Nos anos 60, muitos jovens passaram a contestar a sociedade e a pôr em causa os valores tradicionais e o poder militar e econômico. Esses movimentos de contestação iniciaram-se nos EUA, impulsionados por músicos e artistas em geral. (...)"

(http://nailsfake.blogspot.com.br/2011/09/movimento-hippie.html)

San Francisco - Scott McKenzie,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=bch1_Ep5M1s&feature=related

FUMACÊ - GOLDEN BOYS,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=qak--znIBnw&feature=related

ANALISE DO FILME HAIR,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=w5miJqHPdFY

ANOS 50, OS BEATNICKS:

PRECURSORES DO

MOVIMENTO DA DÉCADA SEGUINTE:

The Beat Generation (Part 1),

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=svPfu9rwwo8&feature=related

Continuação (Part 2):

http://www.youtube.com/watch?v=fhwA6P9KFOQ&feature=relmfu;

Beat Generation Documentary - The Source (1999) - PART 1/7:

http://www.youtube.com/watch?v=k6JqjCB_7_I&feature=relmfu

Beat Generation Documentary - The Source (1999) - PART 2/7:

http://www.youtube.com/watch?v=MduFO9DjHwA&feature=relmfu

Beat Generation Documentary - The Source (1999) - PART 3/7:

http://www.youtube.com/watch?v=fpJZ9j52X2I&feature=relmfu

4/7: http://www.youtube.com/watch?v=4mhwthmYY_Q&feature=relmfu

5/7: http://www.youtube.com/watch?v=3DqJ_QKaxNM&feature=relmfu

6/7: http://www.youtube.com/watch?v=SCKbwgk2GGQ&feature=relmfu

7/7: http://www.youtube.com/watch?v=OuOnrjfje2w&feature=relmfu

Be my baby [NOME DA MÚSICA] - The Ronettes

[NOME DE MARAVILHOSO TRIO DE CANTORAS

AFROAMERICANAS ENTÃO BASTANTE JOVENS,

EUA, primeira metade dos anos 1960],

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=QzhbGaCwBzs

Asdrúbal trouxe o trombone (sobre o "Trate-me Leão"

[CRIAÇÃO COLETIVA: ASDRÚBAL TROUXE O TROMBONE]

de 1977), Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=dysdrhFau80

Serguei talks about his kiss with Janis Joplin

(in Portuguese):

Serguei descreve como foi beijar a Janis Joplin,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=qnmx9kPZM2A

California Dreamin - Mamas & The Papas,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=N-aK6JnyFmk&feature=related

O LENDÁRIO CANTOR E COMPOSITOR

BRASILEIRO SERGUEI E SUA MÍTICA

NAMORADA ESTADUNIDENSE JANIS JOPLIN,

NO RIO:

Hair- Aquarius,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=N9oq_IskRIg&feature=fvwrel

A EXTRAORDINÁRIA

CANTORA BRASILEIRA

WANDERLÉA EM

TEMPO DO AMOR (1965):

(http://www.prognotfrog.com/search.php?q=1965&page=9)

The Shadows - In The Mood,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=avfvTgU4Dcs

MÁXIMO EMBLEMA DOS ANOS 60

(não foi a década dos asdrúbals, que

ainda eram meninos, meninas,

pré-adolescentes, adolescentes,

nesse marcante tempo de

contestações pelo mundo afora):

PAZ, AMOR, ESTUPEFACIENTES

ILÍCITOS, LIBERDADE DE COSTUMES,

ROCK'N ROLL, THE BEATLES, CHACRINHA

NA TELEVISÃO BRASILEIRA, CHUCCK BERRY,

LITTLE RICHARD, JANIS JOPLIN, JIMI HENDRIX,

SANTANA, SERGUEI, THE ROLLING STONES,

OS GOLDEN BOYS, JEANINE DECKERS,

ROBERTO E ERASMO CARLOS, WANDERLÉA,

AS RONETTES ETC. ETC.:

