Para ilustrar homenagem a Waldemar Batista de Salles

Por: Flávio Bittencourt Em: 26/01/2010, às 04H51

Para ilustrar homenagem a Waldemar Batista de Salles

Uma resenha produzida pelo escritor amazonense que morreu.

"Passeio em Igapó, no Município de Careiro, Amazonas.
Foto de Cleiton Costa, São José dos Campo, SP"

(http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/sua-foto/sua-foto-maio-2009-467751.shtml?foto=17p)

A Waldemar Batista de Salles, ainda sob o impacto da

triste notícia de seu falecimento,

Rogel Samuel,

Zemaria Pinto e

à memória de Ulysses Uchôa Bittencourt, meu pai

26.1.2010 - Não é apenas com uma foto amazônica, mas também com um texto do ilustre paraibano-amazonense falecido, que se procura aqui ilustrar as homenagens dos Profs. Rogel Samuel e Zemaria Pinto - O romancista, poeta e teórico da literatura Rogel Samuel homenageou ontem, 25.1.2010, neste Entretextos, a memória do escritor amazonense Dr. Waldemar Batista de Salles. Mas R. Samuel está viajando e, em Minas Gerais, longe de sua biblioteca, não contou com a possibilidade material de textualmente ilustrar a respeitosa e emocionada nota que publicou sobre o lastimável evento. É por isso que reproduzo um texto de W. B. Salles, qual seja, a resenha desse autor a respeito da coletânea de crônicas Raiz (1985), de Ulysses Bittencourt (Manaus-AM, 1916 - Rio de Janeiro-RJ, 1993). U. Bittencourt foi grande amigo de Batista de Salles, uma das personalidades a quem é dedicada sua coletânea seguinte, póstuma, Patiguá, publicada em 1993, cuja edição ajudei a organizar, seguindo as orientações deixadas por escrito por meu saudoso genitor, que foi confrade, na Academia Amazonense de Letras, do erudito que faleceu. Como adiante se poderá constatar, o Prof. Zemaria Pinto, responsável pelo blog baré O FINGIDOR, também informou a respeito do falecimento do pranteado W. B. Salles. Flávio A. L. Bittencourt

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WALDEMAR BAPTISTA DE SALLES

Síntese biográfica, por Almir Diniz

"Nascido na cidade Alagoinha, no Estado da Paraíba, a 24 de setembro de 1913, filho de João Baptista de Salles e d. Maria Amélia de Salles, o dr. Waldemar Baptista de Salles chegou ao Amazonas muito moço, a tempo de fazer os seus estudos primários no Colégio D. Bosco e o secundário no mesmo Colégio e no Ginásio Amazonense Pedro II. Contador pela Escola de Comércio Sólon de Lucena; engenheiro-agrônomo pela Escola de Agronomia de Manaus; e advogado pela Faculdade de Direito do Amazonas. Especialização em Manaus e no Rio de Janeiro. Professor assistente II, da Faculdade de Direito do Amazonas. Foi procurador da Fazenda do Estado, e secretário de Estado da Fazenda.

A 26 de abril de 1969 foi eleito para Academia Amazonense de Letras, cadeira 40, de Paulino de Brito, na qualidade de fundador. Empossado a 25 de julho de 1969 na presidência de Djalma Batista, saudado por Mendonça de Souza.

Além de farta produção esparça, nos jornais de Manaus, o dr. Waldemar Baptista de Salles tem, publicados, os seguinte títulos: Pétalas Rubras, 1956; Aspectos Geográficos do Amazonas, 1966; Uma Voz Dentro da Noite, 1975; Geografia Econômica do Amazonas, 1971; O Amazonas – o meio físico e suas riquezas naturais, 1967 (5 edições); Nosso Tempo, 1980" (p. 106).

DINIZ, Almir (Almir Diniz de Carvalho). Acadêmicos - Imortais do Amazonas - Dicionário biográfico. Manaus: Uirapuru, 2002.

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NOTA DE ZEMARIA PINTO (*) (http://www.blogger.com/profile/01887565611203258937)

"segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Waldemar Baptista de Salles (24/09/1913-24/01/2010)

.
Faleceu ontem o membro da Academia Amazonense de Letras, professor, agrônomo e advogado, ex-secretário de Estado da Fazenda, Waldemar Baptista de Salles, autor, entre outros títulos, de O Amazonas – o meio físico e suas riquezas naturais.

Waldemar Baptista de Salles foi fundador da cadeira 40, cujo patrono é Paulino de Brito.

