Lenda da Patagônia: como surgiu o calafate
 

No portal da família Goldschmidt, um esplêndido relato popular do sul da Argentina - que não se refere a passarinhos asiáticos, nem a calafetagens de navios - recontado está.

 

 

 

 

 

 

O MONTE FITZ ROY [3.405 m], NA PATAGÔNIA (ARGENTINA)

(http://www.almadeviajante.com/viagens/argentina/los-glaciares.php)

 

Cerro Torre, Los Glaciares
Cerro Torre, Los Glaciares (Argentina): LEMBRA, POR SUA FORMA, O DEDO DE DEUS, um pico situado no Estado do Rio (Sudeste do Brasil)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(Apenas com a indicação "Cerro Torre, Los Glaciares", a foto e a legenda acima estão em: http://www.almadeviajante.com/viagens/argentina/los-glaciares.php)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O DEDO DE DEUS (município de Guapimirim-RJ [trata-se de um pico/monumeno geológico do Parque Nacional Serra dos Órgãos, na região compreendida num setor da Serra do Mar, entre as cidades de Guapimirim, Magé, Petrópolis e Teresópolis]), que, com 1.692 metros de altura [Fonte desse dado: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dedo_de_Deus], é o cartão-postal de TERESÓPOLIS [mas não é nesse município que o pico fica situado, como se percebe], também no Rio de Janeiro [Estado do Rio, que, no passado, não era ligado à Guanabara], Brasil, e é visto quando se viaja, por percurso rodoviário (BR-116), do Rio de Janeiro [a cidade maravilhosa] para Teresópolis (MELHOR PONTO DE OBSERVAÇÃO DO DEDO DE DEUS, NA CITADA ESTRADA: Mirante do Soberbo, na entrada de Teresópolis-RJ)

(Só a foto do Dedo de Deus - sem a legenda acima conferida - está, na Web, em:

http://br.viarural.com/servicos/turismo/parques-nacionais/da-serra-dos-orgaos/default.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

   

 

 

 

 

"Foto 'Los indios Tehuelche' [Aónikenk ou Patagões], na página http://www.limbos.org/sur/tehue.htm
 

Muita informação para ir visitar a Patagônia

http://edmundocecilio.blogspot.com/2007/03/patagnia-4x4.html

http://www.terra-australis.com.br/terra-australis/viagem/viagem1.htm

http://www.geocities.com/TheTropics/4363/patagonia/index.htm
 

[Patagônia, terra dos extremos - Página da Adelaide's (Maria Adelaide Silva) Home Page: http://www.mariaadelaidesilva.net/travel/patagonia/]


Luis Neves

Etiquetas: " (http://leiturapartilhada.blogspot.com/2009_02_01_archive.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

FRUTOS (NO PÉ) DO ARBUSTO ESPINHOSO DENOMINADO CALAFATE

(http://www.inta.gov.ar/altovalle/ie/senderos/And_calafate.htm)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DOIS LINDOS CALAFATES [o calafate é um pássaro originário de ilhas indonésias como

Java, Sumatra e Bornéo]: A MAGNÍFICA LENDA ARGENTINA, ADIANTE RECONTADA, NÃO

É A DESSES PASSARINHOS, MAS A DO ARBUSTO ESPINHOSO DE MESMO NOME

[a palavra calafate também designa o profissional que calafeta, mas não é ao

calafate-trabalhador (*) que este suelto se refere, mas ao arbusto com frutos deliciosos] 

(Só a foto de dois calafates, sem a legenda explicativa aposta logo acima, está em:

http://planetabird.wordpress.com/2009/06/11/biografia-calafate/)

