“Este é, seguramente, o dia mais feliz de minha vida pública”, declarou o jornalista Deoclécio Dantas, ao tomar posse, sábado passado, na cadeira número 15 da Academia Piauiense de Letras. A sessão foi realizada sob a presidência do acadêmico Oton Lustosa, no auditório da própria Academia, que ficou lotado.
Deoclécio Dantas discorreu sobre o início de sua carreira no jornalismo, quando tinha apenas 17 anos de idade, e relatou as experiências vividas na imprensa piauiense, no jornal, no rádio e na televisão. Também falou sobre a sua relação com a Academia, que vem de muitos anos, e do 1º Plano Editorial do Estado, lançado no início dos anos 70, quando ele presidiu a Comepi (Companhia Editora do Piauí).
O discurso de saudação ao novo imortal foi feito pelo jornalista acadêmico Zózimo Tavares. Ele enalteceu a contribuição de Deoclécio Dantas ao jornalismo, à cultura e à política. O novo acadêmico foi às lágrimas quando ouviu, em meio ao discurso de Zózimo, a reprodução de uma gravação de 1973 do “Correspondente Pioneira”, apresentado por Carlos Augusto e ele.
Zózimo destacou também a atividade política do novo acadêmico, assinalando que ele foi vereador de Teresina, deputado estadual por dois mandatos e vice-prefeito, na primeira eleição que restabeleceu as eleições diretas para prefeito das capitais. Também acentuou que, mesmo estando afastado da vida partidária há mais de 20 anos, Deoclécio é sempre um nome lembrando, quando o assunto é ética na política.
Deoclécio Dantas foi eleito para a Academia Piauiense de Letras em maio passado. Ele tomou posse na cadeira número 15, que tem como patrono Antônio Borges Leal Castelo Branco. Seus ocupantes foram, sucessivamente, o poeta Nogueira Tapety, o desembargador Cristino Castello Branco, o jornalista Carlos Castello Branco e, por último, o jurista e professor Benjamin do Rego Monteiro.