Anfrísio Lobão Veras Filho, ex-prefeito de Teresina.
Anfrísio Lobão Veras Filho, ex-prefeito de Teresina.

Reginaldo Miranda[1]

 

Esta geração tem princípio no Meio-Norte brasileiro com o português Antônio José de Lobão, radicado na cidade de Caxias, centro-leste do Maranhão, de onde passou um ramo familiar para a vizinha província do Piauí.

Antônio José de Lobão, nasceu em Vila Flor, comarca de Torre de Moncorvo, distrito de Bragança, arcebispado de Braga, em 22 de dezembro de 1764. Radicou-se em Caxias, no Maranhão, desde muito moço, onde faleceu em 29 de outubro de 1851, com 87 anos de idade. “Desde a primeira mocidade foi habitante de Caxias, que então ainda era o simples arraial de Aldeias Altas. Ali casou-se, e o céu abençoou de maneira a sua união, que deixou uma das mais numerosas descendências de que o homem pode orgulhar-se; ficaram-lhe vivos cinco filhos, quarenta e um netos, e vinte e oito bisnetos. Este venerável velho, quase contemporâneo da fundação de Caxias, atravessou perto de um século sempre honrado e virtuoso, bom esposo, bom pai e bom cidadão, legou o exemplo de uma larga vida sem mancha à numerosa posteridade que pela maior parte o assistia e rodeava no seu leito de morte. Sempre cuidadoso e previdente pai de família, e considerando que uma de suas filhas fora menos favorecida da fortuna que os outros, fez legado da terça às suas três netas, filhas dela, uma das quais é casada com o Sr. Dr. Francisco José Furtado”[2]. Em 1823, foi eleito juiz de fato pela divisão de Caxias[3]; filho de Manoel de Lobão e Maria Clara; casado em primeiras núpcias com Maria Vitória da Trindade; filho:

  1. Raimundo Lobão

Em segundas núpcias casou-se com Ana Joaquina do Rosário; filhos:

  1. Custódia Joaquina de Lobão
  2. Genoveva Francisca de Lobão
  3. Cecília Joaquina de Lobão; 
  4. Hermenegilda Rosa de Lobão; 
  5. Carlota Joaquina de Lobão; 
  6. Tenente Ricardo José de Lobão 
  7. Custódio José Lobão[4], falecido em 10 de agosto de 1825 (mãe: Ana Maria de Jesus). 
  8. Antônia Joaquina de Lobão Portellada, casada com o coronel Antônio Gonçalves Pedreira Portellada, abastado comerciante e ex-intendente municipal de Teresina.

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3. GENOVEVA FRANCISCA DE LOBÃO, casada com JOAQUIM ALVES FERREIRA DE VERAS, fazendeiro e comerciante de largo prestígio, natural do termo de São João da Parnaíba, onde descendia de anosa estirpe; filhos (ao que conseguimos apurar):

3.1. Tte-Cel. Fernando Alves de Lobão Veras

3.2. Major Antônio Alves de Lobão[5]

 

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3.1. Tenente-coronel FERNANDO ALVES DE LOBÃO VERAS, vereador de Campo Maior (6.6.1850)[6], deputado provincial(1859)[7], suplente de juiz municipal e de órfãos do termo de União, nomeado por portaria de 23.5.1862, pelo tempo de quatro anos[8]; 1º suplente de delegado de polícia de União, sendo exonerado a pedido por portaria de 3 de maio de 1865 e substituído por Ricardo José de Lobão[9]; filho  de Joaquim Alves Ferreira de Veras e Genoveva Francisca de Lobão; casado com ROSA DA SILVEIRA CASTELO BRANCO, já falecidos em 1890; filha de Antônio da Silva Coutinho e Mariana Rosa Clara de Castelo Branco, ela filha de Francisco Gil Castelo Branco e Maria Eugênia Lopes da Cruz; ele Fernando, já falecido em 9 de fevereiro de 1884[10]; filhos:

