CUJO EXEMPLO É INTERNACIONAL E DEMONSTRA A CAPACIDADE
DE O BRASIL INOVAR VÁRIAS ESFERAS: AERONÁUTICA,
ESPORTES, SAÚDE PÚBLICA, EMPREENDEDORISMO (com
o grande Mauá, no século retrasado), FÍSICA, CINEMA - com
Alberto Cavalcanti, Humberto Mauro, Silvino Santos e
Mário Peixoto, entre outros (são vários, os autores) -, NAS
ARTES DITAS MAIORES, NO JORNALISMO, NOS ESTUDOS DO
FOLCLORE, NA LITERATURA PARA ADULTOS, NO PAISAGISMO,
NO DESIGN DE OBJETOS, NA ARQUITETURA, NO AUTOMOBISMO,
NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (criação da Fundação Getúlio Vargas
e sua EBAP, reforma do DASP pelo Dr. Juscelino Kubitschek,
demarcação do Parque Indígena do Xingu, pelo Prof. Jânio Quadros etc.),
NA CIRURGIA PLÁSTICA, NA TELEVISÃO, NA LITERATURA INFANTIL - E ASSIM
POR DIANTE!)
"COMO GOSTAR DE TER CONTATO COM LIVROS QUANDO,
NAS ESCOLAS, FAZEM A MENINADA LER LIVROS DOENTIOS
COMO O ATENEU, DE UM AUTOR BRASILEIRO ATORMENTADO
COMO RAUL POMPEIA, QUE ACABOU SE SUICIDANDO?
E OS SERTÕES, EM QUE SE MOSTRA CANUDOS COMO
CIDADELA DE RESISTÊNCIA CIRCUNSCRITA, DO TIPO TROIANO
[DE ONDE VINHA A PROTEÍNA PARA ALIMENTAR TODAS AQUELAS
PESSOAS?, PERGUNTA COMO META DE PESQUISA O ARQUEOLÓGO
PROF. DR. EDUARDO ZANETTINI, DE FORMA PERTINENTE] , FOI PRECISO
QUE VASTA REGIÃO NORDESTINA
ADERISSE AO PROJETO MESSIÂNICO-NOVO-CONTINENTAL DE
ANTÔNIO CONSELHEIRO E SEUS SEGUIDORES (COMO MOSTRA
A ARQUEOLOGIA RECENTE DA REGIÃO)? POR QUE NÃO SE DÁ
A CHANCE PRECIOSA A CRIANÇAS QUE ELAS CONHEÇAM
O GENIAL LIVRO AS AVENTURAS DE TIBICUERA, DE ÉRICO VERÍSSIMO,
MEU TORRÃO, DE VIRIATO CORRÊA, E OUTROS, MENTALMENTE
POSITIVOS? PELO MENOS, EXISTE UMA DIVULGAÇÃO BASTANTE
COMPETENTE DE HISTÓRIA DE UMA CIDADE CONTADA POR ELA
MESMA, DE LENY WERNECK, SOBRE A HISTÓRIA DO RIO DE
JANEIRO, QUE É EXEMPLO LATINOAMERICANO DE OBRA
INFANTIL QUE MUITO ENSINA E MUITO AGRADA AS CRIANÇAS!.
E NÃO FOSSE POR ESSE DADO RELEVANTE, DIR-SE-IA QUE
SE TRATA DE UM COMPLÔ CONTRA A CULTURA NACIONAL:
E EXISTEM MILHARES E MILHARES DE PEDAGOGOS EM NOSSO
PAÍS [O BRASIL}.
QUE BOM QUE OS PROFESSORES DAS SALAS DE LEITURA TÊM
USADO MUITO OS QUADRINHOS HISTÓRICOS, OS SUPLEMENTOS
INFANTIS DE JORNAIS, ONDE O CONHECIMENTO HISTÓRICO E
LITERÁRIO É TRANSMITIDO DE FORMA ATRAENTE, QUE A TELEVISÃO
BRASILEIRA PRODUZA ININTERRUPTAMENTE O PROGRAMA - MUITO BEM
ELABORADO, POR SINAL - SÍTIO DO PICAPAU AMARELO, E QUE O LIVRO DE
LENY WERNECK ESTEJA SENDO VENDIDO SELETIVAMENTE EM MUSEUS - E NÃO SÓ
EM LIVRARIAS, ONDE UM TÍTULO DESAPARECE EM MEIO A MUITOS OUTROS."
(C R...)
UM ALIENADO MENTAL NO
CAMPO SANTO:
"COTIDIANO
O suicídio que abalou Machado de Assis
Publicado em 11/08/2007 pelo(a) Wiki Repórter Ernane Martins, Joinville - SC
No dia 29 de dezembro de 1895, Machado de Assis comentou, em sua crônica semanal, o suicídio de Raul Pompéia:
"À beira de um novo ano, e quase à beira de um novo século, em que se ocupará esta triste semana? Pode ser que nem tu, nem eu, leitor amigo, vejamos a aurora do século próximo, nem talvez do ano que vem. Para acabar o ano faltam trinta e três horas, e em tão pouco tempo morre-se com facilidade, ainda sem estar enfermo. Tudo é que os dias estejam contados.
