O Marquês de Rabicó: simpática criatura do fabulário universal
Por Flávio Bittencourt Em: 10/11/2009, às 23H34
O Marquês de Rabicó: simpática criatura do fabulário universal
Personagem de Monteiro Lobato é enaltecido em artigo de leitor e admirador.
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Dica de logo antes do réveillon:
LEIA O ÚLTIMO ARTIGO DESTA COLUNA, EM 2009,
"Retrospectiva: em agosto de 2009 morreu o inventor da guitarra elétrica":
http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico,236.html
SE TIVER TEMPO E INTERESSE, VEJA ARTIGO ESCRITO PELO RESPONSÁVEL PELA COLUNA "Recontando estórias do domínio público", PUBLICADO NO ÚLTIMO DIA DO ANO (31.12.2009), NO JORNAL BRASILIENSE TRIBUNA DO BRASIL:
http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=8473
FELIZ 2010!
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(http://galerians-ash.blogspot.com/2009/09/historias-infantis-sitio-do-picapau.html)
"(...) O nobre grunhidor e comilão [Marquês de Rabicó, do Sítio do Picapau Amarelo, personagem de Monteiro Lobato] será sempre uma eterna e simpática criatura do fabulário universal, a exemplo dos três porquinhos, do leão e do ratinho, do patinho feio, de Mickey Mouse e do Pica-pau".
(Tarcísio José da Silva, no portal Amigos do Livro, http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4603)
Em memória do ator André Valli (1945 - 2009)
O MARQUÊS SEM NOBREZA
Por Tarcísio José da Silva
"Um dos mais atraentes personagens de Monteiro Lobato é, com toda a certeza, o Marquês de Rabicó do Sítio do Pica-pau Amarelo. Lobato foi um criador de tipos inesquecíveis: Emília, Jeca-tatu, Dona Benta, Narizinho, etc. Exímio caricaturista criticava ou satirizava através das personalidades de seus livros.
Usando como canal a boneca de pano mais irreverente do planeta, ele deu vazão às suas idéias e aos seus planos mais ousados. Há um personagem que pode ser colocado como destaque entre as suas criações: é o porco marquês.
Esse leitão, detentor de um dos mais altos títulos nobiliárquicos, foi uma das primeiras figuras criadas pelo autor para a sua obra infantil; teve um livro dedicado a si com o título: “O Marquês de Rabicó”, publicado no ano de 1922, o qual, posteriormente, incorporou-se à coletânea “Reinações de Narizinho”.
Rabicó é um porco amoral e faminto, cujo único interesse é manter a sua própria barriga cheia. Pouco lhe importa conhecimentos ou responsabilidades, pois não cultiva valores espirituais. É medroso e não merece confiança, pois o estômago é o seu mestre e guia-se mais por ele do que pelo cérebro. Praticamente, não possui idéias ou ideologias como outros animais do Pica-pau Amarelo (Conselheiro ou Quindim).
Para esse esfomeado personagem, Lobato dedicou páginas satíricas e cruéis. Fê-lo trair um seu irmão de espécie para escapar da morte na panela e transformou-o em devorador da raça humana diminuída em “A Chave do Tamanho”: os pobres homens – glória da natureza – comidos por um suíno guloso...
A sujeição de Rabicó ao apetite aproxima-o, sem dúvida, aos familiares Pantagruel e Gargântua do famoso François Rabelais, francês humanista e um dos primeiros europeus a escrever romances. O porco de Lobato nada fica a dever aos infames rabelaisianos. Todos os três sofrem de uma bulimia incurável, que se sobrepõe a qualquer código ético.
O marquês representa o lado materialista e baixo da humanidade; o lado instintivo, desprovido de idéias ou sonhos, controlado unicamente pelas necessidades básicas e animalescas.
Desempenha o mesmo papel que o gordo Sancho Pança na novela de Cervantes: enquanto D. Quixote é um fidalgo sonhador e moralista, o seu escudeiro é um incompetente, incapaz de compreender a mentalidade elevada do seu amo. Por isso, Rabicó é depreciado por Pedrinho e, principalmente, Emília – que o julga imprestável -, embora seja querido de Lúcia, a Narizinho.
Malgrado as suas falhas, isso não o impede de ser amigo e colega de aventuras das crianças e da boneca. Inclusive, a ele deve Emília o título de marquesa, pois casou-se com ele (enganada, mas casou-se). Rabicó acompanhou-os ao Reino das Águas Claras e à Grécia Antiga, bem como é o mensageiro por excelência do Pica-pau Amarelo.
