Os dois últimos artigos de Mário Augusto Jakobskind
Por Flávio Bittencourt Em: 22/03/2011, às 11H11
[Flávio Bittencourt]
Os dois últimos artigos de Mário Augusto Jakobskind
Hay que quitarse (dos veces) el sombrero!
"FELIZMENTE, MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND ESTÁ VIVO, GOZANDO DE BOA SAÚDE!
OS DOIS ÚLTIMOS ARTIGOS, ADIANTE APRESENTADOS, NÃO SERÃO OS ÚLTIMOS
de sua vida, MAS OS DOIS ÚLTIMOS TEXTOS ESCRITOS ANTES DO DIA DE HOJE,
22 DE MARÇO DE 2010: MUITOS E MUITOS TEXTOS DE JAKOBSKIND SERÃO
PRODUZIDOS, NOS MUITOS E MUITOS ANOS DE VIDA QUE ESPERAMOS QUE ELE VIVA,
sempre gozando de ótima saúde! "
(COLUNA "Recontando estórias do domínio públlico")
"Na linguagem popular, ' pé-de-pavão' significa FEIÚRA"
(IDEM)
"O pavão mostra as penas coloridas para esconder a feiura de seus pés"
(DITADO POPULAR)
(http://fundodegaveta.blogspot.com/2007_01_01_archive.html)
(http://alacazum.blogspot.com/2010/09/o-corvo-e-o-pavao.html)
(http://omipibuense.blogspot.com/2010_02_21_archive.html)
(http://fofuramaxima.blogspot.com/2010/08/fotografias-de-um-sabado.html)
"CERTOS JORNALISTAS, VAIDOSOS COMO PAVÕES, ACHAM QUE SEUS COMPORTAMENTOS PÚBLICOS JAMAIS SERÃO OBJETO DE CONTESTAÇÕES. É QUANDO APARECE MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND, OCASIÃO EM QUE ELES SE SENTEM MUITO CONSTRANGIDOS, porque se tornam eles próprios... notícia - OU , PELO MENOS... UMA BELA, desde que tanto venham a merecer, CRÔNICA DE TEOR CRÍTICO, BASTANTE FERINA"
(COLUNA "Recontando... ")
"Mário Augusto Jakobskind
É correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes - Fantástico/IBOPE "
(http://www.diretodaredacao.com/noticia/w-o-na-direita)
22.3.2011 - Jornalistas muitas vezes não gostam de ser criticados por outros jornalistas - Mário Augusto Jakobskind não está preocupado se vai melindrar ou não as vaidades de outros colegas. (Afinal, formadores de opinião como Ricardo Noblat e Merval Pereira, se quiserem, podem responder, nos espaços midiáticos que (quase) soberanamente dominam, as alfinetadas que receberam do grande jornalista MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND [ALFINETADAS ESSAS CONTIDAS NOS DOIS ARTIGOS MAGISTRAIS QUE ADIANTE VOCÊ PODERÁ LER, reproduzidos nesta Coluna "Recontando..."].) F. A. L. Bittencourt ([email protected])
O ÚLTIMO (EM 22.3.2011) ARTIGO DE JAKOBSKIND:
Publicado em 20/03/2011
"W.O. na direita
[O JORNALISTA GRISALHO, QUE OLHA PARA A OBJETIVA:
R. NOBLAT;
O DE CABELOS NÃO-GRISALHOS OU PINTADOS DE PRETO (?),
DE TERNO E GRAVATA, FALANDO A UMA DADA PLATEIA,
NO I. E. T. S. (INSTITUTO DE ESTUDOS DO TRABALHO E
SOCIEDADE):
M. PEREIRA]
Não tenho o hábito de escrever na primeira pessoa, mas desta vez terei que fugir à regra para relatar um fato que tem muito a ver com o jornalismo e especialmente com a questão do pensamento único.
A história é a seguinte: fui convidado para participar de uma mesa de debate sobre Jornalismo Político na semana de calouros organizada pelo diretório acadêmico da Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ. Comigo tinham sido chamados também os jornalistas Merval Pereira e Ricardo Noblat (na foto acima), ambos de O Globo, bem como o cartunista Carlos Latuff.
Uma das organizadoras da atividade, a jovem estudante Carol explicou que o objetivo do debate era apresentar aos estudantes que estão entrando na ECO os dois lados do jornalismo. Merval e Noblat, a mídia convencional, este jornalista e Latuff como contrapontos. O objetivo, portanto, era dos mais nobres, ou seja, ouvir os dois lados. Só compareceram e deram o recado durante cerca de três horas este jornalista e Latuff.
As 7,30 da manhã do dia do debate, a última quinta-feira (17) , Carol recebeu um telefonema de Merval Pereira dizendo textualmente que “é impossível debater com Mário Augusto Jakobskind”. Na verdade, o fujão tentou personalizar a ocorrência, para esconder a verdade segundo a qual o colunista de O Globo estava fugindo do debate porque está habituado ao esquema do pensamento único.
