“Ensiumado”, sabe-se lá por que razão, um “experto”, contudo inexperiente jornalista, naquele dia, resolveu “extragar” a coluna jornalística em que escrevia. Tentei avisar ao revisor do jornal que um enciumado profissional, não esperto o suficiente, mas muito despreparado gramaticalmente, poderia, sim, estragar, não somente a coluna com a qual colaborava, mas a credibilidade e o respeito conseguidos, a muito custo, pelo diário. Mas qual o quê? Parece que, de fato, para comunicar-se com o setor de revisão ou com a mencionada coluna, fazer críticas, reclamações, enviar colaborações ou sugestões, só buscando o facebook ou twitter, porque pelo usual e comum e-mail ou por via telefônica, isso se mostrou impossível: quem sabe não fosse o estado de permanente ocupação aliado ao grau de importância da figura do revisor que o tornava inacessível? Pensando bem, se ele fosse mesmo onipresente, como explicar erros gramaticais tão crassos?
     E agora? Não tenho conta nem inscrição em nenhum desses elos das redes sociais; até porque acreditava que isso não tinha tamanha importância. Ledo engano: ou você está cadastrado, é usuário de uma dessas tecnologias, ou sequer poderá ajudar ou alertar a quem julgue estar precisando de ajuda. Tudo bem. Calo-me, para somente pensar bobagem; mas, não sem antes arrolar outros pitacos, senão relevantes, interessantes, originados na mídia. 
     Dia desses ouvi, ou li, sei lá, que o tribunal regional eleitoral piauiense estaria pensando em mudar os locais onde, há anos, sucessiva e, cansativamente, votamos, no mais das vezes, em políticos vazios. A intenção seria arrumar as seções por ordem alfabética, contando, cada uma delas, com, no máximo, quinhentos eleitores. Dizia a autoridade autora do projeto que tal providência visava reduzir custos do tribunal. Alegava que, no Piauí, cento e vinte mil urnas – outro erro de revisão do meio de comunicação, número tão absurdo? – poderiam ser extintas: ou por contarem com poucos eleitores ou por tê-los em excesso. Quanto ao eleitor, o autor da sugestão não falou nada. Deve ter pensado: dane-se, ora bolas. Como sempre.
     Lá em casa somos quatro eleitores, todos com nome começando por letra diferente; logicamente, por uma questão de inteligência, racionalidade e, claro, de economia, fizeram-nos votar no mesmo local, próximo de nossa residência. Acabou a mamata, diria o magistrado: se o eleitor é obrigado a votar, ele deve fazê-lo onde a Justiça eleitoral “mandar”; ou, então, caso não queira sair de seu lar para votar em uma seção eleitoral situada na caixa prego, perto do quinto dos infernos, léguas de distância, que se abstenha e assuma os riscos. Haja discernimento! Tomara esse malsinado projeto não vingue. Tomara.
     Também li a informação de que o custo das novas secretarias e órgãos similares que o novo governante municipal criaria, orçaria em quinhentos milhões de reais mensais. Diacho, só poderia ser novo erro de redação. Noticiou outro profissional, no mesmo período, que das contas da empresa de água, esgotos e saneamento do Piauí - a AGESPISA – haviam sido sequestrados, para pagamento de credores, duzentos e cinquenta e três milhões de reais. Que tanto dinheiro seria aquele, Deus do céu, ainda mais de uma empresa que, voz comum assevera, anda às portas da insolvência?
     A última. Durante a primeira entrevista do novo treinador das seleções brasileiras de base, Alexandre Gallo, ele falou que, em sua gestão, no momento da convocação, será levado em consideração o comprometimento do atleta em detrimento de sua qualidade e condição técnica. Faça isso, companheiro, convoque canelas de pau, supostamente comprometidos, e nenhum craque e verá quantos torneios ganharemos.
     Como não cogito deixar de ler nossos jornais, nem de ouvir rádios ou de ver televisões; tampouco pretendo tomar por não críveis muitas informações prestadas ou “postadas” por valorosos profissionais da mídia impressa, visual ou falada, ou por seus colaboradores, deixarei de ser tão ranzinza e crítico. Pelo menos, por enquanto.
                                                     Antônio Francisco Sousa – Auditor-Fiscal ([email protected])