[Flávio Bittencourt]

Jogos indígenas

Do universo lúdico dos índios, um deles é de origem inca, possivelmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A LENDA DO RIO AMAZONAS.

 
 

Conta a lenda que a Lua vestia-se de prata e o Sol de ouro, sendo eles donos da noite e do dia, respectivamente.
Apesar do amor ardente entre ambos, o mundo acabaria se os dois se unissem em casamento, pois o Sol queimaria a terra e, nem mesmo o choro triste da Lua apagaria suas chamas. Mesmo apaixonados um pelo outro eles se separaram, obviamente tristes.
A Lua não poderia se casar com o Sol porque também amava a Terra e não queria vê-la arder, pois sabia que nem chorando dilúvios de lágrimas conseguiria apagar o fogo do Sol.
Desesperada, a Lua preferiu salvar o mundo e separou-se do amado astro-rei, chorando de saudades durante todo um dia e toda uma noite.
Suas lágrimas escorreram pelos morros sem fim até chegar ao Oceano Atlântico, mas este embraveceu-se ao receber tanta água, não permitindo que elas se misturassem com as dele.
Algo inusitado então aconteceu, tão estranho quanto fenomenal: as lágrimas da Lua escavaram um imenso vale entre serras que se levantaram entre os planaltos Central e das Guianas, barrado pela Cordilheira dos Andes, fazendo aparecer um imenso rio que mais tarde se chamou Amazonas."
 

(http://silnunesprof.blogspot.com/2010_03_01_archive.html)

 

 

 

 

 

 

 

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"SÓ DEPOIS QUE A ÚLTIMA ÁRVORE FOR DERRUBADA, O ÚLTIMO RIO ENVENADO, VOCÊS IRÃO PERCEBER QUE DINHEIRO NÃO SE COME"

(PENSAMENTO TRANSMITIDO EM FOTOGRAFADA PLACA,

DE ACORDO IMAGEM EXIBIDA ADIANTE) 

 

 

 

 

 

 

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(http://silnunesprof.blogspot.com/2010_03_01_archive.html)

 

 

 

 

 

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(http://1.bp.blogspot.com/_W3OnmV5mCJ0/S2By6wvT4zI/AAAAAAAAEdM/JtQLBMHd29w/s1600/dicionario.jpg)

 

 

 

 

 

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 Adugo.svg

 

 

 

 

 

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"MILHÕES DE PESSOAS SABEM QUE jaguar SIGNIFICA onça,

MAS NUNCA É DEMAIS LEMBRAR, PORQUE, CADA VEZ MAIS,

MENINOS E MENINAS MUITO NOVOS(AS) ESTÃO BUSCANDO

INFORMAÇÕES NA INTERNET, e eles(elas) NÃO SÃO OBRIGADOS(AS)

A SABER QUE jaguar SIGNIFICA onça"

(COLUNA "Recontando...")

 

 

 

 

 

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NOVA MARCA DO (AUTOMÓVEL) JAGUAR:

foto

New Jaguar Logo

(http://www.flickr.com/photos/jurvetson/2764141550/)

 

 

 

 

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O JOGO DA ONÇA - OU ADUGO -

SENDO PRATICADO NO CHÃO

(E NÃO NA TELA DE MICROCOMPUTADORES,

TELINHAS DE APARELHOS CELULARES

[MÓVEIS, EM PORTUGAL], NEM EM APARELHOS

ATUALÍSSIMOS DE VIDEOGAMES E

ASSEMELHADOS):

[adugo1.jpg] 

 

 

 

 

 

 

(http://tudamente.blogspot.com/2008/02/adugo-ou-jogo-da-ona.html)

 

 

 

 

 

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"SÓ CONSIDERAM OS ÍNDIOS COMO SERES primitivos AS PESSOAS QUE

NÃO SABEM ABSOLUTAMENTE NADA A RESPEITO DAS COISAS

ESPANTOSAS QUE DANIELE PRÓSPERO APRESENTA NO ARTIGO

ADIANTE TRANSCRITO, NA ÍNTEGRA"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

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"ESTÁ NA HORA DE OS POBRES CIVILIZADOS COMEÇAREM

A SER TUTELADOS PELOS NOSSOS IRMÃOS ÍNDIOS"

(IDEM)

 

 

 

 

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(http://www.adugogame.com/)

 

 

 

 

 

 

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"Adugo es un juego de tablero abstracto para dos jugadores, proveniente de la tribu bororo en la región pantanal de Brasil.