Noblat também se recusou a comparecer, e isso depois do diretório acadêmico ter feito um esforço em comprar passagem aérea para ele viajar de Brasília ao Rio de Janeiro. Noblat, portanto, além do prejuízo financeiro também fugiu ao debate, desrespeitando os futuros jornalistas, relações públicas ou publicitários. Os “figurões” de O Globo só participam de debates quando sabem que não correm o risco de questionamentos. Daí pode-se concluir que democracia eles defendem.
Estes jornalistas de O Globo ditam regras em suas colunas e até denunciam países onde, segundo eles, há restrições à liberdade de imprensa, quando muitas vezes acontece exatamente ao contrário. Eles estão acostumados a misturar alhos com bugalhos. Defendem a liberdade de empresa, dos seus patrões, sob o pretexto de defenderem a liberdade de imprensa. Manipulam grosseiramente. São adeptos, vale sempre repetir, do jornalismo do tipo pensamento único.
Tinha me preparado para expor pontos de vista sobre o jornalismo independente, tentar modestamente mostrar aos futuros jornalistas que um outro jornalismo é possível além do de mercado de Merval Pereira e Ricardo Noblat. Apresentei fatos aos estudantes, que só acabaram ouvindo o lado do contraponto. Pena, porque se ouvissem o outro lado poderiam ter mais elementos para fazer a síntese.
Já tinha engatilhado pelo menos uma pergunta ao fujão Merval Pereira: como ele explica ter sido citado no site Wikileaks por ter informado a um diplomata estadunidense aqui no Brasil que uma candidatura do PSDB tinha grandes chances de suceder, em 2010, o então Presidente Lula? O colunista bem informado e analista diário se equivocou redondamente.
Na verdade, tanto Merval Pereira como Ricardo Noblat estão acostumados a analisar a política pequena, com p minúsculo, do tipo se o tal prefeito de São Paulo, o caricato Kassab vai ou não fundar um partido e assim sucessivamente. E de quebra criticar quem não reza por suas respectivas cartilhas e de jornalismo.
O esquema Organizações Globo, o grupo midiático que engordou na estufa da ditadura e hoje se apresenta como democrata, quer fazer Merval Pereira integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), como foi dito na semana passada aqui neste espaço. É bom que os atuais acadêmicos sejam informados que o pleiteante foge ao debate democrático organizado por jovens, porque, na verdade teme o contraponto.
Mário Augusto Jakobskind foi apenas um pretexto débil que Merval Pereira apresentou para fugir ao debate sobre jornalismo político, tema que automaticamente deriva para a discussão sobre a questão da democratização dos meios de comunicação.
Merval, Noblat e outros do gênero se alinham com o Instituto Millennium, que reúne empresários, jornalistas de mercado e intelectuais, também de mercado, que são convocados sob o pretexto de defenderem a liberdade de imprensa. Mentira. O jornalismo que eles defendem e praticam é do mesmo tipo do realizado nos anos 60 através do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), criado naquele período para dar suporte aos golpistas de abril de 64 e que levaram o Brasil a uma longa noite de trevas.
Os tempos hoje são outros. Não há mais Golberys do Couto e Silva, mas outros personagens, civis ou militares, circulam na área e na mídia de mercado com o objetivo de convencer setores da opinião pública para uma suposta defesa de valores democráticos. Claro, uma democracia que não resiste ao contraditório.
Cá entre nós, que cobertura provinciana e sabuja dos meios de mercado brasileiros sobre a visita de Barack Obama! Poderia até ser feito um concurso do tipo quem mais ficou deslumbrado com o Presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama.
Nenhuma linha sobre a subserviência total e absoluta do Governador Sergio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes aos agentes de segurança estadunidenses, que na prática intervieram na área de segurança do Rio. E ainda mais pelo fato que por mais que quisessem agradar aos “invasores” estes não davam a mínima confiança aos brasileiros, impedidos até de se aproximar de Obama. Foram acionados apenas para reprimir eventuais manifestações contra a visita do Presidente dos EUA, como fizeram, e olhe lá, .
E, mais grave ainda, Obama escolheu o Brasil para anunciar ter autorizado o bombardeio à Líbia sob o pretexto (engana que eu gosto) de estar defendendo a população civil líbia. Na verdade, Obama trocou os termos de interesse pelo petróleo por população civil. O Presidente dos EUA de alguma forma constrangeu a anfitriã Dilma Roussef, porque o Brasil se absteve na votação no Conselho de Segurança que deu o sinal verde à zona de exclusão aérea. Dilma Rousseff automaticamente teria de condenar a ação militar, porque, segundo foi dito na ONU pela representante brasileira, o custo humano da intervenção vai ser alto.
Ah sim, a entrada de tropas sauditas no Bahrein nem uma palavra de Obama. O que teriam a dizer disso tudo os fujões Merval Pereira e Ricardo Noblat?
