[Flávio Bittencourt]

Glória Magadan, uma exilada cubana no Brasil

Ela recusou-se a aderir à ditadura do socialismo real em Cuba e foi uma das melhores autoras de telenovelas de todos os tempos.

 

 

      

 

 

 

AOS ESTIMADOS LEITORES: 

ESTA MATÉRIA FOI FEITA COM MAIS ATENÇÃO E CARINHO EM

RAZÃO DE PELÉ - a quem se homenageia especialmente -  ESTAR

COMPLETANDO, HOJE [ANTEONTEM, 21.10.2010, O QUE SE AQUI APRESENTA

FOI ENGRENDRADO], SETENTA NÃO-METAFÓRICAS PRIMAVERAS!

 

 

 

 

 Reprodução/Arquivo

 

 

 

 

 

 

 

 

Reprodução/Arquivo

"Pelé ao lado do irmão Zoca, ainda bebê"

(http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Selecao_Brasileira/0,,MUL614096-15071,00-EM+PELE+VIA+DIDI+COMO+INATINGIVEL+E+ACHAVA+IRMAO+O+CRAQUE+DA+FAMILIA.html)

 

 

 

 

Reprodução/Reprodução

 

 

 

 

 

 

 

 

Reprodução/Reprodução

"Pelé brinca com uma criança na concentração em Hindas: o mais novo da seleção campeã"

((http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Selecao_Brasileira/0,,MUL614096-15071,00-EM+PELE+VIA+DIDI+COMO+INATINGIVEL+E+ACHAVA+IRMAO+O+CRAQUE+DA+FAMILIA.html))

 

 

 

 

 

 

"Promoção de aniversário leva leitoras ao Projac ["FÁBRICA DE SONHOS", ou seja, de telenovelas, NO RIO DE JANEIRO-RJ, BRASIL, DA TV GLOBO, LOCALIZADA NO BAIRRO DE JACAREPAGUÁ: Central Globo de Produção]

A revista MANEQUIM [Editora Abril, São Paulo-SP], em comemoração ao seu aniversário de 50 anos, presenteou cinco leitoras com uma viagem ao Projac, no Rio de Janeiro, para conhecer de perto os figurinos das novelas. Veja como foi a visita (...)

Por Luana Furtado | Fotos: Bel Pedrosa

 

  

bandeira Coração-dada forma de Cuba Camiseta por ameriyank
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Bandeira Coração - Dada forma de Cuba ou bandeira cubana na coração-forma. (...) Grande maneira de compartilhar de seu orgulho na cultura & na herança cubanas." [FABRICADA NO BRASIL]
 
 
 
 
 
 
 

 

Bandeira do Mexico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GLORIOSA BANDEIRA DO MÉXICO TREMULA EM PORTAL DA WEB BRASILEIRO

(http://www.queromorarfora.com/Mexico.html)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PRAIA MARAVILHOSA DO BRASIL, PAÍS AMIGO DE CUBA, MÉXICO E

TODOS OS OUTROS PAÍSES DE LATINOAMÉRICA

 (http://aroldomedina.blogspot.com/2009/11/bandeira-do-brasil-em-alta.html)

 

 

 

 

 

MAXIMILIANO DE HABSBURGO E DIGNÍSSIMA SENHORA

 

Maximiliano de Habsburgo

"Maximiliano de Habsburgo contaba apenas con 32 años cuando arribó a  México, convencido por los conservadores de que todo el pueblo mexicano apoyaba al nuevo Imperio.

(...) Sus primeras acciones fueron la reorganización de la Academia de San Carlos, la fundación de los Museos de Historia Natural y de Arqueología, y la Academia Imperial de Ciencias Literatura. (...)".

Preso en el convento de la Santa Cruz, en Querétaro, fue sentenciado a muerte junto con Miramón y Mejía, que no lo abandonaron. A pesar de las solicitudes de ministros europeos e incluso estadounidenses, la sentencia se llevó a cabo el 19 de junio de 1862.

En agosto del mismo año, llegó a Veracruz la fragata "Novara" en la cual se trasladarían los restos del Emperador al panteón de los Capuchinos, en Viena".

(O GRIFO É DA COLUNA "RECONTANDO...",

http://tierra.free-people.net/personajes/personajes-maximiliano-de-habsburgo.php)

 

 

 

 

 

"A rainha louca é uma telenovela brasileira exibida pela TV Globo entre 20 de fevereiro e 16 de dezembro de 1967, às 21h30. Foi escrita por Glória Magadan, baseada no romance Memórias de um médico de Alexandre Dumas, e dirigida por Ziembinski e Daniel Filho. Teve 215 capítulos".

(http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Rainha_Louca)

 

 

ZIEMBINSKI E ATORES E TÉCNICOS POR ELE

DIRIGIDOS SEGUEM PARA O MÉXICO

COM O OBJETIVO DE PRODUZIR CENAS

DA FABULOSA NOVELA A rainha louca,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=cjBSB4OY6Iw,

como tema e o logotipo em:

http://www.youtube.com/watch?v=qUhTYK534_M&feature=related

(TV GLOBO, 1967)

 

 

 

"Trama [de A RAINHA LOUCA, telenovela escrita por GLÓRIA MAGADAN]:

Relata a história do imperador francês no México, Maximiliano de Habsburgo, no momento das guerras de anexação de Napoleão III e de Charlotte, esposa de Maximiliano e filha do rei da Bélgica. Ela enlouquece por ser incapaz de resolver a contento os seus ideais.

Nos porões do palácio, vivia a Marquesa, uma simpática mendiga que protegia o romance secreto entre o nobre Xavier Montenegro, a quem chamava de "Bonitão", e uma camponesa. Enquanto isso, o índio Robledo cortejava Maria de las Mercês.

