[Flávio Bittencourt]

Entre a política italiana e a Máfia está o primeiro-ministro Berlusconi

O homem é perigosíssimo.

 

 

 

 

 

 

 

"QUEM FALA MAL DE BERLUSCONI POR CAUSA DA JUVENTUDE, DA BELEZA (exterior, e, talvez, até "interior") E DA FORMOSURA DOS CORPOS DAS GAROTAS DE PROGRAMA QUE ELE CONTRATA É CLARO QUE DELE TEM INVEJA; mas o problema é que faz parte de "outro departamento" a questão das ligações perigosas do homem com a Máfia (vale dizer, de seus contatos - não-sexuais, porque ele, definitivamente, não é gay - com criminosos-homens)!

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

 

"Quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Berlusconi e suas namoradas de aluguel

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

    

 






 

 

 

 

 

 

 

 

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(em ordem -de cima para baixo - Graziana Capone, Clarissa Campironi, Noemi, [...], Barbara Guerra [...]) 

(...)

 

 

 

 

UM FILME GENIAL SOBRE CAPOS MAFIOSOS:

"Os Chefões (Abel Ferrara, 1996)

Os Chefões pode insinuar, em alguns momentos, um diálogo fácil com outros filmes sobre a máfia, como O Poderoso Chefão e Era Uma Vez na América, mas não recordo de ter visto em algum outro filme um desejo tão intenso de dilacerar os dilemas morais e as fraquezas dos ‘homens de preto’ do submundo do crime como Ferrara o faz neste conto fúnebre de natureza vingativa. É um filme muito, muito simples, que se faz complexo justamente pela crueza que utiliza para retratar o desmorono instantâneo que uma tragédia anunciada proporciona numa família clássica das relações mafiosas – instituição base de muitos filmes do gênero.

O filme se passa no dia do funeral de um dos três irmãos, assassinado, e segue pontuado por fragmentos do passado e do presente que abandonam integralmente a visão romântica da máfia, instalando a fragilidade sentimental e ambígua em meio às relações de conflito interno e externo – que em momentos se unem para finalmente por à prova a explosão individual e coletiva em conseqüência da descrença da qual bebem as duas figuras centrais, os personagens de Christopher Walken [sublime, perfeito, como sempre – aliás, ainda acho que esse rosto foi moldado, não pode ter nascido pronto. Uma face e um olhar que comunicam tudo] e Chris Penn. (...)".

(http://multiplot.wordpress.com/2008/05/12/os-chefoes-abel-ferrara-1996/)

 

 

 

 

 

20.3.2011 - Quando Berlusconi contrata maiores de idade para com ele ficar, não há problema algum - Pelo contrário, em razão dessa preferência daquele italiano homem de Estado, são divulgadas, pela imprensa e pela Internet, fotos de moças que visualmente agradam. (Os problemas residem nos homens feios dos quais parece que ele é amigo: ESSES PODERIAM SER ATÉ BONITOS; MAS O PROBLEMA, segundo Petra Reski [LEIA ENTREVISTA TRADUZIDA PARA O PORTUGUÊS E TRANSCRITA LOGO A SEGUIR] É QUE OS CAVALHEIROS DE QUE SE TRATA SÃO chefetes intermediários, CAPOS, PADRINHOS, COMENDADORES E DONS DO CRIME ORGANIZADO).  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

REVISTA CARTA CAPITAL,

ENTREVISTA DE PETRA RESKI

CONCEDIDA A PAOLO MANZO

(FEV. / 2011):

"Berlusconi é o braço entre política e Máfia

14 de fevereiro de 2011 às 9:04h

por Paolo Manzo, em CartaCapital

A Itália de Berlusconi continua encenando um interminável e deplorável espetáculo que a cada dia se enriquece com novas histórias de orgias organizadas pelo premier e outras aventuras sexuais do próprio. O governo está entregue à tentativa de sobreviver graças a uma maioria costurada à base da compra de parlamentares e tramoias variadas, enquanto se cogita de novas leis para garantir a impunidade de Berlusconi. A Itália teve o pífio crescimento de 1% em 2010 e a inquietação reina tanto entre os empresários quanto entre os trabalhadores.

