[Flávio Bittencourt]

Entrevista recentemente concedida por Dílson Lages Monteiro

Editor do portal Entretextos conversou com Andrea Rocha sobre literatura e linguagens na escola.

 

 

 

 

 

 

 

Entrevista de Dílson Lages para a TV Horizonte (BH-MG),

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=1pmY3SItbYo

 

 

 

 

 

"Excursão para Cachoeira do Urubu

 

 

 

 

  

 

 

Dia 05/06/2011 Excursão para Cachoeira do Urubu, conheça um dos mais belos cartões postais do nosso Piauí. (...)"

(http://turismoexcursoes.blogspot.com/2011/05/excursao-para-cachoeira-do-urubu.html)

 

 

 

 

 

 "(...) Muito mais teria a dizer, mas essas palavras bastam como testemunho: “O morro da Casa Grande” é uma obra valiosa e representativa da nova geração de escritores piauienses, filiando-se ao que seria uma epopéia moderna, onde sentimos que todos os acontecimentos estão sendo moldados como unidade estilística e poética, para relevo das tradições e estudo das grandes transformações que sofremos hoje, inclusive na literatura. (...)"

(FRANCISCO MIGUEL DE MOURA, TRECHO DA RESENHA ADIANTE TRANSCRITA,

NA ÍNTEGRA) 

 

 

 

 

"(...) A rede hidrográfica [NO MUNICÍPIO DE ESPERANTINA, ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL] (...) pertence à bacia do Rio Parnaíba, sendo constituído pelo Rio Longá, em cuja margem esquerda está a sede municipal de Esperantina e por seus afluentes, entre os quais, os riachos Taquari, Mocambo, Carnaúba, Canto do Chicote, Palha, Grande, Taboca Fundo, Mundo Novo Cacimbinha, Angico Branco e pelo Riacho do Descanso, além de outros menores. Entre as lagoas destacam-se: Coité, Caiçara, Sapo, Várzea e Jatobá. E os açudes do Mundo Novo, Boa Vista dos Cariocas e outros de propriedade particular. O Rio Longá, a 18km da sede municipal, forma a Cachoeira do Urubu, com imensos blocos de pedras esculpidas pelas águas do rio. De rara beleza paradisíaca, possui dois grandes platôs de pedras convergindo as águas para uma abertura que as conduz e volta ao curso normal do rio, formando três importantes quedas d'água: a queda do funil, da garganta e da pedra furada. (...)"

(http://pt.wikipedia.org/wiki/Esperantina)

 

 

  

 

CENÁRIO FLUVIAL MAGNÍFICO EM ESPERANTINA-PI

(CACHOEIRA DO URUBU; a seguir estão indicações

de como se pode chegar lá, com menção à cidade de BARRAS): 

José de Freitas - Pela saída leste de Teresina (BR-343), entrar à esquerda na altura do posto da Polícia Rodoviária Federal, para acessar a PI-113 mais 50 km até José de Freitas.   

Barras - Sessenta e nove quilômetros de José de Freitas você estará em Barras (ONDE O ESCRITOR DÍLSON LAGES MONTEIRO NASCEU), pela PI-113    

Esperantina  - Na rota de José de Freitas e Barras, pela PI-113, seguir pela PI-110 depois de Barras até Batalha e pela PI-117 até Esperantina. Onze quilômetros depois de Batalha existe um acesso à direita, por uma vicinal de 8 km, até a margem da cachoeira do Urubu (consulte sobre as condições da estrada). Se preferir, siga até Esperantina e depois mais 21 km até a cachoeira, partindo do acesso que leva a Joaquim Pires (PI-211), entrando numa vicinal à direita (observe a placa indicativa). 