(*) Em outro suelto da Coluna "Recontando ...", foi mostrada e ilustrada uma estória de ribeirinho do interior do Amazonas (http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/amazonas-o-professor-agnello-conta-estorias-de-ribeirinhos,236,3047.html), tal como - sem as ilustrações nesta mesma Coluna apostas - fora recontada pelo Prof. Agnello Bittencourt [meu avô paterno, falecido no Rio, em 1975, aos 98 anos de idade], no livro Reminiscências do Ayapuá (Rio de Janeiro: A. Bittencourt, 1966), opúsculo onde constam quatro estórias de caboclos do Amazonas, sendo que a próxima estória de Reminiscências do Ayapuá a ser transcrita aos gentis leitores daqui da "Recontando..." tem como personagem principal um calafate, profissional que faz calafetagens (vedações na madeira das embarcações, no caso citado) em motor (navio pequeno) que percorria rios do Amazonas, vendendo mercadorias diversas (navio-'"recreio" de regatão, como na Amazônia se denomina esse comerciante fluvial).

 

 

 

 

 

   

 

EMBALAGEM DE MASSA PARA CALAFETAR Pulvitec [MARCA REGISTRADA](http://www.inniferragens.com.br/product_info.php?products_id=1257&osCsid=6154aa8cdd611e5cc58f82b534ce08ec)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REPRODUÇÃO DE CAPA DE LIVRO DO

LITERATO CRISTIANO MOREIRA,

na Web em:

http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1124,2699629,13412,

onde se pode ler:

"Santa Catarina é o Estado [brasileiro] convidado da 55ª Feira do Livro de Porto Alegre. Cristiano Moreira, natural de Navegantes, foi o único escritor residente do Vale do Itajaí selecionado para o evento. Com o livro O Calafate Míope - Cinema Incompleto, baseado na memória e na vida do personagem principal, um profissional de vedação de barcos, o autor participa de um debate com outros escritores, na segunda-feira. As imagens que ilustram o livro são do fotógrafo Marcos Porto, nosso colega de Santa, tiradas nos estaleiros de construção naval da ribeira do Rio Itajaí-Açu, na margem da cidade litorânea. Funcionam como desenhos de cenas do roteiro poético da vida do calafate míope". (http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,1124,2699629,13412)

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

UM CALAFATE TRABALHANDO: como não é desse profissional

do ramo das impermeabilizações, na construção civil,

que trata a lenda adiante apresentada, retorna-se ao

Sul da Argentina, a seguir, COM MAPA E TUDO

(http://www.ibisp.org.br/index.php?pagid=vrevista_techne&id=30)
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MAPA QUE INDICA A LOCALIZAÇÃO DO CÉLEBRE MONTE FITZ ROY

(http://www.besthike.com/southamerica/argentina/fitz_roy.html)

 

"Fitz Roy is at the northern tip of gorgeous Parque Nacional Los Glaciers, itself part of Hielo Sur, the largest icecap not in a polar region.The history of these impossible spires adds a special flavour. It's named after Cpt. Fitzroy, skipper of Charles Darwin's Beagle. And Fitz Roy is one of the most famously difficult mountaineering destinations in the world".


 

 

 

 

 

 

   

AO FUNDO, O MONTE FITZROY, NOME DADO EM HOMENAGEM AO CAP. ROBERT FITZROY - http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_FitzRoy -, COMANDANTE DO FAMOSO NAVIO HMS BEAGLE

(http://www.besthike.com/southamerica/argentina/fitz_roy.html)

 

Crédito: Caricatura de Darwin publicada em 1874 por The London Sketchbook.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
CUMPLICIDADE TOTAL INTERMONOS: "Caricatura de Darwin publicada
 
em 1874 por The London Sketchbook"
 
 
que a expressão CUMPLICIDADE TOTAL INTERMONOS não estava no original)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
CHARLES ROBERT DARWIN, cujo bicentenário de nascimento
foi celebrado - por nós e pelos primos monos - em 12 de fevereiro
de 2009
 
 
(A LEGENDA É DA COLUNA "RECONTANDO...", mas a reprodução em branco-e-preto de pintura do grande naturalista inglês está em:
 
 
 
 
 