Es un juego de caza similar a los encontrados en el sudeste asiático y el subcontinente indio. Es muy similar al Komikan, Rimau, Rimau-rimau, Main Tapal Empat y Bagha Chall en el hecho de que todos usan un tablero basado en el del Alquerque. Adugo es en concreto un juego de cacería de tigres (o juego del tigre). El juego Komikan puede ser en realidad el mismo juego que Adugo. Komikan es el nombre dado por los mapuches en Chile.

En el Adugo, el jaguar caza a los perros. El jaguar (Panthera onca) es llamado "onça". Los perros son llamados "cachorros". El juego también es conocido como El Jaguar y los Perros.

Se cree que cuando los españoles trajeron el Alquerque a las Américas, el tablero de éste se adaptó para este juego."

(http://es.wikipedia.org/wiki/Adugo)  

 

 

 

 

 

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 (http://silnunesprof.blogspot.com/2010_03_01_archive.html,

sendo que, sob a placa, pode-se ler:

"PENSAMENTO INDÍGENA")

 

 

 

 

 

 

                                         MUITO OBRIGADO, DANIELE PRÓSPERO!

  

 

 

 

 

 

9.6.2011 - Daniele Próspero discorre generosamente sobre JOGOS INDÍGENAS - Do universo lúdico dos índios, um deles possivelmente é de origem inca.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

DANIELE PRÓSPERO DISCORRE SOBRE O MOMENTO HISTÓRICO EM QUE OS:

 

"Jogos indígenas saem das aldeias e invadem as salas de aulas de milhares de escolas

Por Daniele Próspero

Peteca de palha de milho e penas, bolas de gude feitas de barro, quebra-cabeça e até cama-de-gato, bilboquê e jogos de estratégia. Esses são apenas alguns exemplos dos 40 jogos e brinquedos que estão saindo das aldeias indígenas e indo parar nas salas de aulas de milhares de escolas do país. A iniciativa faz parte do projeto "Jogos Indígenas", desenvolvido pela empresa Origem, Jogos & Objetos que a partir de uma ampla pesquisa e expedição a diversas aldeias, buscou conhecer o universo lúdico dos índios.

A partir da segunda quinzena de agosto, o Departamento de Educação para a Diversidade e Cidadania, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) do Ministério da Educação (MEC), em parceria com a empresa responsável pela pesquisa, dará início à distribuição de cinco mil kits de jogos educativos para as 2.079 escolas indígenas. O kit contém um livro infantil com tabuleiro do jogo da onça e sementes para jogar, além de um manual com as regras do jogo e os aspectos que o identificam com o povo indígena que o criou. Mais 15 mil kits serão distribuídos pela Secretaria de Educação Básica para alunos do Ensino Fundamental. As escolas que irão receber os jogos ainda não foram definidas. Serão entregues também 500 cópias do documentário produzido durante a expedição às aldeias.

"A iniciativa vai enriquecer o trabalho dos professores, valorizar as especificidades das escolas indígenas e a cultura local de cada etnia. Além disso, certos grupos étnicos poderão ter contato com as demais culturas, o que é muito bom", comenta Márcia Moares Blanc, técnica de Educação do Departamento de Educação para a Diversidade e Cidadania.

Mauricio Lima, um dos fundadores e diretor de Criação e Desenvolvimento de Produtos Origem, Jogos & Objetos, explica que a idéia do projeto surgiu porque, mesmo após 15 anos pesquisando jogos de diversas partes do mundo, não foram encontrados registros nas publicações especializadas ou pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto. O projeto logo ganhou apoio da Sociedade Internacional para Estudo de Jogos de Tabuleiro, o patrocínio da empresa Bosch e a colaboração dos professores especializados em jogos, Alex de Voogt, da Universidade de Leiden, na Holanda, e Irving Finkel, do Museu Britânico de Londres, que repassaram à equipe metodologias de levantamento de campo e de análise de dados.