Elenco

 

(http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Rainha_Louca)

 

 

 

TRECHOS DA ATUAÇÃO DO GRANDE

ATOR SÉRGIO CARDOSO e colegas

com os quais ele contracenou,  em

telenovelas, no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=Br9FSr6uJ-k&feature=related

 

 

 

PEQUENO TRECHO DA LENDÁRIA

TELENOVELA BETO ROCKFELLER

(TV TUPI DO RIO DE JANEIRO, autor:

BRÁULIO PEDROSO, argumento:

CASSIANO GABUS MENDES, direção:

LIMA DUARTE e WALTER AVANCINI),

NO YOUTUBE:

FUTURO SOGRO (WALTER FOSTER) AFIRMA

QUE BETO (LUIZ GUSTAVO) NÃO APLICARÁ O golpe do baú,

EM RAZÃO DE SER  ELE, o futuro sogro, MUITO RICO,

MAS NÃO SER EXATAMENTE TOLO:

http://www.youtube.com/watch?v=t8-0-fbbECk

 

 

 

MOMENTO ANTOLÓGICO DE

BETO ROCKFELLER: BETO & RENATA

[LUIZ GUSTAVO & BETE MENDES],

NA REVOLUÇÃO TELEDRAMATÚRGICA

ANTIMAGADANIANA, aqui tão respeitada

quanto a fonte da contestação estética

que BETO ROCKFELLER [um produto

mundial das explosões culturais,

estéticas e comportamentais da

segunda metade dos anos 60], pode-se afirmar,

VARREU DO MAPA da televisão brasileira:

http://www.youtube.com/watch?v=7wdZeT5ePzc&feature=related

 

 

 

 

 

Joao Paulo II

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O SANTO PAPA JOÃO PAULO II: QUANDO VISITOU FIDEL CASTRO,

EM HAVANA, CUBA, QUASE TREZENTOS PRESOS POLÍTICOS

CONSIDERADOS "decadentes pró-capitalismo liberal" FORAM

COLOCADOS EM LIBERDADE!

 

(SEM A LEGENDA semirreacionária DA COLUNA "RECONTANDO"

A FOTO DO SANTO PADRE POLONÊS QUE SE TORNOU O

264º PAPA DA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA,

PODE SER ENCONTRADA, NA WEB, EM:

http://fatima.arautos.org/a-mensagem-de-fatima/)

 

 

 

 

 

 

,

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 A TELENOVELA O Sheik de Agadir

 [TEMA: http://www.youtube.com/watch?v=o4wTXZ5KGUw&feature=related]

FOI GRAVADA EM BRANCO-E-PRETO,

MAS NA FOTO DE CENA ACIMA REPRODUZIDA ESTÁ DEVIDAMENTE COLORIDA

(SEM A LEGENDA LIDA LOGO ACIMA, A FOTO DE CENA DA ANTIGA NOVELA BRASILEIRA

ENCONTRA-SE, NA WEB, EM:

"O Santo Mestiço”, de 1968, trouxe Sérgio Cardoso, grande astro da época, à emissora de Roberto Marinho. O ator fazia três papéis, e teve na novela, a primeira experiência desastrosa da sua carreira. Irritado, Sérgio Cardoso foi o primeiro a adotar uma postura concreta contra os textos de má qualidade escritos por Glória Magadan [OBSERVAÇÃO DESTA COLUNA SOBRE O TEXTO DE 58093, ADIANTE TRANSCRITO NA ÍNTEGRA: POR SE TRATAR AQUI DE ESPAÇO CULTURAL-WEBJORNALÍSTICO DE DISCUSSÕES light E PLENA LIBERDADE DEMOCRÁTICO-LIBERAL, OPINIÕES CONSIDERADAS IMENSAMENTE ERRÔNEAS SÃO CONTUDO TRANSCRITAS, principalmente quando elas estão fartamente ilustradas, como acontece no presente caso!], que culminou em um movimento que iria tirar a autora da poderosa posição de diretora do núcleo de dramaturgia da TV Globo.
Com o passar dos anos, a televisão brasileira foi assumindo uma identidade própria, que tomou a telenovela como principal veículo que expressava esta linguagem. Era preciso que o folhetim adquirisse mais consistência e maior aproximação com o público, com a realidade do país. A primeira a perceber isto foi a TV Tupi, que lançou, em 1968, duas novelas com a linguagem coloquial das ruas brasileiras, “Antonio Maria”, de Geraldo Vietri e Walter Negrão, e “Beto Rockfeller”, de Bráulio Pedroso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"(...) Se Janete Clair foi a consolidação do gênero, Glória Magadan foi o seu alicerce. Suas histórias folhetinescas eram desprovidas de qualquer bom senso ou apego à realidade. Era a ilusão, a fantasia e o sonho na forma bruta, às vezes grotesca. Distanciados da realidade brasileira (*), os folhetins da autora traziam histórias mirabolantes e exóticas, que podiam ter como cenário o deserto do Saara, o Japão medieval, a corte francesa do século XVIII. Amarradas de forma consistente, mas longe de uma lógica narrativa, as suas aventuras fascinaram o então incipiente público das telenovelas, fazendo da TV Globo uma máquina de produção do gênero, assegurando a audiência que necessitava na época que se lançou como a mais nova emissora de televisão do Brasil.
De 1965 a 1969, Gloria Magadan tornou-se a principal novelista da TV Globo, acumulando o cargo de diretora do núcleo de teledramaturgia da emissora, o que lhe conferiu um poder quase que sem limites. Poderosa, ela era temida por atores, autores e diretores. Uma palavra de desabono da cubana, e determinadas carreiras de ator ou atriz, poderiam cair em desgraça, sendo riscada dos bastidores da televisão. Caíram no seu desagrado nomes de poderosos como o diretor Daniel Filho, o ator Tarcísio Meira, e até a novelista Janete Clair, que em princípio de carreira, atraiu para si a inveja de Glória Magadan, insatisfeita que ela fizesse novelas com maior sucesso do que as suas. (...)"
 