RECONSTITUIÇÃO DO VELEIRO BEAGLE SINGRANDO OS MARES PARA QUE NOSSA
MACACALIDADE ANCESTRAL FOSSE REVELADA:
 
essa legenda grotesca é da Coluna "Recontando...", enquanto a bela imagem de
reconstituição do Beagle está, na Web, em:
 
http://blogs.estadao.com.br/renato-cruz/a-viagem-de-darwin-na-tv/, onde se lê, a respeito do documentário holandês BEAGLE: O FUTURO DAS ESPÉCIES, que:
 
"O VPRO, canal holandês de TV e rádio, prepara um documentário chamado Beagle: O futuro das espécies, para celebrar o bicentenário de Charles Darwin e os 150 anos de publicação do livro Origem das Espécies. Um veleiro – batizado de Beagle como o navio em que viajou o naturalista inglês – vai reproduzir em um ano a viagem de cinco anos em que Darwin fez a pesquisa que serviu de base para a Teoria da Evolução.

A ideia é comparar a situação do planeta hoje com aquela registrada por Darwin. O veleiro parte de Plymouth, na Inglaterra, em 1º de setembro, e vai passar por Salvador e pelo Rio de Janeiro. Serão 35 episódios, e o primeiro vai ao ar na Holanda em 13 de setembro [de 2009]. A bióloga Sarah Darwin, descendente do naturalista, participa da série".

 
               
                                             Para o sábio Darwin,
                                             ao Alm. FitzRoy (Capitão, quando comandou o Beagle),
                                             aos calafates (profissionais da construção e reformas de navios e
                                             outros meios de transporte e das obras de engenharia civil)                             
                                             e à digna população da Patagônia, especialmente aos nobres 
                                             índios nativos de lá                                      
 
 
"(...) FitzRoy tornou-se, aos 23 anos, um dos mais jovens marinheiros ingleses a comandar um navio hidrográfico. Foi o primeiro a passar pela prova do almirantado inglês sem errar uma questão. Robert FitzRoy comandou o HMS Beagle em duas de suas três viagens, ficando conhecido por grandes feitos nelas. (...)".
 
 (Verbete 'Robert FitzRoy', da Wikipédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_FitzRoy)
 
 
"(...) All was stillness and desolation. Yet in passing over these scenes, without one bright object near, an ill-defined but strong sense of pleasure is vividly excited. One asked how many ages the plain had thus lasted, and how many more it was doomed thus to continue (...)".
 
Charles Darwin
 
 
 

24.1.2010 - Os Goldschmidt habilmente recontaram a lenda do surgimento do calafate [trata-se de (1) planta da Patagônia, não significando, no relato mítico, nem (2) passarinho asiático, nem (3) trabalhador que atua em acabamentos ou reformas, dos empreendimentos de engenharia, arquitetura e design de interiores], arbusto que dá generosos frutos: essa impressionante estória é do tempo em que os animais falavam, vale dizer, do tempo em que o craque Mané Garrincha conversava com os passarinhos, mas talvez não exatamente com os calafates. Flávio A. L. Bittencourt ([email protected])

"UMA LENDA DA PATAGÔNIA - COMO SURGIU O CALAFATE 

A cidade de El Calafate, na Argentina, é conhecida principalmente por ficar próxima ao Glaciar Perito Moreno. O nome da cidade porém teve origem ligada a uma planta de fruto escuro muito comum na região. Conta a lenda que quando uma tribo de tehuelches saiu em busca de melhores pastagem, deixaram para trás uma velha curandeira de nome Koonex. Como não podia caminhar mais, as mulheres da tribo lhe montaram uma tenda e deixaram alimento e lenha suficiente para o passar o inverno. Com a chegada do frio, todos os seres vivos se foram e a pobre Koonex atravessou sozinha toda a estação. Quando a primavera chegou, os pássaros começaram a cantar em cima da tenda de Koonex que os repreendeu por a terem abandonado durantes os meses gelados. Um dos pássaros respondeu à velha curandeira: 'Nós partimos porque no inverno não há nenhum fruto para nos alimentar'.
A velha índia pensou um pouco e disse: 'Isto não vai mais acontecer. A partir de agora vocês terão alimento no outono e abrigo no inverno e eu nunca mais vou ficar só.'
A velha feiticeira entrou na sua tenda e nunca mais saiu. Quando a tribo voltou, encontrou dentro da tenda uma nova planta, que chamaram de Calafate. Desde então, nunca mais os pássaros migraram, pois os frutos do Calafate amadurecem no outono dando alimento a todos eles". (http://ecoviagem.uol.com.br/blogs/familia-goldschmidt/dicas-de-viagens/uma-lenda-da-patagonia-como-surgiu-o-calafate-1376.asp)