(*) - Sobre Zemaria Pinto, consta, no Jornal de Poesia: "Zemaria Pinto – Nascido em Santarém, no Pará, em 1957, desde tenra idade vive em Manaus, capital do Amazonas. Publicou os seguintes livros de poemas: Corpoenigma (1994), Fragmentos de Silêncio (1996) e Música Para Surdos (2001). Professor de Teoria da Literatura e Literatura Brasileira, tem, em parceria com Marcos-Frederico Krüger, dois livros de ensaios sobre obras indicadas para o vestibular da Universidade Federal do Amazonas (2000 e 2001). Escreve também para o teatro, tendo sido primeiro colocado no Concurso de Textos Teatrais Inéditos, promovido pela Secretaria de Cultura do Amazonas, em 2002, com a peça Nós, Medeia, a ser publicada em 2003, pela Editora Valer. Encenou a comédia Papai Cumpriu Sua Missão, em 2000/2001, e no momento ensaia Diante da Justiça, baseado em Kafka {Fonte: A revista do Haijin)". (http://www.jornaldepoesia.jor.br/zpinto.html#bio)

"Waldemar Baptista de Salles

Waldemar Baptista de Salles

Rogel Samuel

Faleceu ontem o jornalista Waldemar Baptista de Salles, autor de vários livros.

Nasceu Waldemar Baptista de Salles em 24/09/1913 e faleceu ontem, 24/01/2010.

Ele era um bom escritor. Eu passei minha juventude lendo seus textos, suas crônicas nos
jornais de Manaus.

Infelizmente escrevo longe de casa, numa pousada, em Tiradentes. Não posso consultar os
seus livros que tenho.

Mas me lembro de seus artigos, escritos numa linguagem fluida e de fácil leitura, tão
diferente de seus pares da Academia Amazonense de Letras de sua época.

Ele era professor, agrônomo, advogado. Foi secretário de Estado da Fazenda.

Escreveu " O Amazonas – o meio físico e suas riquezas naturais", " Pétalas rubras" e outros.

Mas o principal de sua obra está publicado nos jornais de Manaus. Vai ser difícil recuperar.

Ele era, principalmente, um cronista".

(http://www.portalentretextos.com.br/colunas/cronica-de-sempre,189.html)

(**) - SOBRE R. SAMUEL, HÁ, NA WIKIPÉDIA, por F. Bittencourt, O VERBETE ATINENTE:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rogel_Samuel

O tempo passa, a vida envolve as pessoas em muitos problemas e o mundo cada vez mais se complica. Até agora as fórmulas postas em execução, em qualquer regime político, não vêm obtendo resultados positivos e humanísticos, haja vista que as grandes potências, nações fortes, na falta de argumentos inteligentes, cristãos e sérios, ameaçam a todos nós com a guerra nas estrelas, numa dramática e trágica imolação grega, com foguetes atômicos e morticínios inomináveis. E o homem não se civiliza. Por baixo do verniz que a vida moderna nos impõe, existe ainda o troglodita das cavernas, sempre exigindo heroísmos inócuos e o sangue de seus semelhantes. Felizmente, fora desse contexto, ainda existem espíritos atilados e fortes, que procuram não somente dizer o que sentiram e viram em outros tempos, como traduzem essas emoções em livros, recordações e ternuras. E foi justamente isso que realizou, outro dia, nosso confrade e amigo, Ulysses Bittencourt, com seu livro Raiz, apresentado na Academia Amazonense de Letras.

Além dessa crônica, em que faz comparações sérias e oportunas, nosso confrade Ulysses Bittencourt vem recordando seus ancestrais, que exerceram posiões de relevo, no Amazonas, trazendo aos leitores uma visão ampla e objetivoa do que era esta cidade, noa snos 1940, até ela obter influxos benéficos da Zona Franca de Manaus, que, incontestavelmente, lhe deu outras outras perspectivas de futuro e, com o setor industrial, a tirou de simples exportadora de matérias primas, como borracha, castanha, madeiras, copaíba, peixes secos, balata e outros produtos do interior, para as indústrias do sul do país.

BITTENCOURT, Ulysses. Patiguá [coletânea póstuma de crônicas - historiográficas, a maioria, e, algumas delas, sobre eventos recentes, com textos de memorialismo, onde se incluíram reproduções de fotos, poemas, sínteses biográficas sobre APPE (autor do desenho da capa) e U.B. e resenhas sobre a coletânea anterior do mesmo autor, Raiz, entre as quais está a do Dr. Batista de Salles; as outras resenhas sobre Raiz incluídas nessa coletânea são de autoria de Mário Ypiranga Monteiro, Pe. Nonato Pinheiro, Arthur Engrácio, João Nogueira da Mata, João Mendonça de Souza e Arlindo Porto, além de trechos de depoimentos-artigos, de março de 1993, de João Chrysóstomo de Oliveira, Umberto Calderaro, Carlos de Araujo Lima (e os acima citados M. Y. Monteiro, Pe. N. Pinheiro e A. Porto), com trecho do discurso pronunciado, depois do falecimento de U. Bittencourt, pelo senador amazonense Áureo Mello, na tribuna do Senado Federal.]. Rio de Janeiro: Copy e Arte, 1993.