[Flávio Bittencourt]

Ela

Mademoiselle Bécassine, eu gosto de você.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Mon Oncle

 

 

 

 

 

 

(http://www.moviemail-online.co.uk/film/dvd/Mon-Oncle/)

 

 

 

 

 

 

Becasse au vol - Woodcock in flight

[GALINHOLA (expressão coloquial, utilizada em Portugal,

para designar a ave Scolopax, que é um pouco maior do que

uma codorna e menor do que uma galinha) VOANDO, sendo que,

na França, as expressões 'BÉCASSEe 'BÉCASSINE' são adjetivos

cujos significados aproximados são 'TOLA', 'AVOADA', 'DESASTRADA' etc.],

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=267kXRIT4yQ&NR=1&feature=fvwp

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

(http://betty-sblog.blog50.com/nos-petites-madeleines/)

 

 

  

 

 

 

 
O avião Mehari, avaliado em US$ 300 mil, é o primeiro de acrobacias projetado e construído no Brasil. Seu hangar fica na Região Central de Minas
(http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=840130&page=227)

 

 

 

 

 

 

 

AVE CUJA EXISTÊNCIA FOI

ANUNCIADA EM 1758 PELO

SÁBIO DR. LINEU, QUE A DENOMINOU

SCOLOPAX, CHAMADA DE BÉCASSE

NO PAÍS DO LÍDER GAULÊS

VERCINGETORIX: 

 

"Scolopax
Woodcock earthworm.jpg
Scolopax rusticola
Clasificación científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clase: Aves
Orden: Charadriiformes
Familia: Scolopacidae
Género: Scolopax
Linnaeus, 1758"

(http://es.wikipedia.org/wiki/Scolopax)

 

 

 

 

 

 

"QUEM MERECERIA SE CASAR COM BÉCASSINE QUANDO ELA COMPLETASSE VINTE ANOS? O SÉRIO, RESPEITADOR E CORAJOSO - de resto, como ela igualmente o era - TINTIM (Tintin), É CLARO, porque o generoso Príncipe Valente foi de uma outra época! (E COMENTA-SE QUE ELA TRABALHOU NA CASA DE MONSIEUR HULOT.) [DIR. DE CINEMA STEVEN SPIELBERG, ESSA DICA É PARA O SR.!]"

 

(COLUNA "Recontando...")

 

 

 

 

 

 

 

http://4.bp.blogspot.com/-JnA10aWY47Y/TdIxFwRg_uI/AAAAAAAAADM/Ay4jU1wO5sw/s1600/Tintin%2BMovie.jpg

(http://teaser-trailer.com/tintin-movie-trailer/)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://filatelismo.com/artigos/10-selos-mais-caros-sempre)

 

 

 

 

 

fr-stamp-2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"(....) From Pazzolina. This is Becassine, and I guess it’s from an old comic in France coz this stamp commemorate 100 year old of Becassine in 2005… so it means the comic has exsited since 1905.. amazing! Becassine is a very naive girl who left Brittany to work in Paris as a maid, and having alot of (mis)adventures in Paris because she’s a countrygirl and hardly manages herself in a big city. I would love to read this comic! (....)"

(http://postcrossing.ilyani.net/tag/comics/page/2/)

 

 

 

 

MONSIEUR HULOT, PERSONAGEM 

INTERPRETADO POR SEU CRIADOR,

JACQUES TATI, MOCINHA PURA E ENCANTADORA E

SENHOR DE CHAPÉU (dois outros

personagens)

 Mon Oncle

 

 

 

 

 

 

                    

 

 

 (http://www.moviemail-online.co.uk/film/dvd/Mon-Oncle/)

 

 

 

 

 

 

                  HOMENAGEANDO TODAS AS MENINAS DA FRANÇA -

                  AS VIVAS, AS QUE NÃO MAIS O SÃO E AS

                  QUE VIVERAM EM TEMPOS PRETÉRITOS -,

                  OS GRANDES ARTISTAS

                  JACQUELINE RIVIÈRE

                  (nascida Jeanne Joséphine Spallarossa, 1851 - 1920 [*]),

                  JOSEPH-PORPHYRE PINCHON (1871 - 1953),

                  CAUMERY (MAURICE LANGUEREAU, 1867 - 1941) E

                  JACQUES TATI (JAQUES TATISCHEFF, 1907 - 1982),

                  ABRAÇANDO CALOROSAMENTE O AMIGO              

                  ATHOS EICHLER CARDOSO,

                  TAMBÉM PELA BONDADE DE ME TRAZER, DA CAPITAL FRANCESA,

                  CHAVEIRO COM UMA ADORÁVEL PERSONAGEM -

                  de braços abertos (É DA PRÓPRIA BÉCASSINE QUE SE FALA!) -, COMO

                  OS REALIZADORES CINEMATOGRÁFICOS STEVEN SPIELBERG E  

                  PETER JACKSON E                

                  AGRADECENDO A W. GABRIEL DA SILVA,

                  PELO ARTIGO SOBRE O CENTENÁRIO

                  DA CADA VEZ MAIS JOVEM BÉCASSINE,

                  A QUEM A CADA DIA QUE PASSA MAIS ADMIRO

 