CONHEÇA A PATAGÔNIA, não deixando de visitar a pequena cidade de EL CALAFATE, na Argentina!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

A jovem atriz cabocla de ascendência peruano-suíça (*) 

Q’Orianka Kilcher (Q'Orianka Waira Qoiana Kilcher, nasc. 1990) 

foi nada mais, nada menos, do que POCAHONTAS no cinema (**); 

OPINIÃO DESTA COLUNA "RECONTANDO...":  ELA - E SOMENTE ELA -,

a princesa Q'Orianka,  PODERÁ INTERPRETAR, QUANDO JÁ ESTIVER

IDOSA (Deus proteja sua vida, sua saúde e seus familiares até

lá!), A SENHORA Koonex, A PAJÉ IDOSA DA PATAGÔNIA

(SIM, POCAHONTAS É UMA ÍNDIA QUE NÃO É DA

ARGENTINA, MAS DA AMÉRICA DO NORTE: ocorre

que Q'Orianka Kilcher interpretou essa lendária filha

do morubixaba Wahunsunacock [ou Powhatan] e não

outra indígena americana);

foto de cena na Web em:

http://www.twilighters.com.br/tag/qorianka/

 

(*) Nascida na Alemanha (localidade de Schweigmatt

[http://en.wikipedia.org/wiki/Schweigmatt], que fica ao sul da Floresta Negra

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Floresta_Negra]), de ascendência peruano-suíça, 

seu pai é descendente de indígenas da etnia Quechua/Huachipaeri

[http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_qu%C3%ADchuae os ancestrais

de sua mãe são suíços. A língua materna de Q’Orianka Kilcher é o espanhol

[http://pt.wikipedia.org/wiki/Q%27Orianka_Kilcher].

 

(*) O filme em que essa atriz interpretou a famosa índia da América no Norte Pocahontas

foi O novo mundo (EUA, 2005), dirigido por Terrence Malick.

[Fonte da informação: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_New_World]

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Verbete 'El Calafate', da Wikipédia

"El Calafate

 

El Calafate

ElCalafate-AvenidaSanMartin.jpg
Topónimo oficial El Calafate
País Argentina
Organização:  
 - Província  Santa Cruz
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   
População:  
 - Total 12.500 hab.
   
   
   
   
Site  
Informação oficial IFAM

 
El Calafate
 
° ' " 50°19′60″S ° ' " 72°17′60″O

El Calafate é uma pequena cidade localizada na província de Santa Cruz, Argentina próxima a fronteira com o Chile com aproximadamente 5.500 habitantes, distante cerca de 270 Km da capital provincial: Rio Gallegos.

É a cidade mais próxima ao Parque Nacional Los Glaciares, a cerca de 80 quilômetros, onde se localiza a maior geleira em extensão horizontal do mundo: Glaciar Perito Moreno que encontra-se constantemente em evolução com diminuição de sua área devido ao aquecimento global.Também próxima de outra importante geleira: Glaciar Upsalla.

Toponímia

O nome El Calafate vem do arbusto Berberis microphylla que nasce na região e produz uma pequena fruta da qual se fazem doces e geléias.