      1. Major Fernando Alves de Lobão Veras, o moço, estudou no seminário pequeno de N. Sra. das Mercês, em São Luiz do Maranhão; membro do conselho de intendência municipal de União[11], nomeado por portaria de 29 de janeiro de 1890; residente no sítio Carangueijo, subúrbio da vila de União, casado com Rita Clara Lina de Lobão, filha do capitão Trajano da Silva Coutinho e Raimunda Clara Lina e Silva; filho: Trajano Lobão, nascido no sítio Caranguejo, em 20.3.1890; foram padrinhos Nilo Alves de Lobão Veras e a avó materna[12].
      2. Tenente Nilo Alves de Lobão Veras[13]
      3. Capitão Enos Alves de Lobão Veras, empregado público e negociante, residente na fazenda Cantagalo, do termo de União[14].
      4. Coronel Anfrísio Alves Lobão Veras
      5. Joana de Lobão e Veras
      6. Maria dos Anjos de Lobão e Veras
      7. Joaquim Alves de Lobão Veras, estudou no seminário pequeno de N. Sra. das Mercês, em São Luiz do Maranhão. 
      8. Capitão Aarão Alves de Lobão Veras
      9. Melécio Alves de Lobão Veras

 

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      1. Major Fernando Alves de Lobão Veras, o moço, estudou no seminário pequeno de N. Sra. das Mercês, em São Luiz do Maranhão; chefe conservador de União, coletor das rendas gerais e provinciais, membro do conselho de intendência municipal de União[15], nomeado por portaria de 29 de janeiro de 1890, residente no sítio Caranguejo, subúrbios daquela vila, hoje cidade de mesmo nome; casado em primeiras núpcias com D. Amância de Menezes Coutinho, falecida em 5 de abril de 1878, vítima do beribéri de que fora acometida na vila de União, deixando na orfandade quatro filhos menores[16], dos quais conseguimos apurar o nome de um, a saber:
        1. Amância de Lobão Marques, nascida em 1877, falecida em 4.7.1947, às 8h do dia, na cidade de Teresina, vítima de neoplasia do fígado, viúva, doméstica, natural de União, com 70 anos de idade, filha de Fernando Alves Lobão Veras e Amância de Menezes, ambos naturais de União.

Fernando Alves de Lobão Veras, foi casado em segundas núpcias com Rita Clara Lina de Lobão, filha do capitão Trajano da Silva Coutinho e Raimunda Clara Lina e Silva; filhos:

        1. Cirilo Lobão, nascido em abril de 1882, falecido em 29.11.1884, na vila de Campo Maior, com dois anos e sete meses de idade, filho do tenente Fernando Alves de Lobão Veras e d. Rita Clara Lina de Lobão.
        2. Coronel Pergentino de Lobão Veras (União, 1885 – Campo Maior, 28.9.1937), comerciante, fazendeiro e político em Campo Maior, casado com d. Lina de Lobão Fortes, filha do tenente-coronel Antônio José Nunes Bona Primo e d. Luiza Rosa de Jesus Fortes; filhos: 3.1. Dolival Lobão Veras, médico, casado com Regina Maria da Costa Ferreira; 3.2. Demerval Lobão Veras, advogado e político de largo prestígio, em sua homenagem ergue-se uma cidade no Piauí; 3.3. Oswaldo Lobão Veras, casado com Maria Margarida Correia; 3.4. Oswaldina Lobão Veras, foi casada com José Ribamar de Castro Lima.
        3. Trajano Alves de Lobão Veras, nascido no sítio Caranguejo, União, em 20.3.1890; foram padrinhos Nilo Alves de Lobão Veras e a avó materna[17].
        4. Anísio Lobão Veras
        5. Elno Lobão Veras
        6. Gotter de Lobão Veras
        7. Maria de Jesus Lobão 

 