[*] - Informação haurida no verbete 'Bécassine (bande dessinée)'

(em francês), da Wikipédia,

http://fr.wikipedia.org/wiki/B%C3%A9cassine_%28bande_dessin%C3%A9e%29

 


8.7.2011 - Os franceses amam Bécassine - Eu não sou francês, mas também gosto muito de Bécassine. (O PRÍNCIPE VALENTE TAMPOUCO É FRANCÊS - e é da época da saga do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda -, MAS APRESENTA ATRIBUTOS BECASSINEANOS: é bondoso, intrépido, honesto (NÃO ENRIQUECEU DE FORMA ABSURDA, MUITO RAPIDAMENTE) e corajoso, ou seja, ambos são como Tintim, a quem eu, se fosse o pai da criada nascida na Bretanha [NÃO CONFUNDIR COM GRÃ-BRETANHA... - *rs*] entregaria a mão dela, em casamento, sem maiores precupações.)  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

ARTIGO DE W. GABRIEL DA SILVA,

ESCRITO POR OCASIÃO DO CENTENÁRIO

DA CRIAÇÃO DA SENHORITA BÉCASSINE

(2005)

 

 

"Cultura

BECASSINE
Uma jovem de 100 anos

Aniversário de uma menina que não envelhece e mantém viçosa sua candura sempre atraente. Contraste com o atual mundo do horrendo, onde pululam gibis de monstros, filmes e videogames demoníacos.

 

  • W. Gabriel da Silva

Tio Corentin: "Linda menina, disse ele fazendo-a saltar em seus braços... e que tem lá seu peso! Pena que esse nariz... ou melhor, não tem nariz!" (Por ironia, Aninha foi apelidada "Becassine", nome de uma ave dos charcos, de bico notavelmente longo).
A
França está comemorando os 100 anos de Becassine, a popularíssima heroína das histórias para crianças, que encanta igualmente os adultos.

Várias exposições a seu respeito foram organizadas em Paris e outras cidades ao longo deste ano.

Catolicismo [NOME DE REVISTA, COMO O NOME INDICA, CATÓLICA] já tratou dela em seu número 343, de junho de 1979, mostrando o que a diferencia das outras histórias em quadrinhos, em geral nocivas à educação da infância e da juventude.

As histórias dessa simples criada bretã, ao contrário, contêm lições para a vida, de uma riqueza extraordinária.

Assim, deixo de lado esses aspectos fundamentais, que o leitor interessado poderá consultar em sua coleção de nossa revista, ou pedir cópia à Redação.

Apresentação de Becassine

Quem é Becassine? Por que ficou tão famosa? Por que continua atraente e atual, um século após sua aparição?

Becassine veio à luz em 2 de fevereiro de 1905 de modo inteiramente fortuito, no primeiro número de um novo semanário para meninas, “La Semaine de Suzette”.

Às vésperas da publicação, a chefe da redação, Jacqueline Rivière, deu-se conta de que nada havia sido pensado para a quarta capa da revista! Improvisou então um sketch, uma pequena história em torno de uma jovem bretã contratada como criada para a casa de uma prestigiosa dama, a marquesa de Grand-Air. Feita a composição, a redatora entregou-a ao desenhista da editora, Joseph-Porphyre Pinchon (1871-1953), encarregando-o de ilustrar a matéria. Foi a ocasião para manifestar-se o gênio de Pinchon, ao criar a ingênua e simpática figura de Becassine: cara redonda como a lua, nariz minúsculo, boca invisível, e perpetuamente vestida conforme o costume de sua aldeia de origem: touca branca, vestido verde de tecido pesado com faixas pretas, avental branco com uma faixa vermelha, guarda-chuva vermelho e sapatões camponeses que mais parecem botas...

Inocência e bom senso

Carmencita Gonzales
Becassine
tira seu nome de uma ave migratória comum na Bretanha, bécasse. Mas em francês as palavras bécasse e bécassine tomam um sabor especial, pois indicam na linguagem popular a pessoa bobinha, desajeitada.

No caso da nossa personagem, esse aspecto fortemente negativo vem contrabalançado por uma índole inocente e cheia de bom senso, com uma bondade de coração capaz de extremos de dedicação, como igualmente de atos de bravura.

Quando se trata de educar a pequena Loulotte, órfã adotada pela marquesa, Becassine revela-se de um instinto maternal tocante
Jean-Louis
A primeira figura de 1905 fez sucesso junto às meninas que liam “A Semana de Suzette”, exigindo sua aparição mais freqüente. Mas essa quota modesta de celebridade continuou limitada até 1913, quando a página despretensiosa da publicação para meninas e mocinhas deu lugar ao primeiro álbum de uma história mais elaborada e enriquecida por novos personagens.

