Campeões mundiais de xadrez
Por Flávio Bittencourt Em: 30/04/2014, às 15H53
[Flávio Bittencourt]
Campeões mundiais de xadrez
Eles foram e alguns hoje são geniais vencedores.
30.4.2014 - F.
"Campeões Mundiais de Xadrez |
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O Campeonato Mundial de Xadrez é uma competição esportiva para determinar o campeão mundial de xadrez. Homens e mulheres são elegíveis a disputar este título. Existe também, um evento em separado apenas para mulheres, com o título de “Campeonato Mundial Feminino de Xadrez", e competições em separado para juniores, seniores e computadores. Entretanto, atualmente os mais fortes competidores das categorias Junior, sênior e feminina, muitas vezes renunciam a estes postos em eventos-títulos a fim de prosseguir em competições de alto nível, embora estas continuem a fazer parte da tradição do xadrez. Computadores são impedidos de competir em campeonatos abertos. Considera-se oficialmente que o campeonato mundial teve seu começo em 1886, quando os dois principais enxadristas da época disputaram uma partida. De 1886 a 1946, o campeonato foi conduzido em uma base informal, com o desafiante tendo que vencer o campeão para se tornar o novo campeão. De 1948 a 1993, a organização do campeonato foi administrada pela FIDE, a organização internacional de xadrez. Em 1993, o então campeão Garry Kasparov rompeu com a FIDE, significando que haveria dois campeonatos rivais. Esta situação durou até 2006, quando o título foi unificado. O campeonato mundial mais recente ocorreu em setembro de 2007, na Cidade do México tendo sido vencido por Viswanathan Anand. No ano de 2006 as duas federações de xadrez (FIDE e PCA), juntam-se numa só. Fazendo com que os atuais campeões de 2006 da FIDE (Veselin Topalov) e da PCA (Vladimir Kramnik) disputassem por um só campeão unificando o título. Vladimir Kramnik ganhou a Veselin Topalov. Sendo ele o campeão de 2006. No ano de 2007 Viswanathan Anand vence Vladimir Kramnik. Em novembro de 2013 o norueguês número 1 no ranking mundial Magnus Carlsen vence Anand e se torna o campeão mundial. Campeonatos Mundiais disputados de 1886 a 1993
Campeões Mundiais (2006–atualidade)
História do Campeonato Mundial de XadrezCampeões não oficiais (até 1886)A primeira partida proclamada entre os enxadristas para o campeonato mundial foi a partida que Wilhelm Steinitz venceu de Johannes Zukertort em 1886. Entretanto, uma série de enxadristas foram considerados como os mais fortes (ou pelo menos os mais famosos) do mundo centenas de anos antes destes, e estes foram algumas vezes considerados os campeões mundiais de sua época. Estes incluem Ruy López de Segura por volta de 1560, Paolo Boi e Leonardo di Bonna por volta de 1575, Alessandro Salvio por volta de 1600, e Gioacchino Greco por volta de 1620. No século XVIII e XIX, os franceses dominaram com Legall de Kermeur (1730–1747), Francois-André Philidor (1747–1795), Alexandre Deschapelles (1800–1820) e Louis de la Bourdonnais (1820–1840) todos amplamente considerados como os mais fortes de seu tempo. La Bourdonnais jogou uma série de seis partidas — e 85 jogos — contra o Irlandês Alexander McDonnell, com muitos dos encontros depois sendo anotados pelo americano Paul Morphy. A vitória do inglês Howard Staunton sobre o francês Pierre-Charles Fournier de Saint-Amant, em 1843 consolidou sua posição como o mais forte enxadrista da época. Em 1851 Staunton organizou o primeiro torneio internacional em Londres, tendo terminado em quarto. O alemão Adolf Anderssen, com uma decisiva vitória, se estabeleceu como o principal enxadrista do mundo. Adolf Anderssen Anderssen foi um brilhante enxadrista no ataque, com dois dos seus melhores jogos sendo conhecidos como a Partida Imortal e a Sempreviva respectivamente. Ele tem sido descrito como o primeiro mestre de xadrez moderno.