De certo a fonte básica da inspiração de Lobato na criança do marquês foi uma pessoa real e próxima do escritor, a quem ele alude com freqüência nas cartas a Godofredo Rangel. É um amigo cômico, que possui idéias estapafúrdias e julga-se grande poeta e gênio como Leonardo da Vinci; é conhecido como Marquês de Beccari – posteriormente uma alusão ao escritor de obras políticas italiano, autor de “Dos Delitos e das Penas”.
LOBATO refere-se a ele quase sempre de maneira satírica:
“Quanto ao nosso ilustre marquês italiano, afirmo-te que é um grande porco. Imagine isto: a mana foi passar umas férias em Taubaté e deixou a sua casa entregue ao marquês, autorizadamente emitido nas funções de “honorable” guarda-casa, vulgo caseiro. Ele é um gênio, bem sabes. Gaba-se de ser o Leonardo da Vinci do Bom Retiro e adjacências [sic]. Pois apesar disso a casa tão imunda que a mana teve de alugar outra. Incorporou boduns indeléveis [sic] em título lá dentro, paredes, assoalho, móveis [sic]. É um hidrófobo [sic], como o Tito Franco. Não se lava. Nunca se lavou”. (grifo meu) (1959; 159-160).
Muito dessa descrição encaixa-se bem no cerdo do Pica-pau Amarelo. O próprio nome “Rabicó” poderia ser um anagrama de “Beccari”. Além disso, o escritor deixa claro a sua intenção de transformar seu amigo exótico em personagem de livro. Disse a Godofredo ter várias idéias novas, sendo “uma delas: explorar literariamente o Beccari. Criar com ele um tremebundo tipo de romance”. (LOBATO, 1959; 136). E em outras ocasiões: “E se puséssemos o nosso da Vinci no Queijo (...)?” (grifos do autor), (LOBATO) 1959; 165) e: “Vamos meter o Beccari no Queijo?” (grifo do autor) (idem, 171). O “Queijo” era o título de uma obra escrita em parceria por Lobato e Rangel.
De fato, o tal Beccari tornou-se um personagem fictício de nomeada da literatura brasileira na pele do porco falante do famoso sítio.
O marquês de Rabicó é uma das prosopopéias mais cômicas dos livros, das revistas em quadrinhos e da televisão. Nas ilustrações da editora Brasiliense foi desenhado de várias formas, ora sobre duas patas, ora sobre quatro, tendo como um dos principais ilustradores Le Blanc. Também integrou e integra a família dos gibis. E com adaptação teatral e televisiva das obras do Pica-pau Amarelo, Rabicó invadiu os palcos e os lares sob a aparência de boneco.
Esse “Pantagruel” brasileiro traz em si a imagem da nulidade dos valores; é o antípoda de tudo o que a Moral e a Religião pregam. Rabicó jamais atingirá o Reino dos Céus ou o Paraíso, seja o de cristãos, judeus, mulçumanos, budistas, hindus ou africanos, pois desconhece a importância das virtudes. É indiferente à aquisição de saber e de princípios; jamais será um filósofo, um “amante da sabedoria”, conquanto lhe possa ser aplicada a sentença de Cohelet como norma de vida: “nenhuma cousa há melhor debaixo do sol do que comer, beber e alegrar-se”. (ALMEIDA, 1960, 684).
O nobre grunhidor e comilão será sempre uma eterna e simpática criatura do fabulário universal, a exemplo dos três porquinhos, do leão e do ratinho, do patinho feio, de Mickey Mouse e do Pica-pau.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BÍBLIA. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1960.
LOBATO, Monteiro. A Barca de Gleyre. 9ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1 v., 1959" (Tarcísio José da Silva)
(http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=4603)
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Sob a capa de disco acima reproduzida, pode-se ler, em página da Web sobre o assunto:
"HISTÓRIAS INFANTIS - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO
INFANTIL - Histórias Infantis - Sitio do PicaPau Amarelo - 1952 - Primeira Versão - (Tupi) e histórico
Sítio do Picapau Amarelo (Tupi)
LDS - Odeon 3.006 - Microssulco - 331/3
R.P.M. inquebrável - BR-LD-015
por Tatiana Belinky
baseado no original de Monteiro Lobato
Lúcia Lambertini e elenco do T.E.S.P.
narração de Julio Gouveia
01. A Pílula Falanta (Tatiana Belinky) adaptação do original de Monteiro Lobato
com Lúcia Lambertini (”Emilia”) e elenco do T.E.S.P.