Características

É uma pequena cidade em franco desenvolvimento turístico, oferecendo boa estrutura hoteleira, um aeroporto moderno e ótima opções de turismo. Suas estradas são muito boas, sinalizadas, porém de pouco movimento. El Calafate possui clima frio, com média anual de sete graus, temperaturas máximas por volta dos treze graus e mínimas por volta dos dez abaixo de zero. Na região habitam exemplos extraordinários da fauna como o zorrino patagônico (como um gambá de faixa branca nas costas), o huemul (cervo), águia Mora, patos dos torrentes, cauquenes, entre outros.

Turismo

A maior atração é o extraordinário Parque Nacional dos Glaciares, fundado em 1937 e declarado patrimônio da humanidade em 1981. Possui extensão de 725 mil hectares. Nele se localizam os glaciares Perito Moreno, Upsala, O'nelli, Spegazzinni, entre outros. São imponentes sentinelas de neve depositados por séculos em suas origens, no alto da cordilheira dos Andes. Descem por extensões de que chegam a 170 km. São formados basicamente de neve compactada, possuindo milhares de nuances do branco ao azul. Na sua maioria, terminam no lago Argentino, onde se fragmentam desde farelo de gelo à grandes icebergs, descendo lentamente o leito do lago até seu derretimento. Os glaciares movem-se até um metro por dia, atritando-se violentamente com o terreno, moldando-o e lançando no lago sedimentos finissimos,que ficam em suspensão na água, formando o leite dos glaciares.

 
O glaciar Perito Moreno, principal atração turística de El Calafate

Categoria: Cidades da província de Santa Cruz". (http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Calafate)

 

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PARQUE NACIONAL LOS GLACIARES

"VIAGENS AMÉRICA DO SUL - ARGENTINA - LOS GLACIARES

Parque Nacional Los Glaciares, Patagónia

O Parque Nacional Los Glaciares, nos confins da Patagónia argentina, protege 600.000 hectares de florestas subantárcticas, espécies animais em vias de extinção, centenas de glaciares e alguns dos mais belos cumes andinos. Penetrar nesta zona do planeta é mergulhar no mundo frio e selvagem do território Austral e aceder à beleza primitiva da Terra.

ACESSO A LOS GLACIARES

As cinco horas que separam a cidade de Río Gallegos de Calafate, ponto de acesso ao Parque, são uma sucessão de arbustos espinhosos e tufos amarelos de estepe, em colinas suaves que alternam com planícies imensas. A estrada, interminavelmente recta, passa junto à entrada de várias quintas latifundiárias e invisíveis, muitas delas com nome de mulher: “Estancia Maria Elisa - 10 km”, anuncia uma placa; das montanhas nem sombra e imaginar glaciares imensos numa paisagem desértica como esta requer, sem dúvida, muito mais do que um pouco de imaginação. De uma colina mais alta avista-se, por fim, o lago Argentino e adivinha-se no horizonte uma sombra cinzenta de montanhas, prontamente escondidas por uma prega do terreno. Um grupo de árvores marca a aproximação de território habitado e, finalmente, avistam-se as primeiras casas na borda do lago.
 

CALAFATE

Monte Fitzroy, Patagónia, Argentina
Monte Fitzroy, Patagónia, Argentina

Calafate é uma das povoações mais turísticas da Argentina. As suas ruas são um contínuo de restaurantes, casas de recuerdos, hotéis e agências de viagem. Se nos afastarmos do centro, encontramos mais pensões, campismos, o Albergue da Juventude e o terminal de autocarros. Os habitantes estão todos de acordo: as camionetas para as duas áreas do Parque só saem de manhã, para que os visitantes sejam obrigados a passar pelo menos uma noite em Calafate; as agências de viagem praticam todas os mesmos preços para a área Perito Moreno e para a área Chaltén. Milhares de forasteiros chegam todos os anos para ver aquilo que, juntamente com as cataratas de Iguazú, é considerado o maior atractivo natural do país e uma das maravilhas da América do Sul: o glaciar Perito Moreno. Chaltén acolhe os viajantes menos sedentários e serve de ponto de partida para uma das Mecas do alpinismo e do trekking: o maciço de Fitzroy, que abrange o monte do mesmo nome e o não menos famoso Cerro Torre.
 