(http://dudaazevedo.blogspot.com.br/2011/01/peace-and-love.html)

JOVEM GUARDA - Roberto, Erasmo, Wanderléa e Golden Boys

(TV Record, 1968),

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=PCCFrYnBt9g

Eis aquilo que absolutamente não se parecia com as vigorosas

comédias-jovens do grupo brasileiro ASDRÚBAL TROUXE O

TROMBONE (Rio, Brasil, anos 70): DRAMATURGIA NORTE-AMERICANA

DA DÉCADA ANTERIOR (anos 60):NO FILME HAIR, DE

FORMA ABSOLUTAMENTEDESCONCERTANTE, O

DESAFORTUNADO RAPAZ HIPPIE VAI PARAR NA GUERRA DO

VIETNÃ (que ele combatia!) PORQUE ENTROU NO QUARTEL NO

LUGAR DE AMIGO QUE ELE AJUDAVA A QUE FICASSE

UM POUCO MAIS COM SUA AMADA (a amada do amigo-soldado

que escapou de morrer no Sudeste Asiático, a mesma

sorte não tendo tido o infeliz hippie-punido-só-porque-promovia-

a-paz-o-amor-do-amigo):

Hair - Let the Sunshine In,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=fhNrqc6yvTU&feature=fvwrel

The Beatles - I Want To Hold Your Hand,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=bg8EQdcud7Q&feature=fvwrel

Possivelmente em 1962, Veronica Bennett, Estelle Bennett e

Nedra Talley, as até hoje insuperáveis RONETTES:

(http://www.spectropop.com/hspecron.html)

Serguei - Eu Sou Psicodélico - 1968,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=omPk3mzDwPA&feature=related

HIPPIES EM CENA, MAS NÃO NO BRASIL

(montagem estrangeira, recente,

na qual a presença de uma hippie

grávida (foto a seguir

reproduzida) é verdadeiramente

fabulosa, uma vez que - na nossa

singela opinião - com barriga tão

grande não é medicamente recomendável

que a senhora se exponha aos rigores do

palco, o que sugere que o barrigão

seja CENOGRÁFICO - e seja extraordinário

e muito significativo, sob o aspecto semiótico-teatral,

também, portanto):

(http://harvesthome.blogspot.com.br/2008_02_01_archive.html)

ANÚNCIO DA MONTAGEM DA PEÇA HAIR,

QUE NÃO FOI ENCENADA PELOS ASDRÚBALS,

NO BRASIL (apesar de reacionária, a montagem

foi aqui perseguida pelos estúpidos senhores

da ditadura militar de 1964, QUE NÃO PERCEBERAM

QUE O FINAL DA PEÇA ERA [quase] PRÓ-GUERRA-DO-

VIETNÃ, APESAR DE SER, aparentemente, "completamente"

pacifista e, portanto, CONTRA-A-GUERRA-DO-VIETNÃ):

=== em edição ===

Christie - Yellow River - 1970,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=zGoHQ7c5I2I&feature=related

"VERDADEIRAMENTE PAFICISTAS FORAM

OS MUITÍSSIMO TALENTOSOS AUTORES-ATORES

DA PEÇA TRATE-ME LEÃO, CARAMBA!"

(Coluna "Recontando estórias do domínio público")

(http://harvesthome.blogspot.com.br/2008_02_01_archive.html)

Tim Maia no Programa Carlos Imperial -

Tv Tupi (1978),

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=XDZsNuWiGGc&feature=related

Hippies Remember The Glory Days,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=plgKnrpvtAI&feature=related

O SAUDOSO CRÍTICO DE TEATRO

E ENSAÍSTA POLACO-BRASILEIRO

YAN MAJZNER MICHALSKI

(Czestochowa Polônia 1932 -

Rio de Janeiro RJ Brasil 1990):

(http://www.cal.com.br/teatro-yan-michalski.htm)

"Os Asdrúbals tem aversão à nostalgia, como mostra a Profª Heloísa Buarque de Hollanda,

da UFRJ, em seu livro Asdrúbal Trouxe o Trombone – Memórias de uma trupe solitária de

comediantes que abalou os anos 70"

(Coluna "Recontando...")

