Olinda, Pernambuco: o Fortim do Queijo, na praia de São Francisco
Por Flávio Bittencourt Em: 12/11/2010, às 14H35
Olinda, Pernambuco: o Fortim do Queijo, na praia de São Francisco
O Fortim de São Francisco de Olinda está reurbanizado e os turistas para lá se dirigirão, aos magotes.
ERNESTO PENAFORT (Manaus, Amazonas [Brasil] 1936 - 1992):
PRODUZIU UM MAGNO POEMA [ADIANTE TRANSCRITO] SOBRE OLINDA
(http://literaturarogelsamuel.blogspot.com/2008/11/ernesto-penafort.html)
OLINDA - HISTÓRIA
"Em 1534, a Coroa portuguesa instituiu o regime de Capitanias Hereditárias. A Capitania de Pernambuco foi entregue ao fidalgo português Duarte Coelho, que tomou posse de sua capitania desembarcando, em 9 de março de 1535, na feitoria fundada em 1516, entre Pernambuco e Itamaracá. Pouco tempo depois, ele seguiu para o sul em busca de um lugar para se instalar. Encontrou um local estrategicamente ideal, no alto de colinas, onde existia uma pequena aldeia chamada Marim, pelos índios, instalando aí o povoado que deu origem a Olinda.
Um sítio protegido pela altura descortinando o mar, com um porto natural formado pelos arrecifes, água em abundância e terras férteis, e fácil de defender, segundo os padrões militares da época. O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila. Em 12 de março de 1537, Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D.João III, o Foral, carta de doação que descrevia todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Nas praias, a vila foi fortificada para a defesa e do alto das colinas se expandiu em direção ao mar, ao porto e ao interior onde ficavam os engenhos de açúcar. (...)".
(PREFEITURA DE OLINDA,
OLINDA: SÓ INDO LÁ PARA VER QUÃO LINDA OLINDA É!
(SÓ A FOTO, SEM A LEGENDA PRÓ-TURISMO-DE-OLINDA
ACIMA DIGITADA:
http://www.viagens-turismo.net/barzinhos-em-olinda.html
"O título de Patrimônio da Humanidade foi concedido pela Unesco em 1982, depois de uma luta iniciada pela Prefeitura em 1978, com o apoio de personalidades como o embaixador olindense Holanda Cavalcanti, o então ministro Eduardo Portela, além de Aloísio Magalhães.
Com esse título, Olinda inscreveu-se na lista de monumentos mundiais e figura ao lado de bens da humanidade como a Catedral de Notre-Dame, em Paris, o sítio arqueológico de Nemrut Dag, na Turquia, o Parque Nacional do Serengeti, na África, e a Cidade do Vaticano, entre outros 400 monumentos em todo o mundo".
(PREFEITURA DE OLINDA,
http://www.olinda.pe.gov.br/a-cidade/titulos)
Vista aérea do Fortim do Queijo
Foto: Antônio Melcop/Pref.Olinda
(http://www.flickr.com/photos/prefeituradeolinda/3612190994/)
"O FANTÁSTICO FORTIM DO QUEIJO - OU DE SÃO FRANCISCO
DE OLINDA - TEM AINDA UM TERCEIRO NOME:
FORTE MONTENEGRO"
(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")
Homenageando a memória do poeta Ernesto Penafort e
o povo de Olinda
12.11.2010 - O povo de Olinda está feliz - Era de se esperar: o Fortim do Queijo está reurbanizado! F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Olinda recebe Fortim do Queijo reurbanizado
O local foi redesenhado e ganhou espaço para eventos, áreas de convivência e recreação, equipamentos de ginástica, calçamento, paisagismo, iluminação e estacionamento
De grande importância histórica, cultural e turística para Olinda, o Fortim do Queijo foi reurbanizado e será entregue à população nesta quinta-feira (11) em ato solene, às 19h, na Praça do Fortim. Na ocasião estarão presentes o prefeito da cidade, Renildo Calheiros, a secretária de Patrimônio e Cultura, Márcia Souto, além do coordenador nacional adjunto do Programa Monumenta, Robson Almeida e o Superintendente do Iphan – PE, Frederico Almeida.
Com a obra, o Fortim ganhou espaços para eventos, áreas de convivência e recreação, equipamentos de ginástica, novo desenho viário, calçamento, paisagismo, iluminação e estacionamento. Além de novas vagas de estacionamento, o local recebeu adequação para facilitar o embarque e desembarque de passageiros dos ônibus de turismo. Foram feitos também a substituição do revestimento do piso e serviços de drenagem. Tudo projetado dentro dos padrões de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Uma das mais significativas alterações do projeto foi a expansão da frente do forte com o fechamento da via para o tráfego, que foi desviado para trás do monumento. De acordo com a secretária de Patrimônio e Cultura do município, Márcia Souto, a intervenção valorizou o prédio histórico, que passou a ser visto desde o Carmo.