Nesta moldura vale registrar o que escreve uma jornalista alemã, Petra Reski, do semanário Die Zeit, especialista em criminalidade organizada, autora do livro Máfia – Padrinhos, pizzarias e falsos padres, que a editora carioca Tinta Negra acaba de publicar. Segundo o Frankfurter Allgemeine, trata-se do melhor já dedicado ao tema. Como não podia deixar de ser, Silvio Berlusconi cabe também neste enredo.

Outra personagem execrável é o mafioso Vittorio Mangano, pluri-homicida falecido há 11 anos na prisão depois de ter oficialmente exercido a função de cavalariço na residência de campo do premier, em Arcore. Antes disso, havia se destacado nos anos das chacinas e atentados, 1991 e 1992.

Dois juízes assassinados exatamente neste período são os heróis do entrecho, Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, colegas no pool antimáfia, ambos responsáveis pelo maxiprocesso que em 1987 condenou 360 mafiosos a 2.660 anos de cárcere. Foi Borsellino quem definiu Berlusconi como “uma das cabeças de ponte na organização mafiosa no Norte da Itália”. Com a palavra Petra Reski, há algum tempo constantemente ameaçada de morte.

CartaCapital: A senhora acompanhou os eventos dos anos de Borsellino e Falcone?

Petra Reski: Sim, em 1989 me transferi para a Sicília, como correspondente da revista alemã Stern. Havia Borsellino e Falcone ainda vivos. Um momento de grande entusiasmo pouco antes da queda do Muro do Berlim, tinha-se a impressão que o curso da história poderia mudar.

CC: No entanto, passados mais de 20 anos, falava-se da “Primavera de Palermo”. Qual é seu balanço?

PR: No que se refere à Máfia, infelizmente nada mudou. Pelo contrário. A Máfia tem essa formidável capacidade de se adaptar às mudanças. Num certo sentido até antecipa os tempos em relação aos políticos. Os mafiosos sempre foram muito hábeis em desfrutar a globalização em sua própria vantagem. Eu sou rea-lista, e já depois dos assassinatos de Falcone e Borsellino, em 1992, percebia que a luta contra a Máfia estava declinando. Em 1994, Berlusconi entrou na política, o que foi devastador para a luta contra a criminalidade organizada.

CC: Por quê?

PR: A primeira mensagem que Berlusconi lançou foi: “Chega de associar a Sicília com a Máfia, a Sicília é outra coisa”. Esta é uma mensagem que nas entrelinhas queria dizer: “Vamos parar com essa concentração de luta contra a Máfia”. Uma mensagem devastadora. Conhecendo bem o cenário na Sicília, -ninguém poderia imaginar que algo pudesse ser feito sem a sustentação da Máfia. Quando todas as cidades e os lugarejos da Sicília foram embandeirados por Forza Italia, o primeiro partido com o qual Berlusconi venceu as eleições, em 1994, entendeu-se que ele contava com o apoio da Cosa Nostra. Porque, se você não está com a Máfia, na Sicília, as bandeiras dos partidos são queimadas. Além disso, os ataques que há anos Berlusconi lança contra a magistratura e as instituições favorecem muito a Máfia.

CC: Quem era Mangano?

PR: Naquela época, uma jornalista havia me falado que na casa de Berlusconi vivia um mafioso. Parecia-me impossível, mas comecei a trabalhar no caso e contemporaneamente aparece o papel de Mangano, como conexão entre a Máfia siciliana e um pool de empreendedores da Itália do Norte. Ele era a ponte. Quem descobriu que o cavalariço de Berlusconi na Villa di Arcore era um pluri-homicida foi justamente Borsellino.