 (JEOCAZ LEE-MEDDI , trecho de artigo adiante transcrito na íntegra; grifo nosso)

(*) - A OPINIÃO DE LEE-MEDDI, QUE RESPEITAMOS PROFUNDAMENTE, É QUESTIONÁVEL: SE TINHA "pouco" (TODOS OU QUASE TODOS OS ATORES ERAM BRASILEIROS) DA REALIDADE BRASILEIRA, MUITO TINHAM AS NOVELAS DE MAGADAN DA REALIDADE CUBANA - próxima da realidade brasileira em razão de sua afroascendência e ibérica-todavia-não-lusa-mas-hispânica -, UMA VEZ QUE OS procedimentos (CONCEITO CARO AOS FORMALISTAS RUSSOS) POR ASSIM DIZER CONTAM MAIS DO QUE OS ASSUNTOS EXIBIDOS: de outra forma, Shakespeare, por exemplo, colocando ações teatrais no Reino da Dinamarca, seria mais "dinamarquês" do que inglês, consideração essa que, cá entre nós, seria francamente estúpida (*risos*). 

[OBERVAÇÃO DESTA COLUNA: AO LADO DAS SAUDOSAS CANTORAS CLEMENTINA DE JESUS (BRASIL) E ERLINE "ROCK AND ROLL BLUES" HARRIS (EUA), GLÓRIA MAGADAN (CUBA) ACABA DE SER INCLUÍDA NA LISTA DAS MADRINHAS, que hoje residem no espaço celestial de Deus, DA COLUNA "RECONTANDO ESTÓRIAS DO DOMÍNIO PÚBLICO"]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O GEN. RAÚL CASTRO, ATUAL PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE CUBA:

por sua magnânima decisão, pessoas que estão absurdamente presas,

por divergirem do "regime político de Fidel Castro [IRMÃO DO

PRESIDENTE RAÚL]", estão sendo,

felizmente, soltas

(SEM A LEGENDA ACIMA REDIGIDA, A FOTO DO ESTADISTA CUBANO

PODE SER ENCONTRADA, NA WEB, EM:

http://soraiadavid.blogspot.com/2009_09_01_archive.html)

 

 

 

 

 

Desmond Boylan/05.03.2010/Reuters
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUILLERMO FARIÑAS,
 
 
onde se pode ler:
 
Foto por Desmond Boylan / 05.03.2010 / Reuters 

O dissidente cubano Guillermo Fariñas conversa com jornalistas em março; libertação de presos políticos corresponde a um terço dos detidos em Cuba")

  

 

  

 

 

 

 

 

 

"Foi contando com Janete [A SRA. JANETE CLAIR] que Daniel Filho e eu [O SR. BONI] nos livramos da Glória Magadan'"

 

(JOSÉ BONIFÁCIO DE OLIVEIRA SOBRINHO - o Boni -, CÉLEBRE DIRETOR DE TV E VÍDEO,

citado pelos jornalistas Mauro Ferreira e Cleodon Coelho, no prefácio de seu livro Nossa Senhora das Oito [Ed. Mauad] (*), 

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/asp25112003991.htm)

(*) - De acordo com menção de Sérgio Maggio, artigo "Alma Brasileira", publicado originalmente no Correio Braziliense, de 21.11.2003, e transcrito no Observatório da Imprensa, em 25.11.2003

 

 

 

 

"A TV Globo se livrou da saudosa Sra. Glória e quem quis se livrou da TV Globo,

não assistindo mais às telenovelas globais"

  

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

 

"Tinha gente que francamente preferia as novelas escritas pela Senhora Glória Magadan"

 

(IDEM)

 

 

 

 

 

 

 

               Reverenciando a memória da dramaturga cubano-brasileira GLÓRIA MAGADAN,

               ao PAPA JOÃO PAULO II - IN MEMORIAM - e

               homenageando GUILLERMO FARIÑAS, por cuja saúde se torce, sem interrupção

               (SUA CAUSA É BOA, MAS A CAUSA DA VIDA DE FARIÑAS É AINDA MAIS IMPORTANTE):

               permaneça vivo, Fariñas!

              [A DESPEITO DA DIFERENÇA DE OPINIÃO COM RELAÇÃO À QUALIDADE DAS

             CRIAÇÕES TELEVISIVAS DE G. MAGADAN, O REGISTRO DE AGRADECIMENTO

             ÀS INFORMAÇÕES HISTORIOGRÁFICAS E GRAVURAS APRESENTADAS POR

             JEOCAZ LEE-MEDDI É AQUI ACRESCENTADO, COM O MERECIDO DESTAQUE:

             obrigado, Lee-Meddi!! ]

 

 

 

 

 

 23.10.2010 - Os chefões da TV Globo apresentaram uma desculpa qualquer para "descontratar" a competentíssima teledraturga Glória Magadan - E, em decorrência dessa decisão infeliz, muita gente nunca mais viu novela de televisão das organizações do jornalista Roberto Marinho, no Brasil.  Saúde!  Alegrias!   Um bom fim de semana para você e os seus!  (Esta matéria foi elaborada na quinta-feira, 21.10.2010, tendo sido guardada para ser apresentada no sábado subsequente, hoje, 23.10.2010) F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GLÓRIA MAGADAN

 

   

 

 

 

MUSEU DA TV PONTO COM

 

               

"GLÓRIA MAGADAN

BIOGRAFIA DE GLÓRIA MAGADAN PARA O MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA

Glória Magadan, cujo nome inteiro é Maria Magdalena  Iturrioz y Placencia, nasceu em Cuba.tendo sido daquelas pessoas que, com a ascensão de Fidel Castro , saiu do país. No caso dela, foi morar em Porto Rico, onde logo conseguiu emprego na emissora  TV Telemundo.Em seguida foi contratada pela agência de propaganda famosa Colgate Palmolive, para escrever novelas, que seriam patrocinadas pela empresa. Isso foi sua sorte. Pouco depois, Glória Magadan foi enviada para a Venezuela e em 64, para o Brasil. Logo que chegou, auxiliada por Walter George Durst e Daniel Más, iniciou a produção de telenovelas,para a TV Tupi.São dessa época as tramas: "Gutierritos", "O Drama dos Humildes","A Cor de Sua Pele". "A Outra". Mas logo em seguida,  por sorte, pois a TV Globo havia sido inaugurada há pouco tempo e os diretores artísticos José Bonifácio, o Boni e Walter Clark, queriam investir em novelas, Glória Magadan foi contratada. E iniciou aí a "era Magadan". Ela era chamada de: La Magadan.  