 

(http://www.piaui.com.br/internas.asp?ID=211

 

 

 

 

ANTIGA CASA GRANDE

[NÃO É A DO ROMANCE

O MORRO DA CASA GRANDE],

RESTAURADA: 

(http://wwwescadaresgatandonossahistoria.blogspot.com/2010/03/localizada-no-sitio-da-pompeiamais.html)

  

 

 

 

 

O VETERANO ESCRITOR FRANCISCO MIGUEL DE MOURA,

QUE ESCREVEU UMA EXCELENTE RESENHA DO ROMANCE

O MORRO DA CASA GRANDE, DO PROF. DÍLSON LAGES MONTEIRO:

 

(http://franciscomigueldemoura.blogspot.com/2010/07/5-sonetos-de-francisco-miguel-de-moura.html)

 

 

 

 

 

"AS BOTAS DO CORONEL": 

 

 

 

 

  

(http://fragmentos-do-tempo.blogspot.com/2008_11_16_archive.html)

 

 

  

 

 

"FAMÍLIA DO CORONEL ALMEIDA

[NÃO É O PATRIARCA PRESENTE

EM O MORRO DA CASA GRANDE]

EM 1928":

(http://unanamidia.blogspot.com/2011/10/familia-do-coronel-almeida-1928.html)

 

 

 

 

 

(http://franciscomigueldemoura.blogspot.com/2010/04/o-morro-da-casa-grande.html)

 

 

 

 

 

 

Lançamento: Dílson Lages fala sobre O morro da casa-grande,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=4K0U8UJyq38

 

 

 

 

 

 

"(...) O livro [O MORRO DA CASA GRANDE], na verdade, tinha como objetivo primeiro questionar a destruição da Igreja - centenária - de Nossa Senhora da Conceição, que aconteceu em meados da década de 60 do século passado, e a destruição do cemitério secular, também de minha cidade natal, mas ele acabou ganhando outros contornos. (...)"

(DÍLSON LAGES MONTEIRO, ENTREVISTADO PELA TV HORIZONTE, DE BELO HORIZONTE-FM,

POSTADA NO YOUTUBE EM MAIO DE 2010)


 

 

 

 

FRANCISCO MIGUEL DE MOURA E

DÍLSON LAGES MONTEIRO:

 

(http://franciscomigueldemoura.blogspot.com/2011/09/falando-francamente.html)

 

 

  

 

 

                           HOMENAGEANDO O POVO DE BARRAS [ANTES, BARRAS DE MARATAUÃ], PIA,

                           OS ESCRITORES FRANCISCO MIGUEL DE MOURA E

                           DÍLSON LAGES MONTEIRO, A QUEM SE DESEJA

                           MUITA SAÚDE E VIDA LONGA, E

                           AGRADECENDO A ANDREA ROCHA PELA ENTREVISTA

                           RECENTEMENTE APRESENTADA NO BLOG KRUDU 

                           (A A. ROCHA DESEJA-SE, TAMBÉM,

                           MUITA SAÚDE E VIDA LONGA!)

 

 

 

5.3.2012 - Dílson Lages Monteiro conversou com Andrea Rocha sobre literatura e linguagens na escola - Entrevista recente [DO FINAL DE JAN. / 2012], concedida pelo editor do portal Entretextos.  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

"Terça-feira, 31 de janeiro de 2012 

 
Dilson Lages Monteiro.

O editor de Entretextos, Dílson Lages Monteiro, foi um dos convidados a participar da edição de revista literária editada pela jornalista Andreia Rocha, como trabalho final de curso. Autor de 10 obras, entre livros de poemas, prosa e didáticos, o escritor falou sobre literatura e linguagens na escola.

Andrea Rocha - Professor, a adoção de obras como leitura obrigatória para o vestibular é vista com bons olhos pelo senhor? Dílson Lages – Infelizmente, embora a tendência seja de que elas desapareçam no novo modelo de ingresso ao ensino superior já em vigência, a existência dessas listas de obras literárias é obrigatória, no duplo sentido. Digo infelizmente porque elas forçam um contato do aluno com o texto literário, embora não seja esse o caminho mais pertinente. Uma história de leitura não vai surgir por conta da leitura de obras em ano de vestibular – ela é a história de uma vida toda, de leituras contínuas, de descobertas sobre as particularidades do discurso literário, acessíveis a quem de fato lê literatura. Entretanto alguém, mesmo que forçado, pode acordar para a dimensão humana e estética da linguagem literária. Se o aluno não se limitou a ler meramente resumos, quem sabe não brote desse contato o despertar de um leitor proficiente? Embora as listas de obras obrigatórias não sejam um eficiente meio de despertar o gosto pela leitura, contribuem para criar uma nova consciência. E isso já é algum motivo para comemorar.