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      1. CORONEL ANFRÍSIO ALVES LOBÃO VERAS, fazendeiro e comerciante, nascido na vila, hoje cidade de União, então termo de Campo Maior, em 1856 e falecido na mesma cidade, onde sempre residiu, em 19 de maio de 1912, à 1 hora da madrugada, vítima de lesão cardíaca, com 56 anos de idade; foi vice-intendente municipal; casado com D. DELMIRA DO REGO LOBÃO, de tradicional família daquela cidade[18]; filho (dentre outros):
        1. Dr. Anfrísio Alves Lobão Veras Filho
        2. Sofia Lobão do Rego (União, 1884 - Teresina, 6.12.1955)

 

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        1. DR. ANFRÍSIO ALVES LOBÃO VERAS FILHO (União, 1.8.1891 – Teresina, 2.7.1954), médico, residente à Rua Eliseu Martins, 1599, cidade de Teresina, em cuja residência faleceu em 2.7.1954, às 16h, vítima de paralisia geral progressiva[19], com 63 anos de idade; cujo corpo foi sepultado no cemitério São José, desta capital Teresina; empresário, prefeito de Teresina, deputado estadual, governador interino do Piauí; foi casado com D. ALZIRA MARANHÃO VERAS, maranhense, filha de José Cavalcante Maranhão e Magdalena de Menezes Maranhão; filhos:
          1. Maria Heloisa de Lobão Sampaio, nascida em 1921, na cidade de Teresina (PI).
          2. Anfrísio Alves de Lobão Veras, nascido em 3.5.1923, na cidade de Teresina (PI).
          3. Lísia Lobão Castelo Branco, nascida em 1925, na cidade de Teresina (PI).
          4. José Alves de Lobão Veras (Teresina, 24.4.1929 – 2.9.2012), faleceu vítima de parada cárdio-respiratória, insuficiência cardíaca, deixado dois filhos.
          5. Rui Alves de Lobão Veras, nascido em 1935, na cidade de Recife (PE).
          6. Dr. Antônio Alves de Lobão Veras (Teresina, 20.2.1937), médico, foi c.c. Teresa Cristina de Albuquerque Serra e Silva.

 

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          1. LÍSIA LOBÃO CASTELO BRANCO (Teresina, 14.8.1925), residente na cidade de Teresina, c.c. Dr. MARIANO DE ALMENDRA GAIOSO CASTELO BRANCO, médico e fazendeiro, herdeiro e senhor da fazenda Abelheiras, em Campo Maior; filho de Dr. Oscar Gil Castelo Branco, farmacêutico, diretor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no Piauí e de D. Alice de Almendra Gaioso, ambos oriundos de tradicionais famílias piauienses; filhos:

3.1.4.1.1.1. Mariano Gil Castelo Branco

3.1.4.1.1.2. Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.3. Alice Gaioso Castelo Branco

3.1.4.1.1.4. Teresinha de Jesus Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.5. Maria Madalena Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.6. Lísia Maria Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.7. Oscar Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.8. Alzira Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.9. Agnelo Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.10. Luiz Gonzaga Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.11. José Mariano Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.12. Dulce Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.13. Antônio Mariano Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.14. Iracema Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.15. Jacob Lobão Castelo Branco

3.1.4.1.1.16. Humberto Lobão Castelo Branco

 

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            3.1.4.1.1.2. ANFRÍSIO NETO LOBÃO CASTELO BRANCO (Teresina, 13.10.1944), médico formado pela Universidade Federal da Bahia, especializando-se em psiquiatria pelas Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidad Complutense de Madrid, na Espanha; Secretário Estadual de Saúde; Reitor da UFPI; presidente do Tribunal de Contas do Estado do Piauí; Membro da Academia Piauiense de Letras; autor de diversos trabalhos técnicos na área de medicina; autor do romance Mandu Ladino (2006);  c.c. D. NÍSIA NOGUEIRA PAES CASTELO BRANCO, natural do Rio Grande do Norte, filha de Gentil Nogueira Paes e Honorina Maciel Nogueira Paes; filhos:

3.1.4.1.1.2.1. Nísia Paes Castelo Branco Linton

3.1.4.1.1.2.2. Heloísa Nogueira Paes Castelo Branco Barros Coelho

3.1.4.1.1.2.3. Anfrísio Antônio Nogueira Paes Castelo Branco

3.1.4.1.1.2.4. Paloma Paes Castelo Branco Amorim

 