CC: A última entrevista televisiva que Borsellino concedeu dois meses antes de morrer falava justamente dos cavalos de Mangano.

PR: Sim, os famosos cavalos, ou melhor, as grandes remessas de cocaína, mas principalmente explica a conexão entre a Máfia siciliana e os empreendedores do Norte, entre os quais Berlusconi. Aquela foi uma mensagem importante, a última da vida do juiz Borsellino.

CC: No seu livro, a senhora entrevista as filhas e a mulher de Mangano.

PR: Sim, e tive a clara sensação de que havia uma mensagem transversal que na realidade elas pretendiam enviar a Berlusconi, quase uma ameaça, como se dissessem “querendo, poderíamos contar toda a verdade”.

CC: Mas Mangano morreu em 2000.

PR: Sim, entrevistei as mulheres da sua família em 1999. Ele se encontrava ainda na cadeia e elas concederam a entrevista por uma razão bastante clara. Queriam que Mangano saísse da cadeia já que estava muito doente. Foi um verdadeiro e próprio spot. As filhas de Mangano eram perfeitamente crescidas na cultura mafiosa. Lembro que Cinzia, a filha do meio, era a mais atrevida. Contou que quando Falcone foi morto estava com um amigo na praia. E este amigo lhe disse: “Agora está tudo acabado”. Ela o interpretou como se tudo tivesse terminado, não para a antimáfia, mas para a Máfia contrária a Totò Riina, que estava associado a Mangano. Percebi, em todo caso, algo como uma chantagem encoberta. Disseram-me várias vezes que lembravam perfeitamente quando almoçavam ou brincavam com o filho de Berlusconi, Piersilvio, hoje na direção do império mass-mediatico Mediaset. Deixavam entender ter uma grande familiaridade com os Berlusconi. E diziam que Vittorio, mesmo tendo recebido pressões por parte dos magistrados, nunca teria falado, enlameando o nome dos Berlusconi, e jamais se tornaria colaborador de Justiça. As moças até trabalharam em Milão numa empresa de limpeza que pertencia a Dell’Utri…

CC: Marcello Dell’Utri, senador, chegadíssimo a Berlusconi, foi condenado em duas instâncias por suas relações com a Máfia.

PR: Encontrei-o durante o processo no Palácio de Justiça, em Palermo. Estava no corredor, me aproximei, mas não quis falar comigo. Além do mais, quando saiu o meu livro na Itália, anunciou uma ação judiciária contra mim. Ameaça descumprida. Berlusconi foi utilizado por Dell’Utri e agora está envolvido até o pescoço. Dell’Utri é a mente do sistema, não Berlusconi.

Fonte: Portal Vi o Mundo". 

(http://www.dihitt.com.br/barra/berlusconi-e-o-braco-entre-politica-e-mafia)

 

 

 

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MATÉRIA PRÓXIMA (título):

A monumental incompetência da polícia SCOTLAND YARD,

que matou Jean Charles

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://007bondeblog.blogspot.com/2010/04/indigna-e-nojenta-scotland-yard.html)

 

 

Tributo a Jean Charles de Menezes na estação do metrô de Stockwell, em Londres

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://blog.primeiramao.com.br/index.php/tag/scotland-yard/)

 

 

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Morte de Jean Charles foi uma ‘tragédia terrível’, diz responsável pela operação

Postado em 06 outubro 2008 por Redação Portal Primeiramão

Giovani e Maria Otone, irmão e mãe de Jean Charles, em Londres 

 

 

 

 

 

 

 

"LONDRES (AFP) – A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, baleado pela Polícia em 2005, depois de ter sido confundido com um terrorista foragido, foi uma “terrível tragédia”, reconheceu hoje, o oficial da Scotland Yard responsável pela operação". 

(http://blog.primeiramao.com.br/index.php/tag/scotland-yard/)