São essas as suas obras: 1960, em Porto Rico:"Yo Compro Esa  Mujer", no Telemundo. Ainda em 1960:"Yo Compro Esa Mujer", ne RCTV, na Venezuela. Em 64, fez o supervisão de:"O Sorriso de Helena", na TV Tupi. O mesmo tipo de trabalho fez em 64, ainda na TV Tupi, na novela:"Gutierritos, O Drama dos Humildes".Em 64 ainda supervisionou:"Pecado de Mulher". Em 65, sempre supervisionando, fez: "O Cara Suja" e"A Outra" e também:"A Cor de Sua Pele"

Em 1965, com  a inauguração da TV Globo, como nos referimos acima, começou a "era Magadan". Seu jeito grandioso de escrever, suas heroínas frágeis, seus vilões maus ao extremo, suas roupas fantásticas, seus castelos, seus dramas, conquistaram o público e a fizeram ter sucesso, o que aliás vinha acontecendo em toda a América do Sul. Seus melodramas são imbatíveis.  De 1964 a 1969 só dava Magadan. E aconteceram as novelas:"Paixão de Outono","Um Rosto de Mulher","Eu Compro Essa Mulher","O Sheik de Agadir",O Rei dos Ciganos","A Sombra de Rebeca","A Rainha Louca","Anastácia, a Mulher Sem Destino","Sangue e Areia","O Santo Mestiço","A Gata de Vizon","A Grande Mentira","Passos dos Ventos", "Yo Compro esa Mujer", na Argentina, "A  Ültima Valsa", "Rosa Rebelde", "A Ponte dos Suspiros", "A Cabana do Pai Tomás".  

Nesse ano  o domínio total de Magadan estava em declínio. Janete Clair havia sido contratada, fazia sucesso e os demais autores também ansiavam por uma dramaturgia mais moderna, mais brasileira. Glória Magadan foi dispensada da Globo.

E aí Glória Magadan foi contratada pela TV Tupi e escreveu a novela:"E Nós,Aonde Vamos?" Mas foi fracasso e ela entào foi escrever novelas em Miami. Escreveu, em 1972, para a Televisa San Angel:"El Carruaje". Em 77, escreveu para a RCTV, da Venezuela:"Carolina". E em 90, para a Televisa San Angel Mexico:"Yo Compro Esa Mujer". Em 96, a Rede Manchete, do Brasil solicitou um projeto , que se chamou:"Homens Sem Mulher".Mas, por problemas da emissora, o projeto não foi ao ar.

Glória Magadan faleceu em Miami, no dia 27 de junho de 2001. Seu nome é sempre lembrado, na dramaturgia do Brasil".

(http://www.museudatv.com.br/biografias/Gloria%20Magadan.htm)

 

 

 

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LEILA DINIZ TRABALHOU EM

FANTÁSTICAS NOVELAS

DE GLÓRIA MAGADAN;

A SEGUIR, FOTOS DE LEILA DINIZ

TRABALHANDO EM NOVELA

DE AUTORIA DE ENIA PETRI,

COM INFORMAÇÕES CONCERNENTES

 

 

 

"Sábado, 26 de junho de 2010

 

NOVELA: ILUSÕES PERDIDAS (1965)

 
Ilusões Perdidas, foi a primeira novela da Rede Globo de televisão. Criada pelo jornalista Roberto Marinho, a emissora estreou em 26 de abril de 1965, no Rio de Janeiro,com o infantil uni-duni-tê. Hoje, é o terceiro maior canal do mundo, com 18 mil funcionários e 116 afiliadas. Confira algumas curiosidades de ontem e hoje
 
Autoria: Enia Petri
Direção: Líbero Miguel e Sérgio Britto
Período de exibição: 26/04/1965 - 30/07/1965
Horário: 21h
Nº de capítulos: 56
 
Trama/ Personagens:
 
Elenco: Emiliano Queiroz, Joana Duarte, Leila Diniz, Marcos Granado, Myrian Pires, Norma Blum, Osmar Prado, Reginaldo Faria.

 

- A primeira novela da TV Globo trazia Leila Diniz em seu elenco. A atriz interpretava uma vilã, que fazia par com o personagem de Reginaldo Faria. O ator Osmar Prado fazia o irmão de Leila Diniz na história.

 

 
Produção:
 
- Ilusões Perdidas foi produzida pela TV Globo de São Paulo, antiga TV Paulista, comprada, havia pouco tempo, por Roberto Marinho.
 
- No Rio de Janeiro, os primeiros capítulos de Ilusões Perdidas eram levados ao ar às 19h30, de segunda a quarta-feira. A partir de maio, a novela passou a ocupar o horário das 22h, de segunda a sexta-feira".
 
(http://retrovamoslembrar.blogspot.com/2010/06/ilusoes-perdidas-1965-primeira-novela.html) 

 

 

 

 

 

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JEOCAZ LEE-MEDDI ESCREVE

EXTENSO ARTIGO (COM EQUÍVOCO, assim

aqui se considera, SOBRE NOVELAS

DE "baixa qualidade" DRAMATÚRGICA DE

G. MAGADAN, UMA VEZ QUE ELE TALVEZ

TENHA PREFERIDO AS NOVELAS DE J. CLAIR, O QUE É

UM LEGÍTIMO DIREITO SEU, DO QUAL TEMOS

O LEGÍTIMO DIREITO DE AQUI DISCORDAR

COMPLETAMENTE...) - QUE, ADIANTE,

APARECE EXCELENTEMENTE ILUSTRADO -

SOBRE Glória Magadan, a Rainha das Telenovelas,

EM SEU RESPEITÁVEL BLOG Virtuália - O manifesto virtual

 