CHALTÉN E MONTE FITZROY

Quando está bom tempo, o melhor é correr para Chaltén, a zona mais “difícil”, com temperaturas médias da ordem dos 10° C de Verão e 0° C de Inverno, para não falar da pluviosidade ou das teimosas nuvens que se prendem nos picos, ocultando a beleza verdadeiramente espantosa da cordilheira. Alpinistas empenhados em fazer a ascensão chegam a esperar muitas semanas por uma aberta que lhes permita avançar sem riscos. Os primeiros habitantes da zona, os índios Tehuelche, chamaram Chaltén (azulado) ao monte Fitzroy e foi este o nome escolhido para a povoação - se é que se lhe pode chamar assim - que nasceu numa área completamente à mercê dos ventos gelados que zurzem o vale do rio de Las Vueltas. Meia dúzia de casas com telhados de zinco de ar desabitado e ruas de terra fazem lembrar uma aldeia do farwest, mas já existem os serviços indispensáveis para os que se aventuram a pé nas florestas e montes da zona: um quartel-general dos Guardaparques que, periodicamente, percorrem a cavalo os trilhos mais frequentados, telefone, duas ambulâncias, duas ou três lojas/restaurantes com comida fresca e enlatada e um campismo com abrigo de montanha.

Cerro Torre, Los Glaciares
Cerro Torre, Los Glaciares

Ao princípio, as montanhas parecem um cenário a preto e branco, antigo e deslavado pelo tempo, por trás do amarelo da estepe e do azul-escuro do lago Viedma. Mas quanto mais nos aproximamos mais se tornam evidentes as silhuetas pontiagudas desta parte dos Andes: do Cerro Torre ao Fitzroy as montanhas são um autêntico agulheiro, onde a neve não consegue colar-se às paredes demasiado íngremes das torres e o granito negro contrasta com o branco incandescente que se acumula, numa espessura de metros, sempre que há uma saliência na rocha. No sopé, bosques de guindos (árvore da família das bétulas), ñires e lengas dispõem os ramos em telhadinhos sobrepostos, óptimos para proteger da chuva miúda que mantém verde a paisagem. Há clareiras deliciosas de erva certinha, aparada por cavalos que aguardam em liberdade que os donos os venham buscar e a 5 kms da povoação, a cascata Chorrillo del Salto forma um pequeno lago rodeado de pedras brancas e dramáticos troncos prateados, testemunhos da força que a torrente, engrossada pela neve dos glaciares, pode atingir durante o degelo.

Apesar da área imensa do Parque, bastam umas três horas de marcha para atingir os primeiros glaciares e as respectivas lagoas e, na direcção do Torre ou na do Chaltén, a paisagem é de cortar o fôlego: arbustos em vários tons de verde escondem bagas vermelhas; árvores anãs dobradas pelo vento balançam fios verdes de musgo; troncos e raízes de brilho prateado jazem, encerados por sucessivos Invernos rigorosos. Por todo o lado corre água, em ribeiros baixos, atormentados por seixos redondos, que deslizam das neves e lagos andinos. Depois de uma primeira subida, conseguimos ver quase todas as voltas do rio de Las Vueltas, um emaranhado de águas esbranquiçadas que percorre o vale e se perde na neve das montanhas. Arbustos espinhosos parecem querer arrancar-nos a roupa e sucedem-se os bosques sombrios de espécies desconhecidas para quem vem do hemisfério Norte. A tapar o horizonte avista-se, quando as árvores e as colinas o permitem, os dentes aguçados da cordilheira, cada vez mais próximos.