O projeto foi executado com recursos do Programa Monumenta e contrapartida municipal. O Programa contemplou também a Praça do Carmo, que tem acesso direto ao Sítio Histórico e as Praças João Pessoa e Maxambomba.
Forte de São Francisco - O Forte de São Francisco, conhecido popularmente como Fortim do Queijo, está localizado na Rua do Sol, bairro do Carmo, a pouquíssimos metros do Convento de São Francisco e às margens do Oceano Atlântico. Sua construção teve início no final do século XVI e foi finalizada nas primeiras décadas do século XVII. Foi restaurado em 1977 pela Prefeitura Municipal de Olinda, e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1984.
O Programa Monumenta/Iphan
O Programa Monumenta/Iphan é uma ação estratégica do Ministério da Cultura, que conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e apoio técnico da UNESCO. Seu conceito é inovador e procura conjugar recuperação e preservação do patrimônio com desenvolvimento econômico e social.
Fazem parte dos objetivos do programa preservar áreas prioritárias do patrimônio histórico e artístico urbano, aumentar a consciência da população acerca do patrimônio, aperfeiçoar sua gestão, estabelecer critérios de prioridades de conservação e estimular a utilização econômica, cultural e social das áreas em recuperação de âmbito do projeto.
Em uma primeira fase, o Programa Monumenta/Iphan atuou em 26 cidades, todas escolhidas de acordo com sua representatividade histórica e artística e a urgência das obras de recuperação. Entre as obras selecionadas, estão centenas de monumentos como museus, igrejas, fortificações, casas de câmara e cadeias, palacetes, conjuntos de esculturas, conventos, fortes, ruas, logradouros e edificações privadas em áreas tombadas. O programa tem apoiado a implantação e a modernização de museus nos sítios históricos, equipamentos que fortalecem a dinâmica das cidades e a estratégia de sustentabilidade dos projetos locais.
Para que os proprietários possam recuperar e preservar imóveis privados situados nos sítios históricos, o programa oferece-lhes empréstimos em condições favoráveis: não há cobrança de juros e o prazo de pagamento pode chegar a 20 anos. Essa era uma demanda de muitas décadas. Ao atendê-la, além de incentivar o uso das construções e a presença da população tradicional na área atendida, o Programa Monumenta/Iphan estimula a adesão dos moradores à preservação.
"O soneto sobre Olinda
O soneto sobre Olinda
Rogel Samuel
Eu já escrevi não sei quantas vezes sobre o soneto de Ernesto Penafort sobre Olinda, eis
porque eu vivi em Olinda na minha juventude alguns dos mais belos dias de minha vida. E
pretendo voltar a Olinda, não sei o que vou encontrar, como estará, se ainda existe a paz,
o sob o silêncio que descia o vale, quando era vale, o além-muro das casas e igrejas,
o vento que vinha do mar, a chuva fértil de poesia do desejo de ser, de juventude ser,
Eu não conheci Penafort, hoje morto. Ouvia sempre sua lenda de bom poeta. Como o
amor que lá vivi já passou há décadas, lembro que tudo é um grito de um fruto mudo,
tudo está no tempo passado, na linha invisível do tempo que, debaixo do sol de Olinda
em seu silêncio nasce e morre". (ROGEL SAMUEL,
http://www.portalentretextos.com.br/colunas/cronica-de-sempre/o-soneto-sobre-olinda,189,1425.html)
(Capa de Getulio Alho [ACIMA]. Retrato do autor [NO INÍCIO DESTA MATÉRIA]: Bico de pena de Edmilson Salgado)
"SONETO
Ernesto Penafort
noutros tempos, olinda, eras futuro.
sob sol e silêncio se descia
ao vale, e o vale fértil pressentia
a intenção dos abraços, além-muro.
vieram ventos. choveu do intento puro
o desejo de ser, no qual se cria:
pronta a rosa entendida falecia
sob sol e silêncio no chão duro.
várias chuvas passaram, hoje banho
noutras águas a vida, pois, de antanho,
só a luz do teu rosto é que me ocorre,
entre silêncio e sol, mas como tudo,
se incorpora, no tempo, a um fruto mudo:
sob sol e silêncio nasce e morre."
(http://literaturarogelsamuel.blogspot.com/2008/11/ernesto-penafort.html)