 

"Terça-feira, 26 de maio de 2009

GLÓRIA MAGADAN - A RAINHA DAS TELENOVELAS

 
Para que a história da telenovela no Brasil seja contada e compreendida, é essencial que se escreva nela o nome de Glória Magadan. A escritora, nascida em Cuba, foi a mais importante novelista da década de sessenta, essencial no início do gênero, tornando-se a mulher mais poderosa da televisão da época.
Se Janete Clair foi a consolidação do gênero, Glória Magadan foi o seu alicerce. Suas histórias folhetinescas eram desprovidas de qualquer bom senso ou apego à realidade. Era a ilusão, a fantasia e o sonho na forma bruta, às vezes grotesca. Distanciados da realidade brasileira, os folhetins da autora traziam histórias mirabolantes e exóticas, que podiam ter como cenário o deserto do Saara, o Japão medieval, a corte francesa do século XVIII. Amarradas de forma consistente, mas longe de uma lógica narrativa, as suas aventuras fascinaram o então incipiente público das telenovelas, fazendo da TV Globo uma máquina de produção do gênero, assegurando a audiência que necessitava na época que se lançou como a mais nova emissora de televisão do Brasil.
De 1965 a 1969, Gloria Magadan tornou-se a principal novelista da TV Globo, acumulando o cargo de diretora do núcleo de teledramaturgia da emissora, o que lhe conferiu um poder quase que sem limites. Poderosa, ela era temida por atores, autores e diretores. Uma palavra de desabono da cubana, e determinadas carreiras de ator ou atriz, poderiam cair em desgraça, sendo riscada dos bastidores da televisão. Caíram no seu desagrado nomes de poderosos como o diretor Daniel Filho, o ator Tarcísio Meira, e até a novelista Janete Clair, que em princípio de carreira, atraiu para si a inveja de Glória Magadan, insatisfeita que ela fizesse novelas com maior sucesso do que as suas.
O estilo dramalhão e inconsistente de Glória Magadan foi, aos poucos, tornando-se obsoleto, até que se extinguiu de vez, quando as novelas passaram a ser o principal gênero da televisão brasileira e o público passou a ser mais seletivo, exigindo lógica e uma aproximação efetiva das personagens dos folhetins com a realidade brasileira. Assim, Glória Magadan foi engolida por suas tramas exóticas, sendo demitida da TV Globo, em 1969. Terminava o reinado daquela que se tornara a mulher mais temida e muitas vezes, a mais odiada pelos atores. Terminava a era de Glória Magadan na TV Globo, aonde chegou a ser chamada de “Rainha das Telenovelas”. Esquecida nos tempos atuais, o seu nome é imprescindível na história da novela brasileira, da poderosa TV Globo e da própria teledramaturgia do país.

Glória Magadan Chega à Televisão Brasileira

Maria Magdalena Iturrioz y Placencia nasceu em Cuba, numa data que foge aos arquivos biográficos disponíveis. Adotando o pseudônimo de Glória Magadan, escreveria para sempre o seu nome na história da teledramaturgia latina americana, tornando-se uma das mais famosas novelistas do Brasil.
A autora deixou Cuba após a vitória de Fidel Castro e à instalação dos ideais revolucionários naquele país, refugiando-se em Porto Rico. Seria neste pequeno país da América Central que Glória Magadan passaria a trabalhar na Telemundo, estação de televisão local. Ali, seria contratada pela agência publicitária da Colgate-Palmolive, principal patrocinadora das telenovelas na América Latina. Ainda em Porto Rico, escreveu a novela “Yo Compro Esa Mujer”, em 1960. A agência enviou-a para desenvolver telenovelas que patrocinaria na Venezuela, país em que faria uma nova adaptação de “Yo Compro Esa Mujer”, para a RCTV. Em 1964 seria transferida para o Brasil, chegando a São Paulo como supervisora da seção internacional de novelas da Colgate-Palmolive.
No Brasil, passou a supervisionar a adaptação de textos de telenovelas de autores latino-americanos para a extinta TV Tupi. Supervisionou várias adaptações feitas por Walter George Durst, como “O Sorriso de Helena”, “Gutierritos, o Drama dos Humildes”, “Teresa”, “O Cara Suja”, “A Outra” e “A Cor da Pele”; e a adaptação de Daniel Más que resultou na telenovela “Um Rosto de Mulher”.
Glória Magadan chegaria a TV Globo no final de 1965. Contratada pela recém inaugurada emissora do jornalista Roberto Marinho, marcaria a sua estréia como autora de telenovelas brasileiras com o folhetim “Paixão de Outono”, protagonizado por Yara Lins, Walter Forster, Leila Diniz e Reginaldo Faria. A novela iria inaugurar o horário das 21h30 da TV Globo, dando início a uma bem sucedida carreira de novelista, que faria de Glória Magadan a mulher mais poderosa da televisão brasileira dos anos sessenta.