A TRUPE ASDRÚBAL TROUXE O TROMBONE:

Da esquerda para a direita: Luiz Fernando Guimarães (Conde), Nina de Pádua (Louise), Regina Casé (Vanessa), José Paulo Pessoa (Caique), Patrícia Travassos (Maria), Perfeito Fortuna (Paulo) e Evandro Mesquita (Matraca)

[Trate-me Leão , 1978
Acervo Idart/Centro Cultural São Paulo
Registro fotográfico Teresa Pinheiro

Teatro Ruth Escobar, São Paulo SP]

(http://mariobispo.zip.net/)

Herman's Hermits - No Milk Today (1966),

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=Reqc38YW81w

"O IMPORTANTE LIVRO DA PROFª HELOÍSA BUARQUE DE HOLLANDA

SOBRE A TRUPE TEATRAL BRASILEIRA QUE CAUSOU ASSOMBRO

TANTO ENTRE SÉRIOS CRÍTICOS, QUANTO NAS PLATEIAS QUE

JÁ ESTAVAM UM TANTO EXAUSTAS DE MUSICAIS SUPERPRODUZIDOS,

PEÇAS COMERCIAIS DO TIPO 'BESTEIROL' (aproximadamente

correspondentes ao que, no cinema brasileiro, se chamava

pronochanchada), AGRADÁVEIS E INTELIGENTÍSSIMAS COMÉDIAS

DE JOÃO BETTENCOURT (nem superproduzidas, nem

comédias-besteirol, mas sempre irônicas), ENCENAÇÕES TARDIAS

DO TEATRO GENIAL DE NELSON RODRIGUES E PEÇAS DE PENDOR

SOCIALISTA QUE, ÓTIMAS, 'PERTENCIAM' CONTUDO À DÉCADA ANTERIOR,

O QUE GERAVA CERTA REJEIÇÃO POR PARTE DE PESSOAS JOVENS

QUE QUERIAM MUDANÇAS anti-"Hair" [SUPERPRODUÇÃO

MUSICAL PSEUDO-HIPPIE, EM CUJO FINAL O RAPAZ CONTESTADOR

(um dos personagens principais) BANALMENTE SE TRANSFORMA EM

HERÓI-MILITAR-ESTADUNIDENSE-NA-HORRENDA-GUERRA-DO-VIETNÃ-

QUE-NELA-MORRE-SEM-QUERER]

OBS. - A OPINÃO ACIMA EXARADA É DO RESPONSÁVEL POR ESTA

COLUNA E NÃO DA PROFª BUARQUE DE HOLLANDA.

(http://www.nova.tecnopop.com.br/asdrubal-trouxe-o-trombone/)

Alegria, Alegria - Caetano Veloso,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=hmK9GylXRh0

"(...) O Asdrúbal Trouxe o Trombone surge em contraponto à ideologia que marca os conjuntos teatrais desde a década de 60. (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Asdr%C3%BAbal_Trouxe_o_Trombone)

"A peça Trate-me Leão, por ter empolgado o pessoal jovem

de uma época em que ainda havia a opressão da ditadura militar

no Brasil, merece estudos aprofundados, naturalmente"

(IDEM)

"Eu tenho um sonho" - Discurso de Martin Luther King,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=qi2uZZSO2fU

"Quem assistiu ao lançamento [da peça O Inspetor Geral, de Nikolai Gogol, montagem dirigida por Hamilton Vaz Pereira, com atores do quilate de Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães] sentiu que a irreverência demolidora do grupo continha a semente de teatro novo, criado pelo prisma da visão do mundo pela geração que então estava ingressando na idade adulta. A energia prodigiosa vital do conjunto revelaria mais tarde o denominador de nova proposta teatral, que ocuparia um dos primeiros planos na atividade cênica do país".

