O direito de escrever

Pessoas que escrevem, como as que pintam ou representam, são pessoas complicadas, parciais, cheias de personalismos, preferências, tais como as demais pessoas do mundo. E o público gosta de gente justamente quando lhe lisonjeamos as preferências e os personalismos. Aquele de nós que tem mais êxito é precisamente aquele cujas referidas paixões, personalismos etc. melhor coincidem com os da maioria.

Raquel de Queiroz, em O direito de escrever

Publicado em “Um Alpendre, uma rede, um açude – 100 crônicas escolhidas”, José Olímpio Editora.