Narração e Direção de Julio Gouveia
Música do Mto.Luiz Arruda Paes
02. O Casamento da Emilia (Tatiana Belinky)adaptação do original de Monteiro Lobato
com Lúcia Lambertini (”Emilia”) e elenco do T.E.S.P.
Narração e Direção de Julio Gouveia
Música do Mto.Luiz Arruda Paes
Histórico -
Tupi - 19h30
de 3 de junho de 1952 a 1962
360 episódios
criação, roteiros, produção e direção de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky
baseada na obra de Monteiro Lobato
Sinopse Sítio do Picapau Amarelo
Dona Benta é uma velha senhora que vive no Sítio do Picapau Amarelo, afastada do barulho e da correria da cidade grande.
A preta Tia Nastácia compartilha dessa vida calma cozinhando quitutes para a sinhá e sua neta, Lúcia, mais conhecida como Narizinho. Vivendo sozinha e tendo apenas as duas mulheres idosas como companhia, a menina cria um mundo de fantasias do qual a personagem principal é a sua boneca Emília, feita por Tia Nastácia com restos de pano. Também vivem no sítio o velho Tio Barnabé e seus ajudantes Zé Carneiro, Garnizé e João Perfeito, responsáveis pela manutenção do sítio.
Um dia, Narizinho conhece o Príncipe Escamado, soberano do Reino das Águas Claras, que por coincidência, fica localizado no ribeirão do sítio. O príncipe fica encantado com a menina e a convida a conhecer seu reino. Lá ela é apresentada aos mais proeminentes súditos de sua majestade, como a azeda Dona Carochinha, responsável por administrar os contos de fadas, e determinada a manter o Pequeno Polegar preso em seus livros. Também o Doutor Caramujo, um renomado cientista que dá à boneca Emilia a pílula falante. Depois que ingere o remédio, Emília começa a falar e não pára mais.
Durante o período de férias escolares, Narizinho tem como companhia o seu primo Pedrinho, que estuda na cidade grande onde vive com sua mãe. O menino também tem um amigo montado por Tia Nastácia, o Visconde de Sabugosa, feito de uma espiga de milho velha, que também ganha vida. Por ter sido esquecido por um bom tempo
nos meios dos livros, o Visconde adquiriu uma admirável sabedoria, tornando-se intelectual e cientista.
No Sítio do Picapau Amarelo tudo é possível. A fantasia se mistura com a realidade fazendo parte do cotidiano da menina Narizinho e de seu primo Pedrinho. E são com personagens adultos que as crianças compartilham suas aventuras num mundo fantástico, onde transitam a boneca Emília, o Visconde de Sabugosa, o Saci Pererê, a Cuca, e outros personagens fantasiosos.
Quem É Quem Sítio do Picapau Amarelo (Tupi)
Lúcia Lambertini - Emília
Dulce Margarida - Emília
Sérgio Rosemberg - Pedrinho
Julinho Simões - Pedrinho
David José - Pedrinho
Lídia Rosemberg - Narizinho
Edi Cerri - Narizinho
Leny Vieira - Narizinho (Rio de Janeiro)
Rubens Molino - Visconde Sabugosa
Luciano Maurício - Visconde Sabugosa
Hernê Lebon - Visconde Sabugosa
Daniel Filho - Visconde Sabugosa (Rio de Janeiro)
Sydnéia Rossi - Dona Benta
Wanda A. Hammel - Dona Benta
Suzy Arruda - Dona Benta
Leonor Pacheco - Dona Benta
Benedita Rodrigues - Tia Nastácia
Zeni Pereira - Tia Nastácia (Rio de Janeiro)
Ricardo Gouveia - Rabicó
Paulo Basco - Dr. Caramujo
Mara Mesquita - Peter Pan
Bastidores Sítio do Picapau Amarelo (Tupi)
O Sítio do Picapau Amarelo, a obra imortal de Monteiro Lobato,foi criado em 1921,e seu sucesso não restringiu-se apenas às publicações reeditadas de tempos em tempos,pois já teve, pelo menos,2 versões para o cinema e 5 séries de televisão.