Laguna de Los Três, Parque Nacional Los Glaciares
Laguna de Los Três, Parque Nacional Los Glaciares

Ambos os cumes - Torre e Fitzroy - são visíveis de forma infrequente devido às inclemências do tempo, mas as nuvens que por vezes vogam na sua frente e deixam entrever, depois de horas de suspense, um cocuruto azulado e umas manchas de neve, dão-lhes a tridimensionalidade que não têm quando avistados de Chaltén. A lagoa Torre, no sopé da agulha com o mesmo nome, é alimentada por dois grandes glaciares que se vão desfazendo em pequenos icebergues esverdeados. Na base do Fitzroy, a lagoa de Los Tres toma um tom de azul indescritível quando lhe bate o sol e os condores negros não se fazem rogados, volteando junto aos picos cinzentos. O próprio monte parece ter a forma de um pássaro, de cabeça baixa e asas quase abertas, velando sobre a série de lagoas que vão ficando para trás: a Capri, a Madre y Hija, a verde Sucia...

Lá em baixo, depois da última - e muito íngreme - subida, ficaram também os troncos que serviam de ponte sobre o rio Blanco e o Salto; ficaram os refúgios dos andinistas, feitos de troncos e plásticos estrategicamente abrigados debaixo de árvores e ficou a maior parte dos caminhantes, assustada pela grande moreia de glaciar que é preciso trepar para conseguir ver outra vez o “azulado” Chaltén. A descida até à civilização faz-se em três horas e mal o sol começa a esconder-se apetece a lareira do abrigo e as modestas refeições quentes da noite.
 

GLACIAR PERITO MORENO

A área Perito Moreno é a mais acessível e, por isso mesmo, a mais frequentada do Parque: mais de uma dezena de autocarros percorre diariamente os 80 kms que separam Calafate do Brazo Rico, levando centenas de visitantes até junto do enorme glaciar - e é só descer uns degraus até aos varandins de madeira que servem de miradouro sobre o canal de Los Témpanos. Mas nem por isso se aligeira a profunda impressão que causa chegar perto de uma massa de neve com 4 kms de frente e 60 metros de altura. Para mais, o Perito possui um espectáculo de “luz e som” permanente, com autênticos tiros de canhão que antecedem o despenhar de enormes blocos de gelo e aquele mau tempo irritante que cobre, descobre e muda a cor do gelo de branco opaco para azul irreal.

Glaciar Perito Moreno, Patagónia
Glaciar Perito Moreno, Patagónia

Com uma área de 195 kms quadrados, este glaciar é apenas o mais conhecido dos cerca de trezentos que se desprendem dos 14.000 kms quadrados de Gelo Continental Patagónio, dividido entre a Argentina e o Chile. O que o torna tão especial é ser dos raros, a nível do planeta, que continua a avançar: em 1900, a Península de Magalhães, onde chegam os autocarros de Calafate, encontrava-se a cerca de um quilómetro da parede de gelo; em 1914 estava a cem metros; em 1917, pela primeira vez e daí em diante todos os quatro anos, o glaciar encosta à Península e forma um dique que acaba por rebentar com estrondo, quando as águas do Brazo Rico conseguem atingir pressão suficiente para atingir de novo o lago Argentino. Ultimamente, o fenómeno de aquecimento global a que estamos sujeitos acabou com a regularidade do fenómeno, mas as lendárias tempestades de neve andinas parecem continuar a produzir neve suficiente para que a acumulação de gelo não se interrompa.

Seguindo os carreiros protegidos que acompanham quase toda a frente do glaciar, descobrem-se formas e detalhes verdadeiramente impressionantes: o gelo molda-se em figuras, formando animais, túneis, arcos góticos de catedral e picos aguçados que recriam a cordilheira de onde desce. De certos ângulos parece um castelo de fadas, de ameias pontiagudas e assente sobre a água. O azul gélido contrasta com o negro queimado das montanhas e só na margem de cá, na Península de Magalhães, é possível ver alguma vegetação. Os pedaços que se vão soltando com estrondo atiram salpicos gelados para terra e dividem-se em centenas de ilhotas, como um atol congelado.
 