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    1. Major ANTÔNIO ALVES DE LOBÃO, abastado fazendeiro nos termos de Campo Maior e Altos, foi c.c. D. EMIGDIA FRANCISCA NOGUEIRA, da família Nogueira, de Valença; filhos:

3.2.1. D. Genovefa de Lobão Aguiar

 

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3.2.1. D. Genovefa de Lobão Aguiar (Genu), casada na paróquia de N. Sra. do Amparo, com o desembargador Helvídio Clementino de Aguiar, primeiro presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, nascido em 10.11.1848 e falecido em 11.8.1936, na cidade de Teresina, filho do coronel Raimundo Thomaz de Aguiar e de d. Carolina Clementina de Sousa Martins; filhos:

F.3.2.1.1. Maria Emília de Aguiar

F.3.2.1.2. Godofrego de Aguiar

F.3.2.1.3. Elvira Rosa de Aguiar, foi casada com Dr. Antonino Freire da Silva, engenheiro civil, governador do Piauí (1910 – 1912).

F.3.2.1.4. Simone Rosa de Aguiar

F.3.2.1.5. Dr. Eurípedes Clementino de Aguiar, médico, governador do Piauí (1916 – 1920).

F.3.2.1.6. Maria Luzia de Aguiar

F.3.2.1.7. Maria dos Anjos de Aguiar

F.3.2.1.8. Christina Rosa de Aguiar

F.3.2.1.9. Júlia Rosa de Aguiar

F.3.2.1.10. Maria Augusta de Aguiar

F.3.2.1.11. Carolina Rosa de Aguiar

F.3.2.1.12. Emygdia Rosa de Aguiar, foi casada com Dr. João de Deus Pires Leal (Joca Pires), advogado, promotor público, juiz federal, governador do Piauí (1928 – 1930).

F.3.2.1.13. Antônio Chrisippo de Aguiar

F.3.2.1.14. Helena Rosa de Aguiar

 


[1] REGINALDO MIRANDA, advogado com mais de 30 anos de efetiva atividade profissional, cofundador e ex-presidente da Associação de Advogados Previdenciaristas do Piauí (AAPP), membro do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-PI, pela segunda vez, ex-presidente da Academia Piauiense de Letras, em dois biênios. Autor de diversos livros e artigos. Possui curso de Preparação à Magistratura (ESMEPI) e de especialização em Direito Constitucional e em Direito Processual (UFPI-ESAPI). Pré-candidato à vaga do Quinto Constitucional do TJPI. Contato: [email protected]

[2] Publicador Maranhense, 11.11.1851.

[3] Conciliador do Maranhão, 2.4.1823.

[4] A comissão de alistamento eleitoral da 2ª seção de Caxias, em 1890, alistou Antônio José de Lobão Veras, 42 anos de idade, filho de Custódio José Alves Lobão (Jornal de Caxias, 2.6.1900); em 2.3.1880, faleceu em Teresina, Ana Lina de Lobão, de nove anos de idade, filha do falecido major Custódio José Alves de Lobão.

[5] Desprezou o apelido Veras.

[6] O Echo Liberal, 25.7.1850.

[7] A Imprensa (MA), 6.8.1859.

[8] O Expectador, 30.6.1862

[9] Liga e Progresso, 19.4.1865; 6.5.1865.

[10] A Imprensa, 22.3.1884.

[11] Estado do Piauhy, 22.1.1890.

[12] Estafeta, 20.4.1898

[13] A Phalange, 13.3.1889; 20.3.1889; 18.6.1889; 14.9.1889.

[14] A Imprensa, 20.2.1886.

[15] Estado do Piauhy, 22.1.1890.

[16] A Época, 27.4.1878.

[17] Estafeta, 20.4.1898

[18] Filha do coronel João do Rego Monteiro (Barão de Gurgueia) e de sua segunda esposa, Delmira dos Anjos do Rego Henriques.

[19] Óbito atestado pelo Dr. Lineu Araújo.