Em novembro de 2003, o grupo partiu para a aldeia dos Kamajurá, no Parque do Xingú, seguindo para as aldeias do povo Bororo, Pareci, Canela, Ticuna, Maioruna, Manchineri e Guarani, nos Estados do Mato Grosso, Maranhão, Amazonas e Acre, finalizando a expedição em São Paulo no final de janeiro de 2004. De acordo com Mauricio Lima, o grupo se surpreendeu com a riqueza e a diversidade das atividades lúdicas dos índios e a grande criatividade dos indígenas na adaptação de brinquedos com utilização de recursos colhidos na região ao redor da aldeia.

"Descobrimos que eles conheciam e ainda praticam jogos que já desapareceram nas aldeias indígenas dos Estados Unidos desde o século 18. O professor Irving Finkel destacou isso como um tesouro nacional que merece ser estudado e aprofundado", destaca Maurício.

Jogos de estratégia como o Adugo, anteriormente conhecido pelo nome de Jogo da Onça e Cachorros, por exemplo, foram encontrados em três das oito aldeias visitadas. De origem Inca, o jogo depara qualidade com quantidade, e possui versões na Índia, China e no Peru. "O interessante é que na aldeia dos bororos foram os velhos indígenas que lembraram do jogo, já esquecido, e passaram a jogar. Esse é o lado mágico da coisa", diz o pesquisador.

Jogos da sorte

A expedição comprovou ainda que os indígenas conhecem e disputam "jogos da sorte", um fato que nunca tinha sido registrado entre os índios brasileiros anteriormente. Os Pareci, da aldeia Formoso, no Mato Grosso, praticam um jogo o de dados denominado Rifa, com dado em formato de pião. A principal característica de todos os jogos praticados pelos Pareci é a aposta, em que eles fazem trocas de mercadorias, como arcos e flechas, cestarias ou comidas.

Já os Canela, da aldeia Escalvado, no Maranhão, conhecem um quebra-cabeça que é considerado um clássico pela simplicidade da idéia e engenhosidade da solução. Os indígenas chamam o quebra-cabeça pelo nome de Ihkã Cahhêc Xá, mas ele é mais conhecido por Anel Africano. Trata-se de um desafio que deu origem a centenas de outros quebra-cabeças em todos os continentes.

Em cada aldeia, os pesquisadores encontraram uma realidade distinta frente à influência da cultura dos brancos. Maurício Lima ressalta que, em algumas aldeias instaladas próximas às grandes cidades, muitas brincadeiras antigas deram espaço agora à televisão ou aos jogos modernos. Já em regiões mais isoladas, como na Amazônia, os índios Ticunas, da aldeia Vendaval, preservam a prática de jogos e brincadeiras tradicionais entre crianças e jovens. "Quando chegamos na aldeia, na beira do rio Solimões, os índios estavam brincando e até disputando campeonato de bilboquê. Ou seja, não era só um brinquedo, mas sim um jogo, com regras. Não precisamos nem fazer uma interferência", afirma Mauricio Lima.

A expedição encontrou ainda outras brincadeiras, como pular corda, batalha de pião, perna de pau, estilingue e dobraduras, além de jogos semelhantes ao boliche que é praticado apenas por mulheres, ou a bocha, onde os índios arremessam varas de madeira na tentativa de conseguir uma aproximação entre elas.

Peça de museu

De acordo com Maurício Lima, há ainda muito a se pesquisar, já que no Brasil se existem aproximadamente 200 etnias. Por isso, a proposta é buscar um novo patrocinador e dar continuidade ao projeto. Algumas réplicas dos brinquedos e jogos serão doadas para museus nacionais e internacionais. Em 2005, a empresa irá lançar uma coleção com cerca de 20 brinquedos e jogos indígenas, adaptados ao mercado, para serem comercializados nas lojas da Origem e também como brindes para empresas. O livro e o documentário do projeto já estão à venda. Os interessados poderão ainda conferir alguns brinquedos e jogos, a partir do dia 3 de agosto, em uma exposição na Casa dos Sonhos Estrela, em São Paulo.