Paul Morphy Anderssen foi decisivamente derrotado pelo Americano Paul Morphy em 1858, após o qual Morphy derrotou outros enxadristas pelo mundo como o campeão mundial. Um jogador rápido (ele levava apenas alguns minutos para decidir seus movimentos, comparados com outros que “foram notórios em não pensar seus movimentos mas cansar seus oponentes", como Steinitz disse certa vez), e de posse de um talento assustador, ele disputou partidas contra vários dos principais enxadristas, massacrando a todos. Depois disso, ele passou a oferecer um peão ou fazer movimentos estranhos para qualquer um que jogasse com ele. Não encontrando desafiantes, Morphy abruptamente abandonou o xadrez no ano seguinte, mas muitos o consideram o campeão mundial até sua morte em 1884. Sua retirada súbita de xadrez no seu pico e posteriores à sua doença mental levou o a ser conhecido como "o orgulho e a tristeza de xadrez". Isto permitiu a Anderssen a possibilidade de voltar a ser o enxadrista ativo mais forte do mundo, uma reputação que ele reforçou ao vencer o Torneio de Londres de 1862. Anderssen foi derrotado em 1866 numa partida contra Wilhelm Steinitz, no que alguns comentaristas consideram ser o primeiro campeonato mundial "oficial". A partida não foi considerada ser o campeonato mundial na época, somente após a morte de Morphy em 1884 que a partida ganhou este status, uma prova do domínio de Morphy no jogo ( mesmo ele não tendo jogado nos últimos 25 anos de sua vida). O uso do termo “Campeão Mundial de Xadrez” era variado nesta época, mas ao que parece que Steinitz, iniciou seu reino a partir desta partida de 1866. Em 1883, Johannes Zukertort venceu o principal torneio internacional em Londres, na frente de quase todos os principais jogadores do mundo, incluindo Steinitz. Este torneio estabeleu Steinitz e Zukertort como os melhores enxadristas do mundo, e levou a inauguram partida de campeonato mundial entre eles. Esta partida de 1886 entre Steinitz e Zukertort, vencida por Stenitz, embora não tenha sido realizada pela égide de uma instituição oficial, é geralmente reconhecida como o primeiro Campeonato Mundial de Xadrez Oficial, com Steinitz sendo o primeiro Campeão Mundial de Xadrez Oficial. Campeões Oficiais antes da FIDE (1886-1946)Wilhelm Steinitz O campeonato foi conduzido de uma maneira quase informal através do final do século XIX e até a metade do século XX: Se um enxadrista se achasse forte o suficiente, ele (ou seus amigos) iria financiar uma partida para desafiar o reino do campeão mundial. Se vencesse, se tornaria o novo campeão mundial. Não havia sistema formal de qualificação, entretanto geralmente é considerado que o sistema produziu apenas os campeões que eram os mais fortes enxadristas de seus dias. Os enxadristas que tiveram o título antes da Segunda Grande Guerra foram Steinitz, Emanuel Lasker, José Raúl Capablanca, Alexander Alekhine, e Max Euwe, cada um deles tendo derrotado o então campeão numa partida. Lasker foi o primeiro campeão mundial depois de Steinitz, embora ele não tenha defendido seu título entre 1897-1906 e 1911-1920, ele teve uma seqüência impressionante de vitórias em torneios e dominado seus oponentes. Seu sucesso é largamente atribuido ao fato de ele ser um excelente enxadrista prático. Em dificuldades ou objetivamente perdido em posições ele complicava a situação e usava sua extraordinária habilidade tática para salvar a partida. Ele manteve o título de 1894 a 1921, o mais longo reinado (27 anos) de todos os campeões. Neste período ele defendeu seu título novamente contra Steinitz, Frank Marshall, Siegbert Tarrasch e Dawid Janowski, e foi apenas seriamente ameaçado numa apertada partida em 1910 contra Carl Schlechter. Os torneios de São Petersburgo em 1909 e 1914 foram eventos pivô deste período. Lasker venceu ambos dividindo o primeiro lugar com Akiba Rubinstein em 1909), seguido