Geraldo Lima, crítico de cinema / Flusser citou Hesse
Por Flávio Bittencourt Em: 29/03/2010, às 03H31
Geraldo Lima, crítico de cinema / Flusser citou Hesse
Geraldo Lima domina as técnicas de produção da micronarrativa literária, vale dizer, da elaboração de contos curtos - e também mostrou competência como crítico da sétima arte.
(http://www.mundowalmart.com.br/brinquedos-de-ontem-e-de-hoje/)
(http://downloads.open4group.com/images/media_bolinhas-de-gude-0dc98.jpg)
(http://www.detudo.org/gotico/simbolos-goticos/)
(http://oferenda.wordpress.com/2009/07/10/breve-dialogo-iii/)
GERALDO LIMA, PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA E
ARTISTA DA PALAVRA - AGORA, ANALISTA DE CINEMA,
TAMBÉM, AO APRESENTAR UMA CRÍTICA DO FILME AVATAR -,
QUE NASCEU EM PLANALTINA, DISTRITO FEDERAL (EX-GOIÁS):
LITERATOS SEGUIDAMENTE ELABORAM ANÁLISES DE PRODUTOS
AUDIOVISUAIS, DA MESMA FORMA QUE O FILÓSOFO VILÉM FLUSSER
FOI UM DOS MAIORES EXEGETAS DO FENÔMENO DA FOTOGRAFIA E
DA CIVILIZAÇÃO ASSIM CHAMADA "PÓS-INDUSTRIAL", sob o
ângulo antropo-fenomenológico (SE NÃO HOUVER ERRO TEÓRICO
NESSA "CLASSIFICAÇÃO" - OU PSEDOCLASSIFICAÇÃO - DESTA
COLUNA "Recontando...")
VILÉM FLUSSER, GÊNIO DA FILOSOFIA DE EXPRESSÃO ALEMÃ,
QUE ENCONTROU ABRIGO NO BRASIL QUANDO SUA FAMÍLIA FOI
DIZIMADA DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, VIVEU MAIS DE
TRÊS DÉCADAS EM SÃO PAULO (CAPITAL) E DEDICOU LIVROS À
AMADA ESPOSA EDITH FLUSSER
(http://sombradaoiticica.wordpress.com/category/textos-academicos/)
REPRODUÇÃO DE IMAGEM DE CAPA DE LIVRO
DE VILÉM FLUSSER, tradução para o
idioma chinês
("Towards a Philosophy of Photography. Taipei (China): Yuan-Liou Publishing, 1994.
Edição em chinês",
http://www.fotoplus.com/flusser/vftxt/vfbib/vfbibliv.htm)
O "COELHO DE ALICE" CONSULTA MÁQUINA DE
VER HORAS
(Só o desenho que ilustrou a obra de L. Carroll,
sem a legenda acima redigida:
http://4.bp.blogspot.com/_DfZYvGONIQ0/SJsaxmCoHUI/AAAAAAAABGM/YIvCPqjRbzM/s400/coelho.jpg)
(http://www.vibeflog.com/marafroes/p/16134396)
"(...) [Assistindo ao filme Avatar] senti vontade de me levantar e ir embora. Mas a novidade do 3D me fez ficar. Aquela sensação de estar quase dentro do filme, vendo os personagens bem de perto (a atriz Sigourney Weaver com sua boca meio torta, puxando sempre para o lado direito). Isso impressiona. Às vezes dá a sensação de estarmos num teatro vendo o desenrolar da peça não da plateia, mas sim do palco mesmo, com a cara dos atores bem perto da nossa. Os efeitos visuais, as criaturas digitais e os ambientes virtuais são impressionantes. Nesse quesito os norte-americanos são insuperáveis. (...)".
(GERALDO LIMA, em artigo sobre Avatar reproduzido, na íntegra, adiante)
"(...) No começo deste ensaio sugerimos que a diferença fundamental entre Ocidente e Oriente está na atitude com relação à morte e à vida. Da atitude ocidental surgiram a filosofia grega, a profecia judaica e, enfim, o Cristianismo, a ciência e a tecnologia. Da atitude oriental surgiu uma aproximação estética e pragmática da vida que nós ocidentais nunca pudemos comrpeender completamente. Agora, essas duas atitudes excludentes entre si podem (ou devem) fundir-se uma na outra. Elas já produziram diversos códigos novos (os códigos dos computadores), que conectam os dois lados do abismo. E de sua fusão podem surgir uma ciência e uma tecnologia inclassificáveis cujos produtos estão desenhados com um espírito que não se enquadra nas antigas categorias. Não seria necessário submeter esse design a uma análise "teológica" para poder saber se a atitude diante da vida e da morte está se situando em um novo plano? Será que esse design não é expressão de um cristianismo judaico "elevado" ("aufgehobener" [OBS.: O ARTIGO É TRADUZIDO DA LÍNGUA ALEMÃ]), de um budismo "elevado", para os quais ainda nos faltam palavras? Essa é uma hipótese ousada, aventurosa. Mas quando sustentamos na mão um rádio portátil japonês e analisamos detalhadamente seu design, a hipótese já não parece tão especulativa, mas sim necessária. Aproximar-se desse assunto é precisamente o objetivo do presente artigo, que no entanto deve confessar que considera o proposto aqui como provisório. Ele deve ser lido como ensaio, isto é, como a tentativa de formular uma hipótese".