Fonte: www.setor3.com.br".

(http://www.feevale.br/voluntario/default.asp?strSecao=artigos%5Cart7

 

 

 

 

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"Adugo

 
Starting positions for the board game Adugo

 

(VERBETE EM INGLÊS)

Adugo is a two-player abstract strategy game that comes from the Bororo tribe on the Pantanal region of Brazil.

It is a hunt game similar to those found in Southeast Asia and the Indian subcontinent. It is especially similar to Komikan, Rimau, Rimau-rimau, Main Tapal Empat, and Bagha-Chall as they all use an Alquerque based board. Adugo is therefore specifically a tiger hunt game (or tiger game). Komikan may actually be the same game as Adugo. Komikan is the name given by the Mapuches in Chile.

In Adugo, the jaguar is hunting the dogs. The jaguar (Panthera onca) is called "onça". The dogs are called "cachorro". The game is also known as Jaguar and Dogs.

It is thought that the Spanish brought Alquerque to the Americas, and this accounts for the use of the Alquerque board in this game.

Contents

Goal

The jaguar attempts to capture at least five dogs in order to stalemate the game; a stalemate is a win for the jaguar.

The dogs try to surround the jaguar, and block its movements.

Equipment

The board used is an expanded Alquerque board with one triangular patterned board on one of its sides. There is only 1 jaguar, and 14 dogs. The jaguar is colored black, and the 14 dogs are colored white, however, any two colors or distinguishable pieces are appropriate. The board was originally drawn on the ground with stones as pieces.

Rules and Game Play

1. In the beginning, the jaguar is on the central point of the Alquerque board. All the dogs are on one half of the Alquerque board that is opposite that of the triangular patterned board.

2. Players decide which animal to play. The jaguar moves first. Players alternate their turn. Only one piece is used for movement or capture per turn.

3. The jaguar and dogs move one space at a time per turn following the pattern on the board.

4. The jaguar can capture by the short leap as in Draughts or Alquerque. The jaguar leaps over an adjacent dog, and lands on the other side in a straight line following the pattern on the board.

5. The dogs cannot capture.

External links

Adugo
Adugo.svg
Posición inicial del juego.
Jugadores 2
Preparación 1 minuto
Duración De 5 a 10 minutos
Complejidad Media
Estrategia Media
Azar Ninguno
Habilidades Estrategia

Adugo es un juego de tablero abstracto para dos jugadores, proveniente de la tribu bororo en la región pantanal de Brasil.

Es un juego de caza similar a los encontrados en el sudeste asiático y el subcontinente indio. Es muy similar al Komikan, Rimau, Rimau-rimau, Main Tapal Empat y Bagha Chall en el hecho de que todos usan un tablero basado en el del Alquerque. Adugo es en concreto un juego de cacería de tigres (o juego del tigre). El juego Komikan puede ser en realidad el mismo juego que Adugo. Komikan es el nombre dado por los mapuches en Chile.

En el Adugo, el jaguar caza a los perros. El jaguar (Panthera onca) es llamado "onça". Los perros son llamados "cachorros". El juego también es conocido como El Jaguar y los Perros.

Se cree que cuando los españoles trajeron el Alquerque a las Américas, el tablero de éste se adaptó para este juego.

Contenido

Equipo de juego

El tablero usado es un tablero de Alquerque expandido, con una sección triangular extra en uno de sus lados. Hay solo un jaguar y 14 perros. El jaguar es de color negro, y los 14 perros son de color blanco, sin embargo, cualesquiera dos colores o piezas distinguibles son las adecuadas. El tablero era originalmente trazado en el suelo con piedras como piezas.

Reglas y desarrollo del juego

1. Al principio, el jaguar está en el punto central del tablero de Alquerque. Todos los perros están en la mitad del tablero de Alquerque opuesta a la sección triangular.

2. Los jugadores deciden con qué animal jugar. El jaguar mueve primero. Los jugadores alternan su turno. Se usa sólo una pieza para mover o capturar por turno.

