DA CAUSA AO CAOS: O EXEMPLO BRASILEIRO
Por Cunha e Silva Filho Em: 09/10/2016, às 16H27
CUNHA E SILVA FILHO
Por mais que os defensores do lulopetismo afirmem que não têm nada ver com o caos financeiro de alguns estados da Federação – e citaria o exemplo paradigmático do Estado do Rio de Janeiro -, qualquer pessoa, qualquer leitor leigo em economia, em ciências políticas, porém que seja regular leitor de jornais, revistas e acompanhe a mídia, as redes sociais, os blogs, os sites, e até os jornais internacionais e tenha boa percepção da realidade brasileira, não se furtará a ratificar que os governos de Lula e Dilma são efetivamente não somente os responsáveis diretos pelo desmoronamento das finanças públicas do país., mas principalmente em razão de se comportarem mal como chefes de Estado.
A instauração da política minúscula, aliada a desídias praticadas continuamente contra o Tesouro Nacional, quer dizer, o poder exercido pelo que se poderia denominar “criminalidade de governança,” cujos exemplos mais gritantes são do conhecimento da sociedade brasileira. Agora, mais do que nunca, está a nação sentindo na carne os efeitos deletérios de como não se deve gerir um país, máxime governar um país das dimensões de nosso. Os males de que foram responsáveis os dois mandatários petistas mais que revelam até que ponto podem chegar governos incompetentes, oportunistas e falaciosos.
Não só oportunistas, porém conduzidos por orientação nefasta e demagógica, da empulhação e da rapinagem tipificados nos escândalos do Mensalão, do Petrolão e da prática contumaz da improbidade administrativa impune. Não houve, durante toda a história política nacional, um partido que tantos males provocou nos fundamentos do nosso arcabouço administrativo, nas contas públicas no nos gastos astronômicos. Aí se incluem as despesas faraônicas do governo federal, estaduais e municipais, com a preparação para a Copa mundial e, em seguida, com as Olimpíadas.
Ora, todo esse custo redundou em prejuízos enormes aos cofres públicos. A par disso, as obras realizadas não se fizeram com lisura, pois há forte indícios de superfaturamentos e desvios do dinheiro público. Por outro lado, o inchaço do Estado Brasileiro com o aumento substancial e desnecessário do número de ministérios, os altos salários pagos aos três poderes nas suas faixas mais altas, as ajudas a governos de esquerda que se beneficiaram do suposta esquerda brasileira representada pelo PT foram fatores determinantes do colapso financeiro que venho reiterando neste artigo.
Para quem era leitor assíduo do Jornal do Brasil, todo esse imbróglio em que está encalacrado o país e suas finanças já vinha sendo atentamente denunciado por jornalistas corajosos, intelectuais de renome e mesmo por chargistas. O jornalista, ficcionista e tradutor Fausto Wolff (1940-2008) o ficcionista Antonio Torres, o tradutor e ensaísta Ivo Barroso e um excelente chargista de cujo nome não me recordo agora, foram vozes dissonantes e altivas, entre outras, que se levantaram contra os primeiros sinais dos malefícios que o lulopetismo estava preparando para o país.
Tudo o que aquelas vozes lúcidas já denunciavam sobre os desacertos do petismo foi posteriormente confirmado nos anos seguintes do poderio lulista-dilmista: um partido governando o país graças a manobras indecorosas e a falcatruas com vistas a desviarem dinheiro público para se perpetuar no poder sob a forma de pressão contra empresários que se deixaram corromper graças ao esquema de corrupção de mão dupla.
Ou seja, manter-se no poder por longos anos e locupletar-se do Tesouro nacional era uma das metas do lulopetismo que tinha como disfarce o populismo, os fisiologismo, o nepotismo, a inclusão social, as cotas da educação, o apoio, com objetivos populistas às minorias, à libertinagem, a deslavada compra de partidos para fortalecer à chamada base aliada, a fim de aprovar o que desejasse tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, O vale-tudo da malandragem da politicalha do petismo era sua bandeira. O seu aparente esquerdismo só era de fachada.
No fundo, adoravam as delícias dos produtos do capitalismo com viagens milionárias dos presidentes e sua comitiva nos melhores hotéis da Europa e de outros continentes. Para tanto, não poderia haver lisura, probidade e compostura ética. Tudo isso foi lançado às favas. O que importava era o poder para o enriquecimento ilícito de uma espécie de quadrilha organizada, de um esquema cleptocrático, conforme assim definiu o ministro Gilmar Mendes e, como outro disfarce, distribuir migalhas ao povão, miserável e analfabeto, presa fácil dos esbulhadores e vigaristas no trato da coisa pública. De disfarce em disfarce, o petismo conseguiu por um tempo sustentar-se no Palácio da Alvorada. Gastou muito, gastou mal, gastoucrruptamente.. O seu desfecho trágico era uma morte anunciada.
Entretanto, a mentira tem pernas curtas, de tanto dilapidar o dinheiro do brasileiro e escangalhar as contas públicas, de tanto praticar a improbidade tinha que vir à tona pelos observadores políticos e pela própria sociedade, através das manifestações em massa, todo um esquema monstruoso, de falcatruas que resultaram na megaoperação Lava Jato que, até hoje, tem se dedicado a prender os ladrões da nação e entregá-los - políticos e empresários corruptos - à Justiça e, quando necessário, trancafiá-los por peculato, lavagem de dinheiro ou formação de quadrilha.