[Flávio Bittencourt]

Claude Auclair, um iniciador dos quadrinhos pós-apocalípticos

Quem já viu os estranhos seres - degradados por radiação nuclear - do álbum de Simon du Fleuve denominado Maílis deles não consegue se esquecer.

 

 

 

 

 

  

 

Claude Auclair (1943 - 1990) -

Hommage,

Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=nuLXwmOxV7g

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2007/07/simon-du-fleuve-e-os-pseudnimos.html)
 

 

 

 

"É POSSÍVEL MIGRAR, NO PLANETA TERRA,

DE UM PAÍS PARA OUTRO? SIM, É CLARO.

MAS MIGRAR DA TERRA PARA UMA OUTRA

"BOLA GIRANTE" DO UNIVERSO AINDA NÃO

É POSSÍVEL. DEPOIS DAS BOMBAS

JOGADAS SOBRE HIROSHIMA E NAGASAKI

E DO ACIDENTE DE CHERNOBYL HÁ

PESSOAS QUE, SE PUDESSEM, SAIRIAM

RAPIDAMENTE DA ESFERA SOBRE A

QUAL O HOMEM CONSTROI A SUA

TRISTEMENTE PERIGOSA HISTÓRIA"

(COLUNA "Recontando estórias do dominio publico")

 

 

 

 

(http://jeffreyhill.typepad.com/english/2011/03/cartoon-the-worlds-most-expensive-dog.html)

 

  
 
 
 
 
 

"Chernobyl disaster

[DESASTRE DE CHERNOBYL] 

Chernobyl Disaster.jpg
 
 
The nuclear reactor after the disaster. Reactor 4 (center). Turbine building (lower left). Reactor 3 (center right).
Date 26 April 1986 (1986-04-26)
Time 01:23 (Moscow Time UTC+3)
Location Pripyat, Ukrainian SSR, Soviet Union, now Ukraine"

(http://en.wikipedia.org/wiki/Chernobyl_disaster)

 

  

 

 

 

OSSOS DO CRÂNIO:

(http://o.canbler.com/artigo/raios-x-do-cranio

 

 

 

 

 

LOGO A SEGUIR (desenho de Auclair) ESTÃO FIGURADOS

ZUMBIS PÓS-APOCALÍPTICOS (a expressão é nossa,

mas alguém talvez já a tenha usado, uma vez que se

trata de termo resultante de ilação óbvia) DE AUCLAIR:

[SR. GEORGE A. ROMERO, o Sr. já viu com carinho

esses personagens assustadores?]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2007/07/simon-du-fleuve-e-os-pseudnimos.html)
 

 

 

 

 A. TEIXEIRA (crítico português

de estórias em quadrinhos e outras

manifestações da cultura de massa),

EM BOA HORA LEMBRA (sem que isso signifique

crítica ferina), DE FORMA CURIOSA,

QUE O ACONTECIDO NUMA DAS ESTÓRIAS CRIADAS

POR AUCLAIR

(UMA USINA-NUCLEAR-PARECIDA-COM-CHERNOBYL

QUE EXPLODIU FORMA DE COGUMELO)

FOI UM FATO improvável de ocorrer na dita "realidade";

DESCULPE-ME O RESPEITÁVEL CRÍTICO PORTUGUÊS,

MAS ESSA EXPLOSÃO já aconteceu na em certa "realidade":

NÃO NA URSS, ONDE CHERNOBYL HORRENDAMENTE

HOUVE, MAS... no álbum de Auclair com o heroi

Simon du Fleuve, que recebeu - a estória - o título de Maílis...

NA REALIDADE FICCIONAL DO GRANDE AUCLAIR"

(COLUNA "Recontando estórias do domínio público")

 

 

 

"NO SUPREENDENTE LIVRO DE QUADRINHOS MAÍLIS, DE AUCLAIR

(autor francês de estórias em quadrinhos infelizmente já falecido),

EM CERTO MOMENTO APARECEM SERES BASTANTE ESTRANHOS;

A. TEIXEIRA, DO blog HERDEIROS DE AÉCIO (PORTUGAL), EXPLICA

QUE SE TRATA DE FUNCIONÁRIOS DA SEMIDESTRUÍDA CENTRAL

NUCLEAR QUE ESTÃO COM MENTE E CORPO DEGRADADOS

POR EXCESSO DE RADIAÇÕES, MAS... ELES CONTINUAVAM,

COMO ESCREVEU A. TEIXEIRA (vide trecho maior, a seguir

transcrito), "(...) MANTER OS PROCEDIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO

DA CENTRAL COM MATERIAL RADIOATIVO (...)". TRATA-SE,

EVIDENTEMENTE - quem afirma isso não é mais A. Teixeira,

mas talvez ele com isso venha a concordar -, DE ZUMBIS

PÓS-APOCALÍPTICOS.