(Yan Michalski,

http://pt.wikipedia.org/wiki/Asdr%C3%BAbal_Trouxe_o_Trombone)

The Beatles - Yellow Submarine,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=Wrs5DjHNUOE&feature=related

HOMENAGEANDO TODOS OS INTEGRANTES DE ASDRÚBAL TROUXE O TROMBONE,

A PESQUISADORA HELOÍSA BUARQUE DE HOLLANDA, DA UFRJ, E

OS PROFISSIONAIS DE AEROPLANO EDITORA, A QUEM SE DESEJA

MUITA SAÚDE, PAZ E VIDA LONGA - E PARA O HISTORIADOR E CRÍTICO TEATRAL

YAN MICHALSKI (1932 - 1990), em memória

SERGUEI

JANIS JOPLIN === em edição

RONETTES

GOLDEN BOYS

12.7.2012 - Os naquela época jovens comediantes que abalaram os anos 70 - A trupe inovadora da comédia jovem brasileira Asdrúbal Trouxe o Trombone e sua impactante peça teatral "Trate-me leão". [CRÍTICA CONSAGRADORA DO SAUDOSO HISTORIADOR, CRÍTICO E ENSAÍSTA YAN MICHALSKI CONTÉM EXPRESSÕES COMO semente de teatro novo, prisma da visão do mundo pela geração que então estava ingressando na idade adulta, energia prodigiosa E OUTRAS, ALTAMENTE ELOGIOSAS.] F. A. L. Bittencourt ([email protected])

"Resenhas sobre o livro Asdrúbal Trouxe o Trombone – memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70

“Se “Asdrúbal Trouxe o Trombone – Memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70” é um “doculivro” como quer sua autora, Heloísa Buarque de Hollanda, ela própria se transforma através dele numa espécie de Eduardo Coutinho desbundado. Com o cinema documentário e um de seus maiores expoentes, ela identifica-se ao deixar que a história do grupo se conte com voz própria, a voz de seus personagens que todo o tempo interferem na narrativa – complementada por “Xarabovalha”, versão em DVD do curta que ela mesmo dirigiu com o grupo. Do desbunde, deixa-se contaminar pelo paradoxal “descompromisso comprometido”, porras-loucas que assim são vistos pela lógica do outro mas que, se examinados de perto, mostram-se visceralmente empenhados num projeto libertador e libertário cujo efeito pode-se medir até mesmo pela simples publicação do belíssimo livro da Aeroplano. “ (Paulo Roberto Pires – No Mínimo /11 de maio de 2004)

(…) é o próprio livro que serve como prova da aversão dos Asdrúbals à nostalgia. Amiga e fã da trupe, Heloisa Buarque de Hollanda diz que não viu sentido em escrever um ensaio sisudo sobre a importância da companhia. Apostou num livro colorido, fartamente ilustrado e de narrativa fragmentada. O texto é acompanhado por depoimentos dos atores, como se fosse interrompido por eles.

- Chamo de doculivro. É um documentário em papel. Seria absurdo tirar as vozes deles, são todos muito engraçados. Procurei mimetizar a fala deles no texto, para que o livro ficasse com a cara do grupo – diz Heloisa.

A cara do grupo nos anos 70 está lembrada num DVD que vem encartado no livro: Xarabovalha é um documentário feito pela autora a partir de apresentações de Trate-me Leão. Ao se verem no filme, lerem suas histórias no livro e relerem o texto do mais famoso dos cinco espetáculos que fizeram em dez anos de atividade, os atores dizem que se sentiram bem menos envelhecidos do que se poderia supor. (Jornal do Brasil – Caderno B /29 de abril de 2004)

“Fartamente ilustrado com desenhos, rascunhos, fotografias e um projeto gráfico que lembra as montagens do grupo, o livro tem prefácio da própria Heloisa e posfácio de Nelson Motta, que acompanhou o Asdrúbal da sua primeira apresentação até a última: “Seria uma banda de rock? Seria uma trupe de circo? Seria uma torcida desorganizada? Seria uma festa? O Asdrúbal era um pouco tudo isso e era também um grupo de teatro”, escreveu o jornalista e produtor musical.

