Pe. Nonato Pinheiro
Em: 10/05/2010, às 06H02
Pe. Nonato Pinheiro
Rogel Samuel
Li no excelente Blog do Coronel, de Roberto Mendonça, que o Pe. Nonato morreu num cubículo, “morreu em 7 de dezembro de 1994, em um cubículo no subsolo de um hotel, situado na avenida Joaquim Nabuco, em Manaus, abandonado, solitário, cercado apenas de livros aos quais tratou com estima e apreço”.
http://catadordepapeis.blogspot.com/
Ele era um homem ilustre, quando o conheci, sempre elegante na sua batina, e frequentava a mais culta sociedade de Manaus. Respeitadíssimo.
Foi professor de latim de minha mãe. Ele gostava muito de minha mãe, porque ela se chamava Stella, e ele logo a mandava declinar o substantivo.
Amigo de Álvaro Maia e outras personalidades, certa vez o encontrei no gabinete de Genesino Braga, na Biblioteca Pública. Genesino me apresentou e apertamos as mãos. Naquele momento pude ver como ele ela uma pessoa frágil. Suas mãos tremiam. Ainda que jovem, uns 40 anos talvez, o rosto marcado pelo sofrimento, aquela arrogância era uma capa protetora, tinha toda uma sociedade contra si, difamado que era.
O melhor prosador de sua época, seus escritos estão perdidos nos jornais de Manaus. Inteligentíssimo, muito culto, memória fotográfica, dia virá em que seus artigos serão editados em livro.
O melhor de sua prosa está espalhado em jornais e revistas e nas colunas que assinou.
Fui aluno de sua mãe, Diana Pinheiro, naquele casarão da vinte e quatro de maio.
E fui seu leitor assíduo.
Rogel Samuel
Li no excelente Blog do Coronel, de Roberto Mendonça, que o Pe. Nonato morreu num cubículo, “morreu em 7 de dezembro de 1994, em um cubículo no subsolo de um hotel, situado na avenida Joaquim Nabuco, em Manaus, abandonado, solitário, cercado apenas de livros aos quais tratou com estima e apreço”.
http://catadordepapeis.blogspot.com/
Ele era um homem ilustre, quando o conheci, sempre elegante na sua batina, e frequentava a mais culta sociedade de Manaus. Respeitadíssimo.
Foi professor de latim de minha mãe. Ele gostava muito de minha mãe, porque ela se chamava Stella, e ele logo a mandava declinar o substantivo.
Amigo de Álvaro Maia e outras personalidades, certa vez o encontrei no gabinete de Genesino Braga, na Biblioteca Pública. Genesino me apresentou e apertamos as mãos. Naquele momento pude ver como ele ela uma pessoa frágil. Suas mãos tremiam. Ainda que jovem, uns 40 anos talvez, o rosto marcado pelo sofrimento, aquela arrogância era uma capa protetora, tinha toda uma sociedade contra si, difamado que era.
O melhor prosador de sua época, seus escritos estão perdidos nos jornais de Manaus. Inteligentíssimo, muito culto, memória fotográfica, dia virá em que seus artigos serão editados em livro.
O melhor de sua prosa está espalhado em jornais e revistas e nas colunas que assinou.
Fui aluno de sua mãe, Diana Pinheiro, naquele casarão da vinte e quatro de maio.
E fui seu leitor assíduo.