 

GEORGE A. ROMERO - o mestre dos filmes

de zumbis -, O SR. NUNCA PENSOU EM

FILMAR ALGO PARECIDO? (A INDAGAÇÃO

É DESTE COLUNA "RECONTANDO..." -

E NÃO DE A. TEIXEIRA, A QUEM SE AGRADECE

A INTERESSANTE CONSIDERAÇÃO SOBRE

OS SERES ESTRANHÍSSIMOS DA ESTÓRIA,

DO IMORTAL AUCLAIR, INTITULADA MAÍLIS"

(COLUNA "Recontando...")

 

 

 

 

A. TEIXEIRA PERTINENTEMENTE

ESCREVEU EM SEU NOTÁVEL BLOG

(JUN. / 2007):

 

"11 Julho 2007

SIMON DU FLEUVE [PERSONAGEM

DO CRIADOR AUCLAIR]

E OS PSEUDÓNIMOS

 
Simon du Fleuve é um herói da BD franco-belga, aparecido já na segunda metade da década de setenta, da imaginação do criador francês Claude Auclair (em baixo, 1943-1990), falecido prematuramente aos 47 anos. O universo das histórias de Simon du Fleuve é o de um futuro pós-apocalíptico, depois da nossa sociedade moderna se ter desmoronado e quando a Humanidade regressa para um grau de desenvolvimento equivalente ao medieval. Vivendo-se num dia a dia ideal feito de necessidades e actividades simples, aparecem focos de autoridade que são sempre descritos como retornos ao passado e como ameaças expansionistas à sociedade vigente. 

Embora não enquadrado com as ideologias dominantes naquela época, as histórias de Simon du Fleuve contêm uma componente ideológica fortíssima onde para além do realce aos aspectos ecológicos (então novidade), se nota um anti-modernismo militante. Mas não deixam de ser interessantíssimas por causa disso. Para interesse deste poste, devo contar um episódio do terceiro álbum da série, Maílis (...), onde o herói acaba por encontrar uma antiga central nuclear, onde os antigos empregados, física e mentalmente degradados devido ao excesso de radiações, continuavam a manter os procedimentos de alimentação da central com material radioactivo.

Só que agora, tantos anos passados e esquecidas quais eram as intenções iniciais dos gestos de alimentação do reactor nuclear, os procedimentos haviam-se tornado num gigantesco ritual religioso patético onde até os equipamentos de protecção contra as radiações tinha apodrecido (a imagem acima é retirada de uma das páginas do álbum)… Para os mais curiosos, na continuação da história a central nuclear acaba por explodir numa gigantesca nuvem em forma de cogumelo – um acontecimento improvável na realidade, lembremo-nos, através do exemplo de Chernobyl, que o grande perigo das centrais nucleares sempre foi o da contaminação radioactiva – embora o nosso herói se escape. 

Mudando de assunto, (...)".

(http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2007/07/simon-du-fleuve-e-os-pseudnimos.html)
 

(A. TEIXEIRA, responsável pelo blog denominado "Herdeiros de Aécio")

 

 

 

CAPA DE ÁLBUM DE QUADRINHOS

COM ESTÓRIA CUJO HERÓI É SIMON DU FLEUVE

(autor: C. AUCLAIR)

 

(http://www.sebodomessias.com.br/sebo/(S(2vqdca45coayo2eeukkkhkbv))/detalheproduto.aspx?idItem=26267)

 

 

 

 

CAPA DE ÁLBUM DE LUXO

COM A MUNDIALMENTE PREMIADA

SÉRIE DE EPISÓDIOS IMPACTANTES

DENOMADA 5 POR INFINITO

(estórias em quadrinhos de FC [ficção científica]),

DO CRIADOR ESPANHOL ESTEBAN MAROTO:

 

 

(http://www.centerblog.net/musique/65498-5270868-bran-ruz-)

 

 

 

 