Surge o Primeiro Serial Killer Misterioso das Telenovelas

O primeiro sucesso veio em 1966, com “Eu Compro Essa Mulher”, história que Glória Magadan dizia, tinha inspiração no romance “O Conde de Monte Cristo”, de Alexandre Dumas. A novela marcou o início da gestão de Walter Clark na TV Globo, um dos responsáveis pela ascensão da emissora, que se iria transformar na maior do Brasil e uma das maiores do mundo. Dramalhão totalmente desprovido da realidade brasileira, trazia como protagonistas Yoná Magalhães e Carlos Alberto, que ao lado de Tarcísio Meira e Glória Menezes, seriam transformados nos maiores atores da televisão brasileira daquela década. No meio da história, Carlos Alberto e Yoná Magalhães casaram-se na realidade. Destacou-se na trama, a irreverente Leila Diniz, no papel da antagonista Úrsula. “Eu Compro Essa Mulher” definia bem o estilo da autora, trazendo na trama heróis perfeitos e lineares, heroínas sofridas e bondosas, sem quaisquer traços humanos, e vilões sem quaisquer vestígios de alma. O maniqueísmo da trama era explorado minuciosamente, sem qualquer compromisso com a realidade. A novela foi sucesso absoluto no Rio de Janeiro, alcançando relativa audiência em São Paulo.
Em 1966, Glória Magadan criou um dos seus maiores sucessos, “O Sheik de Agadir”, baseada no romance “Taras Bulba”, de Nicolai Gogol. Desta vez os delírios da autora centraram a história em Agadir, no Marrocos, transformando as dunas de Cabo Frio, litoral fluminense, no deserto do Saara. Nazistas, árabes e franceses são os protagonistas de uma história exótica, que mostra de forma fantasiosa a invasão da França pelos exércitos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Henrique Martins protagoniza a trama, no papel do Sheik de olhos azuis, Omar Ben Nazir, que se iria apaixonar pela princesa francesa Jeanette Legrand, personagem vivida por Yoná Magalhães. Grandes aplausos viriam para a Madelon de Leila Diniz, popularizando a atriz para o grande público brasileiro, e Amilton Fernandes, como o grande vilão Maurice Dumont.
Mas o grande destaque da trama foi a estréia nas novelas do “serial killer”, gênero que se tornaria parte de grandes folhetins televisivos futuros. Durante toda a trama aparecia o misterioso “Rato”, que eliminava cruelmente várias personagens, enforcando-os na maioria das vezes. Nas misteriosas aparições do “Rato”, era mostrado em cena apenas um par de luvas negras. O enigma despertou a curiosidade do público, o que levou a TV Globo a promover um concurso para que se tentasse descobrir a identidade do assassino. A pergunta ecoava na emissora, “Quem matou?”, mas nenhum telespectador conseguiu descobrir quem era o assassino. Impossível, tamanha a incoerência da autora, que revelou a identidade do “Rato” como sendo uma mulher, Éden de Bassora, personagem da atriz Marieta Severo. Até hoje não se explica como a atriz, então com 19 anos, de corpo franzino e frágil, conseguiu estrangular robustos nazistas. Isto era o universo de Glória Magadan, completamente sem coerência ou compromisso com o bom senso, mas que levava o público ao delírio, numa época em que a televisão brasileira ainda não descobrira uma linguagem a seguir.
Um dos personagens morto pelo “Rato” foi Jean, vivido por Sebastião Vasconcelos. O ator trazia barba e bigode que fizeram a autora se lembrar do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, despertando-lhe a animosidade, por isto ela eliminou-o da trama. Sobre as mortes que passariam a fazer parte das tramas, Gloria Magadan, já poderosa novelista e diretora de dramaturgia da TV Globo, declararia:
Primeiro crio os personagens. Depois é que nasce a história. Quando começo a escrever, fico obcecada, penso na trama o tempo todo. Pesquiso pessoalmente como os consumidores sentem os personagens e as situações. Quando constato que o público não aceita bem um personagem, reduzo seu papel, ou mato-o, sem o menor remorso. Nunca me arrependi de matar. Quem cai em desgraça junto ao público está liquidado.

O Grande Apogeu da Autora

As novelas de Gloria Magadan alcançariam o auge em 1967. Naquele ano, ela chegou a escrever duas novelas simultaneamente, “A Rainha Louca”, para o horário das 21h30, e “A Sombra de Rebeca”, inaugurando um novo horário de telenovelas na TV Globo, o das 20 horas.
A Sombra de Rebeca” reuniu em um único folhetim, as versões de “Madame Butterfly” de Puccini, e “Rebecca”, romance de Daphné de Murior. Yoná Magalhães era a protagonista, vivendo a japonesa Suzuki, com olhos orientais conseguidos através de uma densa maquiagem. Seu par romântico era, mais uma vez, o marido e ator Carlos Alberto. No final da trama, uma desilusão amorosa levava Suzuki a cometer um haraquiri. Glória Magadan só não explicou como a sua protagonista cometia um ato restrito apenas aos homens japoneses, afinal sua obra não carecia de tais explicações.
A Rainha Louca” levou os requintes de grande produção, característica que se tornaria uma marca nas novelas da TV Globo. As cenas que se passavam no México, tiveram as gravações feitas naquele país, um luxo para a época. Inicialmente foi pensada como uma adaptação da vida do rei Luís XVI da França e da sua mulher, Maria Antonieta, no século XVIII. Mas a direção da Globo sugeriu que fosse ambientada no século XIX, no México. Assim, Luís XVI foi transformado no imperador Maximiliano e Maria Antonieta em Charlotte, tendo como protagonistas Rubens de Falco e Nathália Timberg, vivendo as personagens, respectivamente. A trama marcou a estréia de Daniel Filho na direção das novelas da emissora carioca. Durante o decurso da trama, o ator Paulo Gracindo foi um dos perseguidos pela autora. Vivendo o conde Demétrios, que tinha poderes sobrenaturais, uma espécie de Drácula, o ator alcançou sucesso diante do público. Glória Magadan exigiu que ele fizesse caretas e contorções faciais, o que o ator recusou, assim, a personagem, que tinha uma grande participação no início da trama, foi desaparecendo ao longo do seu decorrer.
Foi ainda em 1967, que Janete Clair foi chamada por Glória Magadan para dar solução ao desastre que estava a ser a novela “Anastácia, a Mulher Sem Destino”, escrita por Emiliano Queiroz. O autor criara tantos personagens, que se perdera no meio da história. Janete Clair chegou na TV Globo, provocando um grande terremoto na trama, matando quase todo o elenco, deixando apenas vivos quatro personagens, dando um salto de vinte anos. Começando do zero, Janete Clair deu coerência à trama, e jamais deixou a TV Globo, transformando-se na sua maior novelista, inovando a linguagem e levando a obra de Glória Magadan à decadência.