Ao traço firme e expressivo de Pinchon juntou-se a riqueza do cenário e do texto de Caumery, anagrama de Maurice Languereau (1867-1941). A dupla Pinchon-Caumery dotou a heroína de uma personalidade mais atraente e complexa que a camponesa simplória de 1905. Com o primeiro álbum vêm seu nome de família, os parentes, a aldeia, os habitantes da aldeia, mais tarde a casa da marquesa com seus criados, seus amigos, suas relações, seus passeios, suas viagens (ver Catolicismo citado) — o mundo de Becassine vai se ampliando à medida que ela mesma se coloca diante do mundo em transformações de seu tempo.

Não se curvou às modas

Mme. Laverech
M. Proey-Minans
Em 1905 ainda existiam os grandes impérios: colonial britânico, austro-húngaro, alemão, russo. Em 1913 já haviam surgido o automóvel e o avião. Pouco depois a primeira guerra mundial imporia novas mudanças não só aos regimes políticos, mas também à sociedade, aos costumes, às psicologias. Assim vieram os “anos loucos” de entre as duas guerras, em que surgiu a arte moderna, e passaram a ditar a modo o cinema e o american way of life. Enquanto isso, crises políticas e econômicas, como a de 1929, sepultavam os últimos refúgios dos belos costumes tradicionais ou aristocráticos, para dar lugar a um estilo de vida trepidante, “nouveau riche” ou mesmo proletário. Embora movendo-se desembaraçadamente nesse novo mundo, Becassine conservou sempre seu profundo amor ao estilo de vida tradicional, indiferente às modas do tempo.

M. de la Haute-Science
Major Tacy-Turn
A riqueza de personalidade e o modo super-atraente de apresentar a vida da época aparecem nos cenários mais incríveis e variados: Becassine familiariza-se com os inventos recentes, dirigindo automóvel, viajando de trem e de avião; esquiando na Suíça; servindo como cobradora de bonde ou fotógrafa aérea junto ao fleugmático major inglês Tacy-Turn; levando os pitorescos habitantes de sua aldeia natal, capitaneados por seu tio Corentin, para visitar a exposição universal em Paris. Em todas as situações, revela-se um exuberante universo de almas, cujo conhecimento corresponde ao que de mais interessante e útil se pode apreciar na vida.

Fidelidade e bondade

Marie Quillouche
Pedro l'Espanhol
As histórias de Caumery e Pinchon (este último associado sempre ao escritor, de tal modo o desenhista exprimiu bem as psicologias e estados de espírito) dosam na perfeição humor e pedagogia, aventura e virtudes domésticas. Suas relações com Madame Grand-Air, por exemplo, representam o contrário da mesquinhez, da inveja e da revolta insuflada pela luta de classes. O devotamento com que Becassine serve sua senhora é de uma dedicação e uma fidelidade filiais, mesmo quando a patroa perde toda a sua fortuna em conseqüência das transformações sociais acima aludidas, impostas à sociedade. Ela ensina cada um a amar a condição em que nasceu, e não se envergonha em dizer que foi feita para obedecer. “Apaixonada e cativante, ingênua mas também engenhosa, sentimental mas corajosa, conservadora mas cheia de fantasia, cabeça-dura mas de uma bondade a toda prova”–– são traços que revelam contrastes harmônicos da alma de nossa heroína, segundo um crítico(1). Quando se trata de educar a pequena Loulotte, órfã adotada pela marquesa, Becassine revela-se de um instinto maternal tocante. Qualidades que a tornam sempre atual, indiferente ao mundo, como a reforçar “o perfume de doce nostalgia que exala de sua leitura”, de acordo com o citado comentarista.

Modernidade X velha França

Baronne Lémable
A valente Becassine
Tudo isso, entretanto, não representa senão alguns aspectos do imenso tesouro que as histórias de Becassine souberam retratar em episódios da vida diária, com fina penetração de espírito, até a segunda guerra mundial. Caumery e Pinchon criaram uma multidão de personagens — 1.200 no total! — interessantes e pitorescos, que ocupam 1.500 pranchetas de quadrinhos para compor 25 álbuns. A publicação só foi interrompida pela invasão das tropas alemãs na segunda guerra mundial.

O que pensam de Becassine os franceses modernos?

A popularidade da mais antiga heroína de histórias em quadrinhos mostra o quanto ela é apreciada por uma parte da população. A França, entretanto, é um país profundamente dividido. Também numerosos são aqueles que detestam Becassine e vêem nela uma idiota provinciana que só faz asneiras. Esse desprezo, a meu ver, mal disfarça um ódio revolucionário profundo. Becassine, sem que talvez seus próprios criadores suspeitassem, é um símbolo da velha França –– a França da ordem, na qual floresceram santos e heróis.

 

Notas:

(1)     Laurent Dandrieu, Bécassine dans le siècle in “Le Spectacle du monde”, paris, março de 2005.

 

Tio Corentin: "Linda menina, disse ele fazendo-a saltar em seus braços,... e que tem lá seu peso! Pena que esse nariz... ou melhor, não tem nariz!" (por ironia, Aninha foi apelidada "Becassine", nome de uma ave dos charcos, de bico notavelmente longo)."

(http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=856D4BDA-E903-95A7-3CA5564A049E998C&mes=Agosto2010)