"(...) La science-fiction française est un genre important de la littérature française. C'est un genre actif et productif qui a évolué en conjonction avec la science-fiction anglophone et le reste de la littérature française et internationale. (...)"

http://fr.wikipedia.org/wiki/Science-fiction_fran%C3%A7aise

 

 

 

 

 MAGNÍFICO QUADRO (DA NONA ARTE) CUJO AUTOR É AUCLAIR: comic art by Auclair

 

 

 

 

 (http://lambiek.net/artists/a/auclair_claude.htm)

 

 

 

 

 

CLAUDE AUCLAIR (1943 - 1990):

Claude Auclair

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"(...) En 1962, Jean-Claude Forest conjugue érotisme et science-fiction en publiant en magazine Barbarella. Il lance ensuite avec Paul Gillon la série Les Naufragés du temps (1964), tandis que Pierre Christin et Jean-Claude Mézières commencent à publier en 1967 dans Pilote la série Valérian et Laureline.

La science-fiction fait partie intégrante de la bande dessinée adulte dans les années 1970, avec les bandes dessinées de Philippe Druillet (Les 6 Voyages de Lone Sloane), de Mœbius (La Déviation, Arzach) et d'Enki Bilal (Le Bol maudit, Exterminateur 17), et avec la création du magazine Métal hurlant. De son côté, Gébé publie l'utopie L'An 01 en 1972. Trois grandes séries post-apocalyptiques voient le jour : Simon du fleuve (1973) de Claude Auclair, Ardeur (1979) d'Alex Varenne et Daniel Varenne, et Jeremiah (1979) du Belge Hermann.

Mœbius avec L'Incal et Enki Bilal avec la Trilogie Nikopol s'imposent dans les années 1980. En Belgique, Schuiten et Benoît Peeters créent la série des Cités obscures (1983), et Arno et Jodorowsky publient en France Les Aventures d'Alef-Thau. Jean-Marc Rochette et Jacques Lob publient Le Transperceneige (1984). (...)"

(http://fr.wikipedia.org/wiki/Science-fiction_fran%C3%A7aise)

 

 

 

 

 PÁGINA IMORTAL CRIADA POR AUCLAIR:

 Simon du Fleuve, by Claude Auclair

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                    OCASIÃO DE PRESTAR REVERÊNCIA À MEMÓRIA DO MESTRE AUCLAIR

                    (1943 - 1990)

 

 

 

2.1.2012 - Quem já viu os estranhos seres do álbum de Simon du Fleuve denominado Maílis deles não consegue se esquecer - Claude Auclair, um iniciador dos quadrinhos pós-apocalípticos. (OS SERES MENCIONADOS SÃO EMPREGADOS DE CENTRAL NUCLEAR QUE, DEPOIS DE RECEBEREM RADIAÇÃO, CONTINUAM A TRABALHAR, MAS COM CÉREBROS E AS DEMAIS PARTES DE SEUS CORPOS DEGRADADOS.)  F. A. L. Bittencourt ([email protected])

 

 

 

VERBETE 'CLAUDE AUCLAIR ',

WIKIPÉDIA (EM FRANCÊS):

 

"Claude Auclair 

Claude Auclair (né le 1er mai 1943 à La Barre-de-Monts et mort le 20 janvier 1990 à Nantes) est un dessinateur et scénariste de bandes dessinées. S'intéressant principalement à la science-fiction post-apocalyptique (Jason Muller, Simon du Fleuve) et au monde celte (Bran Ruz), c'est un des dessinateurs réalistes marquants des années 1970 et 1980. Son œuvre, écologiste et utopique, « empreinte d'un grand humanisme[1] », est cependant marquée par un didactisme omniprésent qui restreint sa valeur artistique[2].

Sommaire

Biographie

Après avoir passé son enfance dans le marais breton, Claude Auclair déménage à 10 ans à Nantes, ce qu'il vit comme un déracinement[3]. Suite à ses études aux Beaux-Arts de Nantes, il devient au milieu des années 1960 décorateur de théâtre[4]. Lassé, il arrête en 1967 et part en voyage autour de la Méditerranée[5]. À son retour, il se lance dans l'illustration de science-fiction pour des revues des éditions OPTA (comme Galaxie-Bis ou Fiction). Redécouvrant la bande dessinée, il étudie Jijé, Alex Raymond ou Harold Foster afin de trouver son style. Il publie une histoire dans Phénix en 1968.