3. El jaguar y los perros se mueven un espacio por vez por turno siguiendo las líneas en el tablero.

4. El jaguar puede capturar por un salto corto como en las Damas o el Alquerque. El jaguar salta sobre un perro adyacente, y aterriza del otro lado en línea recta, siguiendo el modelo del tablero.

5. Los perros no pueden capturar.

Objetivo

El jaguar intenta capturar por lo menos cinco perros a fin de estancar el juego; un estancamiento es la victoria para el jaguar.

Los perros tratan de rodear al jaguar, y bloquear sus movimientos. Esto significa la victoria para el jugador con los perros.

Enlaces externos

Adugo ou Jogo da onça

 
Hoje à tarde, recebi uma ligação do meu amigo do curso de inglês, perguntando se eu poderia levar o CD-Rom do dicionário de ilglês pra ele. Não pude, porque sempre vou direto do trabalho pro curso. Daí, como ele sabe que sempre chego bem cedo no curso e ou fico lendo, ou estudando, ou fico de bobeira mesmo, ele me perguntou de jogo xadrez. Eu disse que sim.
Bom, perguntar se eu jogo é uma coisa. Agora se ele pergunta se eu jogo bem, seria outra bem diferente. Você joga xadrez? Sim. Mas você joga bem? É campeão? Aí forçou né?
Bom, como combinado, chegamos cedo e fomos logo começando a partida, mas no meio da conversa entre uma jogada e outra ele toca no assunto que me fez postar hoje. "Você conhece o jogo da onça?"
Caracaaaa! Foi buscar o longe, muito longe na minha infância. Aprendi o jogo da onça na infância, mas o tempo permitiu que eu me esquecesse.
Lógico, perguntar sobre um jogo que eu jogava na infância me deixou mais que curioso. Assim que cheguei em casa, sentei no oratório (mesa do computador) e perguntei ao Santo Google: "O Senhor conhece o jogo da onça?" Lógico que não foi com essas palavras, mas coloquei diversas palavras chaves: jogo da onça Acre; jogo da onça cachorros; jogo da onça, enfim
Encontrei em alguns sites, mas onde encontrei mais detalhes foi num post bem antigo no blog da Angela Ursa com regras e outras cositas.
Eu não sabia que chamavam também de Adugo.
Aqui em casa jogavamos em tabuleiro de papelão riscado com caneta e pedras de tampa de garrafa. Muito jogo vai se perdendo. Muita cultura vai se perdendo. A brincadeiras de hoje dependem mais de energia elétrica e pouco raciocínio. Os jogos de tabuleiro estão cada vez mais raros.


Jogo indígena Adugo


Esquema do tabuleiro do Adugo, com a posição inicial das peças

Foi entre os Bororos, na aldeia Meruri (MT), que os pesquisadores Maurício Lima e Breno Nogueira fizeram a descoberta mais instigante até o momento. Ali se joga o Adugo, um jogo de estratégia, complexo, digno de culturas muito desenvolvidas. “É um jogo muito elaborado, não sabíamos que índios brasileiros o conheciam”, relata Lima. A expedição fez, portanto, o primeiro registro histórico deste jogo entre povos nativos do Brasil.
Adugo é um jogo de tabuleiro, jogado no chão, em que uma pedra representa a onça e outras 14 pedras representam cachorros. A onça tem de comer os cachorros e estes, por sua vez, têm de encurralar a onça. Jogos semelhantes são conhecidos na Índia (tigre contra cabras) e na China (senhor feudal contra camponeses), por exemplo.
Mas é no Peru que está a provável origem histórica do Adugo brasileiro. Os Incas costumavam jogar um jogo semelhante, em que o puma (onça parda dos Andes) enfrentava os carneiros. Ainda hoje os indígenas peruanos praticam este jogo.
Os pesquisadores encontraram também jogos semelhantes aos dos Kamaiurás, como o equivalente à Cama de Gato. Brinquedos como bonecas, petecas e piões também são feitos entre os Bororos, mas com materiais diferentes e estilo próprio.
Na aldeia Meruri foram produzidas poucas imagens: só do Adugo e do Cama de Gato. Os pesquisadores encontraram algumas dificuldades na rotina dos moradores da comunidade e priorizaram, assim, as a
notações sobre os jogos, brincadeiras e brinquedos.