de Capablanca e Alekhine em 1914. O czar Nicolau II da Rússia premiou os cinco finalistas do torneio de 1914 com o título de Grandes Mestres do Xadrez: Emanuel Lasker, José Raúl Capablanca, Alexander Alekhine, Siegbert Tarrasch, e Frank Marshall. Em 1921, Lasker perdeu o título para o sensacional jovem cubano — Capablanca. Capablanca foi o ultimo e maior dos enxadristas “naturais”: ele pouco se preparava para seus jogos, mas vencia brilhantemente. Ele possuía uma incrível visão sobre posições simplesmente por dar uma olhada nelas. Conhecido por sua capacidade de gradualmente converter uma pequeníssima vantagem até a vitória assim como sua famosa habilidade em finais de partida, Capablanca foi um dos mais temidos enxadristas da história. Da sua derrota para Oscar Chajes em 1916 até a derrota para Richard Réti em 1924, ele permaneceu sem derrotas. Entretanto, em 1927, ele foi chocantemente pertubado por um novo desafiante, Alekhine. Antes da partida, quase ninguém deu uma chance a Alekhine contra o cubano, mas Alekhine superou a habilidade natural de Capablanca com sua incomparável condução do jogo e sua extensa preparação (especialmente uma análise profunda de aberturas, o que se tornaria uma marca registrada de todos os futuros grandes mestres). O agressivo Alekhine foi ajudado por sua medonha habilidade tática, que complicava a partida. Ele também conseguiu evitar uma revanche contra Capablanca indefinidamente. Em 1935 perdeu o título para o matemático Max Euwe, o último campeão mundial amador. Mais tarde Alekhine viria a culpar sua derrota à bebida. Em 1937, num ponto em que os dois tinham seus últimos 56 jogos divididos equitativamente, Alekhine conseguiu uma revanche e recuperou o título de Euwe. Manteve o título até à sua morte em 1946. Os campeões mundiais da era FIDE (1948-1993)Domínio Soviético (1948 - 1972)Mikhail Botvinnik A morte de Alekhine atirou o mundo do xadrez no caos. O sistema informal anterior não podia lidar com esta indesejada eventualidade. Apesar de Euwe poder aclamar moralmente o direito ao título, ele educadamente permitiu a Fide de participar. A FIDE já existia desde 1924, mas não tinha poder para modificações por causa da mais forte nação enxadrística, a União Soviética, que se recusava a participar. Entretanto, após a morte de Alekhine, a União Soviética se juntou a FIDE para poder participar do processo de seleção do próximo campeão. A FIDE então organizou um campeonato em 1948, parte na A Haia e parte em Moscou entre os cinco melhores enxadristas do mundo: Mikhail Botvinnik, Vasily Smyslov, Paul Keres, Samuel Reshevsky, e o próprio Max Euwe (Reuben Fine também foi convidado mas recusou o convite). Botvinnik venceu com uma larga margem (assim como também todas as sub-partidas contra todos os seus oponentes), e assim o campeonato, e a FIDE continuou a organizar a competição a partir de então. No lugar do sistema informal anterior, um novo sistema de torneios qualificatórios foi preparado. Os mais fortes enxadristas participariam de Torneios Interzonais, do qual participavam também os enxadristas qualificados em Torneios Zonais. Os principais finalistas destes Torneios Interzonais participariam do Torneio de Candidatos que seria inicialmente um torneio, mas passou a ser um sistema eliminatório de partidas. O vencedor do Torneio dos Candidatos iria então disputar uma série de partidas com o atual campeão (que não participava deste processo de qualificação) pelo título mundial. Se o campeão fosse derrotado, ele teria o direito de se juntar ao seu sucessor e ao futuro desafiante na próxima disputa do título (em 1957, esta regra foi mudada para permitir que o campeão derrotado disputasse uma revanche um ano após sua derrota). Este sistema funcionava num ciclo de três anos. O vencedor do Campeonato de 1948, Mikhail Botvinnik, acabaria sendo uma presença constante nas