Nathan Sousa: Terra Interminável
Em: 22/07/2013, às 20H03
[Menezes y Morais]
Em Terra Interminável, segunda colheita poética reunida em livro – que será lançado em setembro próximo, no Piauí – Nathan Sousa prossegue sua odisseia da reflexão sobre o homem, anunciada em Percurso das Horas.
Nas glebas humanas que o “tempo delata”, Nathan nos sugere “exterminar os arquivos de mágoas”, para reduzir a distância entre o homem e sua humanidade, apartados pela estupidez da opressão, quando se antever, do monturo contemporâneo, “as ruínas do futuro”.
A dicção poética de Nathan Sousa é solene, incisiva, na apreensão da essência das coisas, nesta travessia do tempo.
O homem é herdeiro do mundo, diz o poeta falando de si, na extensão humana, imprimindo, no livro do tempo, “pegadas” de carbono 14 e “ranhuras da alma”.
O homem é herdeiro de ideias. “Depois do fim sobrarão labaredas”. E a Poesia paradisíaca do recomeço, acredito.
Menezes y Morais
Jornalista, professor, escritor e historiador. 12 livros publicados, e poemas em dezenas de antologias, entre os quais Fincapé (Coletivo de Poetas), o romance A Íris do Olho da Noite (Thesaurus, www.thesaurus.com.br), Por Favor, Dirija-se a Outro Guichê (teatro em ato, edição independente, [email protected]) e A Luta é de Todos – História do controle dos gastos públicos no Brasil (Unacon, www.unacon.org.br), em parceria com Teresinha Pantoja.
Nas glebas humanas que o “tempo delata”, Nathan nos sugere “exterminar os arquivos de mágoas”, para reduzir a distância entre o homem e sua humanidade, apartados pela estupidez da opressão, quando se antever, do monturo contemporâneo, “as ruínas do futuro”.
A dicção poética de Nathan Sousa é solene, incisiva, na apreensão da essência das coisas, nesta travessia do tempo.
O homem é herdeiro do mundo, diz o poeta falando de si, na extensão humana, imprimindo, no livro do tempo, “pegadas” de carbono 14 e “ranhuras da alma”.
O homem é herdeiro de ideias. “Depois do fim sobrarão labaredas”. E a Poesia paradisíaca do recomeço, acredito.
Menezes y Morais
Jornalista, professor, escritor e historiador. 12 livros publicados, e poemas em dezenas de antologias, entre os quais Fincapé (Coletivo de Poetas), o romance A Íris do Olho da Noite (Thesaurus, www.thesaurus.com.br), Por Favor, Dirija-se a Outro Guichê (teatro em ato, edição independente, [email protected]) e A Luta é de Todos – História do controle dos gastos públicos no Brasil (Unacon, www.unacon.org.br), em parceria com Teresinha Pantoja.
CONHEÇA A POESIA DE NATHAN SOUSA:
CHUVA
Vejo as nuvens
acasalando as cores
para gerar o chumbo.
Por trás deste rito
há uma chuva adormecida
– precipitação de passados –
que minha íris antecipa.
Fecha-se o tempo
e o dia assiste ao anoitecer
de cada linha.
Fecho-me a tempo
de enxugar minha lua
minguante.
Nathan Sousa
Vejo as nuvens
acasalando as cores
para gerar o chumbo.
Por trás deste rito
há uma chuva adormecida
– precipitação de passados –
que minha íris antecipa.
Fecha-se o tempo
e o dia assiste ao anoitecer
de cada linha.
Fecho-me a tempo
de enxugar minha lua
minguante.
Nathan Sousa