Chez OPTA, Jean Giraud repère son travail et lui propose de collaborer à Pilote après un essai concluant dans Undergound Comics. Il entre dans l'hebdomadaire en 1970 avec la série post-apocalyptique Jason Muller (dont les deux premiers épisodes sont écrits par Giraud puis Pierre Christin). En 1971, il crée dans Tintin La Saga du Grizzly, western pro-indien, puis Les Naufragés d'Arroyoka (avec Greg).

L'année suivante, Goscinny, refusant de publier la suite de Jason Muller, et la collaboration avec Greg ne s'étant pas avérée fructueuse[6] il livre à Record Catriona Mac Killigan, traitant de la révolte des Écossais contre Londres (avec Jacques Acar), avant d'entamer (suite à un changement de la rédaction à Record) en 1973 dans Tintin la bande dessinée qui le fait connaître auprès du grand public : Simon du Fleuve, une nouvelle série post-apocalyptique écologiste. Il en réalise six histoires avant qu'un différends avec Le Lombard la lui fasse arrêter en 1978. Cité N.W n°3, publiée dans Tintin en 1978, est la dernière bande dessinée qu'il scénarise lui-même.

Il entre alors dès le premier numéro dans l'équipe d’(A SUIVRE), où il s'intéresse tout d'abord au monde celte, déjà abordé avec Catriona Mac Killigan, dans Bran ruz (1978-1981, avec Alain Deschamps) et Tuan Mac Cairill (1982, avec Deschamps) puis à l'esclavagisme dans Sang flamboyant (1984, avec François Migeat). En 1981, Alan Stivell publie le disque Terre des vivants, dont la pochette fut illustrée par Claude Auclair. En 1988, celui-ci entame une collaboration avec Alain Riondet, réalisant en deux ans quatre nouveaux épisodes de Simon du Fleuve, moins polémiques mais néanmoins remarqués. En 1989, il publie dans (A SUIVRE) avec le même scénariste Celui-là, « épopée de la civilisation[1] », dont il laisse le second volume inachevé à sa mort le 20 janvier 1990. Afin que celui-ci puisse être proposé au public, Jacques Tardi et Jean-Claude Mézières l'achèvent.

L'œuvre d'Auclair

Un initiateur de la bande dessinée post-apocalyptique

Tendance lourde de la science-fiction littéraire dans la fin des années 1960, le post-apocalyptique reste cependant peu présent dans la bande dessinée francophone, les auteurs du genre lui préférant une approche plus baroque (Philippe Druillet) ou plus humoristique (le premier Jean Giraud). Dès sa première histoire, « Après », publiée en 1970 dans Underground Comics, Auclair met en scène une humanité survivant dans un monde ayant régressé technologiquement, où les villes sont abandonnées[7]. Au discours assez « lourd », cette histoire est suivie des deux premières de Jason Muller qui, manquant de cohérence, montrent l'hésitation d'Auclair entre la défense de la construction d'une société nouvelle sur les ruines de l'ancienne, ou de la restauration de celle-ci[8]. Les deux autres histoires de Jason Muller, parues deux ans plus tard, montrent plus clairement ce balancement, et l'engagement d'Auclair en faveur d'une société nouvelle[9], avant que Simon du Fleuve ne l'entérine complètement.

La caractéristique de Simon du Fleuve dans le genre est son aspect pédagogique marqué[10]. Reprenant les clichés du post-apocalyptique (« malfaisance de la science, folie humaine, régression de la civilisation »), il décrit une utopie dont les aspects idéalistes (vie dans les champs, sans héros ni régime politique, exaltation de l'« individu moyen ») sont tempérés par un certain réalisme : Simon utilise la violence, et est gêné par son impossibilité d'appartenir à une nouvelle société qui se veut sans distinctions. Cette volonté sincère « d'apporter une réponse au problème de la violence et des rapports humains » reste handicapée par l'ancrage très fort de l'auteur dans l'idéologie des années 1970.

Cette domination du pédagogisme, de la démonstration lyrique, a conduit Jean-Pierre Andrevon à voir dans la science-fiction d'Auclair un moyen pour véhiculer une idéologie ruraliste et empreinte de mysticisme chrétien plutôt qu'une réelle réflexion sur le post-catastrophisme, ce que montrerait son abandon de la science-fiction en 1978 pour Bran Ruz[11] puis les caractère encore plus utopique de se reprise de Simon en 1988.