(VILÉM FLUSSER, O MUNDO CODIFICADO (coletânea), "Design como teologia", p. 213, que é a 8ª e última página do texto que encerra o livro)
À memória do filósofo Vilém Flusser e à sua esposa
Edith Flusser,
ao escritor Geraldo Lima e em reverência a
Hermann Hesse (in memoriam), que recebeu, em 1946,
o Prêmio Nobel de Literatura
29.3.2010 - Geraldo Lima ia sair do cinema no meio da projeção, mas ficou até por causa de efeitos especiais e da "terceira dimensão" de Avatar - Recebemos - e, por essa razão, aqui se agradece ao escritor o envio eletrônico da dica - do Prof. Geraldo Lima, respeitado contista (que já publicou um romance) do Distrito Federal, e-mail com as novidades do blog O BULE, cuja leitura a excelência literária dos textos apresentados recomenda. Leia O BULE você também! Desejando-lhe uma excelente semana, esperamos que você faça uma boa leitura do blog O BULE. Passamos, imediatamente, à mensagem do Prof. Geraldo Lima. [Seguindo-se a ela, para o deleite do gentil leitor e da amável leitora desta Coluna "Recontando...", estão transcritos dois textos desse autor: o conto "PUS" e "AVATAR: UMA OVERDOSE DE IMAGENS", onde se pode constatar que o homem também é crítico - e dos bons - de cinema; mais adiante (no final), foi reproduzido um trecho em que o falecido filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser cita uma obra de Hermann Hesse]
FELIZ PÁSCOA!
F. A. L. Bittencourt ([email protected])
"Olá, meus caros, tudo bem? Podendo, confiram n'O Bule www.o-bule.blogspot.com
- três microcontos de minha autoria;
- a série Mulheres - parte 07, por Claudio Parreira;
- duas resenhas de Sinvaldo Júnior: uma sobre a antologia Futuro Presente e outra sobre Edgar Allan Poe;
- o conto Clarissa, por Rogers Silva;
- o conto Clara, por Vicente de Paulo Siqueira;
- poemas de Laura Assis;
- O que é que se faz, por Homero Gomes
- O conto Tudo nesse ritmo, por Mauro Siqueira;
- E muito mais!
Aproveitem que O Bule está fervendo!
Muito obrigado.
Um abração.
Geraldo Lima
baque-blogdogeraldolima.blogspot.com".
VISITE O BLOG DO ESCRITOR GERALDO LIMA:
http://baque-blogdogeraldolima.blogspot.com/
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QUEM É GERALDO LIMA
"Geraldo Lima
- Idade: 50
- Sexo: Masculino
- Signo astrológico: Escorpião
- Ano do zodíaco: Javali
- Profissão: Professor
- Local: Sobradinho : DF : Brasil
Quem sou eu
Sou autor dos livros A noite dos vagalumes (contos, Prêmio Bolsa Brasília de Produção Literária), Baque (contos, LGE Editora/FAC), Nuvem muda a todo instante (infantil, LGE Editora) e UM (romance, LGE Editora/FAC).Participei das antologias: Antologia do conto brasiliense (Projecto Editorial, org. por Ronaldo Cagiano)e Todas as gerações - o conto brasiliense contemporâneo (LGE Editora, org. por Ronaldo Cagiano). Participei, também, do Projeto Portal: revista Solaris e revista Neuromancer, org. por Nelson de Oliveira.e-mail: [email protected]".
(http://www.blogger.com/profile/05607766422091786686)
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DOIS CONTOS DE GERALDO LIMA
(http://baque-blogdogeraldolima.blogspot.com/)
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Vilém Flusser cita livro de Hermann Hesse em O MUNDO CODIFICADO (coletânea póstuma):
"(...) [Capítulo] COISAS (...) [Subcapítulo] A NÃO-COISA [2]. (...) A memória do computador é uma não-coisa. De forma similar, também as imagens eletrônicas e os hologramas são não-coisas, pois simplesmente não podem ser apalpadas, apreendidas com a mão. São não-coisas pelo fato de serem informações inconsumíveis. É certo que essas não-coisas continuam enclausuradas em coisas como chips de silício, tubos de raios catódicos ou raios laser. O jogo das contas de vidro, de Hermann Hesse, e trabalhos similares de futurologia permitem que ao menos se imagine uma libertação das não-coisas com relação às coisas. A libertação do software com relação ao hardware (...)".
VILÉM FLUSSER, O mundo codificado - Por uma filosofia do design e da comunicação, Rafael Cardoso (organizador), tradução de Raquel Abi-Sâmara. São Paulo: Cosac Naify, 2007, pp. 61-62.
OBS. - TRECHOS DESSA OBRA DE FLUSSER (inclusivamente as pp. 61 e 62) ESTÃO EM BOOKS GOOGLE:
SOBRE O CITADO LIVRO DE V. FLUSSER (Editora Cosac Naify)
http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/10104/O-mundo-codificado.aspx
SOBRE V. FLUSSER (Editora Cosac Naify)
http://editora.cosacnaify.com.br/Autor/173/Vil%C3%A9m-Flusser.aspx
VILÉM FLUSSER (1920 - 1991)
(http://editora.cosacnaify.com.br/Autor/173/Vil%C3%A9m-Flusser.aspx)
A SEGUIR, REPRODUÇÕES DE IMAGENS DE ALGUMAS DAS TRADUÇÕES PARA O IDIOMA PORTUGUÊS (também de Portugal) DO LIVRO DE HESSE CITADO PELO MUITO SAUDOSO PROF. VILÉM FLUSSER
(http://i.s8.com.br/images/books/cover/img7/21203597_4.jpg)
(http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-107946212-o-jogo-das-contas-de-vidro-hermann-hesse-_JM)
(http://i.s8.com.br/images/books/cover/img7/110987_4.jpg)
(http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-125799692-o-jogo-das-contas-de-vidro-hermann-hesse-_JM)
(http://georgecassielleiturasanteriores.blogspot.com/)
(http://mysterivz.tripod.com/musica.html, onde se pode ler:
"COMEÇO A LER O jogo das contas de vidro - Deparo com um belo texto, sim senhora
De resto, a relação da nossa cultura com a música tem ainda mais outro modelo antiquíssimo e infinitamente digno de respeito, que o Jogo das Contas de Vidro tem em alta veneração. Na China lendária dos «antigos reis», não o esqueçamos, concedia-se à música um papel determinante na vida do Estado e da corte; identificava-se directamente a riqueza da música com a da cultura e da moral, ou até com a do Império, e os mestres de música tinham de velar estritamente pela preservação e pela pureza das «tonalidades antigas». O declínio da música era um sinal seguro da queda do príncipe e do Estado. E os poetas contavam histórias terríveis sobre as tonalidades proibidas, diabólicas e estranhas ao Céu, por exemplo a tonalidade Tsing Chang e Tsing Tse, a «música da queda», que, quando foi entoada criminosamente no castelo do rei, imediatamente o céu se obscureceu,as muralhas tremeram e desmoronaram-se e o trono e o Império caíram. Em vez de muitas outras palavras dos chineses antigos citamos algumas passagens do capítulo consagrado à música por Liu Bou We em Primavera e Outono:
«As origens da música são muito remotas. A música nasce da medida e tem as suas raizes no grande Um. O grande Um engendra os dois pólos; os dois pólos engendram a força da treva e da luz.«Quando o mundo está em paz, quando todas as coisas estão em repouso e seguem as suas superiores nas suas metamorfoses, então pode-se fazer bem música. Quando os desejos e as paixões não vão por falsos caminhos, então pode aperfeiçoar-se a música. A música perfeita tem a sua causa. Nasce do equilíbrio. O equilibrio nasce do que é justo, o que é justo nasce do sentido do mundo. Por isso só se pode falar de música com um homem que compreendeu o sentido do mundo.
«A música repousa sobre a harmonia entre o Céu e a Terra, sobre a conformidade entre o que é obscuro e a luz. «Os Estados decadentes e os homens maduros para a queda não passam, sem dúvida, sem música, mas a sua música não é serena. Por conseguinte: quanto mais ruidosa for a música, mais melancólicos se tornam os homens, mais o país periga, mais fundo cai o principe. Desta maneira também a essência da música se perde.
«O que todos os príncipes sagrados apreciavam na música era a sua serenidade. Os tiranos Chieh e Tschou Sin faziam música ruidosa. Achavam que as sonoridades fortes eram belas e os efeitos massivos interessantes. Ambicionavam efeitos sonoros novos e raros, sons que homem algum jamais tivesse ouvido: tentavam ultrapassar-se um ao outro e excederam toda a medida e propósito.
«A causa da queda do Estado Tchou foi terem inventado a música mágica. Bastante ruído faz ela com efeito, mas na verdade afasta-se da essência da música. E porque se afastou da essência da música, falta-lhe serenidade. Não sendo serena a música, o povo murmura e a vida deperece. Tudo isto decorre de se desprezar a essência da música e de se pretender apenas efeitos sonoros.
«Por isso a música duma época harmoniosa é calma e serena e o governo equilibrado. A música duma época inquieta e agitada é furiosa e o seu governo está voltado do avesso. A música dum Estado decadente e sentimental e triste e o seu governo corre perigo.»
in "O Jogo das Contas de Vidro", Herman Hesse".
[Compilação por José Maria Rocha Abecasis [nasc. Lisboa, 1980], que se transferiu para Macau há aprox. 18 anos, onde reside atualmente - ou residia quando a compilação foi feita.])
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EDITH FLUSSER
(http://www.wolkenstein-verlag.de/)