Algum haverá que nem precise tê-los contados, desconta-os a si mesmo como esse podre Raul Pompéia, que deixou a vida inesperadamente, aos trinta e dois anos de idade. Sobravam-lhe talentos, não lha faltam aplausos nem justiça aos seus notáveis méritos. Estava na idade em que se pode e trabalha muito. A política, é certo, veio ao seu caminho para lhe dar aquele rigoroso abraço que faz o descuidado transeunte ou do adventício namorado um amante perpétuo. A figura é manca; não diz esta outra parte da verdade ? que Raul Pompéia não seguiu a Política por sedução de um partido, mas por força de situação. Como a situação ia com o sentimento e o temperamento do homem, achou-se ele partidário exaltado e sincero, com as ilusões todas ? das quais se deve perder metade para fazer a viagem mais leve, ? com as ilusões e os nervos.
Tal morte fez grande impressão. Daquelas mesmas que não comungam com as suas idéias políticas, nenhum deixou de lhe fazer justiça e sinceridade. Eu conheci-o ainda no tempo das puras letras. Não o vi nas luta abolicionistas de S. Paulo. (...) Do Ateneu, que é o principal dos seus livros, ouvi alguns capítulos estão inéditos, por iniciativa de um amigo comum. (...) Aquele livro era um eco do colégio, um feixe de reminiscências, que ele soubera evocar e traduzir na língua que lhe era familiar, tão vibrante e colorida, língua em que compôs os números escritos na imprensa diária, nos quais o estilo respondia aos pensamentos.
A questão do suicídio não vem agora à tela. Este velho tema renasce sempre que um homem dá cabo de si, mas é logo enterrado com ele, para renascer com outro. Velha questão, velha dúvida. Não tornou agora à tela, porque o ato de Raul Pompéia incutiu em todos uma extraordinária sensação de assombro. A piedade veio realçar o ato, com aquela única lembrança do moribundo de dois minutos, pedindo à mãe que acudisse a irmã, vítima de uma crise nervosa. Que solução se dará ao velho tema? A melhor é ainda a do jovem Hamlet: The rest is silence."
Raul Pompéia nasceu no Estado do Rio de Janeiro, em 12 de abril de 1863. Formou-se em direito na faculdade de Recife. Como escritor, o seu nome está ligado ao romance O Ateneu, um dos principais romances do Realismo do Brasil. Participou ativamente da imprensa política nos anos iniciais da República. Envolveu-se em muitas polêmicas. Um delas, ofendido por Olavo Bilac, desafia-o para um duelo a espada, que não chegou a ocorrer por interferência dos padrinhos.
Em 1895, Raul discursa nos funerais de Floriano Peixoto, de quem era adepto ferrenho, e suas palavras são vistas como desacato ao novo presidente, Prudente de Moraes. As polêmicas que se envolve culminam com a publicação, num jornal, de um artigo intitulado Um louco no cemitério, contento críticas e insultos a Raul Pompéia, que não encontrou nenhum jornal disposta a publicar sua resposta. Aos nervos hipersensíveis do escritos, essa desonra foi demais, profundamente deprimido, suicidou-se no dia 25 de dezembro, deixando a seguinte nota: "Ao jornal A Notícia, e ao Brasil, declaro que sou um homem de honra".
Raul Pompéia suicidou-se em casa, com um tiro no coração. Mas não morreu instantaneamente. Ele ainda teve tempo de perceber que a sua irmã, ao vê-lo, tivera uma crise nervosa; por isso, murmurou à mãe que cuidasse dela."
(http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=1892, g
GRIFO NOSSO)
LIVROS PARA ADULTOS,
RECOMENDADOS [romances
que não são enfadonhos, pelo
contrário!]:
"Há algum tempo arrisquei-me a fazer umaanálisedo filmeMuito além do jardim(Being there, de 1971, dirigido pelo enigmático Hal Ashby) e, confesso, não gostei de relê-la depois de ter encarado o romance que deu origem ao filme,O videota(1970), do escritor estadunidense Jerzy Kosinski. Minhas conclusões não parecem se sustentar e principalmente a sequência final (que não revelo para não atropelar as coisas para quem ainda não viu o filme) me parece substancialmente diferente das minhas conclusões, ainda que ela não conste no livro.
O videota é um livro cadenciado em diálogos. Há poucos parágrafos de descrição ou em que o narrador encaminha a história com suas “próprias palavras”, o desenrolar da trama se dá em grande medida pelas conversas que os personagens mantém. Isso é um feito bastante interessante, visto que o protagonista de O videota nunca solta mais do que algumas frases esparsas e curtas.
Chance Gardiner morou durante toda a sua vida (ou pelo menos o que ele lembra dela, visto que ele possui uma boa porção de retardamento) na mansão do “velho”, onde era responsável pelos cuidados com o jardim. Quando seu patrão morre, ele descobre que seu nome nunca constou em lista alguma de empregados da mansão, ainda que os registros dos outros funcionários fossem bastante apurados. Diante dessa situação, Chance passa a vagar a esmo, até que sofre um leve acidente com um carro dirigido pelo motorista do financista e magnata Benjamim Rand.
