Ode a Hayley Stark
Por Miguel Carqueija Em: 24/01/2014, às 17H33
Miguel Carqueija
Este é um mundo machista,
violento e carbonário;
se duvida então asssta
a qualquer noticiário.
Uma luz na escuridão,
uma brisa refrescante,
pra cumprir sua missão
ela chega nesse instante.
Uma cruzada de capa,
combatente da Justiça,
do caso ela já fez mapa,
está pronta para a liça.
E o pedófilo, senhores,
acostumado a fazer
o seu circo dos horrores
agora tem a temer
quem com quatorze de idade
não teme o homem covarde
e até com temeridade
o procura sem alarde.
O tarado não espera
o que vai lhe acontecer
(é a bela contra a fera)
e até mesmo de nascer
ele agora se arrepende,
porque a jovem paladina
às outras jovens defende,
como autêntica heroína.
É Davi contra Golias,
Chapeuzinho contra o Lobo;
o que é que tu valias
se fazes papel de bobo?
Pelas mãos de uma menina,
não vales mais nada enfim;
esta será tua sina
e este será o teu fim.
E ao monstro o anjo derrota,
galharda como ela só;
e segue então sua rota,
sem do infame ter dó.
E o anjo veio do nada,
e para o nada voltou;
da justiça saciada,
ao mistério retornou.
Hayley Stark, com nobreza,
restaura a dignidade;
é verdadeira princesa
irradiando majestade.
Rio de janeiro, 19 de dezembro de 2013.
imagem do filme "Hard candy" (O doce amargo), produção canadense-americana de 2005 da Vulcan e Lionsgate
Hayley Stark (Ellen Page) é a heroína de 14 anos que enfrenta o pedófilo assassino Jeff Kohlver (Patrick Wilson) num dos melhores filmes de todos os tempos.
(Este poema homenageia a personagem que se tornou um ícone na luta contra a pedofilia)