Meu primeiro professor de Budismo foi um comunista ateu, meu professor de história no Colégio Estadual do Amazonas e se chamava Rodrigo Otávio. Ele era um orador brilhante. Deu uma aula sobre a vida do Buda, que ele nomeou com todas as letras: “Sidharta Gotama Sakyamuni, o Buda, o Desperto”.
Depois falou das Quatro Nobres Verdades.
Aquilo me impressionou. Nunca esqueci. Lembro-me até hoje. Eu devia ter 15/16 anos.
Com 18 anos vim para o Rio sozinho fazer o vestibular de letras, morei em sórdidos quartos alugados, quase passei fome, logo comecei a dar aulas no Calabouço, em cursinhos e colégios, sobrevivendo à ditadura militar...
Virei vegetariano, participei da diretoria da Cooperativa dos Vegetarianos, que ficava na Praça Tiradentes, em frente à Sociedade Teosófica, onde morava o recém chegado monge Anurudha.
Um dia, com um grupo de amigos íamos acampar numas grutas no estado do Rio, mas começou a chover e o Genaro Quintanilha nos convidou a mudar de planos e ingressar num retiro “com um certo monge budista” que ia ser realizado em Araruama.
O monge era o Ven. Anurudha e então fomos inscrever-nos.
Chegando lá me impressionou aquele estranho e alto homem quase negro, vestido de manto amarelo, que se curvou à nossa chegada e como ia começar o puja, tivemos de assistir.
O Ven. cantava tristemente os sutras e aquela entoação era verdadeiramente hipnótica, como se viesse do fundo da noite escura de 2500 de história da Índia antiga e evocava um ensinamento e um mestre que saía como que de dentro de nossas próprias mentes...
Sobre o retiro eu conto depois.
Depois falou das Quatro Nobres Verdades.
Aquilo me impressionou. Nunca esqueci. Lembro-me até hoje. Eu devia ter 15/16 anos.
Com 18 anos vim para o Rio sozinho fazer o vestibular de letras, morei em sórdidos quartos alugados, quase passei fome, logo comecei a dar aulas no Calabouço, em cursinhos e colégios, sobrevivendo à ditadura militar...
Virei vegetariano, participei da diretoria da Cooperativa dos Vegetarianos, que ficava na Praça Tiradentes, em frente à Sociedade Teosófica, onde morava o recém chegado monge Anurudha.
Um dia, com um grupo de amigos íamos acampar numas grutas no estado do Rio, mas começou a chover e o Genaro Quintanilha nos convidou a mudar de planos e ingressar num retiro “com um certo monge budista” que ia ser realizado em Araruama.
O monge era o Ven. Anurudha e então fomos inscrever-nos.
Chegando lá me impressionou aquele estranho e alto homem quase negro, vestido de manto amarelo, que se curvou à nossa chegada e como ia começar o puja, tivemos de assistir.
O Ven. cantava tristemente os sutras e aquela entoação era verdadeiramente hipnótica, como se viesse do fundo da noite escura de 2500 de história da Índia antiga e evocava um ensinamento e um mestre que saía como que de dentro de nossas próprias mentes...
Sobre o retiro eu conto depois.