(*) o título deste artigo é de autoria da estudante Patrícia, uma das editoras do jornal do diretório acadêmico da ECO.
(http://www.diretodaredacao.com/noticia/w-o-na-direita)
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O PENÚLTIMO (EM 22.3.2011) ARTIGO DE JAKOBSKIND:
Publicado em 13/03/2011
"Risco de retrocesso na ABL
E por estas bandas, depois da perda irreparável que representou a morte do escritor Moacir Scliar (foto), um expoente da literatura brasileira, começa a corrida na Academia Brasileira de Letras para o preenchimento da vaga deixada por ele.
Nos últimos anos até que a ABL estava deixando para trás os tempos em que até um general da ditadura brasileira, Aurélio Lira Tavares, ocupou uma cadeira. Nomes do primeiro time foram escolhidos nos últimos anos. Por lá passaram, entre outros, Darci Ribeiro, que dispensa apresentação, e seguem Ana Maria Machado, Nélida Piñon e Cícero Sandroni, entre outros.
Pois bem, não é que agora aparece um pleiteante, uma figura que representaria um retrocesso para a ABL se fosse escolhido. Trata-se do colunista de O Globo, Merval Pereira, autor de um livro intitulado “Lulismo no Poder”, um trabalho que politicamente se inscreve na categoria de panfleto de direita. E só.
Para se ter uma ideia, o referido jornalista, em setembro do ano passado, portanto, em plena campanha eleitoral, esteve no Clube Militar junto com Reinaldo Azevedo, da Veja, destilando ódio contra o então Presidente Lula e fazendo proselitismo reacionário contra a candidata Dilma Rousseff. Foi ovacionado por vários oficiais da reserva que rezam a mesma cartilha de Merval Pereira e do outro. Parte do receituário apresentado aos que tinham comando durante a ditadura encontra-se no livro que ele apresenta e com isso pretende pleitear a vaga de Scliar.
Espera-se que os acadêmicos não se dobrem ao esquema plim-plim, que além de um retrocesso representaria uma ofensa à memória de Moacir Scliar e à própria literatura brasileira. Eles farão justiça e dignificarão a Casa se escolherem, agora em abril, o escritor, aí sim um escritor na verdadeira acepção da palavra, baiano radicado no Rio de Janeiro, Antonio Torres, autor de consagradas obras, algumas circulando no exterior, como “Essa Terra”, “Um cão uivando para a Lua”, “Balada da infância perdida” e “Um táxi para Viena d’Áustria”, entre outras.
Não há grau de comparação entre um e outro. Com a palavra os acadêmicos.
Em matéria de democratização da comunicação foi dado um passo adiante com a reunião no Congresso da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular. Do grupo que está sendo criado participam parlamentares e representantes de movimentos que lutam pela democratização da mídia.
Estiveram presentes, entre outros a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS). Como representantes de entidades da sociedade civil compareceram, entre outras, a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC), a Campanha Ética na TV, o Centro de Estudos da Mídi Barão de Itararé, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
E, como afirmou Erundina, “a liberdade de expressão e o direito à comunicação são condição para o pleno exercício da democracia no Brasil”. Sem isso, podem crer, não há democracia na pura acepção da palavra, apenas a “democracia” defendida pela mídia de mercado.
Enquanto isso, na Líbia permanece o impasse nos confrontos entre as forças leais a Muammar Khadafi e os insurgentes que anunciaram a instalação de um governo na cidade de Benghazi, já reconhecido pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy. Os países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), capitaneados pelos Estados Unidos, seguem os preparativos para desencadearem algum tipo de ação militar que vai agravar a situação. As últimas informações indicam uma retomada de áreas pelas forças leais a Khadafi.
A Secretária de Estado (ou será Sectária de Estado?) norte-americana, cinicamente diz que o seu país não vai abandonar o povo líbio. Clinton e os seus seguidores têm menosprezo pelos líbios ou qualquer outro povo, pois o negócio deles é escoar armas e pegar o petróleo em regiões ricas pelo mundo a fora.
O Brasil que se cuide com o pré-sal, muito cobiçado pelos Estados Unidos, tanto assim que Barack Obama está vindo por aqui, isso se não acontecer nenhum adiamento da visita em função dos acontecimentos na Líbia.
Antes de falar qualquer coisa, Clinton deveria dizer a verdade segundo a qual a indústria armamentista estadunidense desovou material. bélico na Líbia, o mesmo que está sendo usado nos confrontos. Afinal de contas, para os comerciantes da morte, negócios são negócios. Agora vir com a história de que o governo estadunidense está preocupado com o povo líbio é conversa para enganar eventuais incautos e abastecer as editorias internacionais dos jornalões e telejornalões. Vamos ver o que vem por aí.
A tragédia da natureza no Japão colocou a Líbia em segundo plano nos telejornalões".
(http://www.diretodaredacao.com/noticia/risco-de-retrocesso-na-abl)
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(http://por1novobrasil.blogspot.com/2011/03/wo-na-direita.html)