MUDAR PARA MELHOR NÃO É IMPOSSSÍVEL

CUNHA E SILVA FILHO

Reconheço que combati duramente o governo Lula no segundo mandato, sobretudo quando eclodiram noticiais e reportagens falando de possível e, depois, de efetiva corrupção em seu governo. Fiz vários artigos cada vez mais reconhecendo que o seu governo era repelido por grande parte do sociedade brasileira no que concerne a práticas ilícitas de conluio entre o governo e o empresariado. A Folha de São Paulo virou um verdadeiro Diário de páginas dedicadas ao Mensalão, por exemplo.

Parecia uma novela em capítulos que mostravam corruptores e corrompidos , ensejando uma longo período de investigações da Polícia Federal e da entrada em cena deum Juiz do Paraná, o Sérgio Moura, principal figura a desempenhar um papel relevante a fim de levar a cabo decisões jurídicas que culminaram com a prisão do Lula.

Figuras de proa da administração Lula foram presas e o partido que se considerava da esquerda terminou por ficar perdendo prestígio a cada ano de tal sorte que eu cheguei a afirmar em artigo que a era do petismo chegara ao fim, embora reconhecesse que. na questão social, da pobreza e em outro setores sociais, seus mandatos, sobretudo o primeiro, foram reconhecidos como tendo melhorado uma das questões mais cruciais do país, a fome,” a desigualdade social com programas como o bolsa-família e outros derivativos.

Isso foi no período do Mensalão, do Petrolão e de outros escândalos que respingaram durante o mandato de Dilma Roussef de tal forma que ela também foi considerada como complacente em ações governamentais envolvendo corrupção e falta de competência para governar o país, conforme se deu no caso da Petrobrás e na malograda compra de uma companhia de petróleo americana com consequentes prejuízos para o Erário Público; Também fora criticada duramente por gastanças indevidas e colossais em sua administração e também por não dar conta do controle econômico financeiro em vários setores de seu governo.

Chegou ao ponto de o Congresso Nacional, através de seus representantes, pedirem o impeachment de Dilma em razão da situação caótica insustentável de seu governo nos setores da economia, melhor dizendo dando continuidade à mazelas sociais, como alto custo de vidam desemprego, de desídias e impunidade crônica na política petista ou de outros partidos agregados ao petismo, dos chamados “malfeitos” - termo que, se não incorro em erro, foi usado pelo próprio PT.

A situação política nacional afastou a “presidenta” e, para substituí-la, tomou posse o vice-presidente, o Sr. Temer que, posto ser um professro de direito e um homem culto, em resumo, fez um governo tampão medíocre, um mau governo, um governo de maldades que também não escapou de ser investigado pela Polícia Federal por corrupção, embora não tenha sido efetivamente preso como ocorreu com o presidente Lula.

Veremos se o presidente Lula, em seu terceiro mandato, agora be mais maduro e experiente com os erros do passado e com o pensamento certamente para torná-lo um mandatário mais responsável pelas rédeas do país, notadamente evitando os erros graves do passado e se reabilitando no novo mandato depois de ter sucedido um período obscuro da vida nacional com os gravíssimos retrocessos do seu antecessor.

Torçamos, no entanto para que o Brasil não recaia nos males do passado e volte a sua atenção administrativa para os graves problemas que ainda persistem resistentes a mudanças, como o enfrentamento da violência alarmante, a fome, o desemprego, as desigualdades sociais, a impunidade e as condições ainda degradantes em que o país se encontra afundado nos setores da educação pública, violência no campo com os problemas trazidos pelas invasões indevidas, dos transportes de massa, da saúde pública, de habitação, saneamento básico e sobretudo na segurança e integridade física da sociedade brasileira refém da violência extrema, tanto no asfalto quanto nas favelas, do tráfico e das drogas e do domínio de um verdadeiro “governo paralelo,” as também chamadas cidades partidas,” onde populações das favelas ficam reféns da bandidagem sem freios competindo com vantagem em armamento com as forças policiais.

Sem atacar de frente esses graves ou gravíssimos problemas, nosso país não se tornará a Nação que todos desejamos.