disputas de títulos por mais de dez anos. Sua marcada longevidade no topo é explicada pelo fato dele ser um trabalhador incansável. Dizia-se que ele aperfeiçoou o jogo com uma ciência, não um esporte, através de sua ênfase na técnica sobre a tática. Esta longevidade é ainda mais impressionante considerando o fato que ele teve seu auge durante a Segunda Guerra Mundial, durante o qual competições de xadrez foram suspensas, e ele foi ainda o primeiro campeão forçado a jogar com todos os seus desafiantes. Talvez o mais memorável é que ele não era um enxadrista profissional, mas um engenheiro decorador de negócios Botvinnik defendeu com sucesso seu título duas vezes nos primeiros seis anos, segurando David Bronstein em 1951 e Vasily Smyslov em 1954. Ambas as disputas terminaram empatadas em 12-12 mas Botvinnik manteve o título por ser o atual campeão. Entretanto Smyslov, venceu o título em 1957 por um placar de 12.5 – 9.5, apenas para perdê-lo no ano seguinte novamente para pelo placar de 12.5 – 10.5. Na época, Smyslov teve o dúbio prazer de ser ter o menor reinado de campeão mundial, mas esta 'honra' brevemente trocou de mãos, para o 'Mágico de Riga', Mikhail Tal. A ousadia de Tal e seu estilo de sacrifícios o levou ao sucesso em 1960, sobrepujando Botvinnik pelo placar de 12,5 – 8,5. Mas mais uma vez, Botvinnik não foi contido, e recuperou seu título no ano seguinte numa revanche, pelo placar de 13 – 8, depois o qual Tal ficou doente. Botvinnik certa vez disse: "Se Tal aprendesse a se programar adequadamente, ele teria sido impossível de vencer." Infelizmente, ele não foi, e muitos acreditavam que tal nunca seria capaz de viver todo o seu potencial. Ele permanece até hoje como o campeão de menor reinado. Botvinnik viria a jogar apenas mais uma partida de campeonato mundial, contra o armênio Tigran Petrosian, perdendo de 12,5 – 9,5. Não houve revanche, porque a FIDE havia abolido a esta regra. Botvinnik então se retirou dos campeonatos de xadrez (e se retirou de jogar ativamente também em 1970) se ocupando então com xadrez por computador e a criação de sua famosa escola de xadrez. Petrosian defendeu com sucesso seu título em 1966 contra Boris Spassky, vencendo por uma pequena margem (12,5 – 11,5) em Moscou. Três anos depois entretanto, mais uma vez em Moscou, ele perdeu de 12,5 – 10,5 para o mesmo desafiante. Fischer (1972 - 1975)O campeonato seguinte em 1972, que ocorreu em Reiquejavique (Islândia) in 1972, viu o primeiro finalista não-soviético desde a Segunda Guerra Mundial (e o primeiro na era FIDE), o jovem Estadunidense, Bobby Fischer. Tendo derrotado seus oponentes candidatos Mark Taimanov, Bent Larsen, e Tigran Petrosian (os dois primeiros por inacreditáveis 6–0), Fischer facilmente se qualificou a desafiar Spassky. A então chamada Partida URRS contra o resto do mundo, possivelmente uma das mais famosas do xadrez, teve um início tremendo: tendo perdido o primeiro jogo, Fischer abandonou o segundo depois de não conseguir inverter a situação, reclamando das condições de jogo. Havia uma preocupação se ele desistiria de toda a disputa em vez de jogar, mas ele pontualmente veio para o terceiro jogo e venceu brilhantemente. Spassky venceu apenas mais um jogo no resto da série e foi eventualmente esmagado por Fischer por um placar de 12,5 – 8,5. O domínio de Fischer desenhou muitos paralelos com outro famoso campeão de xadrez estadunidense, Paul Morphy. Infelizmente, esta similaridade se tornou muito próxima três anos mais tarde. Uma linha de campeões FIDE inquebrável tinha assim sido estabelecida de 1948 a 1972, com cada campeão ganhando seu título após derrotar o ex-campeão. Isto teve seu fim em 1975, quando o então campeão Fischer se recusou a defender seu título contra Anatoly Karpov quando as demandas de Fischer não foram atendidas. Fischer resignou ao seu título FIDE por escrito, mas privadamente