O livro foi lançado com uma grande festa na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, reunindo todos os integrantes do Asdrúbal, que confessaram ter adorado o trabalho de Heloisa. “Eles ficaram felizes e me mandaram e-mails emocionados”, revela a autora. O cantor, compositor e ator Evandro Mesquita também conversou com a reportagem e se declarou lisonjeado: “Acho uma honra ser lembrado 30 anos depois. O Asdrúbal foi um marco no teatro brasileiro contemporâneo. Até hoje a gente vê uma semente por aí”.” (Correio da Bahia – Estado da Bahia /16 de maio de 2004)

(Folha de S. Paulo - Ilustrada/ 29 de abril de 2004)

(Revista Flash - Flashback/ 07 de abril de 2004)

“A obra literária é a cara do grupo retratado em suas páginas: espalhafatosa, colorida, alegórica, e, acima de tudo, diferente. As páginas são divididas na reconstrução dos fatos, através de uma narrativa linear da trajetória, lado-a-lado com depoimentos dos integrantes do grupo. De quebra, para que, de fato, tenha-se uma visão concreta da trupe, vem anexo o curta-metragem, dirigido em 78, mostrando os bastidores da terceira peça, e ápice do grupo, Trate-me Leão.

(…)

Entre os ex-integrantes do Asdrúbal estão: Luis Fernando Guimarães, Nina de Pádua, Regina Casé, Patrícia Travassos, Daniel Dantas, entre outros. Todos comentam os momentos de sufoco e sucesso das aventuras do Asdrúbal. Como epílogo ainda temos uma breve narrativa do que foi os fenômenos Blitz e Circo Voador, desdobramentos daquela turma, através de seus próprios idealizadores, Evandro Mesquita e Perfeito Fortuna. Tudo isso recheado de muito material de arquivo, o que torna Asdrúbal trouxe o trombone – memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70 um livro para ler, ver e ouvir, refeltir, sentir… (Correio do Brasil – Hoje /1º de junho de 2004)

Dando continuidade às comemorações pelos 30 anos do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, será lançado hoje na Fundição Progresso o livro Memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70, de Heloisa Buarque de Hollanda. A obra editada pela Aeroplano, reúne entrevistas realizadas pela pesquisadora com integrantes do grupo, como Hamilton Vaz Pereira, Patricya Travassos, Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Evandro Mesquita e Perfeito Fortuna. (O Globo – Segundo Caderno /29 de abril de 2004)"

(http://aeroplanoeditora.com.br/resenhas-sobre-o-livro-asdrubal-trouxe-o-trombone-memorias-de-uma-trupe-solitaria-de-comediantes-que-abalou-os-anos-70/)

===

VERBETE "(companhia teatral carioca) Asdrúbal Trouxe o Trombone",

Wikipédia:

"Asdrúbal Trouxe o Trombone

Asdrúbal Trouxe o Trombone é nome de um grupo teatral brasileiro da década de 1970, de estilo cômico e anárquico.

Histórico

Até meados dos anos 70, Asdrúbal trouxe o trombone era apenas um código entre a atriz Regina Casé e seu pai, Geraldo, um dos pioneiros da TV brasileira. Quando aparecia um chato numa reunião ou ele percebia que a festa estava caída, dizia para a filha: "Olha, o Asdrúbal trouxe o trombone." E os dois tratavam de sumir dali rapidinho.