Como jogar Adugo ou Jogo da Onça


Preparação do jogo: Disponha as peças conforme o esquema acima

Número de jogadores: Dois. Um fica com a onça e o outro com os 14 cachorros, e os dois alternam-se na vez de jogar

Objetivo do jogo: O jogador com a onça deve capturar cinco cachorros; o jogador com os cachorros deve encurralar a onça, deixando-a sem possibilidade de se mover em qualquer região do tabuleiro. O jogador com os cachorros não pode capturar a onça

Movimentação das peças: As peças se movem para qualquer direção do tabuleiro, sempre ocupando casas livres. O jogador com a onça inicia a partida movendo sua peça para qualquer casa livre adjacente. Em seguida, o jogador com os cachorros move qualquer uma de suas peças. A onça captura um cachorro quando salta sobre ele para uma casa vazia (como no jogo de Damas). Pode-se capturar mais de um cachorro numa única jogada (também como nas Damas)

Quem vence: O jogador com a onça vence quando consegue capturar cinco cachorros; o jogador com os cachorros vence quando consegue impedir qualquer novo movimento da onça


PS: A quem interessar, eu perdi a partida de xadrez, mas essa foi a primeira da 'melhor de três'. Não percam as emoções do proximo capítulo!!!
 

[Comentários:] 

Laura disse...

Como sempre, arrasa nos textos.
Eu nunca nem ouvi falar nesse jogo, mas parece ser um jogo interessante e bem inteligente. Bora jogar um dia? haha..
Realmente, hoje em dia pra brincar, é necessário energia, o que é bem triste. E o pique-esconde, onde fica? Manja do alto, amarelinha, corda, elastico.. bom, chega de nostalgia, mas queria mesmo jogar o jogo da onça! =)
Beijo.

Angela Ursa disse...

Olá ! Obrigada pela divulgação do jogo da onça :)) Abraços florestais da Ursa!

Petró.´. disse...

Eu conheço esse jogo desde minha infância. Minha mãe contava que já era do conhecimento dos avós dela, no século XIX e o pai dela era bamba nesse jogo. Eu aprendi e jogava muito com amigos. Também fui muito bom. Vou desenhar um para ensinar aos meu filhos e, futuramente, aos netos. Na minha cidade natal, no sertão da Paraíba, havia até campeonatos do jjgo da onça. É uma ótima terapia.

Anônimo disse...

Olá me chamo Suelen e estou abrindo um site onde estarei vendendo vários produtos como biojóias, artesanatos, jogos etc, entre eles tem o jogo da onça em tabuleiro. o site é: www.xavanti.com
a partir de amanhã você ja pode tentar acessar.
aguardarei sua visita no site.

Anônimo disse...

se vc quiser entra em contato comigo meu e-mail é: [email protected]

 
Lisandro Melo disse...

Eu sou o interior do Rio Grande do Sul e meu pai me ensinou este jogo... que ele jogava com o pai dele e hoje pretendo ensinar aos meus filhos. O mais interessante foi descobrir que tem origem indígena e disseminado por um território tão vasto. Muito legal.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Filosofia no Nordeste disse...

Parabéns pelo post de jogo da onça. Estva procurando na internet para ver se encontrava algo. Nunca ouvi falar desse jogo até ontem a noite. Jogava dama com um senhor de 72 anos e ele comentou sobre esse jogo. Assim, fiquei curioso pois ele disse que se jogava com o mesmo tabuleiro da dama acrescentado de algumas alterações. Pelo que percebo, é um jogo muito conhecido pelas pessoas mais idosas do interior do Rio Grande do Norte (aqui no Nordeste. Parabéns! 

(http://tudamente.blogspot.com/2008/02/adugo-ou-jogo-da-ona.html,

 

 

sendo que a imagem que se segue está, na web, em

http://www.adugogame.com/

 screens