La défense des minorités et de la nature

Bien qu'il se défende d'être un « chantre des minorités », Auclair base son travail sur la démonstration du « mal que fond les cultures dominantes », ce qui le conduit a la défense des cultures opprimés[12]. Réalisateur d'un des premiers westerns pro-indien en bande dessinée en 1971, il a mis en scène en 1973 dans Catriona Mac Killigan la Révolte des Écossais contre les Anglais, dénonce ce qu'il perçoit comme l'oppression des Celtes dans Bran Ruz de 1978 à 1982 (en conférant à l'histoire une portée universelle[13]) et s'est intéressé à l'esclavagisme en Martinique dans Le Sang du flamboyant en 1984. Faisant l'apologie de l'égalitarisme communautaire et de la vie rurale, Auclair propose une vision de la femme originale dans la bande dessinée de son époque : « ni biche fragiles ni baroudeuses de choc, elles font preuve d'une « nature féminine » saine et complexe, qui les place d'emblée à égalité de jeu avec l'homme[14] ».

Cette démonstration des méfaits d'un monde obsédé par le progrès, évidente dans ses œuvres de science-fiction, a pour corollaire un écologisme marqué, la nature jouant pour lui un rôle fondamental et protecteur dans la construction de l'individu[3]. Nostalgique de l'ordre pré-industriel, Auclair est « l'homme des paysages[15] ». Attachant une grande importance aux éléments naturels, il leur confère un lourd rôle symbolique : l'eau est la borne de la vie humaine, son commencement comme sa fin[16], le feu destruction purificatrice qui devient bénéfique dans le cadre utopique[17], la terre, féconde et nourricière, comme la femme est la base de la vie humaine[18] tandis que le ciel est avant tout un décor, un prétexte mystique[19].

Un humaniste naïf typique des années 1970 à l'œuvre mineure

Cette prédilection pour les mondes disparus, utopiques, qu'ils soient pré- ou post-modernes, ressort chez Auclair d'une vision humaniste du monde. À ses débuts « naïf, fougueux et généreux[8] », cet humanisme s'assombrit au cours des années 1970, et les Simon du Fleuve de l'époque sont porteurs d'une vision plus pessimiste du progrès humain. Cependant, « la visée utopiste pervertit quelquefois la réflexion et l'analyse[20] » : la description du monde communautaire semble tout droit sortie « du documentarisme triomphant du cinéma soviétique des années 30[11] » et Simon du Fleuve des années 1970 reste « typique des courants de pensée des années 1970[20] ».

Son travail sur Bran Ruz entérine le caractère avant tout idéaliste et utopique des œuvres d'Auclair : « le mysticisme chrétien [et] la recherche des valeurs confraternelles et rurales n'ont plus besoin des prétextes d'un futur fantasmé pour pouvoir s'exprimer[11] ». Ce mysticisme est cependant non transcendant, c'est une exaltation de l'union de l'homme aux éléments naturels plus qu'au ciel[21], doublé d'une dénonciation des dominations. Les derniers Simon du Fleuve et Celui-là entérinent cette vision.

Un symbole des faiblesses de l'art engagé ?

Cet intérêt pour les « paraboles philosophiques », « la sincérité profonde » de l'auteur limitent cependant souvent « la validité artistique » de son œuvre, bien qu'il reste rétif aux « grands systèmes explicatifs »[22]. Ses textes sont marqués par « un lyrisme descriptif quelque peu désuet[20] », ses mondes décrits semblent souvent s'inspirer « du réalisme socialiste le plus conventionnel[23] ». De plus, son engagement contre l'étouffement des particularismes culturels, le conduit à la fois à une vision tronquée de l'Histoire et à une mise en scène très démonstrative qui le mènent à un certain pompiérisme des dessins et à une tendance à l'utilisation de clichés littéraires dans des descriptifs redondants du texte[13]. Bruno Lecigne et Jean-Pierre Tamine voient ainsi dans Bran Ruz un projet plus didactique qu'artistique, qui manifeste le problème de la « pauvreté artistique » de l'art engagé[13].

Bandes dessinées publiées

Dans des périodiques

  1. La Ballade de Cheveu Rouge, 1973
  2. Le Clan des Centaures, 1974
  3. Les Esclaves, 1975
  4. Maïlis, 1975-1976. Bande dessinée publiée dans l'édition belge seulement
  5. Les Pèlerins, 1977-1978
  6. Cité N.W n°3, 1978

Claude Auclair a également participé à Phénix (1968), Underground comix (1970) et au Canard sauvage (1975).

Albums

  1. Le Clan des Centaures, coll. « Jeune Europe » n°106, 1976
  2. Les Esclaves, 1977
  3. Maïlis, 1978. Édition noir et blanc Jonas, coll. « 30x40 », 1979
  4. Les Pèlerins, 1978
  5. Cité N.W n°3, 1979
  6. L'Éveilleur (dessin), avec Alain Riondet (scénario), 1988
  7. Les Chemins de l'Ogam (dessin), avec Alain Riondet (scénario), 1988
  8. Naufrage - Tome 1 (dessin), avec Alain Riondet (scénario), 1989
  9. Naufrage - Tome 2 (dessin), avec Alain Riondet (scénario), 1989
  • La Ballade de Cheveu-Rouge, non reprise dans la série régulière au Lombard suite à un litige avec Gallimard, a fait l'objet d'une édition pirate à 500 exemplaires en 1981, avant d'être rééditée intégralement dans La Dame noire, la biographie réalisée par Johan Vanbuylen en 1999.
  • Bran Ruz (dessin), avec Alain Deschamps (scénario), Casterman, coll. « Romans (A SUIVRE) », 1981
  • Le Sang du flamboyeant (dessin), avec François Migeat (scénario), Casterman, coll. « Les Studios (A SUIVRE) », 1985
  • Tuan Mc Cairill (dessin), avec Jacques Acar et Alain Deschamps (scénario), Les Humanoïdes Associés, 1985
  • Celui-là (dessin), avec Alain Riondet (scénario), Casterman, coll. « Les Studios (A SUIVRE) » :
  1. Celui-là, 1989
  2. Celui qui achève, avec Jacques Tardi et Jean-Claude Mézières (dessin[n. 2]), 1991

Distinctions reçues

Annexes

Notes et références

Notes

  1. a et b La première histoire est scénarisée par Gir, la seconde par Linus.
  2. Ces deux auteurs ont terminé l'album à la mort d'Auclair.

Références

  1. a et b Gaumer (2004), p. 38
  2. Voir plus bas.
  3. a et b Auclair (1984), p. 7
  4. Gaumer (2004), p. 37. Pour la suite de la biographie, sauf précision complémentaire, Gaumer (2004), p. 38
  5. Auclair (1984), p. 9
  6. Auclair (1984), p. 10
  7. De Pierpont (1984), p. 15
  8. a et b De Pierpont (1984), p. 16
  9. De Pierpont (1984), p. 17
  10. Pour ce paragraphe : Ecken (1984), p. 18-19
  11. a, b et c Andrevon (1984), p. 21
  12. Auclair et Groensteen (1984), p. 13
  13. a, b et c Lecigne et Tamine (1984), p. 35
  14. Groensteen (1984), p. 29
  15. Chante (1984), p. 25
  16. Chante (1984), p. 26
  17. Chante (1984), p. 26-27
  18. Chante (1984), p. 27
  19. Chante (1984), p. 27-28
  20. a, b et c Ecken (1984), p. 19
  21. Chante (1984), p. 28
  22. Groensteen, introduction au dossier de 1984, p. 6
  23. Wilbur Leguèbe, La Société des bulles, éd. Vie ouvrière, 1977, p. 156
  24. Pour toute cette bibliographie : Cance (1984) et Bera, Denni, Mellot (2008)

Documentation

Dossiers, ouvrages

Articles de revues, dictionnaires, collectifs

  • Jean-Pierre Andrevon, « Le post-catastrophisme prétexte », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 20-21
  • Claude Auclair (int. Jean Léturgie), « Entretien avec Claude Auclair », dans Schtroumpfanzine n°20, juin 1978, p. 3-9
  • Claude Auclair (int. Thierry Groensteen), « Entretien avec Claude Auclair », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 7-13
  • Michel Béra, Michel Denni, Philippe Mellot, BDM, Trésors de la bande dessinée 2009-2010, Éditions de l'amateur, 2008
  • Louis Cance, « Bibliographie de Claude Auclair », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 41-42
  • Alain Chante, « L’eau, le feu, la terre et le ciel dans l'œuvre d'Auclair », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 25-28
  • Claude Ecken, « L’Utopie post-atomique », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 17-19
  • Patrick Gaumer, « Claude Auclair », dans Larousse de la BD, 2004, p. 37-38
  • Thierry Groensteen, « La Femme est l'avenir du héros », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 29-31
  • Bruno Lecigne et Jean-Pierre Tamine, « L’Épique et le politique », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 35-36
  • Jacques de Pierpont, « Auclair avant Simon », dans Les Cahiers de la bande dessinée n°58, juin-juillet 1984, p. 14-16