manteve que ele ainda era o campeão mundial. Ele entrou em reclusão e não jogou xadrez em público novamente até 1992, quando ofereceu a Spassky uma revanche, novamente pelo título mundial. O público de xadrez em geral não toma esta alegação de campeonato a sério, desde que ambos passaram de sua época – sendo sombras de seus próprios passados, embora a partida tenha sido grandemente apreciada e tenha atraído boa cobertura da mídia. Karpov e Kasparov (1975-1993)Anatoly Karpov Karpov dominou a década de 1970 e o início dos anos 80, com uma incrível série de sucesso em torneios. Ele convincentemente demonstrou que era o mais forte enxadrista do mundo defendendo seu título duas vezes contra o ex-Soviético Viktor Korchnoi, primeiro na Cidade de Baguio em 1978 e em Merano em 1981. Seu estilo “boa constrictor" frustrava os oponentes, algumas vezes os levando a revoltar-se e errar. Isto o permitiu a trazer toda a força de sua técnica seca aprendida na escola Botvinnik contra eles, levando seu caminho a vitória. Ele eventualmente perdeu seu título para um esquentado, agressivo, tático que equilibrava convincentemente sobre o tabuleiro: Garry Kasparov. Os dois lutaram cinco inacreditáveis finais pelo campeonato mundial de 1984 (terminado com controvérsias sem nenhum resultado com Karpov liderando por +5 -3 =40), 1985 (em que Kasparov venceu o título por 13-11), 1986 (vencido por pouco por Kasparov, 12,5–11,5), 1987 (empate de 12–12, Kasparov mantendo o título), e 1990 (novamente vencida por pouco por Kasparov, 12,5–11,5). Título dividido (1993 - 2006)Garry Kasparov Em 1993, Kasparov e o desafiante Nigel Short reclamaram de corrupção e falta de profissionalismo da FIDE e se desfiliaram para fundar a Professional Chess Association (PCA), sob o qual protegidamente disputaram o título. O evento foi largamente orquestrado por Raymond Keene. Keene trouxe o evento para Londres (a FIDE havia planejado para Manchester), e a Inglaterra foi então tomada por uma febre de xadrez: o Channel 4 televisionou alguns programas sobre partida, com a BBC também dando cobertura, e Short aparecendo em comerciais de cerveja na televisão. Kasparov esmagou Short por cinco pontos, e o interesse em xadrez no Reino Unido morreu logo depois. Afrontada pela divisão da PCA, a FIDE retirou o título de Kasparov e organizou um campeonato entre Karpov (campeão antes de Kasparov e derrotado na semifinal do torneio de candidatos por Short) e Jan Timman (derrotado por Short na final do torneio dos candidatos) nos Países Baixos e Jacarta, na Indonésia. Karpov recuperou então o título que havia perdido em 1985. A FIDE e a PCA organizaram cada uma seu próprio ciclo de campeonato em 1993-96, com muitos dos desafiantes jogando ambos os torneios, e Kasparov e Karpov mantendo seus respectivos títulos. No ciclo da PCA, Kasparov derrotou Viswanathan Anand no Campeonato Mundial de Xadrez da PCA de 1995. Karpov derrotou Gata Kamsky na final do Campeonato Mundial de Xadrez FIDE de 1996. Negociações foram feitas para a reunificação do título entre Kasparov e Karpov em 1996-97, mas nada foi conseguido. Logo depois do campeonato de 1995 a PCA faliu, e Kasparov não tinha nenhuma organização de onde escolher seu desafiante. Em 1998 ele então fundou o Conselho Mundial de Xadrez, que organizava uma partida de candidates entre Alexei Shirov e Vladimir Kramnik. Shirov venceu a partida, mas negociações para a partida Kasparov-Shirov não foram a frente, e Shirov foi subsequentemente omitido das negociações, muito para seu desgosto. Planos para um partida Kasparov-Anand em 1999 ou 2000 também não deram certo, e Kasparov organizou uma partida com Kramnik no final de 2000. Numa decepção maior, Kramnik venceu o Campeonato Mundial de Xadrez Clássico de 2000 com duas vitórias, treze empates e sem derrotas. Enquanto isso, a FIDE jogava for a o sistema Interzonal e de