A Decadência da Era Magadan na TV Globo

A partir da novela “O Homem Proibido”, que em São Paulo teve o título de “Demian, o Justiceiro”, as tramas exóticas de Glória Magadan entraram em decadência. Carlos Alberto vivia um justiceiro moldado no perfil do famoso Zorro, que vivia na Índia. Yoná Magalhães era a heroína da trama, que contava ainda, com um elenco luxuoso: Paulo Gracindo, Rubens de Falco, Mário Lago, Celso Marques, Marieta Severo, Cláudio Cavalcanti, Karin Rodrigues, Diana Morell, Emiliano Queiroz, José Augusto Branco e muitos outros.
O Santo Mestiço”, de 1968, trouxe Sérgio Cardoso, grande astro da época, à emissora de Roberto Marinho. O ator fazia três papéis, e teve na novela, a primeira experiência desastrosa da sua carreira. Irritado, Sérgio Cardoso foi o primeiro a adotar uma postura concreta contra os textos de má qualidade escritos por Glória Magadan, que culminou em um movimento que iria tirar a autora da poderosa posição de diretora do núcleo de dramaturgia da TV Globo.
Com o passar dos anos, a televisão brasileira foi assumindo uma identidade própria, que tomou a telenovela como principal veículo que expressava esta linguagem. Era preciso que o folhetim adquirisse mais consistência e maior aproximação com o público, com a realidade do país. A primeira a perceber isto foi a TV Tupi, que lançou, em 1968, duas novelas com a linguagem coloquial das ruas brasileiras, “Antonio Maria”, de Geraldo Vietri e Walter Negrão, e “Beto Rockfeller”, de Bráulio Pedroso. A linha da TV Excelsior passou a investir nos épicos da literatura brasileira, trazendo para a televisão clássicos nacionais, como “A Muralha”, de Dináh Silveira Queiroz, e “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo, distanciando-se das histórias dos castelos medievais ou dos desertos da Arábia das novelas da TV Globo.
Glória Magadan não se apercebeu de tais mudanças, insistindo nas histórias extravagantes, distantes da realidade de um Brasil em ebulição, cuja televisão era tomada por festivais da canção que renovavam a linguagem da música e das artes. Em 1968, deflagrada a Tropicália e os festivais históricos da MPB, a autora cubana insistia nas suas alucinações folhetinescas, escrevendo “A Gata de Vison”, novela ambientada no Estados Unidos da época da Lei Seca, com direito a gangster e às suas metralhadoras. A emissora ainda tentou uma inovação, trocou os dois tradicionais casais protagonistas da televisão, desta vez Yoná Magalhães fez dupla romântica com Tarcísio Meira, enquanto que Carlos Alberto fazia dupla com Glória Menezes na novela “Passo dos Ventos”, de Janete Clair. Não houve grande química entre os protagonistas, nem entre o público e a trama. No decurso da novela, a autora apaixonou-se pelo ator Geraldo Del Rey, trinta anos mais jovem do que ela, com quem teria iniciado um romance. Glória Magadan transformou a personagem de Del Rey em protagonista da trama, o que levou Tarcísio Meira a reclamar do destino que estava sendo dado ao seu personagem. Glória Magadan eliminou a personagem de Tarcísio Meira da trama, matou a protagonista vivida por Yoná Magalhães, criando-lhe uma irmã gêmea para ser a heroína e par romântico de Geraldo Del Rey. A novela foi um fracasso. Glória Magadan acusou Daniel Filho de dar maior atenção às novelas de Janete Clair, culpando-o do fracasso da sua trama, levando o diretor a demitir-se da TV Globo. Enciumada com o sucesso ascendente de Janete Clair, a cubana chegou a proibir a autora de ter contacto direto com o elenco.
Em 1969, Glória Magadan escreveu a sua última novela para a TV Globo, “A Última Valsa”, inspirada no filme “Moulin Rouge”, de John Houston. Foi a última viagem da autora ao mundo dos duques e imperadores europeus. Cláudio Marzo e Theresa Amayo foram os protagonistas da trama. O público diria, definitivamente, não ao estilo de Glória Magadan, transformando a novela em um fracasso. Glória Magadan, a mulher mais poderosa da televisão, a Rainha das Telenovelas, foi demitida da TV Globo, em 1969, obrigando a emissora a reestruturar a sua teledramaturgia, mudando a sua linguagem. A mudança veio com “Véu de Noiva” (1969), de Janete Clair, que trocou os cenários europeus e os desertos árabes pelas praias cariocas, pelo cotidiano brasileiro, encerrando de vez o universo de fantasia de Glória Magadan na TV Globo.
Após a demissão da emissora carioca, Glória Magadan foi contratada pela TV Tupi. Em 1970 escreveu para a emissora paulista “E Nós Aonde Vamos?”, trazendo no elenco Leila Diniz (última aparição da atriz em novela, pois morreria em um acidente aéreo em 1972), Geraldo Del Rey, Márcia de Windsor, Theresa Amayo, Jorge Dória, Ítalo Rossi, Eva Todor, Adriano Reys, Marieta Severo, Yara Amaral, Roberto Pirillo e Gracindo Júnior, entre muitos. Ela ainda tentou adaptar o universo da sua teledramaturgia à exigência dos novos tempos, escrevendo uma história longe dos conflitos dos nobres europeus, dos ciganos e dos sheiks árabes, modernizando a ação, tentando contar os problemas da juventude. Mas o estilo da autora era, definitivamente, o da fantasia sem coerência. A novela foi um fracasso. Glória Magadan, outrora poderosa e temida, viu a sua carreira de novelista encerrada no Brasil.
Diante do fracasso final de “E Nós Aonde Vamos?”, a autora deixou o país, indo morar em Miami, local de refúgio dos cubanos resistentes ao governo implantado por Fidel Castro. Nos Estados Unidos, escreveu folhetins românticos para livros e revistas. Em 1996, Glória Magadan submeteu uma sinopse à extinta TV Manchete, que trazia o título de “Homens Sem Mulher”. Sobre o projeto, a autora declararia:
Há alguns anos submeti à Manchete uma idéia que ainda estou bastante segura de que alcançaria os recordes de Ibope. O título é "Homens Sem Mulher”. É sobre a inversão sexual.
Não se sabe se as crises constantes que levaram a TV Manchete à falência foram as causas do projeto não ter vingado. Glória Magadan faleceu em Miami, em 27 de junho de 2001, completamente esquecida, longe do título que a fez a “Rainha das Telenovelas”.