O episódio resulta em uma estadia de Chance na mansão Rand como compensação, e rapidamente o velho jardineiro se integra ao cotidiano da casa, tanto no que tange ao doente e já quase moribundo Sr. Rand, quanto com a Sra. Rand, Elizabeth Eve (EE).
O que há de peculiar em Chance é o fato de que somado a sua condição mental deficitária, ele assiste televisão o tempo inteiro. Ao descrever as reações e o comportamento de Chance, Kosinski o faz através de comparações e referências televisivas. Todo o parco arsenal de conhecimento de mundo de Chance repousa em suas lembranças de telespectador, ou seja, ele não enxerga além do que a televisão pode lhe proporcionar, ele é quase alienado do mundo, a TV é o alfa e o ômega de sua capacidade de percepção.
O mais engraçado nesse ínterim é que essa condição de conceber a realidade em termos televisivos não o impede de se tornar gradativamente uma das pessoas mais influentes do mundo, sendo que seu nome é cotado para presidir altas cúpulas de associações de financistas, representações diplomáticas, fazer análises da conjuntura política e econômica, etc. Murmurando frases curtas e desprendidas de qualquer nexo com a conversa, Chance acaba por intimidar as pessoas, que mesmo sem o entenderem, simulam ter compreendido as “epifanias” concisas do protagonista. Nesse sentido a história se assemelha um pouco ao plot da fábula A roupa nova do imperador.
O romance de Kosinski é uma bela crítica a bestialização que muitas vezes é promovida pela televisão, não que ela seja essencialmente má ou boa (essa é uma discussão furada), mas não se pode perder de vista a força que ela possui na “sociedade do espetáculo”. A ironia do autor é refinada, embora levada às últimas consequências, e se estende para além do âmbito da TV, pois se uma realidade permite que uma pessoa como Chance, sem expressão e perdido na vacuidade do não-pensar-só-absorver, se torne tão influente, certamente Kosinski se dirigiu a ela de alguma forma. A ascensão de Chance, filhote da TV, aos mais altos cargos do país não é senão a coroação da ignorância, da superficialidade que é confundida com sabedoria por uma sociedade que não consegue romper a superfície de uma percepção estéril.
A comédia de O videota é um alarme, uma tentativa de expor o caráter imbecilizado que se tenta imputar a todos na realidade contemporânea e como a demarcação entre o que é ou não digno de ser considerado relevante . Não que essa característica seja absorvida passivamente por todos (longe disso, aliás), mas não se pode negar que tal intuito esteja presente em boa parte da programação.
Frequentador de bibliotecas desde o tempo em que sua idade cabia nos dedos das mãos e ontologicamente adepto da historiografia como modo de vida, Lucas_Deschain busca na literatura não só o objeto de seu interesse científico como também a expressão, em suas mais desconcertantes e inusitadas facetas, dessa tortuosa, complexa e fascinante coisa a que chamam de natureza humana. Acometido de um perfeccionismo que beira à insanidade e de uma mania de transformar a realidade em problema historiográfico, ele vai vivendo, lendo, aprendendo, escrevendo resenhas e tentando, por fim, ensinar algo inspirado na intensidade de um Kafka, na sensibilidade de um Hesse, no senso de responsabilidade de um Steinbeck e na erudição narrativa de um Saramago. Siga no @Lucas_Deschain
Filho de um arquiteto francês que dois anos antes se transferira para Cuba. Aos dezessete anos desiste do estudo de arquitetura para tornar-se jornalista. Em 1928 é preso por razões políticas, fugindo, com ajuda de intelectuais franceses, para a França onde fica até 1939, quando retorna a Cuba para trabalhar no rádio. De 1945 até 1959 mora na Venezuela, regressando mais uma vez a Cuba, com a vitória da revolução, para dirigir a Editora Nacional. A partir de 1966 vai morar em Paris onde exerce a função de ministro-conselheiro junto à Embaixada Cubana até 1980, quando morre em abril.
Sua literatura é frequentemente associada ao realismo fantástico. Suas obras mais renomadas são "A música em Cuba", um estudo sobre as influências afro-europeias na arte musical cubana, e o "O reino deste mundo", uma recriação incomparável dos acontecimentos que precederam a independência haitiana até um Haiti em pleno período republicano, a transição de colônia francesa governada por brancos para uma nação negra regida pelo primeiro monarca coroado no Novo Mundo. Estimulado pela prodigiosa história original e valendo-se de um magistral domínio dos recursos narrativos, Carpentier recria nesta obra um mundo exuberante, descomedido e legendário, inaugurando o que foi chamado de real maravilhoso (ou realismo mágico).
(mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2011/08/10/reprise-de-“agosto”-da-chance-de-ver-toni-tornado-em-seu-melhor-papel/ ; BLOG DO MAURICIO STYCER, onde se lê: