FESTEJANDO O MEU BLOG
Por Cunha e Silva Filho Em: 31/03/2019, às 15H30
CUNHA E SILVA FILHO
Há nove anos, a princípio, não me agradava o termo “blog”. Não sei explicar porque não me agradava. A primeira vez que vi a palavra achei-a sem graça, meio tosca. Não me soou bem ouvi-la. Me dava a sensação de coisa usada por gente desocupada, fofoqueira, de segunda classe. etc. Tudo era apenas questão de gosto só sentido positivamente depois de algum tempo quando não mais havia de minha parte nenhum ranço elitista ou preconceituoso a respeito dos blogueiros, os quais, por sua vez, se se referiam aos usuários de uma atividade virtual.
Toda essa aversão foi apagada. Em lugar dela, surgiu com o tempo o meu saudável apego ao blog, me tornando, eu mesmo, um blogueiro. Não vou hoje pesquisar as origens do blog e como na verdade apareceu na internet. Só sei que, hoje, sou um viciado nesse espaço.Virou uma extensão da minha pessoa, da minha biblioteca, da minha casa, dos meus hábitos de escrever, de pesquisar, e sobretudo, vendo outros blogs, senti que era uma ferramenta utilíssima que se me descortinava à atividade da escrita. Era uma mina finalmente descoberta, valorizada e digna de ser explorada em todos os seus sentidos, em todas as suas possiblidades. Da antiga aversão se originou o encantamento pela manutenção do uso dessa ferramenta da qual dificilmente me apartarei, porquanto já faz parte das minhas ações e do meu cotidiano.
O hábito de blogueiro tornou-se um antídoto contra quaisquer veleidades que tinha de usar outros meios de comunicação escrita para divulgar o que penso sobre alguns temas. Nesse nove anos tenho usado e abusado da liberdade de refletir, discutir, me zangar, me indignar, espalhar algum conteúdo cultural aos que por acaso o encontrem nesse gigantesco espaço para todos e em esfera global. O meu blog representa uma espécie de trincheira das minhas convicções, dos meus pensares, do meu ver o mundo, os homens e as instituições em meu país e alhures.
Seria impensável deixar de manter essa minha coluna do blog, chamada “As ideias no tempo,” cujo nome escolhido dei também a um dos livros meus, “As ideias no tempo – crônicas, artigos, resenhas e ensaios(Academia Piauiense de Letras /Gráfica do Senado Federal, 2010, ) lançado, em Teresina, na APL. em 2010.
Reconheço, todavia, que o formato do meu blog não é lá essas coisas. Nem mesmo o transformei em site, se bem que não tenha essa pretensão por enquanto. Há tempos nem mesmo o tenho modificado a fim de distribuir melhor as minhas postagens e montar uma espécie de arquivos mais atraentes e com maior facilidade para o leitor ter a ele acesso. Sei que procurei me ater aos tópicos indicados na apresentação do blog.
De alguma coisa estou certo: todos esses anos foram de prazer partilhado com os meus eventuais leitores, espalhados no país e no exterior. Hoje, vendo os dados de acompanhamento do blog, ou seja, o mapa estatístico, me convenci de que não fiquei tão minguado no tocante à quantidade de leitores que, assim, me revela:
Países:
França (135) Brasil (106), Ucrânia (89), Rússia (49), Estados Unidos (43), Alemanha (17), Reino Unido (3), Portugal (3), Coreia do Sul ( (3) Região desconhecida (2).
Cumpre salientar que o quadro estatístico tem altos e baixos, dependendo das postagens e do seu impacto junto aos leitores. Mas, sabe, leitor, no mundo globalizado como o nosso agora, eu me sinto até contente com esses números. É sinal que estou sendo lido em alguns períodos de postagens mais importantes, as visualizações aumentam muito, não muitíssimo.
Imagine, leitor, que mundialmente se espalham milhares de blogs com diversas modalidades de conteúdos e por vezes blogs sofisticados, atraentes nos seus formatos, nas suas exibições de matérias e variabilidade de assuntos, nos seus alcances etc. Diante dessa realidade, só tenho que agradecer aos meus leitores e sua paciência de me acompanharem ainda que não tão assiduamente.
Poderia até ter mais leitores se me empenhasse mais nos postagens e estivesse mais presente a esse espaço vital. Entretanto, descontando os meus afastamentos, penso que está, para as minhas modestas pretensões, de bom tamanho. Oxalá possa manter essa atividade gratuita e espontânea por mais algum tempo.
Para concluir, há dois itens sobre os quais gostaria de lhe falar no que concerne aos leitores: os seguidores e os comentário. Tenho observado, ao longo desses anos, que, no meu caso, a quantidade de seguidores é bem reduzida, senão reduzidíssima. Quanto ao número de comentários, posso afirmar que os leitores em geral só leem os textos postados e não se dão ao trabalho, provavelmente por não saberem como proceder nas indicações para preenchimento dos comentários. Ele até pode gostar do texto mas, por comodidade ou falta de tempo nesse mundo apressado de hoje, deixa de comentar o artigo, o ensaio, a tradução ou outro tipo de texto lido. Espero contar sempre com a sua bem-vinda visita ao meu blog. Abraços.