LOS GLACIARES - PATRIMÓNIO UNESCO

Glaciar Perito Moreno, Parque Nacional Los Glaciares
Glaciar Perito Moreno, Parque Nacional Los Glaciares

Foi preciso esperar até ao séc. XIX para que os europeus descobrissem esta maravilha da natureza, Património da UNESCO desde 1981; isto apesar da expedição de Magalhães ter deixado na Patagónia os primeiros colonos em 1520 e missionários penetrarem na zona no séc. XVIII. O explorador Francisco Perito Moreno, cujo nome ficou associado a este glaciar, foi um dos pioneiros da ideia de Parque ou Reserva Natural e a Argentina foi o primeiro país da América do Sul a possuir todo um sistema de zonas protegidas a nível nacional.

Hoje em dia, o turismo, atraído pelas belezas naturais da província patagónica de Santa Cruz, rivaliza no sustento da economia com os sete milhões de ovelhas das estancias sem fim que vemos da estrada. É que em muito poucos outros lugares da Terra se encontra tal concentração de natureza, acessível e ao mesmo tempo selvagem, como no Parque andino de Los Glaciares. (...)

LINKS ÚTEIS

» Site oficial do Turismo da Argentina
» Guia de viagem sobre Los Glaciares"). (http://www.almadeviajante.com/viagens/argentina/los-glaciares.php)  

 

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Matoaka & Son

"Pocahontas's portrait made in England at 21 years of age

This Sedgeford portrait of Pocahontas and her son, Thomas Rolfe, carefully preserved through the centuries, although its travels and whereabouts have been been shrouded in mystery. Presently at Kings Lynn Museum".

(http://www.williamsburgprivatetours.com/Pocahontas%20smith.htm) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O JOGADOR DE FUTEBOL GARRINCHA, poeta do interior das quatro linhas, atleta de pernas

tortas que infelizmente já faleceu e é um do quatro patronos da Coluna "Recontando..." [OS

OUTROS TRÊS SÃO ABELARDO CHACRINHA BARBOSA, CHICO ANYSIO E JOSÉ MOJICA

MARINS], FOTOGRAFADO NO EXATO MOMENTO EM CONFRATERNIZAVA COM UMA AVE

QUE O ENTENDIA BEM

(A LEGENDA É DESTA COLUNA, MAS A FOTO ESTÁ, NA WEB, EM:

http://www.almanaquebrasil.com.br/lambe-lambe/27140/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Q’Orianka Kilcher e um passarinho

("Photo by Noel Vasquez/Getty Images",

http://www.zimbio.com/pictures/uZBqaUsEfkv/Los+Angeles+Confidential+Magazine+Annual+Golden/wbo0XM-xKs4/Q'Orianka+Kilcher

OBS. - A ATRIZ COMPLETARÁ 20 ANOS NO PRÓXIMO DIA 11 DE FEVEREIRO (11.2.2010);

DESSA FORMA, O BOLO QUE FOI REPRODUZIDO, NESTA COLUNA, EM

http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/jogo-de-damas-urano-vieira-lenda-viva-no-rio-grande-do-sul,236,3153.html,

VALE TAMBÉM PARA ELA, que é mestiça (mameluca) como caboclo também é o responsável pela 

Coluna "Recontando estórias do domínio publico".

 

(http://www.portalentretextos.com.br/colunas/recontando-estorias-do-dominio-publico/jogo-de-damas-urano-vieira-lenda-viva-no-rio-grande-do-sul,236,3153.html)

FELICIDADES SRTA. Q'ORIANKA KILCHER, NO TRANSCURSO DOS SEUS VINTE ANOS DE IDADE:

UMA VIDA LONGA, SÁUDE, PAZ, REALIZAÇÕES E INFINITAS ALEGRIAS PARA VOCÊ, COMO TAMBÉM

PARA OS SEUS!