O senhor escreveu alguns livros de poesia. Qual o lugar que ela ocupa na vida do aluno e na escola? Dílson – historicamente, o poema é um gênero desprestigiado, porque em torno dele construíram uma série de estigmas. O poema seria um gênero ora visto como difícil, hermético, oras como simples expressão de meros sentimentos. Aliás, os estigmas também se construíram sobre a figura do poeta. Às vezes, visto como ocioso ou boêmio, outras, até mesmo como um sujeito afeminado. Esses estigmas são fortalecidos pelo desprestígio desse gênero também na escola, onde ele deveria ter lugar de destaque e onde figura pouco ou figura de modo equivocado, porque o estudo dele ocorre quase sempre para vasculhar a dimensão estrutural do texto, observando-se características de escola literária, ou para especulações de natureza temática, num tratamento equivocado, que não contribui para se chegar à dimensão filosófico-estética e existencial que o poema deve criar. Costumo pedir sempre aos alunos que leiam poemas, porque o leitor de poemas é um leitor de percepção apurada. É um leitor que intuitivamente aprende a lidar com a dimensão polissêmica da linguagem e, por essa razão, principalmente – considerando que a leitura do poema amplia o vocabulário ao obrigar o aluno a ver a dimensão subjetiva da linguagem e as múltiplos sentidos que uma palavra é capaz de gerar.

Há algum segredo especial para escrever bem, professor? Vou responder citando o psicolinguista Frank Smith. Ele ensina que aprendemos a escrever observando os recursos de expressão. É claro que alguém pode aprender intuitivamente – lendo, escrevendo, reescrevendo sem o contato com vasta teoria sobre linguagem. Mas esse alguém demorará bem mais do que outro que teve a oportunidade de compreender e exercitar como se constrói o sentido do texto de forma orientada. O “segredo” é este: É ler, escreve e reescrever, observando os recursos de expressão.

Há algum método especial que o senhor usa para os alunos criarem um estilo próprio? Dílson – Criar um estilo é uma preocupação permanente minha, porque o aluno só se reconhece de fato como autor, quando consegue enxergar que o processo de seleção e avaliação dos constituintes do texto é fruto de um trabalho autônomo dele. Para isso, como professor uso várias contribuições da análise do discurso, da semântica e da linguística textual, como suporte para que a autoria seja fator determinante dos textos. Há, aliás, hoje, farta bibliografia sobre isso. E consiste apenas em livros de estilística, não. Velhos e novos autores podem dar sua contribuição. Entre aqueles, cito particularmente Antonio Abalat e o seu A arte de escrever em vinte lições, que li a partir de comentários de Rogel Samuel e Afonso Romano de Sant’anna; entre os novos, Gabriel Perissé e seu A arte da palavra (Ed. Manole), por exemplo. A lista é gigantesca e a ela não devem faltar livros sobre coesão textual e estudos que focalizem a sintaxe numa dimensão discursiva.

É possível ensinar a escrever poesia, professor? È possível ensinar técnica de poesia, isso é possível. Ensinar como se criam metáforas e metonímias, como ocorre o ritmo no poema, como se cria o humor, a intertextualidade, etc. Mas ensinar a ser poeta isso é o destino quem faz.
 

(http://krudu.blogspot.com/2012/01/dilson-lages-monteiro.html)

 

 

 

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VERBETE 'DÍLSON LAGES MONTEIRO',

WIKIPÉDIA:

"Dílson Lages

Dílson Lages Monteiro, também conhecido como Dílson Lages (Barras, Estado do Piauí, 14 de dezembro de 1973) é um poeta, professor e jornalista brasileiro.

Crítico literário, escreveu, de 2003 a 2004, em parceria com o poeta Wanderson Lima [1], a coluna O sabor das palavras, no Diário do Povo, de Teresina-PI [2] e é co-autor do livro Cabeceiras - A marcha das mudanças (1996). O poeta e pesquisador Soares Feitosa [3] fez incluir poemas de Dílson Lages no Jornal de Poesia [4].

É membro da UBE (União Brasileira de Escritores) / Seção do Estado do Piauí e da Associação dos Escritores do Amazonas [5].

