nos dias do cansaço em olhar

as ruas, os andares, os cabelos

os jornais, as fotos, os carros

depois de tanto olhar arrastado

para te ver deixo a escuridão

bem firme como uma presença

 

o que não se olha não nos leva

à terra alguma longe desta,

estamos juntos, bem próximos.

pouco se imagina e se pensa,

os olhos se cansaram por hoje

e na escuridão sentimos bem

 

ouvimos claro o que se tem,

pois aqui a noite não é ausência

de luz de não sabermos sentir.

de olhos cerrados a luz se abre

as mãos se abrem, iluminando

o ver dos dedos no teu corpo

 

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