome dos intelectuais o Papa João Paulo II em sua primeira viagem ao Brasil. Sucedeu a Otávio de Faria no Pen Clube, em 15 de outubro de 1981, tendo sido saudado por Antonio Carlos Villaça. Ocupou na Academia Brasileira de Artes a vaga de Alceu Amoroso Lima, tendo sido recebido por Marcos Almir Madeira em 12 de setembro de 1985. Recebeu o Prêmio de Poesia do Pen Clube do Brasil (1986); agraciado, em 7 de junho de 1990, com a condecoração de Chévalier des Arts et des Lettres, concedida pela República Francesa e recebeu, em 1995, o Prêmio São Sebastião de Cultura da Arquidiocese do Rio de Janeiro, como Personalidade do Ano. Obras: Teatro (1947); Livro do peregrino, XXXVI Congresso Eucarístico Internacional (1955); A noite será como o dia: autos de Natal (1959); O livro da família cristã (1960); Poemas do Reino de Deus (1961); Mãe nossa, que estais no céu (s.d.); Para a noite de Natal: poemas, autos e diálogos (1963); Para preparar e celebrar a Páscoa: autos, diálogos e fogo cênico (1964); Eis que vem o Senhor (1967); O livro de Tobias (1968); Oratório e vitral de São Cristóvão (1969); Manifestações de autonomia literária: A Escola Mineira e outros movimentos. In: História da Cultura Brasileira (2 vols., 1973-76); Um menino nos foi dado, org. de Lúcia Benedetti. In: Teatro infantil (1974); A arte sacra (1976); Nossos amigos, os Santos (1985); Congonhas, Bíblia de cedro e de pedra, e co-autoria com Hugo Leal (1987); Um encontro com Deus: Teologia para leigos (1991); As vinte e seis andorinhas (1991); Poemas para crianças e alguns adultos (1994). Fonte: http://www.academia.org.br/". |