OBRAS

1960 – Yo Compro Esa Mujer – Telemundo (Porto Rico)
1960 – Yo Compro Esa Mujer – RCTV (Venezuela)
1965 – Paixão de Outono – TV Globo
1966 – Eu Compro Essa Mulher – TV Globo
1966 – O Sheik de Agadir – TV Globo
1967 – A Sombra de Rebeca – TV Globo
1967 – A Rainha Louca – TV Globo
1968 - Yo Compro Esa Mujer - TV Argentina
1968 – O Homem Proibido (Demian, o Justiceiro) – TV Globo
1968 – O Santo Mestiço – TV Globo
1968 – A Gata de Vison – TV Globo
1969 – A Última Valsa – TV Globo
1970 – E Nós Aonde Vamos? – TV Tupi

Supervisão:

1964 – O Sorriso de Helena - TV Tupi
1964 – Gutierritos, o Drama dos Humildes - TV Tupi
1964 – Pecado de Mulher - TV Tupi
1965 – Teresa - TV Tupi
1965 – O Cara Suja - TV Tupi
1965 – A Outra - TV Tupi
1965 – A Cor da Sua Pele - TV Tupi
1965 – Um Rosto de Mulher - TV Globo

 

 

 

 

 

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PORTAL R7 - NOTÍCIAS

 

"Publicado em 08/07/2010 às 07h55:

Libertação corresponde a um
terço dos presos políticos de Cuba

Governo de Raúl Castro prometeu libertar 52 dissidentes nos próximos meses

Do R7

Desmond Boylan/05.03.2010/Reuters

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto por Desmond Boylan / 05.03.2010 / Reuters

O dissidente cubano Guillermo Fariñas conversa com jornalistas em março; libertação de presos políticos corresponde a um terço dos detidos em Cuba
 
Os 52 presos políticos que o governo de Cuba prometeu libertar nos próximos meses correspondem a cerca de um terço do total de pessoas detidas por discordarem do governo da ilha.

Embora o número exato de presos políticos seja incerto, a Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba diz que ao menos 167 pessoas permanecem detidas.

A libertação é a maior desde 1998, quando o então papa João Paulo 2º visitou a ilha e obteve a liberdade de 299 presos políticos e comuns. Os 52 presos que o governo prometeu libertar fazem parte do chamado "grupo dos 75", detido desde 2003.

A libertação inicialmente beneficiará cinco presos, que de acordo com o governo serão soltos "nas próximas horas". Os demais detidos deverão ser libertados em três ou quatro meses.

A negociação foi feita pela Igreja Católica de Cuba, com a intermediação do ministro das Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos.

Dissidentes serão levados à Espanha

Moratinos disse na madrugada desta quinta-feira que os presos libertados serão levados à Espanha, ainda que alguns deles possam ser encaminhados a outros países depois, informou o jornal El País.

De acordo com o chefe da diplomacia espanhola, os detentos serão "escolhidos" pela Igreja Católica de Cuba, que negociou a libertação, de acordo com a gravidade do estado de saúde de cada um deles.

Moratinos afirmou, ainda, que o governo de Cuba se comprometeu a não confiscar as propriedades dos prisioneiros na ilha. As autoridades cubanas também teriam prometido total liberdade para parentes dos presos que quiserem retornar ao país.

Ativista em greve de fome aceita beber água

O médico que acompanha o ativista político Guillermo Fariñas, que está em greve de fome e sede há mais de quatro meses para pedir a libertação de presos políticos doentes, disse que o militante aceitou começar a beber água quando os primeiros cinco detidos forem libertados.

Ismeli Iglesias, que cuida de Fariñas desde o início da greve de fome, falou à agência Efe e disse que o prisioneiro está disposto a ingerir água.

- Acabamos de falar com Fariñas, e ele concordou em começar a beber água quando libertarem os cinco primeiros presos.

O estado de Fariñas é crítico desde a última semana, quando sua saúde se complicou devido a uma trombose, mas não piorou nos últimos dias. O dissidente está internado em um hospital da cidade de Santa Clara desde março.

Fariñas iniciou sua greve de fome após a morte do preso político Orlando Zapata, que também fez greve de fome, para exigir a liberdade de 26 opositores presos que estariam doentes.

Em entrevista exclusiva ao R7, a blogueira cubana a blogueira cubana e amiga de Fariñas Yoani Sánchez afirmou que o estado do dissidente é muito grave, mas que amigos tentam convencê-lo a abandonar a greve de fome.

- O estado de Fariñas é crítico, por isso estamos tentando convencê-lo a acabar com a greve de fome, sobretudo agora que suas demandas iniciais foram atendidas".

(http://noticias.r7.com/internacional/noticias/libertacao-corresponde-a-um-terco-dos-presos-politicos-de-cuba-20100708.html)

 

QUE SEJAM IMEDIATAMENTE LIBERTADOS TODOS OS PRESOS POLÍTICOS DE CUBA,

sejam eles anarquista, anarco-sindicalistas, marxistas-leninistas, marxistas-não-leninistas, centristas, liberais-democratas, direitistas empedernidos ou até fascistas!

 

SAÚDE E VIDA LONGA AO HONRADO GENERAL RAÚL CASTRO,

DA REPÚBLICA DE CUBA!

 

 

 

CUBA RAUL CASTRO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O GENERAL RAÚL CASTRO E O MÉDICO E COMANDANTE REVOLUCIONÁRIO,

DEPOIS MINISTRO, DR. ERNESTO GUEVARA DE LA SERNA - O CHE GUEVARA  

(SEM A LEGENDA LIDA LOGO ACIMA,

http://marxistleninist.wordpress.com/2009/07/27/raul-castro-the-resistance-organization-and-solidarity-of-our-people-has-been-demonstrated/)