Em 1952 o programa Teatro Escola de São Paulo - TESP - um teleteatro dirigido ao público infantil, criado em 1948 por Júlio Gouveia e sua esposa Tatiana Belinky, levou ao ar a primeira adaptação do Sítio para a televisão. A Pílula Falante, um dos capítulos do livro Reinações de Narizinho, foi a história escolhida para ser exibida ao vivo na Tupi. O sucesso alcançado por esta única apresentação levou a emissora a produzir a primeira série de televisão do Sítio do Picapau Amarelo.
O programa estreou em 3 de junho de 1952 (às quintas-feiras, 19h30), com a reprise do episódio A Pílula Falante, ficando no ar por 11 anos. Paralelamente à exibição ao vivo em São Paulo, a TV Tupi do Rio de Janeiro exibiu, por dois meses no ano de 1955, uma versão da série com direção de Maurício Sherman e produção de Lúcia Lambertini, que também interpretava a Emília ao lado de Daniel Filho (o Visconde) e Zeni Pereira (Tia Nastácia).
A fama atraiu os patrocinadores tranformando a série no primeiro programa a utilizar a técnica do merchandising na TV brasileira. As histórias não tinham interrupção para o intervalo comercial, por isso, durante os diálogos ou cenas com os atores fixos, eram introduzidas divulgações de produtos como Vitaminas Bolos, Biotônicos Fontoura e Kibon.
Apesar de ter conquistado o público e os patrocinadores, a produção da série era reduzida a um único cenário fixo, a varanda do sítio, na qual ocorria a maioria das cenas. Os demais eram montados na hora dependendo das exigências de cada história. Também não haviam efeitos especiais e muitas mágicas, inerentes às histórias, precisavam ser adaptadas aos recursos da época.
“Quando um anjinho caía do céu, ele literalmente desabava sobre o cenário”, lembra Tatiana Belinky. Um LP era segurado pelos dedos num toca-discos para dar
os efeitos sonoros. Para encenar No Reino das Águas Claras, Tatiana pôs o aquário de sua casa à frente da câmera: os atores eram vistos cercados por peixinhos. “Só fizemos o que fizemos porque ninguém contou que não era possível.”
Poucas histórias de Lobato foram descartadas na Tupi, por serem de difícil execução ao vivo, como O Poço do Visconde.
Cada episódio tinha a duração de 45 minutos, iniciado com o tema da música Dobrado, composto por Salathiel Coelho, e com as imagens de Júlio Gouveia abrindo um livro para contar uma história. Ao final, o episódio terminava com Júlio fechando o livro. Os produtores tinham como objetivo manter a respeitabilidade do original trazendo situações que possibilitassem a educação infantil sobre a história universal e problemas do cotidiano da época, tal qual os livros de Lobato.
Mas a série encerrou sua produção em 1962, com um total de 360 episódios, quando Júlio Gouveia afastou-se de seu trabalho em televisão. No entanto os episódios do Sítio foram “reprisados” durante o ano de 1963. Por terem sidos exibidos ao vivo, a reprise consistia em reencenar cada episódio com pequenas variações de diálogos e textos, as quais eram feitas por Lúcia Lambertini.
A atriz Dulce Margarida interpretou a boneca Emília em duas ocasiões substituindo Lúcia Lambertini: quando Lúcia se casou e quando ficou grávida.
Em 1964, o Sítio do Picapau Amarelo foi resgatado pela TV Cultura, numa nova produção comandada por Lúcia Lambertini. O Sítio voltaria ao ar, pela TV Bandeirantes, em 1967, novamente sob o comando de Júlio Gouveia e Tatiana Belinky e os respectivos atores da Tupi - mas dessa vez, sem sucesso.
Entre 1977 e 1986 a Globo, em conjunto com a TV Educativa, produziu a série de maior sucesso até então. E, a partir de 2001, também pela Globo, foi ao ar a quinta versão do Sítio para a televisão.
todos os dados da serie foram fornecidos por Nilson Xavier - www.teledramaturgia.com.br
CREDITO - CANTOS E ENCANTOS
1-
Sítio do Picapau Amarelo (Tupi)
http://rapidshare.com/files/246495845/1952_-_Sitio_do_PicaPau_Amarelo_-_Tupi_1.rar.html
http://rapidshare.com/files/246498892/1952_-_Sitio_do_PicaPau_Amarelo_-_Tupi_2.rar.html".