Candidatos, em vez disso tinha um grande evento eliminatório em que um grande número de enxadristas disputavam partidas curtas um contra o outro durante apenas algumas semanas. Jogos relâmpagos eram usados para resolver empates ao final de cada rodada, um formato que sentiam não necessariamente reconhecer a maior qualidade e jogar: Kasparov se recusou a participar destes eventos, assim como Kramnik depois de vencer o título de Kasparov em 2000. No primeiro destes eventos, o campeão Karpov participou diretamente na final, mas subsequentemente o campeão tinha que se qualificar como os outros enxadristas. Karpov defendeu seu título no primeiro destes campeonatos em 1998, mas se resignou a defende-lo novamente por raiva das novas regras em 1999. Alexander Khalifman recebeu o título em 1999, Anand em 2000, Ruslan Ponomariov em 2002 e Rustam Kasimdzhanov venceu o campeonato de 2004. Em 2002, não havia somente dois campeões rivais, mas os excelentes resultados de Kasparov – ele tinha o maior rating ELO do mundo e tinha vencido uma série de torneios depois de perder o título em – trazendo mais confusão sobre quem seria o campeão mundial. Então em Maio de 2002, o Grande Mestre Estadunidense Yasser Seirawan conduziu uma organização então chamada de "Acordo de Praga" para reunir os campeões mundiais. Kramnik tinha organizado o torneio de candidatos (vencido depois em 2002 por Peter Leko) para escolher seu desafiante. Então foi decidido que Kasparov jogaria com o campeão da FIDE (Ponomariov) pelo título da FIDE, e os vencedores dos dois títulos disputariam a unificação dos títulos. Entretanto, estas partidas se provaram difíceis de organizar e financiar. O Campeonato Mundial de Xadrez Clássico de 2004, agora renomeado de “Campeonato Mundial de Xadrez Clássico” não teve lugar até o final de 2004 (e terminou empatado então Kramnik manteve o título). Enquanto isso a FIDE nunca conseguiu organizar a partida com Kasparov, nem com o campeão de 2002 FIDE, Ponomariov, ou com o de 2004, Kasimdzhanov. Em parte devido à sua frustração com a situação, Kasparov se retirou do xadrez em 2005, ainda ranqueado como o número 1 do mundo. Vladimir Kramnik Depois disso, a FIDE desistiu do formato eliminatório para o campeonato mundial e anunciou as regras do campeonato mundial de 2005, um torneio utilizando o sistema suíço a ser realizado em San Luis, Argentina entre os oito principais enxadristas do mundo. Entretanto Kramnik insistiu que seu título deveria ser disputado numa partida, e se recusou a participar. O torneio foi convincentemente vencido pelo búlgaro Veselin Topalov, e as negociações começaram para uma partida Kramnik-Topalov para unificar o título. Reunificação do título (2006 - atualidade)Vishy Anand O partida de reunificação entre Topalov e Kramnik foi organizada no final de 2006. Depois de muita controvérsia, foi vencida por Kramnik. Kramnik assim se tornou o primeiro campeão mundial de xadrez unificado e sem disputar desde a separação de Kasparov com a FIDE para formar a PCA em 1993. Kramnik defendeu seu título em 2007, no México, num sistema de disputa semelhante ao campeonato mundial anterior. O torneio foi vencido por Viswanathan Anand, sendo ele então o atual campeão mundial de xadrez. O Campeão mundial de 2008 foi definido num match de 11 partidas entre o atual campeão Viswanathan Anand e Vladimir Kramnik, na cidade de Bonn na Alemanha, ao final, com o placar de 6,5 a 4,5 Anand confirmou o título de campeão mundial. Em 2010 o indiano Viswanathan Anand manteve o título mundial de xadrez ao derrotar pelo placar de 6,5 a 5,5 (ganhando a última partida de pretas) o búlgaro Vesselin Topalov em Sófia na Bulgária. Em 2012 Anand venceu o israelense Boris Gelfand no desempate de partidas rápidas e manteve o título de Campeão Mundial de Xadrez." (http://www.tabuleirodexadrez.com.br/campeoes-mundiais-de-xadrez.htm) |