 

'Esteban Maroto ganha prêmio pelo conjunto de sua obra no Festival de Avilés

Por Sérgio Codespoti      | 21-09-2011

16º Jornada del Cómic Villa de Avilés

A 16ª Jornada del Cómic Villa de Avilés aconteceu na Espanha entre os dias 12 e 17 de setembro. Durante o evento, foi realizado o XI Premios de la Crítica Dólmen 2011, promovido pela Dólmen Editorial.

O espanhol Esteban Maroto, desenhista da famosa série Cinco por Infinitus, de 1967, ganhou o prêmio da crítica pelo conjunto de sua obra.

A carreira de Maroto nos quadrinhos se iniciou em 1955, nos estúdios de Manuel López Blanco. Ele trabalhou durante anos para editoras americanas, como a Warren, Marvel Comics e DC Comics. Também publicou nos títulos 1984, Eery, Creepy, Vampirella, Savage Sword of Conan, Savage Tales, Dracula Book I, Vampire Tales, Amethyst, Zatanna, Atlantis Chronicles e Dracula - Vlad the Impaler.

Maroto foi o criador do visual (o famoso biquíni metálico) de Sonja, a Guerreira, e de Zatanna.

Um dos palestrantes do evento foi o desenhista brasileiro Rafael Albuquerque, artista da série American Vampire.

Também estavam presentes no festival: Jason Aaron, R. M. Guèra, Brandon Peterson, Tony Harris, John McCrea, Steve Englehart, Emile Bravo, Aude Picault, Charles Berberian, Albert Monteys, Ángel Unzueta, Enrique V. Vegas, Joan Boix, Bartolomé Seguí (autor do cartaz do evento), Nancy Peña, Javier Olivares, Sergio Bleda, Rafa Sandoval, Paco Roca e Noiry.

Veja abaixo a lista dos ganhadores do XI Premios de la Crítica Dólmen 2011.

Melhor Desenhista Estrangeiro: R. M. Guèra, por Scalped

Melhor Roteirista Estrangeiro: Jason Aaron, por Scalped

Melhor Desenhista Nacional: David Rubín, por El Héroe

Melhor Roteirista Nacional: Paco Roca, por El invierno del dibujante

Melhor Obra Estrangeira: Scalped

Melhor Obra Nacional: El invierno del dibujante

Melhor Obra Teórica: 100 años de Bruguera, de Antoni Guiral

Toda uma carreira - autor estrangeiro: Carmine Infantino

Toda uma carreira - autor nacional: Esteban Maroto

Os convidados participantes do evento receberam uma estatueta do Fantasma, personagem que estava sendo homenageado numa das exposições do evento.

16º Jornada del Cómic Villa de Avilés16º Jornada del Cómic Villa de Avilés


(http://www.universohq.com/quadrinhos/2011/n21092011_07.cfm)

 

  

 

REEDIÇÃO LUXUOSA (em espanhol)

DO CLÁSSICO DOS QUADRINHOS ESPANHOIS

5 por Infinito, DE E. MAROTO: 

 

"Esteban Maroto 

5 por Infinito es, si duda, uno de los tebeos españoles de ciencia ficción más celebrados de la historia. Publicado originalmente en la revista Delta 99 entre 1968 y 1970, no solo causó furor entre los aficionados, sino que le valió a su autor, Esteban Maroto, el reconocimiento unánime de sus colegas y de la crítica.

Tras su éxito en España, tuvo ediciones en Italia, Australia, Brasil, Francia y Estados Unidos, país este último en el que recibió el premio Academy of Comics Books Arts a la mejor obra extranjera.

Ahora, Ediciones Glénat presenta la edición definitiva de 5 por Infinito, en un formato de verdadero lujo."

(http://www.edicionesglenat.es/catalogo/comic/integral-de-luxe/5-por-infinito/1)