(http://galerians-ash.blogspot.com/2009/09/historias-infantis-sitio-do-picapau.html)
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Falecimento do ator André Valli, em junho último (notícia, Portal G1 - Globo)
G1 - Rio de Janeiro / morte
"20/06/08 - 10h12 - Atualizado em 20/06/08 - 10h58
Morre no Rio André Valli, o Visconde de Sabugosa
Ator descobriu há um mês que tinha câncer.
Ele morreu em casa e será enterrado no Recife.
Cláudia Loureiro
Do G1, no Rio
Morreu por volta das 5h desta sexta-feira (20), aos 62 anos, o ator André Valli, que interpretou durante 10 anos o Visconde de Sabugosa, um dos personagens mais marcantes do "Sítio do Pica-Pau Amarelo".
André descobriu há um mês que tinha câncer e chegou a fazer alguns tratamentos paliativos, mas não resistiu e morreu em casa, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. A informação foi confirmada por um amigo da família.
O corpo de André será velado no Teatro Villa-Lobos, em Copacabana, e à noite seguirá de avião para Recife, onde vive a mãe do ator. O enterro acontece no sábado (21), no bairro Santo Amaro, no cemitério de mesmo nome, em horário ainda não divulgado.
Segundo um amigo da família, André era filho único. Ele conta que André faleceu sem realizar um grande desejo. "André era um ator de teatro. O grande amor da vida dele era Nelson Rodrigues. Ele interpretou vários personagens de Nelson e seu sonho era montar Dom Quixote."
André Valli trabalhou em várias novelas da TV Globo, entre elas "O Bem Amado", "Pecado Capital", "Escrava Isaura" e "Laços de Família". Atualmente era contratado da Record, onde chegou a trabalhar em duas novelas". (http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL608125-5606,00.html)
Visite o site do Sítio do Pica-Pau Amarelo:
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GAROTO ESQUIMÓ E URSOS POLARES
NORTE DO CANADÁ, BAÍA DE HUDSON, TALVEZ NÃO MUITO LONGE DE ONDE ROBERT FLAHERTY FILMOU, EM 1921, O CLÁSSICO DOCUMENTÁRIO EM BRANCO-E-PRETO NANUK, O ESQUIMÓ (Nanook of the North), NOTÍCIA DE ONTEM
Portal BOL - Notícias
"10/11/2009 - 07h23
Adolescente passa dias preso sobre bloco de gelo com ursos polares
Jupi Angootealuk, de 17 anos, da comunidade inuit (esquimó) do território de Nunavut, no norte do Canadá, tinha ido caçar com seu tio, na última sexta-feira, no litoral da Baía de Hudson. Um dos snowmobiles que eles levavam quebrou e, ao sair para buscar ajuda, ainda com sua espingarda, o jovem acabou preso em um bloco de gelo que se despregou.
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Jovem de 17 anos acabou preso em um bloco de gelo que se despregou
A operação de resgate foi lançada quando os dois foram dados como desaparecidos. O tio, de 56 anos, foi retirado do local dois dias depois, mas foi necessário mais um dia até que Jupi pudesse ser socorrido.
Em entrevista à BBC, Jean Pierre Sharp, do Centro de Coordenação de Resgates de Trenton, no Estado de Ontário, o garoto teve que atirar em uma fêmea de urso polar que o seguia, deixando seus dois filhotes órfãos.
Mantimentos
Jupi agora está internado com hipotermia leve e ulcerações provocadas pelo frio extremo.
Segundo Sharp, o resgate também foi dramático, já que o adolescente foi avistado pelas equipes no domingo, mas só foi reencontrado na segunda-feira, a 7 km da costa e a 45 km da cidade mais próxima.
As equipes conseguiram jogar um kit de emergência contendo alimentos para ele, a partir de um avião.
Mas apenas na segunda-feira, paraquedistas foram enviados ao local para ajudá-lo, juntamente com outros profissionais em um pequeno barco de alumínio.
Outro funcionário do Centro de Coordenação de Resgates contou ao jornal canadense The Globe and Mail que Jupi foi aplaudido por moradores e amigos ao voltar para seu vilarejo, Coral Harbour.
(http://paixoesedesejos.blogspot.com/2009/05/fotogramas-cinema-nanook-o-esquimo.html)