Sob influência do grupo britânico Monty Python, e capitaneados por Regina Casé e Hamilton Vaz Pereira, no Rio de Janeiro, em 1974, foi formado um grupo de teatro que revelou uma geração de jovens talentos, que marcou profundamente a dramaturgia brasileira, sobretudo no jeito de fazer comédia.

O trabalho do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone define-se pela desconstrução da dramaturgia, a interpretação despojada e a criação coletiva. Vários grupos no Rio de Janeiro, até início dos anos 80, foram seus seguidores, Entre eles, a Companhia Tragicômica Jaz-o-Coração, Banduendes Por Acaso Estrelados, Beijo na Boca, Diz-Ritmia.

Na estréia, em 1974, o Asdrúbal chamou a atenção no espetáculo O Inspetor Geral, de Nikolai Gogol, pela vitalidade e destacou o diretor Hamilton Vaz Pereira e os atores Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães, fundadores do grupo. Segundo o crítico Yan Michalski. "Quem assistiu ao lançamento sentiu que a irreverência demolidora do grupo continha a semente de teatro novo, criado pelo prisma da visão do mundo pela geração que então estava ingressando na idade adulta. A energia prodigiosa vital do conjunto revelaria mais tarde o denominador de nova proposta teatral, que ocuparia um dos primeiros planos na atividade cênica do país".

A gratuidade intencional do nome apresenta a proposta dos integrantes: O Asdrúbal Trouxe o Trombone surge em contraponto à ideologia que marca os conjuntos teatrais desde a década de 60.

Na primeira fase de trabalho, o grupo ainda interpretava textos clássicos. Depois de O Inspetor Geral, criam Ubu Rei, de Alfred Jarry, 1975. Mais do que a montagem do texto, interessava ao grupo expressar as realidades pessoal e coletiva, servindo-se da obra apenas como estímulo. Na encenação de Ubu Rei os atores vestidos de palhaços, com figurinos coloridos e maquiagem desenhada, adotaram a linguagem circense, posteriormente retomada pelo grupo. A releitura dos clássicos revelou-se um caminho até a criação coletiva, de Trate-me Leão, criação coletiva do grupo, em 1977, que entra para a história do teatro como fenômeno estético, influenciando uma geração de jovens atores. Ainda segundo Michalski, "O grupo afasta-se aqui da linha de irreverente demolição/construção em cima de textos clássicos, enveredando por um, não menos irreverente, caminho da criação coletiva, para falar de si mesmo, ou de gente muito parecida com os asdrubalinos: A 'grilada' e alegre juventude Zona Sul, cujas linguagem, rituais, problemas e preocupações, o brilhante espetáculo de Hamilton Vaz Pereira colocava em cena com uma desavergonhada verdade".2 Os espetáculos seguintes, Aquela Coisa Toda, 1980, e A Farra da Terra, 1983, oferecem aos espectadores uma estrutura aberta, flagrante de um processo, em que os atores mostravam os mecanismos da ilusão teatral.

O grupo criou uma linguagem, pela prática desenvolvida no processo de improvisações e jogos coletivos. O ator é o eixo da criação e a função do diretor consiste selecionar, seqüencia e costurar os fragmentos produzidos. Trabalham com a noção de jogo, suprimindo a de interpretação: O ator entra em cena para contracenar com seu parceiro, criando a partir do seu próprio imaginário. Para isso, o grupo usa poucos objetos cênicos e, no palco nu, valoriza os recursos físicos e criativos do intérprete. Mas não se exige nenhum tipo de virtuosismo, pelo contrário, o ator não deve cantar, mas cantarolar. Deve ser, antes de tudo, uma pessoa que experimenta e não um especialista. Cada integrante está ali pelo que é - critérios de bom ou mau ator não entram em questão, o que mais uma vez evidencia a valorização do aspecto afetivo em detrimento do técnico. Entre os seus integrantes destacam-se Patrícia Pillar, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Perfeito Fortuna, Nina de Pádua e Gilda Guilhon.