Pestalozzi e o Amor Pedagógico
Por Antônio Carlos Rocha Em: 31/10/2015, às 09H59
Sobre o “Amor Pedagógico”
Antonio Carlos Rocha*
Dentre as muitas formas de amor: maternal, paternal, filial, espiritual, ágape etc, existe um que é muito pouco divulgado. É o “amor paedagogicus”. A expressão está em Latim, e pode ser confirmada no livro “Sumário de Didática Geral”, de Luiz Alves de Mattos, editora Aurora, 1957, um clássico do setor.
O autor tem como base as idéias educacionais do suíço Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827). Pode-se argumentar que são propostas muito antigas de Educação, e que hoje, o mundo mudou tanto que, o tema se torna apenas um item no campo da História da Pedagogia. Contudo, é bom lembrar que atualmente existe em diversos estados brasileiros, estabelecimentos de ensino (do Fundamental à Universidade) que seguem o Método Pestalozzi.
Afirma o professor Luiz que Amor Pedagógico é aquela vontade em ajudar os alunos, “aquela simpatia, interesse natural pelos adolescentes e o desejo de auxilia-los nas suas lutas, nos seus problemas e seus anseios”. É uma capacidade de sintonizar e compreendê-los o que resulta em satisfação.
Mattos contrapõe com os “adolescentes imaturos”, que existe demais e Pestalozzi então propõe (vamos resumir):
1 – Fazer com que o aluno acredite em si mesmo, no seu potencial de recuperação e seguir adiante;
2 – A doutrina Pestalozzi está mais interessada na formação do caráter do que na aquisição de conhecimentos;
3 – Ele fala da Moral Filosófica, a Ética que deve reger os princípios de aprendizado como respeito, boas normas de conduta e assuntos afins.
4 – Pestalozzi repete com insistência que a primeira e duradoura Educação é recebida em casa com os pais e responsáveis.