Obra

Publicou oito livros:

  • Mais Hum - Poemas (1995)
  • Colméia de Concreto (1997)
  • Os Olhos do Silêncio (1999)
  • O Sabor dos Sentidos (2001)
  • A Metáfora em Textos Dissertativos (2001)
  • Entre-textos – artigos e entrevistas (2005)
  • Texto argumentativo: teoria e prática (2007 - 3ª. ed. - Obra adotada em Escolas de Teresina-PI [6])
  • O morro da casa grande (2009 [7])

Ver também

Ligações externas

(http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADlson_Lages)

 

 

 

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"Quinta-feira, 1 de abril de 2010

O MORRO DA CASA GRANDE

 


Francisco Miguel de Moura*

O título do romance de Dílson Lages lembra a agradável obra clássica de Emily Brontë, “O morro dos ventos uivantes”. Aqui, a sugestão bem me atrai, mas não me parece fácil escrever crítica de romance. Ainda mais porque sabemos da cultura, sensibilidade e criterioso modo de ser e de fazer literatura do Prof. Dílson Lages. Poeta dos melhores da nova geração, e, como divulgador e crítico, um incansável.

A crítica de romance merece muito mais atenção, por ser uma obra superior, assim como uma sinfonia feita de muitas vozes, mas no fundo uma obra ou monumento para ser lido e apreciado pelo povo nela figurante: personagens, história, forma de ser, de agir e d
e reagir. Reúne o clássico ao popular. Como na epopéia. E também porque tratamos do poeta, porém estreando na ficção, com “O morro da Casa Grande”. Romance ou novela? Penso que hoje essas separações não são estanques, nem mesmo quando se referem à ficção menor: conto e crônica. No dia do lançamento, eu dizia que se tratava de um romance de espaço, e citei “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, para exemplificar. Ao encontrar o cachorro “Tubarão”, em companhia de Genésio, lembrei-me da cachorra “Baleia” e Fabiano. E nada mais seria de lembrar, mesmo porque o estilo do mestre Graça é muito seco e o do Dilson é bastante lírico.

Depois de uma segunda leitura, verifico que, de fato, “O morro da Casa Grande” é um obra ficcional de espaço, dentro da conhecida classificação do Prof. Massaud Moisés: romance de t
empo, personagem e espaço. Os personagens mais importantes, aqui, são a cidade de Barras, a Igreja (mais do que a Casa Grande) e a fazenda (ou as fazendas). Mais que os coronéis, elevam-se Genésio (o empregado, o faz-de-um-tudo) e o menino Marciano (neto e bisneto de um dos coronéis). Por isto mesmo é um romance histórico, onde campeia a poesia e cai a ficção para o seu degrau estritamente necessário, como todo romance à clef. Mas é incrível como sua prosa levanta esse passado de Barras, da cidade que se desenvolve e das fazendas que decaem no patriarcalismo em extinção. Sente-se o gosto da terra e da gente fervilhando num passado que morre aos poucos e aos poucos se integra em novas formas de vida, trabalho e expectativas. A reconstituição saudosa, em vida e linguagem, desse passado recente – meado do século XX – é sem dúvida o grande mérito da obra, sem esquecer o estilo vazado com o esmero de mestre: - Claro, escorreito e poético do princípio ao fim, basta uma releitura do 1º capítulo tão elogiado,
e com razão, pelo crítico Rogel Samuel, por seus movimentos: o rio Marataoã se deslocando, as ondas de vento e de luz, o leque da balconista Florisbela fazendo coreografias, a montaria em cadência, os cabelos das carnaúbas... Na verdade, um momento antológico da obra.

Cabe ressaltar que nossa literatura é rica em estilistas. Apesar das grandes diferenças, citamos José de Alencar, Machado de Assis, Graciliano Ramos e O.G. Rego de Carvalho, cujas leituras nos animam a sempre escrever com responsabilidade, paciência e paixão. Eles foram e são nossos mestres, e Dílson Lages deve ter bebido nessas e em muitas outras grandes fontes a prática do estilo e da criação que estimulam o seu talento. Muito mais teria a dizer, mas essas palavras bastam como testemun
ho: “O morro da Casa Grande” é uma obra valiosa e representativa da nova geração de escritores piauienses, filiando-se ao que seria uma epopéia moderna, onde sentimos que todos os acontecimentos estão sendo moldados como unidade estilística e poética, para relevo das tradições e estudo das grandes transformações que sofremos hoje, inclusive na literatura.

Parabéns, Dílson Lages, por sua estréia na ficção.
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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro"
 
 
 
 
 
 
 
 
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Texto argumentativo - teoria e prática, de Dílson Lages,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=iTwqBgDfh3g